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DIREITO ADMINISTRATIVO

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

IMPORTANTE: § 16. A qualquer momento, se o magistrado identificar a existência


de ilegalidades ou de irregularidades administrativas a serem sanadas sem que estejam
presentes todos os requisitos para a imposição das sanções aos agentes incluídos no polo
passivo da demanda, poderá, em decisão motivada, converter a ação de
improbidade administrativa em ação civil pública, regulada pela Lei nº 7.347, de 24
de julho de 1985. (ou seja, ele pode converter de ofício)
§ 17. Da decisão que converter a ação de improbidade em ação civil pública caberá
agravo de instrumento.

PROCESSO ADMINISTRATIVO E PAD

Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo


determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de
diligências.
§ 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de
recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do
interessado.

SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE PAD

Súmula 611 STJ: Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou
sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base
em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à administração.

Súmula 591 STJ: É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo


disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o
contraditório e a ampla defesa.

CONCURSO PÚBLICO:
“O Estado responde subsidiariamente por danos materiais causados a candidatos
em concurso público organizado por pessoa jurídica de direito privado (art. 37, § 6º, da
CRFB/88), quando os exames são cancelados por indícios de fraude.
STF. Plenário. RE 662405, Rel. Luiz Fux, julgado em 29/06/2020 (Repercussão Geral –
Tema 512) (Info 986 – clipping).

DIREITO ELEITORAL

INELEGIBILIDADE:

IMPORTANTE: Resp nº 23.351, da Relatoria do Min. Peçanha Martins do TSE:


“[...] Candidatura. Registro. Contas. Rejeição. Ação desconstitutiva. Súmula-TSE n o 1.
Direitos políticos. Restrição. Filiação. Deferimento. [...] Não impede a filiação
partidária a restrição dos direitos políticos decorrente da declaração de
inelegibilidade não fundada em improbidade”.

PARTIDOS POLÍTICOS

§ 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às


informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral. (Incluído pela Lei nº
12.034, de 2009)  SE A BANCA DISSER QUE A AGREMIAÇÃO TERÁ ESSE
DIREITO ESTARÁ ERRADO

IMPORTANTE: Em regra, as lides entre o filiado e seu partido são de competência de


Justiça Comum, exceto em caso de possibilidade de interferência no processo eleitoral.

REGISTRO DE CANDIDATURA
No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número
máximo de candidatos previsto no caput, os órgãos de direção dos partidos
respectivos poderão preencher as vagas remanescentes até trinta dias antes do
pleito.

COMPETÊNCIA ÓRGÃOS DA JE

PEGADINHA CLÁSSICA
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:
I - processar e julgar originariamente:
a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios ESTADUAIS
E MUNICIPAIS de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-
Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas;

Cometerá crime o juiz eleitoral que deixar de se declarar impedido quando possuir
cônjuge candidato a cargo eletivo registrado em sua circunscrição.

FINANCIAMENTO DE CAMPANHA
Financiamento da quota de gênero e reserva do tempo de propaganda gratuita
Também à época desse concurso, o STF (ADI 5617) e o TSE (Consulta 0600252)
firmaram os seguintes entendimentos (Gomes, 2023):
 no mínimo 30% do montante de recursos do Fundo Partidário (STF - ADI
5617), do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e do tempo de
propaganda gratuita no rádio e na TV (TSE - Consulta no 0600252) deve ser
destinado ao financiamento e promoção de candidaturas femininas nas
eleições majoritárias e proporcionais;
 se o percentual de candidaturas femininas for superior a 30%, o mínimo
desses recursos a elas destinados deve variar e ser elevado na mesma
proporção.

Previsão constitucional:
CF/88, art. 17. § 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por
cento) dos recursos do Fundo Partidário na criação e na manutenção de programas de
promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses
intrapartidários.
§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do
Fundo Partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda
gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas,
deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao número de
candidatas, e a distribuição deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos
respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o
interesse partidário.
Assim, o CESPE considerou certo a assertiva: Distribuição dos recursos públicos
usados no financiamento das campanhas eleitorais, para cada sexo, na proporção do
número de candidatos homens e mulheres, observado o percentual mínimo previsto em
lei.

PROPAGANDA ELEITORAL:
PROPAGANDA NA INTERNET: Pode ser por iniciativa de qualquer pessoa natural!

