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TOP 3 – DIREITO

ELEITORAL
CONDIÇÕES DE
ELEGIBILIDADE
ATENÇÃO!!!
1-João, cidadão muito engajado politicamente, foi condenado, em
sentença transitada em julgado, à pena de detenção, substituída por
pena restritiva de direitos, por ter praticado um crime contra o
patrimônio. Enquanto a pena restritiva de direitos produzia efeitos,
João ajuizou ação popular em defesa do meio ambiente, isso em
razão de um loteamento clandestino que fora criado em uma área de
preservação ambiental de caráter permanente. Para surpresa de
João, o processo foi extinto sem resolução de mérito sob o
argumento de que os seus direitos políticos estavam suspensos em
razão dos efeitos produzidos pela condenação criminal. À luz da
ordem constitucional, é correto afirmar que a extinção do processo,
nas circunstâncias indicadas, foi:
ATENÇÃO!!!
A)certa, pois, enquanto a pena restritiva de direitos produzir efeitos, os
direitos políticos estarão suspensos;
B)errada, pois os direitos políticos de João não foram restringidos pela
sentença, o que lhe permitia ajuizar a ação popular;
C)errada, pois os direitos políticos de João somente estariam suspensos
caso estivesse cumprindo pena privativa de liberdade;
D)certa, pois os direitos políticos de João permanecerão suspensos nos
cinco anos subsequentes ao trânsito em julgado da sentença criminal
transitada em julgado;
ATENÇÃO!!!

“[...] 4. É autoaplicável o art. 15, III, da Constituição Federal, que


impõe a suspensão dos direitos políticos aos condenados em ação
criminal transitada em julgado enquanto durarem seus efeitos. [...] 7.
A suspensão dos direitos políticos é consequência automática da
condenação criminal transitada em julgado, ainda que a pena
privativa de liberdade tenha sido substituída por restritiva de direitos.
[...].”

(TSE: Ac. de 21.2.2019 no AI nº 70447, rel. Min. Admar Gonzaga).


GRAVE ESSA DESGRAÇA

Falta de legitimação para propor Ação Popular

a) Quem teve cancelada a naturalização por sentença transitada em


julgado.
b) Quem teve sua nacionalidade cancelada administrativamente.
c) Suspensão dos direitos civis por incapacidade absoluta.
d) Suspensão dos direitos políticos por condenação criminal transitada em
julgado.
e) Perda do direito político por recusa de cumprimento de obrigação a
todos imposta sem o cumpri- mento de prestação alternativa.
f) Suspensão dos direitos políticos por condenação em ato de
improbidade.
2- Após o devido processo legal, Pedro foi condenado em sentença
transitada em julgado pela prática de crime. Avaliando os efeitos
dessa condenação sobre os direitos de Pedro, enquanto durassem
os seus efeitos, assinale a afirmativa correta.
A)Ele não pode votar ou ser votado, mas nenhum outro direito
fundamental é afetado pela condenação, salvo decisão judicial em
sentido diverso.
B)Ele não pode votar ou ser votado, sendo-lhe ainda vedado o exercício
de direito fundamental que pressuponha a condição de cidadão.
C)Ele não pode se alistar, votar ou ser votado, mas pode exercer em sua
plenitude a totalidade dos direitos fundamentais.
D)Ele está provisoriamente alijado do exercício de direitos fundamentais
e de direitos políticos.
IMPORTANTE
Durante a vigência dos efeitos de uma condenação criminal transitada
em julgado, ocorre a suspensão dos direitos políticos, conforme
estabelecido no artigo 15, III, da Constituição Federal de 1988. Em
decorrência disso, o indivíduo condenado fica impedido de exercer
direitos que pressuponham sua condição de cidadão, como o direito
de voto e o direito de ser votado, ação popular (art. 5º, LXXIII, CF) e
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de
Contas da União (art. 74, § 2º, CF)

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou


suspensão só se dará nos casos de: [...]

