Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
§ Art. 284: Sempre que este Código não indicar o grau mínimo, entende-
se que será ele de quinze dias para a pena de detenção e de um ano para
a de reclusão.
§ Art. 287: Aplicam-se aos fatos incriminados nesta lei as regras gerais do
Código Penal.
Art. 299 do CE: Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para
outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e
para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Pena - reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.
§ Crime de natureza formal: “ainda que a oferta não seja aceita”. A entrega
dos valores ou vantagem constitui mero exaurimento do tipo.
1. Nos termos do art. 299 do Código Eleitoral, que protege o livre exercício do voto,
comete corrupção eleitoral aquele que dá, oferece, promete, solicita ou recebe, para si
ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e
para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita.
2. Assim, exige-se, para a configuração do ilícito penal, que o corruptor eleitoral
passivo seja pessoa apta a votar.
3. Na espécie, foi comprovado que a pessoa beneficiada com a doação
o de um saco de cimento e com promessa de recompensa estava, à época dos
fatos e das Eleições 2008, com os direitos políticos suspensos, em razão de
condenação criminal transitada em julgado. Logo, não há falar em violação à
liberdade do voto de quem, por determinação constitucional, (art. 15, III, da
Constituição), está impedido de votar, motivo pelo qual a conduta descrita nos
autos é atípica.
Agravo Regimental em Agravo de Instrumento nº 7758 - CARIRA - SE
Acórdão de 06/03/2012
Relator(a) Min. Fátima Nancy Andrighi
Ø natureza formal: “ainda que os fins visados não sejam conseguidos” – não é
necessária a alteração efetiva do voto do eleitor.
Ø assim como o crime de corrupção eleitoral, pode ser praticado por qualquer
pessoa (candidato ou não).
Ø “para fins eleitorais”: tal elementar significa que a ação ou a omissão deve
ter o fim especial de afetar o processo eleitoral, em qualquer um de seus atos
ou fases.
Recurso Especial Eleitoral nº 4931, Manaus/AM, rel. Min. Edson Fachin, julgado em
27.8.2019.
Declaração de bens inverídica apresentada à Justiça Eleitoral por meio do
requerimento de registro de candidatura poderá tipificar o crime de falsidade
ideológica eleitoral, previsto no art. 350 do Código Eleitoral. Trata-se de recurso especial
eleitoral interposto de acórdão do Tribunal Regional Eleitoral que absolveu sumariamente
o recorrido do crime de falsidade ideológica eleitoral, por omissão de bens na
declaração entregue à Justiça Eleitoral na ocasião de seu pedido de registro de
candidatura. O Ministro Edson Fachin, relator, esclareceu que a jurisprudência do
Tribunal Superior Eleitoral firmou entendimento de que a indicação incompleta de bens
por ocasião do registro de candidatura não tipifica o crime de falsidade ideológica
eleitoral (REspe nº 12799 e AgR-REspe nº 36417). Asseverou que esse posicionamento
baliza-se no entendimento doutrinário e no jurisprudencial de que as declarações
sujeitas a verificação ulterior afastam a possibilidade de falsidade. No entanto, ao dissentir
dos precedentes – no que foi acompanhado pelos demais Ministros –, entendeu que a declaração
de bens omissa cumpriu, por si só, a sua função legal de instruir o pedido de registro de
candidatura. Destacou, ainda, a ausência de previsão legal de análise, pelo juiz eleitoral, da
veracidade do teor do documento apresentado, uma vez que a declaração destina-se aos
eleitores, como subsídio na avaliação do patrimônio do candidato e dos recursos
empregados na campanha. Ademais, afirmou que o bem jurídico tutelado pelo art. 350 do
Código Eleitoral não é o equilíbrio ou a legitimidade do pleito, como pontuou o tribunal
de origem, mas a fé pública. E, nesse ponto, acrescentou que a falsidade ideológica
ofende a convicção coletiva de confiança e de credibilidade dos documentos
apresentados à Justiça Eleitoral.
LEI nº 9.504/97
Art. 39.
As hipóteses de crimes eleitorais nessas condições são muito restritas. Ex: Prefeito
que usa recursos públicos para compra de votos ou se vale do cargo para coagir um
eleitor a votar em alguém.
Art. 144, §1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:
“Na medida em que a própria Carta Magna não estabeleceu nenhuma restrição
quanto à aplicação da ação penal privada subsidiária, nos processos relativos aos
delitos previstos na legislação especial, deve ser ela admitida nas ações em que se
apuram crimes eleitorais. 3. A queixa-crime em ação penal privada subsidiária
somente pode ser aceita caso o representante do Ministério Público não tenha
oferecido denúncia, requerido diligências ou solicitado o arquivamento de
inquérito policial, no prazo legal. 4. Tem-se incabível a ação supletiva na hipótese
em que o representante do Ministério Público postulou providência ao juiz, razão
pela qual não se pode concluir pela sua inércia. [...]”
RITO PROCESSUAL:
Ø Imunidade Eleitoral
Art. 236 do CE: Nenhuma autoridade poderá, desde 05 dias antes e até 48 horas
depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em
flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime
inafiançável ou, ainda, por desrespeito a salvo conduto.
Após uma briga com sua esposa, o suspeito aplicou pelo menos sete facadas na
vítima e fugiu com os filhos. A DH foi até Quintino Bocaiúva, na Zona Norte do
Rio, e encontrou o corpo de Rosilangela da Silva Pinto, de 31 anos. Uma perícia
foi realizada no local e testemunhas foram ouvidas.