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Resumo – Cidadania Politica:

- PRICÍPIO DA SUPREMACIA POPULAR: Art. 1º, §Único, CF – Todo poder emana do povo, exercido por
representantes eleitos ou diretamente.
- Espécies de Democracia:
- Direta: Plebiscito ou referendo;
- Indireta/representativa: vereadores, deputados, senadores, etc. são os representantes eleitos. No Brasil a
democracia é participativa, semidireta – representativa e em parte direta, pois também tem plebiscito e
referendo.
- Voto: Instrumento utilizado para exercer o sufrágio. Concretiza o principio da soberania popular.
- Sufrágio: Direito subjetivo de participar da formação da vontade popular.
- Sufrágio Universal: Adotado no Brasil. Todos podem votar, com restrições mínimas.
- Sufrágio Restrito: Não aplicado no Brasil. Pode ser censitário (limite por renda), ou capacitário (limite a
determinado nível de instrução) e o parcial (limita sexo, raça, etnia).
- Voto Feminino: Primeiro país foi Nova Zelândia em 1893, no Brasil, constituição de 1934. A partir de 1988,
analfabetos passaram a ter direito facultativo de votar.
- Formas de Manifestação do Sufrágio: Voto; Plebiscito; Referendo; Leis de Iniciativa Popular; Ação Popular.
- Plebiscito: Convocado pelo CN, antes de editar determinada lei.
- Referendo: Convocado pelo CN, a lei já existe, o referendo é para conhecer se a população a aprova, no todo
ou em parte. Plebiscito e Referendo são instrumentos de exercício da democracia direta.
- Iniciativa popular de Leis: Art. 61, CF - Instrumento de democracia direta – em rega as leis nascem do
legislativo ou são propostas pelo executivo e aprovadas no legislativo. As leis de iniciativa popular são
apresentadas na câmara dos deputados (casa do povo). Ex: Lei da ficha limpa.
- Ação Popular: Art. 5º, LXXIII, CF – parte da doutrina entende também como forma de democracia direta.
- Clausulas Pétreas da CF: Formam o núcleo duro que não podem ser retirado ou limitado, Art. 60, § 4º, CF. EC
podem ampliar direitos destas clausulas, mas não retirar ou reduzir (Forma Federativa de Estado; voto direto,
secreto, universal e periódico; separação dos Poderes; os direitos e garantias individuais).
Essas características do voto não podem ser retiradas:
- Direto: Direito personalíssimo de escolher seu representante. Não proibição do voto, Não título p/ procuração.
- Universal: Direito ao voto por todos os cidadãos.
- Periódico: Na república, não há vitaliciedade no poder, o voto de tempo em tempo, faz a alternância de poder.
- Secreto: Por isso não pode ser impresso, segundo ADIN, para que o sigilo do voto seja protegido.
- Voto facultativo seria constitucional: Sim, por EC. A cláusula pétrea não obriga, faculta a todos o direito.
Art. 14º: Alistamento Eleitoral: Tirar o título – inclusão no rol de eleitores do município. Obrigatório aos maiores
de 18 anos, facultativo para: Analfabetos, Maiores de 70 anos, Maiores de 16 e menos de 18 anos.
- Menores de 16 anos: Res TSE: Permitido tirar o título no ano eleitoral, se completar 16a até o dia da eleição.
- Estrangeiros e Conscritos do serviço militar: Art. 14, §2º - Não podem alistar como eleitores. Durante o serviço
militar obrigatório (tiro de guerra), não podem tirar o título de eleitor, os que tem ficam suspensos.
- Militar Alistável: Que não é conscrito, atendendo as condições, é elegível: Se contar menos de 10 anos de
serviços, deverá afastar-se da atividade; Se contar mais de 10 anos de serviço, se eleito, no ato da diplomação,
passará automaticamente para a inatividade (aposentadoria).
- Estrangeiro: Não é alistável – salvo os portugueses, se houver reciprocidade. Condições: Morar no Brasil há
pelo menos 3 anos e solicitar na justiça eleitoral o título. O brasileiro que pedir para votar em Portugal fica com
título suspenso no Brasil e vice-versa em relação aos portugueses.
