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Rev.

Constitucional
PODER EXECUTIVO
Art.76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República,
auxiliado pelos Ministros de Estado.

Âmbito Estadual: o poder executivo é exercido pelo Governador auxiliado


pelos Secretários de Estado, sendo substituído (no caso de impedimento)
ou sucedido (no caso de vaga) pelo vice-governador, com ele eleito.

→ mandato: 4 anos, permitindo-se reeleição para um único período


subsequente.
→ perda do mandato: perderá se o governador assumir outro cargo ou
função na administração direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude
de concurso público e observado o disposto no art. 38,I, IV e V (art.28, § 1º)

Âmbito Distrital: será exercido por eleição do governador e vice-


governador, observadas as regras do art. 77, coincidindo com a dos
governadores estaduais. Mandato e perda de mandato segue as regras
previstas também aos governadores estaduais.

Âmbito Municipal: será exercido pelo prefeito e vice-prefeito, com


mandato de 4 anos, mediante plebiscito direto e simultâneo realizado em
todo o País no primeiro domingo de outubro.

Âmbito dos Territórios Federais: a direção dos territórios será feita por
governador, nomeado pelo presidente da república, após aprovação pelo
Senado Federal.
COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (ART.84)

O art. 84 possui um rol exemplificativo de competências privativas, tanto de


natureza de chefe de estado (representando a república federativa do Brasil
nas relações internacionais e, internamente, sua unidade), como de chefe
de governo (prática de atos de administração e de natureza política).

O presidente da república somente poderá delegar as competências


previstas nos incisos VI,XII e XXV primeira parte, aos ministros de estado,
ao procurador-geral da república ou ao advogado-geral da união,
devendo todos observar os limites traçados nas respectivas delegações,
quais sejam, as atribuições de:

1- Dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da


administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos (VI)

2- Dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou de cargos


públicos vagos (VI)

3- Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos


órgãos instituídos em lei (XII)

4-Prover os cargos públicos federais, na forma da lei (XXV) *obs: poderá


também desprover cargos, praticando-se atos demissionários de servidores
públicos.

PROCESSO ELEITORAL:

na hipótese de nenhum candidato alcançar a


maioria absoluta na primeira votação,
haverá uma nova eleição (segundo turno), e
em caso de ocorrer morte, desistência ou
impedimento legal de candidato, antes de ser
realizado, será convocado dentre os
remanescentes o de maior votação (e não o vice
do referido candidato).

Em caso de empate no segundo turno, entre


dois candidatos, será levado em consideração
a idade, sendo chamado o mais idoso.
SUCESSOR E SUBSTITUTO DO PRESIDENTE E DO VICE PRESIDENTE:

O presidente será sucedido pelo Vice-Presidente no


caso de vaga, ou substituído, no caso de
impedimento.

→ vaga: possibilidade definitiva para assunção do


cargo que pode ocorrer por meio de cassação,
renúncia ou morte do então Presidente, e não
haverá uma eleição para novo vice.

→ substituição: tem caráter temporário, como por


exemplo, doença, viagem, férias.
*ex.: Sucessão definitiva do cargo de Presidente da
República pelo então vice José Sarney, em 1935, por
decorrência da morte de Tancredo Neves.

MANDATO-TAMPÃO: ELEIÇÃO DIRETA E INDIRETA (ART.81):

→ na hipótese de impedimento, o afastamento


será apenas temporário

→ na hipótese de vaga de ambos os cargos, será


definitiva, e para não deixar o cargo vazio, duas
situações surgem:

1- vacância de ambos os cargos (de


presidente e de vice) nos 3 primeiros anos
do mandato: far-se-á eleição 90 dias depois de
aberta a última vaga, tratando de eleição direta.

2- vacância nos últimos 2 anos do mandato:


a eleição para ambos os cargos será feita 30 dias
depois da última vaga, pelo CN, ou seja, haverá
eleição indireta.

OBS: durante o processo eleitoral e de transição, conforme mencionado, o cargo será


exercido, temporariamente, pelos substitutos eventuais (art.80).

Após a nova eleição, nas duas situações (vaga no primeiro ou segundo biênio do
mandato) os eleitos (novo presidente e vice) deverão apenas completar o período de
seus antecessores (art.81, §2º), denominado como mandato-tampão.
AUSENCIA DO PAÍS E LICENÇA DO CONGRESSO NACIONAL

A constituição estabelece mecanismos para evitar a ausência


do Poder Executivo Federal, seja por meio das atribuições do
Vice-presidente, seja na forma do art.80 pelos presidentes da
CD, do SF ou do STF (temporário).

