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CÓDIGO ELEITORAL
Art. 1º Este código contém normas destinadas a assegurar a organização das eleições, dos
partidos políticos, e o exercício de direitos políticos, precipuamente os de votar e ser votado.
Parágrafo único. Fica autorizado ao Tribunal Superior Eleitoral expedir instruções, por meio
de Resolução, para fiel execução da presente lei.
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido, em seu nome, por mandatários
escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos
nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis
específicas.
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que estiverem com o título eleitoral
em dia, na forma organizada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 7. Na eleição direta para o Senado Federal, para prefeito e vice-prefeito, presidente e
vice-presidente da república, adotar-se-á o princípio majoritário.
Art. 10. Somente podem concorrer às eleições candidatos registrados por partidos.
Art. 12. O registro pode ser promovido por delegado de partido, autorizado em documento
autêntico, inclusive telegrama de quem responde pela direção partidária e sempre com
assinatura ou por quem o Estatuto Partidário autorizar.
Art. 13. O candidato poderá ser registrado sem o prenome, ou com o nome abreviado,
desde que a supressão não estabeleça dúvidas quanto à sua identidade
Art. 14. Será negado o registro a candidato que, pública ou ostensivamente, faça parte, ou
seja adepto de partido político cujo registro tenha sido cassado com fundamento no art. 141,
§ 13, da Constituição Federal.
Art. 15. Pode qualquer candidato requerer, em petição, o cancelamento do registro do seu
nome.
§ 1º Caso o pedido de renúncia tenha sido protocolado em até 12 (doze) horas antes das
eleições, o partido poderá promover a substituição do candidato em até 6 (seis) horas antes
do início do pleito.
§ 3º Considerar-se-á nulo o voto dado ao candidato que haja pedido o cancelamento de sua
inscrição, salvo na hipótese de substituição deferida.
§ 6º Lacrada a urna, não será feita a mudança de nome, devendo ser considerado o nome
do antigo candidato.
Art. 16. As urnas serão abertas à meia-noite e serão fechadas às 19h do dia destinado às
eleições.
Art. 17. O eleitor deverá constar na urna seu nome completo (on-rp), seu nome e tag do
discord (off-rp), seu estado de residência e seu número de título de eleitor.
Art. 18. O eleitor poderá votar apenas uma vez, salvo comunicação ao Tribunal, em razão
de falha técnica, devendo seu IP ser registrado no Brasil, sem uso de camufladores, sob
pena de nulidade do voto.
Parágrafo único. O eleitor que residir fora do Brasil (off-rp) deverá comunicar o Tribunal
Superior Eleitoral logo após registrar seu voto.
Art. 19. Durante a votação, em caso de dúvida acerca da identidade do voto, os membros
do Tribunal Superior Eleitoral poderão dirimir as dúvidas acerca da questão do voto, no
privado de cada jogador, devendo este responder às indagações do Tribunal até as 19h,
sob pena de nulidade do voto.
II - que forem computados mediante utilização de VPN (camuflador do IP) ou com voto de
origem no exterior;
III - os votos duplicados, salvo se for possível identificar o eleitor original, devendo o
segundo voto ser anulado;
Art. 22. A apuração será divulgada em canal próprio, conforme a validação dos votos.
Art. 23. Após o encerramento da apuração, caso seja verificado erro na contagem, o
Tribunal poderá, de ofício, proceder à ratificação do resultado.
Art. 24. Os candidatos eleitos receberão diploma em canal próprio e de forma coletiva
contendo todos os eleitos.
Art. 25. Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a expedição
do diploma, poderá o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude.
a) os inalistáveis e os analfabetos
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça
Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo
de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou
tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;
f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8
(oito) anos;
Art. 28. Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao Ministério Público,
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contados da publicação do pedido de registro do
candidato, impugná-lo em petição fundamentada.
§ 1° A impugnação, por parte do candidato, partido político ou coligação, não impede a ação
do Ministério Público no mesmo sentido.
Art. 29. A partir do despacho inicial, o impugnado terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas
para que o candidato, partido político ou coligação possa contestá-la, juntar documentos,
indicar rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas, inclusive documentais,
que se encontrarem em poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos
judiciais, ou administrativos, salvo os processos em tramitação em segredo de justiça.
