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Aula 05/09:

Cidadania passiva:
 Cidadania passiva: diz respeito ao elegível, diz respeito a
qualidade do candidato diante o setor eleitoral (cidadania ativa por
alistamento) passiva tem requisitos
 Aquisição: Condições de elegibilidade Art 14 §3° "a nacionalidade,
o pleno exercício dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, o
domicílio eleitoral na circunscrição, a filiação partidária, a idade
mínima" pra ser cidadão ativo tem que ser nacional, quando fala
de nacionalidade pode ser tanto brasileiros natos quanto nacionais
naturalizados, o cidadão não pode ter tido suspensos e nem ter
perdido os direitos políticos na forma do ART 15: condenação
criminal, incapacidade civil, se alistar (exigência da cidadania
ativa), a competência é a medida da jurisdição estabelece até
onde vai o supremo (pro direito comum) no direito eleitoral a
medida da competência é a circunscrição existem três no direito
Constitucional estadual, nacional, municipal (até 6 meses antes
para o eleitor saberem os candidatos elegíveis) domicílio eleitoral
(local de centro da sua vida política, tem que ter uma identidade)
não coincide no domicílio civil, tem que estar filiado ao partido
político pelo qual pretende disputar o voto em até 6 meses de
carência (nos EUA é possível um candidato avulso sem filiação
partidária) a partir da eleição o mandato é do partido o sujeito só
se elege com os votos da legenda do partido. O eleitor não vota no
candidato, vota no partido, se o parlamentar mudar de partido ele
perde o mandato (exceto por justa causa, criar um novo partido, ou
por perseguição interna, ou por objeção de consciência), e a
questão da idade que a const estabelece uma progressividade a
maioridade passiva começa aos 18 apenas para o cargo de
vereador, vinte um para deputados, prefeitos e vice-prefeitos e juiz
de paz (existe eleição de juiz no Brasil? A const prevê mas não
tem)

Aula 06/09:
Continuação da aula 05/09:
 Inelegibilidade §4° são inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos
 É uma inelegibilidade absoluta essas pessoas do ART não podem
ser eleitas pra cargo nenhum e em hipótese nenhuma
 Estrangeiro não dá palpite na vida do país onde ele não é nacional
 Inelegíveis: estrangeiros e os conscritos durante o período militar
obrigatório (não participa mas não entrega documentação)
 Analfabetismo funcional, que não é capaz de expressar suas
ideias no papel e não tem em regra 4 anos de ensino formal
 Quem pode votar pode ser votado
 §5° O presidente da república, os governadores de estado e do
distrito federal, os prefeitos e quem os houver sucedido ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um
único período subsequente. A nossa tradição sempre foi vedar a
reeleição, a partir de 98 se incorporou a reeleição, agora eles
podem ser titulares em um mandato e reeleito subsequente,
passando a reeleição ele fica inelegível por um ano podendo se
reeleger após
 §6° Para concorrerem a outros cargos, o presidente da república,
os governadores de estado e do distrito federal e os prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes
do pleito. Se o presidente da república quiser concorrer a
reeleição, ele concorre no mandato, não renuncia, um exemplo
desse parágrafo é um governador querer concorrer a presidente,
tem que renunciar o cargo assumindo o mandato o seu vice.
 §7° São inelegíveis, no território de jurisdição titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do presidente da república, de governador do estado ou
do território, do distrito federal, de prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição
 A mulher do presidente é inelegível para qualquer cargo da eleição
do próximo ano, para evitar um tipo de abuso de poder