IMPORTANTE: Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a


RESPONSABILIDADE dos PARTIDOS e por eles paga, imputando-lhes
solidariedade nos excessos praticados pelos seus candidatos e adeptos.
Parágrafo único. A solidariedade prevista neste artigo é restrita aos candidatos e aos
respectivos partidos, não alcançando outros partidos, mesmo quando integrantes de uma
mesma coligação.
RESPONSÁVEL CAMPANHA = PARTIDO POLÍTICO
RESPONSÁVEL PRESTAÇÃO DE CONTAS = CANDIDATO

DOMICÍLIO ELEITORAL-PEGADINHA: O domicílio eleitoral do servidor público


corresponde necessariamente à cidade onde ele trabalha. ERRADO, pois o domicílio
eleitoral é um conceito mais amplo que o domicílio civil.

SISTEMA PARTIDÁRIO
De fato, em distritos eleitorais reduzidos, e com poucos representantes, a
proporcionalidade da ocupação das cadeiras tende a diminuir, uma vez há menos espaço
para as minorias conseguirem vagas no Parlamento. Os cálculos utilizados pelo método
D'Hondt, utilizado por muitos países, por exemplo, privilegia partidos com melhor
desempenho eleitoral; em distritos eleitorais pequenos, esse fator se agrava.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

IMPORTANTE:
Entendimento majoritário de INEXISTÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO
NECESSÁRIO NO POLO ATIVO.
O segundo condômino pode ingressar no feito como assistente litisconsorcial que para a
maioria da doutrina trata-se de um litisconsórcio facultativo ulterior.
Aqui, aplicar-se a regra insculpida no art. 1.314 do CC:
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela
exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro,
defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.

SE LIGAR NESSA PEGADINHA:


Combinando-se o disposto no art. 183, caput, do CPC, que atribui aos
Municípios a prerrogativa da contagem em dobro do prazo e o art. 218, § 3º do CPC que
estabelece que desde que inexista previsão legal ou prazo determinado pelo juiz o ato
deve ser praticado em 5 dias, chegamos à conclusão de que às advocacias públicas
municipais podem praticar ato processual em dez dias.

Às advocacias públicas municipais é garantido que o prazo para recorrer de decisões


inicie-se no dia útil seguinte ao da intimação pessoal de forma eletrônica (arts. 1.003
e 270, par. único, CPC), por carga ou remessa dos autos (art. 183, § 1º, CPC).

IMPORTANTE: § 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a


existência de obrigação líquida ou ilíquida.

PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA:


§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão
que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
 No último caso caberá apelação.

Foro competente = CONCORRENTE:


§ 2º A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva
ser produzida ou do foro de domicílio do réu.

NÃO HÁ PREVENÇÃO NA PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA:


§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação
que venha a ser proposta.

IMPORTANTE: MATÉRIAS QUE GERAL EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE


MÉRITO E QUE O JUIZ PODE CONHECER DE OFÍCIO:
- AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
- PEREMPÇÃO, LITISPENDÊNCIA E COISA JULGADA
- AUSÊNCIA DE CONDIÇÕES DA AÇÃO
- MORTE DA PARTE

AÇÃO RESCISÓRIA:

JULGADOS IMPORTANTES:
Ação Rescisória 5.857/MA (Informativo 654): Não é cabível ação rescisória contra
decisão do Presidente do STJ proferida em Suspensão de Liminar e de Sentença,
mesmo que transitada em julgado.

NÃO É CABÍVEL AÇÃO RESCISÓRIA contra decisão proferida em SUSPENSÃO


DE SEGURANÇA, mesmo que transitada em julgado.

GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
§ 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará
dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso,
apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do recolhimento.

RECURSOS:
JULGADO IMPORTANTE:
Segundo a jurisprudência do STJ, na hipótese de o advogado perder o prazo para
contestar ou interpor recurso, será aplicável a teoria da perda de uma chance caso
o dano seja real, atual e certo, dentro de um juízo de probabilidade, conforme decidiu
o Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 1.104.665/RS (Informativo 398):
A chamada teoria da perda da chance, adotada em tema de responsabilidade civil,
aplica-se quando o dano seja real, atual e certo, dentro de um juízo de probabilidade, e
não mera possibilidade, porquanto o dano potencial ou incerto, no espectro da
responsabilidade civil, em regra, não é indenizável.

DIREITO CONSTITUCIONAL

§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar


pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas
referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou
o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de
informações falsas.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:
A técnica do "apelo ao legislador" é na verdade uma técnica de "não decisão" pela
inconstitucionalidade. Dentro do chamado "diálogo institucional" entre o Judiciário
e o Legislativo, o Supremo tem se utilizado dessa ferramenta quando, ao identificar
que alguma matéria é malversada, mas que a correção depende de atuação do Poder
Legislativo, o STF se manifesta neste sentido, dando ciência ao Legislativo de que há
uma mudança a ser feita, mantendo a norma "ainda constitucional" ou "em trânsito
para a inconstitucionalidade".
Nesse sentido, cito como exemplos o RE 135.328/SP, relator Ministro Marco Aurélio,
DJe 20/4/2001 e o MI 712/PA, rel. Min. Eros Grau, DJe 31/10/2008.