Art. 30. Decorrido o prazo para contestação, se não se tratar apenas de matéria de direito e
a prova protestada for relevante, será designada audiência para inquirição das testemunhas
do impugnante e do impugnado, as quais comparecerão por iniciativa das partes que as
tiverem arrolado, com notificação judicial.
§ 5° Se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo,
poderá o Juiz contra ele expedir mandado de prisão e instaurar processo por crime de
desobediência.
Art. 31. Encerrado o prazo da dilação probatória, nos termos do artigo anterior, as partes,
inclusive o Ministério Público, poderão apresentar alegações no prazo comum de 24 (vinte e
quatro) horas.
Art. 30. Encerrado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Juiz, ou ao
Relator, no dia imediato, para sentença ou julgamento pelo Tribunal.
Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal, formará sua convicção pela livre apreciação da prova,
atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados
pelas partes, mencionando, na decisão, os que motivaram seu convencimento.
Art. 31. As impugnações para qualquer cargo serão resolvidas monocraticamente pelo
relator, salvo às impugnações para as chapas presidenciais que serão deliberadas pelo
Plenário.
Art. 32.. Transitada em julgado ou publicada a decisão proferida por órgão colegiado que
declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver
sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido.
Art. 33. O candidato, partido político ou coligação são parte legítima para denunciar os
culpados e promover-lhes a responsabilidade; a nenhum servidor público, inclusive de
autarquias, de entidade paraestatal e de sociedade de economia mista será lícito negar ou
retardar ato de ofício tendente a esse fim, sob pena de crime funcional.
Art. 34. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral
poderá representar à Justiça Eleitoral, relatando fatos e indicando provas, indícios e
circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou
abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou
meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o
seguinte rito:
b) determinará que se suspenda o ato que deu motivo à representação, quando for
relevante o fundamento e do ato impugnado puder resultar a ineficiência da medida, caso
seja julgada procedente;
c) indeferirá desde logo a inicial, quando não for caso de representação ou lhe faltar algum
requisito desta lei complementar;
III - o interessado, quando for atendido ou ocorrer demora, poderá levar o fato ao
conhecimento do Tribunal Superior Eleitoral, a fim de que sejam tomadas as providências
necessárias;
V - findo o prazo da notificação, com ou sem defesa, abrir-se-á prazo para inquirição, em
uma só assentada, de testemunhas arroladas pelo representante e pelo representado, até o
máximo de 2 (duas) para cada um, as quais comparecerão independentemente de
intimação;
VII - no prazo da alínea anterior, o Relator poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou
testemunhas, como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam influir na decisão
do feito;
IX - se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, o
Juiz poderá expedir contra ele mandado de prisão e instaurar processo s por crime de
desobediência;
XI - terminado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Relator que julgará
monocraticamente, salvo se for o réu for de chapa presidencial, hipótese esta que deverá
ser apreciada pelo Plenário;
XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o
Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a
prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem
nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro
ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou
pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando
a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo
disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a
espécie comportar;
XVI – para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato
alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o
caracterizam.
Parágrafo único. O recurso contra a diplomação, interposto pelo representante, não impede
a atuação do Ministério Público no mesmo sentido.
Art. 35. O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e
notórios, dos indícios e presunções e prova produzida, atentando para circunstâncias ou
fatos, ainda que não indicados ou alegados pelas partes, mas que preservem o interesse
público de lisura eleitoral.
Art. 36. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 48
(quarenta e oito) horas contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do
poder econômico, corrupção ou fraude.
Art. 37. São legitimados ativos qualquer candidato, partido político, coligação e o Ministério
Público Eleitoral, devendo fazê-lo em petição fundamentada.
Art. 40. O Relator, desde logo, poderá ordenar liminarmente que as ilegalidades sejam
cessadas.
Art. 41. O réu terá prazo de 48 (quarenta e oito) horas para defesa, arrolando desde já
testemunhas e documentos.
Art. 42. Não havendo testemunhas a serem ouvidas, o relator intimará as partes para
alegações finais e julgará o caso, salvo na hipótese de representação contra a chapa
presidencial, que será de competência do Plenário.
Art. 43. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de
inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de
elegibilidade, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas após a expedição do diploma.