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem


seus efeitos;
IMPORTANTE

SUSPENSÃO = Não Pode Votar // Não Pode ser Votado

INELEGIBILIDADE = Pode Votar // Não Pode ser Votado

INABILITAÇÃO = Pode Votar // Não Pode ser Votado (Perde o cargo)


3-Maria, estudante de direito, consultou seu professor a respeito da
possibilidade de os militares participarem das eleições, votando ou
concorrendo a cargos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo.
O professor respondeu corretamente que
A)todos os militares podem se candidatar a cargos eletivos, desde que se
afastem da atividade.
B)todos os militares podem se candidatar a cargos eletivos, desde que
sejam agregados pela autoridade superior.
C)o voto é permitido a todos os militares, mas somente podem concorrer
a cargos eletivos os militares que não exerçam funções de comando.
D)o alistamento eleitoral é vedado aos militares durante o serviço militar
obrigatório, mas os demais militares podem se alistar e votar livremente.
ATENÇÃO!
4-Maria, que pretendia concorrer a um cargo eletivo e tinha propriedades em
diversos Estados da federação, consultou o seu advogado a respeito do
conceito de domicílio eleitoral, considerando a sua situação pessoal e a
pretensão de se candidatar. A dúvida de Maria resultava do fato de residir há
muitos anos no Estado Alfa, mas talvez tivesse mais chances de ser eleita
em outro Estado.
O advogado respondeu corretamente que o domicílio eleitoral
A)necessariamente se sobrepõe ao domicílio civil, sendo direcionado pelos
mesmos requisitos de ordem objetiva e subjetiva.
B)se identifica com o conceito de posse ou propriedade, mas apenas se o eleitor
ali fixar a sua residência em caráter permanente.
C)não precisa coincidir com o domicílio civil, podendo ser fixado em razão da
presença de um vínculo especial com o respectivo local.
D)é definido de ofício pela Justiça Eleitoral, no momento do alistamento, mas pode
ser alterado pelo eleitor até seis meses antes da eleição.
A solução da questão encontra-se no Art. 42, parágrafo único do Código Eleitoral:

"Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor.

Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia
do requerente, e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas".

Nesse sentido, a jurisprudência do TSE:

“[...] Registro de candidatura. Cargo de senador. [...] 11. Hipótese em que preenchida a condição
de elegibilidade do art. 14, § 3º, IV, da CF/1988, uma vez que a candidata constituiu domicílio
eleitoral na circunscrição dentro do prazo exigido pela Lei nº 9.504/1997, sendo notório o vínculo
familiar da candidata com a localidade. O conceito de domicílio eleitoral pode ser
demonstrado não só pela residência no local com ânimo definitivo, mas também pela
constituição de vínculos políticos, econômicos, sociais ou familiares. Precedentes. Ademais,
eventual irregularidade na transferência de domicílio eleitoral deveria ter sido suscitada em
procedimento próprio, estando preclusa (arts. 57, 2º, e 71, I e III, do Código Eleitoral).
Precedentes. [...] ”. (Ac. de 4.10.2018 no RO nº 060238825, rel. Min. Luís Roberto Barroso.)

Portanto, é correto afirmar que o domicílio eleitoral não precisa coincidir com o domicílio civil,
podendo ser fixado em razão da presença de um vínculo especial com o respectivo local.
5-Pedro, brasileiro, 25 anos, solteiro, após se formar no curso de ciências
políticas na Universidade Federal do Tocantins, decidiu seguir seu sonho de
construir uma carreira política. Para iniciar sua jornada, Pedro decide se
candidatar ao cargo de vereador da cidade de Gurupi, sua terra natal. Tendo
em vista as condições de elegibilidade previstas no Art. 14, §3º, da
Constituição da República de 1988, a idade mínima para concorrer ao cargo
de vereador é de:
ATENÇÃO!
A) 18 anos;
B)21 anos;
C)30 anos;
D)35 anos;
PARTIDOS POLITICOS
6- XX, presidente do partido político Alfa, pretendia estruturar uma federação
partidária com o partido político Beta, mas tem dúvidas em relação à
conveniência dessa medida. Ao analisar a legislação, XX chegou às
conclusões a seguir.
I. A federação de partidos políticos pode ter abrangência nacional, estadual
ou municipal.
II. Os partidos reunidos em federação devem permanecer a ela filiados por
no mínimo 4 (quatro) anos, sendo que o descumprimento desse prazo
impedirá o partido, entre outras consequências, de celebrar coligação nas
duas eleições seguintes.
III. Os partidos políticos que integram a federação preservam sua identidade
e autonomia.
Está correto o que se afirma em

