Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
SESSÃO JURISDICIONAL______________________________________ 2
•• Proposta de alteração estatutária e inobservância do percentual mínimo de distribuição
do Fundo Partidário e do Fundo de Financiamento de Campanha entre gêneros
PUBLICADOS NO DJE_________________________________________ 4
OUTRAS INFORMAÇÕES_______________________________________ 6
SOBRE O INFORMATIVO: Este informativo, elaborado pela Assessoria Consultiva, contém resumos não oficiais de decisões do TSE
pendentes de publicação e reprodução de acórdãos publicados no Diário da Justiça Eletrônico (DJE).
A versão eletrônica, disponível na página principal do TSE, no menu Área jurídica – http://www.tse.jus.br/jurisprudencia/
informativo-tse-1/informativo-tse –, permite ao usuário assistir ao julgamento dos processos pelo canal do TSE no YouTube. Nesse
link, também é possível, mediante cadastro no sistema Push, o recebimento do informativo por e-mail.
SESSÃO JURISDICIONAL
No caso, o Partido da Social Democracia Brasileira encaminhou alteração de seu estatuto para
anotação perante este Tribunal, em razão do advento da Lei nº 13.487/2017, que instituiu o FEFC.
O Ministro Admar Gonzaga, relator, destacou que, no julgamento da ADI nº 5.617/DF, o Supremo
Tribunal Federal assentou que a distribuição dos recursos oriundos do Fundo Partidário e do
Fundo de Financiamento de Campanha deve ser feita na exata proporção das candidaturas
de ambos os sexos, respeitado o patamar mínimo de 30% previsto no art. 10, § 3º, da Lei
nº 9.504/1997.
Dessa forma, asseverou que a alteração estatutária proposta não atendia a esse novo parâmetro
jurídico, razão pela qual não poderia ser deferida.
Esse foi o entendimento sufragado pelo Plenário, ao analisar recurso ordinário interposto de
decisão prolatada por instância recursal em ação de investigação judicial julgada juntamente
com ação de impugnação de mandato eletivo.
Na espécie, determinada entidade religiosa promoveu evento às vésperas das eleições, aberto ao
público em geral, tendo participado cerca de 5 mil pessoas, em que fora conclamado pelo líder
religioso dirigente que os fiéis votassem nos candidatos de sua predileção, que se encontravam
ao seu lado.
A Ministra Rosa Weber, relatora, destacou que a utilização do discurso por líderes religiosos como
elemento propulsor de candidaturas, infundindo orientação política a tutelar a escolha política
dos fiéis e induzindo o voto não somente pela consciência pública, mas, primordialmente, pelo
temor reverencial, não se coaduna com a própria laicidade que informa o Estado brasileiro.
Além disso, enfatizou que estava evidenciada a utilização premeditada do evento religioso, cujo
dispêndio econômico foi estimado em R$929.980,00 (novecentos e vinte e nove mil e novecentos
e oitenta reais), não declarados na prestação de contas dos recorridos.
Recurso Ordinário n° 5370-03, Belo Horizonte/MG, rel. Min. Rosa Weber, julgado em 21.8.2018.
Conforme assentado pela jurisprudência deste Tribunal Superior, o tipo previsto no art. 40 da Lei
nº 9.504/1997 visa a coibir abusos na associação de certa candidatura a determinado órgão de
governo, empresa pública ou sociedade de economia mista. O citado dispositivo não se aplica a
casos em que, embora inscritos no material publicitário, as expressões e os “símbolos nacionais,
estaduais e municipais (nos quais se incluem a bandeira e o brasão)” são inaptos a estabelecer
qualquer vínculo entre o candidato e a administração municipal em questão.
O Plenário firmou, ainda, que, mesmo na hipótese de configuração do ilícito, “a melhor solução
para a demanda ocorreria no campo cível-eleitoral”, pois “apenas os interesses mais relevantes,
bens especialmente importantes para a vida social, são merecedores da tutela penal”. Por isso,
não seria razoável entender que a conduta em análise fosse suficiente para caracterizar crime
eleitoral, considerando as graves consequências que eventual condenação implicaria – por
exemplo, a inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da Lei Complementar nº 64/1990.
Recurso Especial nº 38-93, Ipojuca/PE, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 21.8.2018.
DJE de 6.8.2018
DJE de 7.8.2018
ESTUDOS ELEITORAIS