Art. 44. São irrecorríveis as decisões colegiadas do Tribunal Superior, salvo as que
declararem a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de
habeas corpus ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o
Supremo Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (três) dias.
§ 2º Admitido o recurso, será aberta vista dos autos ao recorrido para que, dentro de 2
(dois) dias, apresente as suas razões.
Art. 45. A propaganda de candidatos a cargos eletivos somente é permitida após o registro
da candidatura.
Art. 46. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos partidos e por
eles paga, imputando-se-lhes solidariedade nos excessos praticados pelos seus candidatos
e adeptos.
Art. 47. A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, mencionará sempre
a legenda partidária e só poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar meios
publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais,
emocionais ou passionais.
Parágrafo único. Sem prejuízo do processo e das penas cominadas, a Justiça Eleitoral
adotará medidas para fazer impedir ou cessar imediatamente a propaganda realizada com
infração do disposto neste artigo.
II – que provoque animosidade entre as Forças Armadas ou contra elas, ou delas contra as
classes e instituições civis;
VII – por meio de impressos ou de objeto que pessoa inexperiente ou rústica possa
confundir com moeda;
Art. 49. Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral, nem inutilizar, alterar ou perturbar
os meios lícitos nela empregados.
Art. 50. O direito de propaganda não importa restrição ao poder de polícia quando este
deva ser exercido em benefício da ordem pública.
Art. 51. O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no
interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os
direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Art. 52. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os
direitos fundamentais da pessoa humana.
Art. 53. É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento.
Parágrafo único. O mandado dos membros dos órgãos partidários não poderá ser superior
a 8 (oito) anos, sendo permitida a reeleição se o estatuto bem assim prever.
Art. 55. A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e
programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros.
Art. 56. É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de
organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.
Art. 57. O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 58. É livre a fusão e criação dos partidos políticos, devendo-se respeitar o número
máximo de partidos conforme resolução a ser editada pelo Presidente do Tribunal Superior
Eleitoral.
Art. 59. O requerimento do registro de partido político, dirigido ao Tribunal Superior Eleitoral,
deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a 10 (dez) pessoas,
não filiadas a partido político, e será acompanhado;
II - do número eleitoral entre 00 e 99, desde que não tenha outro registro;
IV - do estatuto partidário;
Art. 60. Observadas as disposições constitucionais e as desta Lei, o partido é livre para
fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e para estabelecer, em seu estatuto, a sua
estrutura interna, organização e funcionamento.
Art. 61. O Estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
Art. 61-A. As eleições para as executivas e para as prévias para as candidaturas deverão
ser realizadas de forma aberta em canal de livre acesso a todos os filiados, de modo a
possibilitar a auditoria da votação.
Art. 62. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos
políticos.
Art. 63. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o
atendimento das regras estatutárias do partido.
Art. 64. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo partido
pelo menos 1 (um) dia antes da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais.
Art. 65. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
I - morte;
III - expulsão;
V - filiação a outro partido, desde que autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral;
Art. 66. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do
partido pelo qual foi eleito.
III - mudança de partido durante a janela partidária, nos termos a serem definidos por
resolução editada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 67. A responsabilidade por violação dos deveres partidários deve ser apurada e punida
pelo competente órgão, na conformidade do que disponha o estatuto de cada partido.
§ 1º Filiado algum pode sofrer medida disciplinar ou punição por conduta que não esteja
tipificada no estatuto do partido político.
Art. 68. Na Casa Legislativa, o integrante da bancada de partido deve subordinar sua ação
parlamentar aos princípios doutrinários e programáticos e às diretrizes estabelecidas pelos
órgãos de direção partidários, na forma do estatuto.
Art. 69. O estatuto do partido poderá estabelecer, além das medidas disciplinares básicas
de caráter partidário, normas sobre penalidades, inclusive com desligamento temporário da
bancada, suspensão do direito de voto nas reuniões internas ou perda de todas as
prerrogativas, cargos e funções que exerça em decorrência da representação e da
proporção partidária, na respectiva Casa Legislativa, ao parlamentar que se opuser, pela
atitude ou pelo voto, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelos órgãos partidários.