A)I, II e III.
B)II e III, apenas.
C)I e III, apenas.
D)I e II, apenas.
ATENÇÃO !!
Lei n. 9.096/95 – Lei dos Partidos Políticos.

I. Errado. Art. 11-A, §3º, IV – "a federação terá abrangência nacional e seu registro
será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral".

II. Correto. Art. 11-A, §3º, II c/c §4º.

III. Correto. Art. 11-A, §2º.


COLIGAÇÃO:
1) Constituída para disputar e vencer uma determinada eleição majoritária (Presidente, Governador ou Prefeito).
2) Sua atuação se limita ao período eleitoral. Depois da eleição, a coligação é dissolvida. Não precisa ser nacional.
3) É possível a existência de coligações de âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
4) Não é possível a coligação para disputar eleições proporcionais.
5) Registro perante o juízo competente para o registro de candidatura.
6) Durante o período eleitoral, o partido somente terá legitimidade para atuar de forma isolada quando
questionar a validade da própria coligação.
7) Eventual saída de partido de coligação impactará tão somente nas candidaturas eventualmente registradas,
sem qualquer penalidade ao partido.
8) A prestação de contas de campanha é feita por cada partido isoladamente (e não pela coligação).
FEDERAÇÃO:
1)Constituída para atuar, no mínimo durante 4 anos, como se fosse uma única agremiação partidária.
2) Sua atuação ocorre não apenas no período eleitoral, mas também durante o exercício do mandato.
A federação dura, no mínimo, 4 anos.
3) A federação, necessariamente, terá abrangência nacional.
4) Não existe essa restrição no caso da federação, que pode atuar tanto nas eleições proporcionais como
majoritárias.
5) Registro no TSE.
6) É assegurada a identidade e a autonomia dos partidos integrantes da federação.
7) O partido que sair da federação antes do prazo mínimo ficará sujeito a sanções.
8) A prestação de contas das campanhas será feita de forma conjunta, pela federação.
7-Maria foi eleita Deputada Federal pelo Partido Político Alfa. Pouco tempo
após a posse, Maria foi sondada em relação ao seu interesse em vir a se
filiar ao Partido Político Beta, já que Alfa não atingira os limites exigidos pela
cláusula constitucional de desempenho. Considerando os termos dessa
narrativa, é correto afirmar que Maria
ATENÇÃO !!.
Cláusula de barreira
⇒ Impõe que somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
TV → os partidos políticos que alternativamente.

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados - 3% dos votos válidos + em 1/3 das
UF (9 estados) + 2% dos votos válidos em cada uma delas. ou
II - eleger 15 Deputados Federais + em 1/3 das UF (9 estados)

Ao eleito por partido que não atingi-la ⇒ é assegurado o mandato + facultada a


filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido.
Essa filiação não é considerada para fins de distribuição do fundo ou tempo de TV.
A)foi eleita pelo sistema proporcional, logo, o mandato obtido pertence a Alfa, o
que a impede de se filiar a Beta, sob pena de perda do mandato.
B)somente pode se filiar a Beta caso Alfa também não atinja, na eleição
subsequente, pela segunda vez consecutiva, o limite exigido pela cláusula
constitucional de desempenho.
C)embora tenha sido eleita pelo sistema proporcional, pode se filiar a Beta caso
haja concordância de Alfa, sendo sua filiação considerada para fins de distribuição
dos recursos do fundo partidário.
D)pode se filiar a Beta, desde que este partido político tenha atingido os limites
exigidos pela cláusula constitucional de desempenho, não sendo sua filiação
considerada para certos fins, como o acesso gratuito ao tempo de televisão.
ATENÇÃO !!.
Cláusula de barreira
⇒ Impõe que somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
TV → os partidos políticos que alternativamente.