IMPORTANTE:
Apesar de o art. 12-H, § 1º da Lei 9.868/1999 prever apenas a determinação que fixa
prazo para a elaboração da norma quando se tratar de omissão imputável a órgão
administrativo, o Supremo tem admitido esse tipo de determinação, ainda que
"suavizada", quando a omissão tem origem no Poder Legislativo:
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do
disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das
providências necessárias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
§ 1º Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão
ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado
excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e
o interesse público envolvido. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
Segundo o STF,
4. Ação julgada procedente para declarar o estado de mora em que se encontra o
Congresso Nacional, a fim de que, em prazo razoável de 18 (dezoito) meses, adote ele
todas as providências legislativas necessárias ao cumprimento do dever constitucional
imposto pelo art. 18, § 4º, da Constituição, devendo ser contempladas as situações
imperfeitas decorrentes do estado de inconstitucionalidade gerado pela omissão. Não se
trata de impor um prazo para a atuação legislativa do Congresso Nacional, mas apenas
da fixação de um parâmetro temporal razoável, tendo em vista o prazo de 24 meses
determinado pelo Tribunal nas ADI n°s 2.240, 3.316, 3.489 e 3.689 para que as leis
estaduais que criam municípios ou alteram seus limites territoriais continuem vigendo,
até que a lei complementar federal seja promulgada contemplando as realidades desses
municípios. (ADI 3682, relator Min. Gilmar Mendes, julgamento 9/5/2007 )

JULGADO IMPORTANTE:

Essa questão aborda a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), no


julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4941/AL, em que foi
considerado CONSTITUCIONAL o pagamento de gratificação de dedicação
exclusiva, mesmo para servidor que recebe por subsídio. Assim, tal pagamento não
fica limitado ao limite do subsídio.
Entendeu a Corte ser possível o pagamento, em razão do exercício de outras atribuições
especiais, não incluídas nas atribuições normais do cargo.
Seria possível o pagamento também de verbas de caráter meramente indenizatório (não
remuneratório).
Veja o que explica o Informativo de Jurisprudência nº 947 do STF sobre esse julgado:
Uma leitura isolada do art. 39, § 4º, da CF pode sugerir que o pagamento do subsídio
há de ser feito de maneira absolutamente monolítica, ou seja, sem o acréscimo de
qualquer outra parcela. Todavia, essa compreensão é equivocada. Uma interpretação
sistemática revela que a própria Constituição, no art. 39, § 3º (3), assegura a todos os
servidores públicos, sem distinção, a fruição de grande parte dos direitos sociais do
art. 7º, que envolve pagamento de verbas adicionais, cumuláveis com a do subsídio, tais
como adicional de férias, décimo terceiro salário, acréscimo de horas extraordinárias,
adicional de trabalho noturno, entre outras.
Portanto, não há, no art. 39, § 4º, da CF, uma vedação absoluta ao pagamento de
outras verbas além do subsídio.
Cumpre estabelecer em que medida e em que situações é cabível eventual pagamento
de adicional. O novo modelo de subsídio busca evitar que atividades exercidas pelo
servidor público como inerentes ao cargo que ocupa — e já cobertas pelo subsídio —
sejam remuneradas com o acréscimo de qualquer outra parcela adicional. Nesse
sentido, são excluídos os valores que não ostentam caráter remuneratório, como os de
natureza indenizatória e os valores pagos como retribuição por eventual execução de
encargos especiais não incluídos no plexo das atribuições normais e típicas do cargo
considerado.
IMPORTANTÍSSIMO:
Governador afastado de suas atividades cautelarmente não é legitimado para
propor ADI.
"1. O afastamento cautelar de cargo de Governador de Estado, suspendendo o exercício
das funções públicas respectivas, implica a ilegitimidade para a propositura de ação
direta de inconstitucionalidade, na forma do art. 103, V, da Constituição da República.
2. Subsistem, portanto, os fundamentos para negar seguimento à ação direta, em virtude
da ilegitimidade ad causam do Requerente. (ADI-AgR 6.728/DF, rel. Min. Edson
Fachin, julgamento em 3/5/2021)"
COMPOSIÇÃO CNJ X CNMP:
CORREGEDOR DO CNMP: O corregedor nacional do Ministério Público é
escolhido, em votação secreta, entre os membros do Ministério Público que
integram o CNMP, sendo vedada a recondução.

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