- Cargos privativos de Brasileiros: Presidente e Vice; Presidentes da Câmara e Senado; Ministros do STF;
Diplomatas; Oficiais das forças armadas e Ministro de Estado da Defesa.
- índios: Somente índio integrado pode votar – o que integrou os costumes brasileiros, à comunhão nacional.
Todos os índios podem votar, desde que atendam os requisitos mínimos da CF.
- Pessoas Absolutamente Incapazes: Os direitos políticos são suspensos – hoje só os menores de 16 anos.
- Pessoa com deficiência: Com o Estatuto do deficiente, são plenamente capazes e os com deficiência mental
podem ser relativamente incapazes - 4, III do CC, ou seja: devem votar e podem ser votados.
- Resolução TSE 21920/04: Todos são obrigados a tirar o título e votar, mas não está sujeita a sansão pessoa com
deficiência que torna impossível ou extremamente oneroso o exercício do voto. Deve solicitar ao juiz eleitoral,
certidão de quitação eleitoral com prazo de validade indeterminado.
- Pessoas com mobilidade reduzida: Deficiência tem caráter de longo prazo, mobilidade reduzida tem caráter
transitório. Tem que ter acessibilidade garantida ao local de votação. Proibidas seções eleitorais exclusivas (tem
que ter inclusão), se a pessoa quiser, pode ser acompanhada por pessoa de confiança na votação.
- PRNCÍPIO DA ANUALIDADE ELEITORAL: Art. 16, CF. O STF considerou clausula pétrea. Lei que alterar o processo
eleitoral entra em vigor na data da publicação, mas não se aplica a eleições que ocorrerem no prazo de um ano.
Não é toda lei eleitoral, são aquelas que modificam o processo eleitoral. Ex: Lei da ficha limpa.
Se aplica também a EC, mudança de entendimento jurisprudencial e resoluções da justiça eleitoral.
Importante: A entrada em vigor com a publicação, a aplicação é que após um ano.
- Sistemas Eleitorais: É a maneira de se realizar a contagem dos votos para definição dos candidatos eleitos.
- No Brasil: Sistema Majoritário e Proporcional.
- Sistema Majoritário: Se divide em
- Majoritário Absoluto: Para ser eleito precisa 50% + 1, dos votos válidos. Se aplica a Presidente, Governadores
e Prefeitos em cidades com mais de 200mil eleitores e vices.
*Voto válido = Votos totais, menos brancos e nulos.
- Majoritário Relativo: É eleito o candidato mais votado, independentemente de ter 50% mais 1 dos votos
válidos. Se aplica a Senadores e a prefeitos e vices de cidades com menos de 200 mil eleitores.
- Sistema Proporcional: Sistema no qual é considerado o quociente eleitoral e o quociente partidário.
- Quociente Eleitoral: Total de votos válidos dividido pelo numero de cadeiras.
- Quociente Partidário: Total de votos do partido dividido pelo quociente eleitoral.
- Coligações: Estão proibidas para o sistema proporcional a partir da próxima eleição (2020), mas para o sistema
majoritário continua permitido, nele só somam os temos de TV.
- Total de deputados: Depende do tamanho da população. Mínimo de 8 e máximo de 70 por estado. Total geral
de 513. Para aprovar Emenda Constitucional, necessário mínimo de 308 votos favoráveis.
- Total de Senadores: 81, sendo 3 por Estado. Mínimo de 49 votos favoráveis para aprovar EC.
- Capacidade Eleitoral Ativa: Significa a possibilidade de votar.
- Inalistáveis: estrangeiros; conscritos; analfabetos e menores de 16 anos. Não pode tirar o título de eleitor.
- Capacidade Eleitora Passiva: Significa a possibilidade de ser votado.
- Direitos políticos: Capacidade Eleitoral Ativa + Passiva
Obs: É vedada a cassação de direitos políticos (ato unilateral se contraditório e ampla defesa).