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados - 3% dos votos válidos + em 1/3 das
UF (9 estados) + 2% dos votos válidos em cada uma delas. ou
II - eleger 15 Deputados Federais + em 1/3 das UF (9 estados)

Ao eleito por partido que não atingi-la ⇒ é assegurado o mandato + facultada a


filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido.
Essa filiação não é considerada para fins de distribuição do fundo ou tempo de TV.
8- Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem Unificado XXXVIII

Helena, filiada ao partido político Beta e candidata ao cargo de governadora


do Estado Alfa, consultou seu advogado a respeito da composição dos
gastos de campanha, mais especificamente se o pagamento de honorários
em razão da prestação de serviços advocatícios, no curso e em razão da
campanha eleitoral, teria essa natureza jurídica. A assessoria respondeu,
corretamente, que os referidos honorários
Os gastos com honorários advocatícios são considerados como gastos eleitorais,
contudo não são sujeitos a limites, conforme artigo 18-A, parágrafo único, da lei
9.504/97:

“Art. 18-A. Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada campanha as


despesas efetuadas pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que puderem
ser individualizadas.

Parágrafo único. Para fins do disposto no caput deste artigo, os gastos


advocatícios e de contabilidade referentes a consultoria, assessoria e honorários,
relacionados à prestação de serviços em campanhas eleitorais e em favor destas,
bem como em processo judicial decorrente de defesa de interesses de candidato
ou partido político, não estão sujeitos a limites de gastos ou a limites que possam
impor dificuldade ao exercício da ampla defesa”.
A)estão incluídos no limite de gastos de campanha,
sendo tidos como despesas eleitorais.
B)são considerados gastos eleitorais e não estão
incluídos no limite de gastos de campanha.
C)pela sua essência alimentar, não têm correlação com
os gastos eleitorais, o que afasta a possibilidade de
serem enquadrados em qualquer limitador de despesas.
D)podem ser considerados gastos eleitorais, caso o
candidato assim os declare, e estão incluídos no limite de
gastos de campanha.
A alternativa A está incorreta e a alternativa B está correta.

Os gastos com honorários advocatícios são considerados como gastos eleitorais, contudo não são
sujeitos a limites, conforme artigo 18-A, parágrafo único, da lei 9.504/97:

“Art. 18-A. Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada campanha as despesas efetuadas
pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que puderem ser individualizadas.

Parágrafo único. Para fins do disposto no caput deste artigo, os gastos advocatícios e de
contabilidade referentes a consultoria, assessoria e honorários, relacionados à prestação de
serviços em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente
de defesa de interesses de candidato ou partido político, não estão sujeitos a limites de gastos ou
a limites que possam impor dificuldade ao exercício da ampla defesa”.

A letra C está incorreta. A sua desvinculação com a limitação de gastos não decorre de seu caráter
alimentar, mas pela garantia ao exercício da ampla defesa, conforme artigo acima mencionado.

A letra D está incorreta. Conforme comentado acima, são considerados gastos eleitorais, contudo
não estão sujeitos ao limite de gastos com a campanha.
9-Prova: FGV - 2023 - OAB - Exame da Ordem
Unificado XXXVIII –
No ano anterior à realização de eleições para cargos
eletivos federais e estaduais, os dirigentes dos
partidos políticos Alfa e Gama iniciaram tratativas
para se aliançarem, tanto nas eleições majoritárias
como nas proporcionais, mas havia dúvida em
relação ao modelo a ser utilizado. Após consultarem
a legislação de regência, concluíram corretamente
que deveriam formar
A coligação é uma forma de união entre partidos políticos para a disputa de
eleições majoritárias, mas não proporcionais. A coligação tem duração máxima de
quatro anos e deve ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A gestão colegiada é uma forma de administração dos partidos políticos, mas


não uma forma de união entre partidos políticos. A gestão colegiada é composta
por um grupo de dirigentes que são eleitos pelos filiados do partido.