Aula 18/09:
Direitos políticos
 ART 15° "É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou
suspensão só se dará nos casos"
 A const de 88 aboliu a cassação dos direitos políticos, o que
significa? A cassação é uma medida do poder executivo
(presidente da República), um ato administração que acarreta a
supressão dos direitos políticos
 Não tem cassação dos direitos políticos, o que existe é cassação
de mandato parlamentar
 Quem determina a cassação? O próprio parlamento
 Cassação de direitos políticos? Não, o artigo 15 acabou com isso,
o que existe hoje é perda ou suspensão (cassação de mandato é
possível)
 A const prevê a perda ou suspensão dos direitos políticos (é o que
se tem hoje, atos aplicados pelo juiz
 O que é perda e suspensão? Perda: é a supressão definitiva dos
direitos políticos, o cidadão não pode votar nem ser votado,
retirada total
 Suspensão: supressão temporária de prazo certo/determinado dos
direitos políticos
 Tanta perda e suspensão ocorrem de uma decisão judicial
 Hipóteses:
I. Cancelamento da naturalização por sentença transitada em
julgado. (Única hipótese de perda) a pessoa perde a condição de
brasileira, passa a ser estrangeira
II. Incapacidade civil absoluta. (Hipótese de suspensão) segundo o
regime Constitucional quem não tem competência para administrar
a sua vida privada que precisa de um curador para isso, não pode
então participar dos negócios do estado (votando e sendo votado)
III. Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem
seus efeitos (hipótese de suspensão) o condenado criminalmente,
criminoso (na política não há espaços para criminosos), continua
brasileiro só não pode votar e ser votado independente do regime,
enquanto durar o período da condenação
Iv. Recusa de cumprir obrigação a todos os imposta ou prestação
alternativa, nos termos do ART 5° VIII (hipótese de suspensão)
quando se recusa de cumprir a sua obrigação é necessária uma
suspensão de acordo com seus costumes
V. Improbidade administrativas, nos termos do ART 37 (hipótese
de suspensão) o agente político age de forma ofensiva a
probidade administrativa
 ART 16. Prevê uma regra, princípio da anualidade eleitoral "a lei
que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando a eleição que ocorra até um ano da
data de sua vigência", uma norma que altera o processo eleitoral
só pode produzir o efeitos 1 ano depois
Sistema Constitucional das crises:
 Significa aquela situação de necessidade pública que justifica a
adoção temporária de uma legalidade extraordinária
 A crise é uma situação excepcional, como enfrentar a crise
garantindo a manutenção do estado democrático de direito? A
const pensou em um sistema para atacar a crise, são situações
que o país está fora das suas condições naturais ex: uma
enchente, uma pandemia
 ART 136 "O presidente da república pode, ouvidos o conselho da
república e o conselho da defesa nacional, decretar estado de
defesa para preservar ou prontamente reestabelecer, em locais
restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza
 Estado de necessidade pública
 Características: temporariedade, e a suspensão do exercício de
direitos fundamentais
 Temporariedade: situação excepcional é adotada por prazo certo,
determinado, temporária. Tempo necessário para superar a crise
 Suspensão do exercício dos direitos fundamentais: na crise a
situação é tão dramática que a const autoriza a suspensão dos
exercícios dos direitos, mas não é rasgar a constituição e não é
por muito tempo. O eu sede em favor do nós, em favor do
interesse público indicados expressamente na constituição, a
constituição diz quais os direitos devem ser suspensos

Aula 19/09:
Estado de defesa
 Sistema de emergência: sistema Constitucional das crises, de
necessidade pública. A constituição prevê o sistema para se
defender de uma crise
 Temporariedade (que é temporária, tem prazo certo) e suspensão
dos exercícios de direitos fundamentais (onde o eu sede em favor
do nós, a suspensão do exercício, não significa revogar os direitos,
e a suspensão vale por um certo tempo)
 Princípios que orientam o sistema de emergência:
 Gradualismo - significa que no sistema de emergência deve ser
adotado primeiro a medida menos restritiva ao exercício dos
direitos fundamentais e caso ela se mostre insuficiente, aí então
adotar a medida mais radical. No gradualismo primeiro se recorre
ao estado de defesa, caso ele não funcione aí então se recorre a
medida mais dura que é o estado de sítio. (É uma gradação, uma
escadinha, primeiro uma e depois a outra)
 Proporcionalidade - significa que deve a ver uma relação de
causalidade (causa e efeito) entre os meios de que se lança a mão
os direitos que vão ser suspensos e os fins que se visa atingir (ex:
legitima defesa)
 Corresponsabilidade - significa que o sistema de emergência
decorre de medidas a quatro mãos entre Legislativo e executivo,
entre sociedade e estado. São medidas compartilhadas, uma
responsabilidade solidária (executivo e legislativo)
 A crise não é boa conselheira, logo durante a crise não se deve
mexer na constituição
 Espécie dos gêneros do sistema de emergência da crise: estado
de defesa e estado de sítio
 Estado de defesa: (ART 136)
 ART 136 "O presidente da república pode, ouvidos o conselho da
república e o conselho da defesa nacional, decretar estado de
defesa para preservar ou prontamente reestabelecer, em locais
restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza
 1. Justificativa: a preservação e o restabelecimento da ordem
pública e da paz social ameaçadas ou atingidas por calamidade
grave ou estabilidade institucional
 2. Procedimentos: Primeira etapa é a oitiva dos conselhos pra que
seja decretado o estado de defesa o presidente da República deve
convocar, reunir e ouvir os conselhos da República e da defesa
nacional, o parecer dos conselhos não tem força
vinculante (não obriga)