- Casos de Perda ou suspensão de direitos políticos:
- Cancelamento de naturalização por sentença transitada em julgado (perda);
- Incapacidade civil absoluta (suspensão, após os 16 anos volta a capacidade);
- Condenação Criminal Transitada em julgado, enquanto durar seus efeitos (suspensão) – preso prov. Vota.
- Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa (tiro de guerra): Para o direito
constitucional: perda, para o direito eleitoral é suspensão, pois pode posteriormente fazer a prestação.
- Improbidade administrativa: Suspensão dos direitos políticos e perda do cargo.
- Capacidade Eleitoral Passiva: Possibilidade de receber votos.
- São Inelegíveis: São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
- Domicílio Eleitoral: Diferente de domicílio civil. Domicílio Civil = local onde a pessoa permanece, reside. Já o
domicílio eleitoral pode ser diferente de onde reside, pode ser onde a pessoa tem interesses: Políticos (ex. líder
Sindical), afetivo (familiar), Patrimonial – análise feita pelo Juiz Eleitoral, caso a caso.
- DIVISÃO GEOGRÁFICA JUSTIÇA ELEITORAL:
- Circunscrição: Local onde se realizará as eleições. Pode significar o Estado da Federação, pelo contexto da
resolução sabe-se o local.
- Para concorrer ao pleito: Necessário 6 meses de filiação partidária deferida e 6 meses de domicílio eleitoral.
- Zona Eleitoral: Área onde fica o juiz eleitoral, normalmente mesma área da comarca, porém em grandes
cidades, há mais de uma zona eleitoral.
- Seção Eleitoral: Local de votação, onde se encontra a urna eleitoral – é a divisão da Zona Eleitoral.
Segundo STF:
- Mandato de cargo eleito pelo sistema proporcional, pertence ao partido, mandato do eleito pelo sistema
majoritário pertence ao eleito. Em infidelidade partidária (troca de partido) do eleito pelo sistema proporcional, o
eleito perde o mandato, que vai para o partido.
- Idade mínima: art. 14, §3º, IV
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
OBS: A idade mínima é comprovada na data da posse, salvo no caso de vereador, cuja idade mínima deve ser
comprovada no momento do registro da candidatura. Lei 9504/97, art. 11, §2º.
- Reeleição: Art. 14, §5º - Presidente da República, Governadores e Prefeitos e quem os houver sucedido ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.
- Prefeito Itinerante: Prefeito de uma cidade, após dois mandatos, transfere título para outra cidade e tenta se
eleger lá - três mandatos subsequentes – não é permitido. Nem pode ser vice de outro.
- Para concorrer a outros cargos: Chefes do Executivo (presidente, governadores e prefeitos), devem renunciar
até 6 meses antes do pleito. Se for concorrer a reeleição não precisa renunciar.
- Inelegibilidade Reflexa - Art. 14, §7º - São inelegíveis, no território de circunscrição do titular, o cônjuge e
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, dos chefes do executivo (presidente,
governadores e prefeitos), ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito. Salvo se já for
titular de mandato eletivo e candidato a reeleição.
- Sumula 18 do STF: O divorcio durante o mandato não impede a inelegibilidade do cônjuge.
- Sumula 6 do TSE: Se o chefe do poder executivo que está no primeiro mandato (ou seja reelegível) e até 6
meses antes do fim do mandato, falecer ou renunciar, o cônjuge pode ser elegível.
- Cargo Comissionado: É livre nomeação e exoneração, pode ser preenchido por qualquer pessoa, não precisa
passar em concurso público. Já função comissionada só pode ser preenchida por que passou no concurso.
- Sumula vinculante nº 13: Veda nepotismo, tanto para cargo em comissão quanto para função comissionada. A
vedação do nepotismo é até o 3º grau.
- STF: Secretários municipais, estaduais e ministros do presidente da república, não entram nessa vedação ao
nepotismo. Porque o supremo entende que são cargos de natureza política. Mas deve haver um mínimo de
conhecimento técnico.
- Fundo Partidário: Art. 17, CF (Mudou recentemente). Hoje para ter direito ao fundo partidário: Ler o art. 17
alterado.

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