O ajuntamento partidário é uma forma de união entre partidos políticos, mas não
é uma forma legal de união. O ajuntamento partidário não é reconhecido pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A)coligação, que se extinguirá ao fim do prazo para o
ajuizamento da ação de impugnação de mandato eletivo.
B)gestão colegiada, somente utilizada nas eleições
proporcionais, que deve perdurar até o fim do prazo do
mandato eletivo obtido.
C)ajuntamento partidário, que se extinguirá após a
diplomação dos eleitos.
D)federação, sendo que os partidos devem permanecer
filiados por no mínimo quatro anos, contados da data do
respectivo ingresso.
A alternativa A está incorreta. Coligações não podem ser formadas para eleições proporcionais,
apenas para eleição majoritária, conforme artigo 6º da Lei 9.504/97: “É facultado aos partidos
políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária”.
As letras B e C estão incorretas. As alternativas trazem nomenclaturas, gestão colegiada e
ajuntamento partidário, que não têm correspondência e regramento específico na legislação
eleitoral brasileira.

A letra D está correta.


A Federação de partidos cumpre a finalidade pretendida e a alternativa se mostra em
consonância com o artigo 11-A da Lei 9.096/95:
“Art. 11-A. Dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em federação, a qual, após sua
constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará como se
fosse uma única agremiação partidária.
§3º A criação de federação obedecerá às seguintes regras:
II os partidos reunidos em federação deverão permanecer a ela filiados por, no mínimo, 4
(quatro) anos”.
Nesse sentido, vejamos o que diz o artigo 11 – A, §3º da Lei nº
9.096/95:
“§ 3º A criação de federação obedecerá às seguintes regras:
I – a federação somente poderá ser integrada por partidos com
registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral;
II – os partidos reunidos em federação deverão permanecer a
ela filiados por, no mínimo, 4 (quatro) anos;
III – a federação poderá ser constituída até a data final do
período de realização das convenções partidárias; IV – a
federação terá abrangência nacional e seu registro será
encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral.”
COLIGAÇÃO:
1) Constituída para disputar e vencer uma determinada eleição majoritária (Presidente, Governador ou Prefeito).
2) Sua atuação se limita ao período eleitoral. Depois da eleição, a coligação é dissolvida. Não precisa ser nacional.
3) É possível a existência de coligações de âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
4) Não é possível a coligação para disputar eleições proporcionais.
5) Registro perante o juízo competente para o registro de candidatura.
6) Durante o período eleitoral, o partido somente terá legitimidade para atuar de forma isolada quando
questionar a validade da própria coligação.
7) Eventual saída de partido de coligação impactará tão somente nas candidaturas eventualmente registradas,
sem qualquer penalidade ao partido.
8) A prestação de contas de campanha é feita por cada partido isoladamente (e não pela coligação).
FEDERAÇÃO:
1)Constituída para atuar, no mínimo durante 4 anos, como se fosse uma única agremiação partidária.
2) Sua atuação ocorre não apenas no período eleitoral, mas também durante o exercício do mandato.
A federação dura, no mínimo, 4 anos.
3) A federação, necessariamente, terá abrangência nacional.
4) Não existe essa restrição no caso da federação, que pode atuar tanto nas eleições proporcionais como
majoritárias.
5) Registro no TSE.
6) É assegurada a identidade e a autonomia dos partidos integrantes da federação.
7) O partido que sair da federação antes do prazo mínimo ficará sujeito a sanções.
8) A prestação de contas das campanhas será feita de forma conjunta, pela federação.
INELEGIBILIDADES
ATENÇÃO!!!
10-Maria pretende concorrer ao cargo de Prefeita do Município Alfa,
sendo a única pretendente ao cargo no âmbito da convenção
partidária, mas foi informada pela assessoria jurídica do seu partido
político que isto não seria possível. Esse entendimento decorria do
fato de Maria ser alcançada por uma causa de inelegibilidade, que
somente iria exaurir os seus efeitos três dias antes da data da
eleição.
Insatisfeita com a informação da assessoria jurídica, Maria
consultou um advogado especializada na matéria, que lhe explicou
corretamente que a referida informação está
ATENÇÃO!!!
A)certa, pois o processo eletivo se inicia com o pedido de registro da
candidatura e Maria não poderá obter o seu deferimento em razão da
incidência da causa de inelegibilidade.
B)certa, pois o registro da candidatura de Maria será indeferido em razão
da referida causa de inelegibilidade, o que a impedirá de realizar
propaganda eleitoral e de ter o seu nome inserido na urna eletrônica.
C)errada, pois a presença de causas de inelegibilidade não deve ser
analisada por ocasião do pedido de registro da candidatura, mas, sim, à
época da diplomação.
D)errada, pois o exaurimento da inelegibilidade em momento anterior à
eleição configura alteração fática e jurídica superveniente ao registro, o
que afasta a inelegibilidade.
ATENÇÃO!!!