Aula 26/09:
 Estado unitário/simples: forma mais antiga, uma única forma
apenas de estado, que se adapta bem ao tipo de estrutura de
distribuição espacial. Uma única ordem jurídica total
 Federado: produto da engenharia Constitucional norte americana.
A federação surge a partir de um processo histórico, a partir de um
caso concreto
 Federação: forma de estado baseada na descentralização do
poder, forma de estado mais sofisticado, mais complexo (os
estados estão unidos), ela é uma união de estados membros,
estados autônomos, não mais soberanos
 Enquanto a federação americana nasce por agregação a
federação brasileira crescer por um movimento centrífugo
 Repartição de competências: divisão vertical do poder
 Representação senado: a participação dos estados na formação
da vontade nacional, na hora de fazer a lei há duas câmaras. O
senado é a representação dos estados, o senador representa os
estados, na hora de fazer a lei, cada estado está representado de
forma igualitária
 Vínculo indissolúvel: esse é o vínculo que se estabelece entre os
vínculos federados, na federação depois que entra não sai. Estado
federado é baseado em um vínculo indissolúvel. ART 1° "A
República federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
estados e municípios e do distrito federal"
 A união não intervirá nos Estados nem no distrito federal, exceto
para manter a integridade nacional
 Auto constituição: o fato das unidades federadas terem o poder de
se auto constituir, expressão jurídica da vontade política dos
estados, os estados estabelecem a sua vontade própria

Aula 27/09:
Federação brasileira
1. Evolução histórica
 1824: Primeira constituição: poder centralizado
 1837: constituição de fachada (o poder ainda está
centralizado, ditadura)
 1846: Federalismo cooperativo, inspirado no modelo alemão,
onde a repartição de competências passa a ser
compartilhada, todos os entes federados concorrem pro
mesmo fim.
 1867: Ditadura, concentração de poder
 1891: poder migra e se desloca para as mãos do estado,
descentralização
 1988: aumentou as competências dos estados e dos
municípios
 Federação: dizer quem faz o que e com que dinheiro, quem
é que pode instituir impostos
2. Modelo
 Federação = união + estados membros (pacto federativo a
const de 88 ainda inclui os municípios)
 Os municípios (não tem judiciário) não participam da
formação da vontade nacional
 Tribunal de contas é órgão nacional do legislativo (tem
tribunal, mas não é do judiciário)
3. Origem
 ART 18 §1° Brasília é a capital federal, define a capital. A
capital federal não é o distrito federal, a capital federal é o
avião, a cabine onde está a direção do avião, o corpo do
avião e as asas do avião. Brasília é o plano piloto, as
chamadas cidades satélites cidades não são, não são
capitais e nem se quer municípios, são geridas por um
administrador regional nomeado por um governador
 §2° Os territórios federais integram a união, e sua criação,
transformação em estado ou reintegração ao estado de
origem serão reguladas em lei complementar
 Não existe território federal no Brasil hoje, os que tinham
foram adicionados em estados, não se impede de serem
criados, é uma descentralização administrativa da união.
 §3° Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formaram
novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, através do plesbicito, e
do congresso nacional por lei complementar
 §4° A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
de municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período
determinado por lei complementar federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plesbicito, às populações dos
municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de
viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma
da lei. Não havia essa exigência, o congresso que
estabeleceu, mas a lei complementar que o artigo cita nunca
foi criada, por isso não se tem municípios novos, logo hoje é
impossível criar município do Brasil.

