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DIREITO PENAL

PROF. NIDAL AHMAD

DIREITO CONSTITUCIONAL
PROF.ª CAROLINE BITENCOURT

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DIREITO CONSTITUCIONAL
PROF.ª CAROLINE BITENCOURT
@carolinemullerbitencourt

1. Direitos políticos
2. Partidos políticos
3. Chefe do executivo
4. Sanção e veto
5. Cabimento de ADI, ADC e ADPF

1. Direitos Políticos
Capacidade eleitoral ativa: direito de votar.
Capacidade eleitoral passiva: direito de ser votado.

Observação:
INALISTÁVEL: refere-se à capacidade ativa, que se reflete na passiva.
INELEGÍVEL: refere-se à capacidade passiva, que pode ser absoluta
(inelegível para qualquer cargo) ou relativa (referente a alguns cargos).

CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA


Exercita-se o sufrágio ativo mediante o VOTO.
São pressupostos do voto:
a) Alistamento eleitoral na forma da lei (título eleitoral);
b) Nacionalidade brasileira – estrangeiros não podem se alistar
como eleitores (art. 14, § 2º);
c) Idade mínima de 16 anos (art. 14, § 1º, II, c);
d) Não ser conscrito durante o serviço militar obrigatório.

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O voto direto, secreto, universal e periódico é cláusula pétrea (art.
60, § 4º, II).

Observação:
OBRIGATÓRIO: maiores de 18 e menores de 70 anos de idade.
FACULTATIVO: maiores de 16 e menores de 18 anos de idade;
analfabetos; maiores de 70 anos de idade

CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA – CONDIÇÕES DE


ELEGIBILIDADE
Art. 14, § 3º, da CF/88, na forma da lei:
➢ Nacionalidade brasileira;
➢ Pleno exercício dos direitos políticos;
➢ Alistamento eleitoral;
➢ Domicílio eleitoral na circunscrição;
➢ Filiação partidária.

Observação: Precisa-se observar, na capacidade passiva, não apenas as


condições de elegibilidade, mas que ela não pode incorrer nas
hipóteses de inelegibilidade – somente ilegibilidades relativas poderão
ser acrescidas por lei complementar.

2. Partidos políticos
Muita atenção ao art. 17, que sofreu alteração por Emenda
Constitucional em 2017.

Observação: Não é obrigatório os partidos manterem as mesmas


coligações nos âmbitos federal, estadual e municipal. A partir das
eleições de 2010, não é possível os partidos coligarem para cargos da
proporcional, como vereadores, deputados federais e estaduais.

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Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos:
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade
ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir
sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e
duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital
ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina
e fidelidade partidária.
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica,
na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior
Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2%
(dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação.

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§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização
paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos
no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem
perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo
essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do
fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.

3. Chefe do executivo
As principais funções do CHEFE DO EXECUTIVO são:
➢ Nomear e exonerar os Ministros de Estado;
➢ Exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da
➢ administração federal;
➢ Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir
decretos e regulamentos para a sua fiel execução;
➢ Vetar projetos de lei, total ou parcialmente, ou solicitar sua
consideração ao Congresso Nacional;
➢ Manter relações com países estrangeiros e acreditar seus
representantes diplomáticos;
➢ Decretar o estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção federal,
nos termos da Constituição;
➢ Remeter ao Congresso plano de governo, plano anual de
investimentos, assim como a prestação anual das contas relativas ao
exercício anterior;
➢ Exercer o comando supremo das Forças Armadas e nomear os
comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover
seus oficiais-generais e nomeá-los para outros cargos;
➢ O presidente é substituído no caso de impedimento (ver
impeachment) e sucedido, na vaga, pelo vice-presidente

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Em relação às leis ordinárias e complementares, muito importante
lembrar que há matérias que são de iniciativa privativa do Presidente
da República, que, por simetria, se for compatível, serão também de
iniciativa do governador do Estado e prefeito municipal:
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis
que:
I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II – disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e
orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos
Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico,
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da
União, bem como normas gerais para a organização do Ministério
Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração
pública, observado o disposto no art. 84, VI;
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de
cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência
para a reserva.

4. Sanção e veto
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o
projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o
sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou
em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á

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total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data
do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao
Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de
parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente
da República importará sanção.
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias
a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da
maioria absoluta dos Deputados e Senadores.
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para
promulgação, ao Presidente da República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto
será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as
demais proposições, até sua votação final.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas
pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do
Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao
Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

5. Cabimento de ADI, ADC e ADPF


AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
➢ O objeto da ação direta de inconstitucionalidade não recai
somente sobre a lei strictu sensu, podendo ser objeto qualquer ato
normativo que tenha as características de abstração e generalidade.
➢ Não cabe ADI ao STF de lei municipal.
➢ A ação direta de inconstitucionalidade não terá cabimento no
tocante à eventual ilegalidade da norma, cabendo apenas quando
houver omissão de atos diretamente reportados à Constituição, seja o
ato normativo, seja o não normativo.

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AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
➢ Introduzida pela EC nº 03/1993 e aperfeiçoada pela nº EC 45/2004
com finalidade de declarar a constitucionalidade de atos normativos
federais em face da Constituição, tornando caso julgado procedente.
➢ É a necessidade de que haja divergência judicial prévia
(segundo o art. 14, III, “controvérsia judicial relevante”).

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL


➢ Quaisquer atos do Poder Público, ou seja, tanto normativos
quanto atos concretos.

Descumprimento de preceito fundamental (art. 102, § 1º, da CF/1988)


+
Ato do Poder Público (art. 1º da Lei nº 9.882/1999)
=
Campo de atuação da arguição de descumprimento de preceito
fundamental (ADPF)

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