Art. 11, §10, da Lei n. 9.504/97: "As condições de elegibilidade e as


causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da
formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as
alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que
afastem a inelegibilidade".

Mais especificamente, o enunciado sumular n. 70 do TSE assim


dispõe: "O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da
eleição constitui fato superveniente que afasta a inelegibilidade, nos
termos do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/1997".
11-Maria, filha da Governadora do Estado Alfa,
pretendia iniciar a sua carreira política na próxima
eleição municipal. Com o propósito de verificar a
existência de algum óbice à realização desse
objetivo, consultou um advogado, sendo-lhe
corretamente informado que, com abstração dos
demais requisitos exigidos
ATENÇÃO!!!
A)em razão do cargo ocupado por sua mãe, ela não poderá concorrer a
qualquer cargo eletivo na eleição municipal, independentemente da
localização do Município.
B)em razão do cargo ocupado por sua mãe, ela apenas não poderá
concorrer na eleição a cargos eletivos de Municípios situados no território
do Estado Alfa.
C)em razão do cargo ocupado por sua mãe, ela apenas não poderá
concorrer a cargos eletivos de Chefia do Poder Executivo municipal.
D)em razão do cargo ocupado por sua mãe, ela está com os direitos
políticos suspensos até o fim do respectivo mandato.
Inelegibilidade reflexa: SÓ PARA O PODER EXECUTIVO

1) A inelegibilidade reflexa só é provocada pelo Presidente da República, Governadores e


Prefeitos.
2) Mandatos no Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores) não provocam a
inelegibilidade reflexa.
3) São atingidos pela inelegibilidade reflexa o cônjuge (ou o companheiro) e os parentes até o
2º grau do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos).
4) Caso o cônjuge (ou o companheiro) e os parentes até o 2º grau já forem titulares de
mandato eletivo, poderão se candidatar à reeleição (apenas).

Informações extras:

--> Atenção: As hipóteses de inelegibilidade relativa não são taxativas na Constituição


Federal, podendo lei complementar federal criar outras situações.
-->INELEGIBILIDADE REFLEXA - vínculo de 2º grau
--> Nepotismo - vínculo de 3º grau
-->Dissolução do vínculo conjugal, no curso do mandato ---------------> NÃO afasta a
INELEGIBILIDADE.
--> Caso de morte ------------------> AFASTA a inelegibilidade.
12-Mévio, prefeito do Município X, no curso de seu segundo
mandato consecutivo, em época de eleições municipais, procedeu
ao seu registro de candidatura para o cargo de prefeito, em eleições
que ocorreriam no Município Y, tendo sido aduzido pelo Ministério
Público que a hipótese seria de inelegibilidade, na forma do
parágrafo 5º, do Art. 14, da Constituição da República de 1988.