Aula 02/10:
 Repartição de competências: distribuir quem faz o que e com que
dinheiro
 Aumentou a distribuição de competências materiais, mas nem
tanto as tributárias
 Material: são as competências administrativas, também chamadas
de competências substanciais e substantivas, tratar de
competências que dizem respeito a execução de obras a
prestação de serviços a implementação de serviços. Define quem
faz o que, quem executa a obra quem é que faz os serviços
 Formal: também chamadas de processuais ou legislativas quem
pode legislar sobre o que, tem matéria tributária a constituição cria
a competência a legislação cria o tributo
 Exclusiva: aquela competência de uma pessoa jurídica de direito
público interno e é indelegável e intransferível
 Privativa: de uma pessoa jurídica de direito público interno mas ela
é delegada, mas é transferível
 Comum: também chamada de competência concorrente, aquela
competência que cabe a mais de um ente federado cuja execução
concorrem mais de uma pessoa jurídica do direito público interno
 Quando a competência comum ou concorrente for em matéria
legislativa, a regra do art 24 é a seguinte: a união estabelece os
princípios gerais e os estados estabelecem as normas principais
 A competência suplementar é uma competência comum, que
ocorre quando há um vazio uma omissão, uma ausência de lei
federal, nesse caso os estados vão exercer competência
legislativa plena (art 24 §2°, 3°,4°,5°)
 Não há hierarquia entre os entes federados, o presidente não é
maior do que o outro. Há hierarquia quanto a predominância do
interesse, no nosso modelo tende a prevalecer o princípio da
simetria sobre o da subsidiariedade
 A competência concorrente é típica do Federalismo corporativo
 Na falta de lei federal os estados podem legislar de competência
plena
 União:
Material e exclusiva: ART 21. 26 incisos
Legislativa e privativa: ART 22. São da união mas podem ser
delegados
Material comum: ART 23
Legislativa comum: art 24.
 Estados:
Material e exclusiva: ART 25 §2°
Legislativa (residual) ART 25 §1°
Material e comum: ART 23
Legislativo comum: ART 24
 Municípios:
Interesse local: ART 30, I
Suplementar: ART 30, II
Intervenção (art 34)
 Significa um estado de necessidade pública que autoriza a
suspensão temporária em casos expressamente indicados na
constituição da autonomia política dos estados membros, unidades
federais.
 Estado unitário: um poder só, uma constituição nacional
 Federação: existem duas ordens de poder, uma constituição
federal e as constituições estaduais (expressões jurídicas da
autonomia dos estados)
 Na intervenção é possível suspender a autonomia dos estados, aí
ele fica parecido com o estado unitário
 Estado de defesa e de sítio: se admite suspender os direitos
fundamento (circulação, intimidade) quando o país está entrando
em guerra com outro país
 As hipóteses de intervenção federal estão expressamente
indicadas na constituição, a constituição prevê o estado de
intervenção em modo taxativo exaustivo apenas aquelas e ponto,
fora disso é golpe
 Temporariedade: a intervenção vai durar por prazo certo, por prazo
indeterminado, não pode durar para sempre, se durar pra sempre
acabou a federação

Aula 03/10:
 A intervenção é uma exceção
 Não há intervenção federal em municípios
 Há duas espécies de intervenção: a intervenção federal dos
estados e a intervenção dos estados no município (exceção de
intervenção de municípios em território federal, mas aqui não tem
isso)
 Primeira etapa do estado de intervenção: a oitiva dos conselhos, o
presidente convoca, reúne e escuta os conselhos
 Segunda etapa: o parecer dos conselhos não tem caráter
vinculante, o presidente não pode solicitar intervenção sem ouvir
os conselhos, mas o presidente é quem sabe o que faz ou não
 Terceira etapa: o presidente toma a decisão, o ato que formata a
intervenção federal é um decreto presidencial. O conteúdo do
decreto é o ART 36 §1° "O decreto de intervenção que
específicara a amplitude, o prazo e as condições de execução e
que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à
apreciação do congresso nacional ou da assembleia legislativa do
estado, no prazo de vinte e quatro horas."
 Após o decreto vai para a apreciação do congresso nacional, o
órgão que aprecia o decreto de intervenção do presidente é o
congresso nacional, sessão unicameral.
 Dentro do princípio de corresponsabilidade, sociedade e estado, o
presidente e congresso correm juntos.

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