Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIREITOS POLÍTICOS
“Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.”
O art. 1º, parágrafo único, da CF, estabelece que todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
Assim, a regra geral é que o poder será exercido por pessoas escolhidas pelo povo.
A forma de eleição desses representantes será a do voto direto e secreto, de caráter
universal (todos os capazes poderão votar).
Além disso, em situações específicas, a Constituição Federal estabelece que a lei deverá
permitir a participação direta da população nas decisões políticas, através de três
institutos:
a) plebiscito: consulta à população sobre determinado assunto ainda foi votado pelo
Legislativo. É prévio (antes da decisão do Legislativo) e pode permitir uma entre várias
respostas (plebiscito de 1993, sobre o regime de governo no Brasil) ou pode ser
apresentado na forma de quesito (resposta sim ou não).
1
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
serviço militar obrigatório, os conscritos.”
Os brasileiros naturalizados podem votar e ser votados (somente não podendo ser
candidatos a Presidente da República e Vice-Presidente da República).
Conscrito é o alistado no exército, o recruta (militar temporário, não incorporado
definitivamente às forças armadas)
I - a nacionalidade brasileira:
Estrangeiro não pode votar nem ser votado. Brasileiro naturalizado pode votar e ser
votado, somente não podendo concorrer aos cargos previstos no art. 12, §3º, da CF.
2
governador de São Paulo deve estar alistado em Município deste Estado, e assim por
diante.
V - a filiação partidária:
No Brasil, todo candidato deve estar vinculado a um partido político. Não existe, assim,
aqui, a possibilidade dos chamados “candidatos independentes”, ou seja, sem filiação
partidária.
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE.
Inalistável é aquele não pode ser eleitor. Assim, quem não pode votar não pode também
ser votado. Os analfabetos podem votar, mas não podem ser candidatos.
3
“§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores
de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos
até seis meses antes do pleito.”
Além de não poderem se reeleger para o mesmo cargo mais de uma vez, os ocupantes
de cargos eletivos do Executivo, se quiserem concorrer a outros cargos (como
senadores, deputados, vereadores), precisam se desencompatibilizar do cargo que
ocupam em até seis meses antes da data da eleição.
Essa restrição não se aplica ao Vice-Presidente, aos Vice-Governadores nem aos Vice-
Prefeitos, desde que não tenham sucedido ou substituído o titular nos seis meses
anteriores à eleição (Lei Complementar 64/90).
Essa disposição visa impedir que os ocupantes de cargos utilizem-se de sua influência
para eleger seus cônjuges ou parentes até o segundo grau, consangüíneos e afins (pais,
filhos, avós, netos, irmãos, sogros, genros e cunhados).
Veja-se que a restrição aplica-se somente ao território de jurisdição do titular. Assim,
por exemplo, o filho do Governador do Estado de São Paulo não pode concorrer à
prefeitura de Campinas, mas pode ser candidato a deputado federal.
O texto abre somente uma exceção: se o parente ou cônjuge já for titular de mandato
eletivo, ele pode concorrer à reeleição.
Se o militar puder votar também poderá ser candidato, exigindo, porém, a CF, que os
que tiverem menos de 10 anos de atividade, deverão afastar-se da atividade (deverão
pedir baixa). Já os que tiverem mais de 10 anos somente passarão para a inatividade
se forem eleitos.
Diplomação é o ato formal pelo qual a Justiça Eleitoral reconhece os candidatos eleitos
e seus suplentes, entregando-lhes um certificado (diploma).