Art. 70. Perde automaticamente a função ou cargo que exerça, na respectiva Casa
Legislativa, em virtude da proporção partidária, o parlamentar que deixar o partido sob cuja
legenda tenha sido eleito.
Art. 71. Fica cancelado o registro do partido que, na forma de seu estatuto, se dissolva, se
incorpore ou venha a se fundir a outro.
Art. 72. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o
cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado:
I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira;
III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral;
§ 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser precedida de processo regular,
que assegure ampla defesa.
Art. 73. Por decisão de seus órgãos nacionais de deliberação, dois ou mais partidos
poderão fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.
§ 4º Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido tem início com o registro, no
Ofício Civil competente da Capital Federal, do estatuto e do programa, cujo requerimento
deve ser acompanhado das atas das decisões dos órgãos competentes.
§ 5º Somente será admitida a fusão ou incorporação de partidos políticos que hajam obtido
o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos.
Art. 74. Sempre que este Código não indicar o grau mínimo, entende-se que será ele de 1
(um) dia a 5 (cinco) dias de prisão.
Art. 75. Quando a lei determina a agravação ou atenuação da pena sem mencionar o
"quantum", deve o juiz fixá-lo entre um quinto e um terço, guardados os limites da pena
cominada ao crime.
Art. 76. A pena de multa consiste no pagamento ao Tesouro Nacional, de uma soma de
dinheiro, que é fixada em dias-multa. Seu montante é, no mínimo, 1 (um) dia-multa e, no
máximo, 300 (trezentos) dias-multa.
§ 1º O montante do dia-multa é fixado segundo o prudente arbítrio do juiz, devendo êste ter
em conta as condições pessoais e econômicas do condenado, mas não pode ser inferior ao
salário-mínimo diário da região, nem superior ao valor de um salário-mínimo mensal.
§ 2º A multa pode ser aumentada até o triplo, embora não possa exceder o máximo
genérico caput, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do condenado,
é ineficaz a cominada, ainda que no máximo, ao crime de que se trate.
Art. 77. Aplicam-se aos fatos incriminados nesta lei as regras gerais do Código Penal.
Art. 81. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro,
dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer
abstenção, ainda que a oferta não seja aceita:
Art. 82. Valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou não
votar em determinado candidato ou partido:
Pena - multa;
Art. 85. Divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos
que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência
perante o eleitorado:
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem produz, oferece ou vende vídeo com conteúdo
inverídico acerca de partidos ou candidatos.
I - é cometido por meio da imprensa, rádio ou televisão, ou por meio da internet ou de rede
social, ou é transmitido em tempo real;
§ 1° Nas mesmas penas incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido, não foi condenado
por sentença irrecorrível;
§ 3º Incorrerá nas mesmas penas deste artigo quem, comprovadamente ciente da inocência
do denunciado e com finalidade eleitoral, divulga ou propala, por qualquer meio ou forma, o
ato ou fato que lhe foi falsamente atribuído.
Art. 89. As penas cominadas nos crimes de calúnia, difamação e injúria eleitoral
aumentam-se de 1/3 (um terço) até metade, se qualquer dos crimes é cometido:
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ofensa.
Art. 91. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público
verdadeiro, para fins eleitorais:
Pena - prisão de 2 (dois) a 6 (seis) dias e multa;
Art. 93. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dêle devia constar, ou
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins
eleitorais:
Art. 95. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública.
Parágrafo único. O ofendido poderá promover queixa-crime eleitoral nos crimes de calúnia,
injúria e difamação.
Art. 96. Todo cidadão que tiver conhecimento de infração deste Código deverá comunicá-la
ao Tribunal Superior Eleitoral onde a mesma se verificou.
Art. 97. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do
prazo de 2 (dois) dias.
III - fôr manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar à condição exigida pela lei para o
exercício da ação penal.
Parágrafo único. Nos casos do número III, a rejeição da denúncia não obstará o exercício
da ação penal, desde que promovida por parte legítima ou satisfeita a condição.
Art. 99. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento pessoal do
acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público.
Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 2 (dois) dias para oferecer
alegações escritas e arrolar testemunhas.
Art. 101. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe apelação ao Plenário, no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 102. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem
conexos, assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á,
como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal.
TÍTULO V - DISPOSIÇÕES FINAIS