À luz da legislação pátria e da jurisprudência atualizada, é correto


afirmar que:
ATENÇÃO!!!
A)a hipótese trazida no enunciado não consiste em inelegibilidade, uma
vez que não se trata de reeleição para o cargo de prefeito para o mesmo
Município;
B)apenas presidente da República, governadores de Estado e do Distrito
Federal podem se candidatar à reeleição para um mandato em período
subsequente;
C)a inelegibilidade para um terceiro mandato consecutivo é afastada se o
exercício do cargo de prefeito se deu a título provisório, nos seis meses
anteriores ao pleito;
D)considera-se inelegível para determinado cargo de chefe do Poder
Executivo, o cidadão que já exerceu dois mandatos consecutivos, em
cargo da mesma natureza, ainda que em ente de federação diversa;
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:
A) a hipótese trazida no enunciado não consiste em inelegibilidade, uma vez que não
se trata de reeleição para o cargo de prefeito para o mesmo Município;
Não é permitida a figura do prefeito itinerante, ainda que em outro ente da federação.
É inelegibilidade pois não se pode ter o terceiro mandato consecutivo.
B) apenas presidente da República, governadores de Estado e do Distrito Federal
podem se candidatar à reeleição para um mandato em período subsequente;
De acordo com o art. 14 § 5º da C/88, "O Presidente da República, os Governadores
de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subsequente".
OBS.: A CF não impõe nenhuma limitação ao número de reeleições possíveis para os
cargos de Deputado Federal e de Senador da República.
C) a inelegibilidade para um terceiro mandato consecutivo é afastada se o exercício do
cargo de prefeito se deu a título provisório, nos seis meses anteriores ao pleito;
De acordo com o TSE "somente é possível eleger-se para o cargo de ‘prefeito
municipal’ por duas vezes consecutivas. Após isso, apenas permite-se, respeitado o
prazo de desincompatibilização de 6 meses, a candidatura a ‘outro cargo’, ou seja, a
mandato legislativo, ou aos cargos de Governador de Estado ou de Presidente da
República; não mais de Prefeito Municipal, portanto".
13-João, marido de Maria, governadora do Estado
Beta, almejava concorrer ao cargo eletivo de
Deputado Estadual, no mesmo Estado, nas eleições a
serem realizadas no ano seguinte. Para sua tristeza,
Maria faleceu no ano da eleição. À luz da sistemática
constitucional, é correto afirmar que João
ATENÇÃO!!!
A)está inelegível para o cargo almejado, qualquer que
seja o mês de falecimento de Maria.
B)está elegível para o cargo almejado, pois a ordem
constitucional não alberga inelegibilidades reflexas,
apenas inelegibilidades pessoais.
C)somente está inelegível para o cargo almejado caso
Maria tenha falecido nos seis meses anteriores à eleição.
D)está inelegível para o cargo almejado, salvo se Maria,
como Vice-Governadora, sucedeu o Governador no
curso do mandato.
ATENÇÃO!!!

SÚMULA VINCULANTE 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo


conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no
§ 7º do artigo 14 da Constituição Federal., ressalvada MORTE (Tema
678 STF), desde que ocorra no prazo legal de desincompatibilização,
ou seja, até 6 meses antes do pleito (Repercussão Geral. RE 758461 +
súmula 6 do TSE).

Por todo o exposto, a inelegibilidade reflexa atingiria João, que não


poderia candidatar-se a cargo municipal ou estadual no Estado se
ainda viva sua cônjuge governadora Maria, bem como se, nos seis
meses anteriores ao pleito, ela houvesse sucedido o titular do
governo (fora B, D e E). Embora Maria haja falecido, importa, sim,
conhecer a data do óbito, se nos seis meses anteriores ao pleito
ou não, para aferição da (in)elegibilidade do viúvo (fora A).
ATENÇÃO!!!

São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes


até o 2º grau, do PR, Governador, Prefeito ou de quem os substituiu dentro
dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição.

• O PR, os Governadores, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou


substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
período subsequente.

- Para concorrer a outros cargos, devem renunciar aos mandatos até 6


meses antes do pleito.

- Proibido prefeito itinerante.


ATENÇÃO!!!
"Não desista daquilo que você pede a DEUS todas
as noites"

Acredite!! Vai dar certo!

Você gravou essa DESGRAÇA!


@prof.andrelucas

Obrigado!

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