O Estado não poderá ficar sem o comando no Executivo, tanto


é assim que se estabelecem mecanismos de substituição e
sucessão, e é por esse motivo que o PR e o VP não poderão,
sem licença do CN que se implementa por decreto legislativo
(art.49,III, CF) ausentar-se do País por período superior a 15
dias, sob pena de perda do cargo.

MINISTROS DO ESTADO E SUAS CARACTERÍSTICAS

Os ministros de Estado são meros auxiliares do PR no


exercício do Poder Executivo e na direção superior da
administração federal (arts.76,84,II e 87).

→ eles dirigem ministérios e são escolhidos pelo


Presidente da República, que os nomeia, podendo ser
demitidos (exonerados) a qualquer tempo.

→ os requisitos para assumir o cargo de Ministro de


Estado são: ser brasileiro nato ou naturalizado
(exceto o cargo de Ministro de Estado da Defesa que
deve ser por brasileiro nato), ter mais de 21 anos de
idade, e estar no exercício dos direitos políticos.

→ o ato de escolha, nomeação e exoneração dos


ministros é discricionário, por se tratar de cargo de
confiança do Presidente, tanto é que são demissíveis
ad nutum (ou seja, sem qualquer procedimento ou
garantia de contraditório)
ATRIBUIÇÕES DOS MINISTROS DE ESTADO:

compete aos ministros, além de outras atribuições na Constituição e na lei, as


previstas no ar.87 da CF/88:

→ exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades


da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e
decretos assinados pelo PR

→ expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos


→apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no
ministério

→ praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou


delegadas pelo PR
.
MATÉRIAS OU CONTEÚDOS QUE NÃO PODEM SER LEGISLADOS OU
TRABALHADOS POR MEIO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS (ART.62).

É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria


relativa a:

nacionalidade, cidadania, direitos políticos,


partidos políticos e direito eleitoral; direito penal,
processual penal e processual civil;

organização do Poder Judiciário e do Ministério


Público, a carreira e a garantia de seus membros; planos
plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e
créditos adicionais e suplementares, ressalvado o caso de
abertura de crédito extraordinário para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes
de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Também é vedada a edição de medidas provisórias


sobre matéria que vise a detenção ou sequestro de
bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro; reservada a lei complementar; ou que já está
disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso
Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da
República.
EMENDA CONSTITUCIONAL

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pode ser apresentada pelo


presidente da República, por um terço dos deputados federais ou dos
senadores ou por mais da metade das assembleias legislativas, desde
que cada uma delas se manifeste pela maioria relativa de seus componentes.
Não podem ser apresentadas PECs para suprimir as chamadas
cláusulas pétreas da Constituição (forma federativa de Estado; voto direto,
secreto, universal e periódico; separação dos poderes e direitos e garantias
individuais). A PEC é discutida e votada em dois turnos, em cada Casa do
Congresso, e será aprovada se obtiver, na Câmara e no Senado, três
quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49).

A emenda à Constituição, por resultar do exercício do poder constituinte


reformador, é elaborada exclusivamente pelo Congresso Nacional, sem
qualquer ingerência do Presidente da República. Este, por previsão expressa na
CF, somente dispõe de iniciativa para apresentar a PEC, jamais para
vetá-la ou sancioná-la.

EMENDA CONSTITUCIONAL AVULSA

A Emenda 106/2020, chamada de emenda constitucional avulsa, é uma


emenda temporária sendo vigente pelo prazo de calamidade pública,
sendo um regime de excecionalidade. Essa emenda permite o gestor de fazer
compras sem tantas burocracias.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE LEI COMPLEMENTAR E LEI ORDINÁRIA?

A diferença entre a lei complementar e a lei ordinária se dá em dois quesitos:


No campo da matéria, ou seja, o que será abordado pela lei;
No quórum de aprovação, que diz respeito a quantos votos são
necessários para que uma lei seja aprovada.

LEI COMPLEMENTAR LEI ORDINÁRIA

irá regulamentar as matérias Irá abordar quaisquer outras


já reservadas a ela pela matérias que não sejam
Constituição Federal, ou seja, regulamentadas por lei
que já são pré-determinadas. complementar, por decreto
legislativo ou por resoluções.
Quórum de aprovação: Maioria
absoluta, ou seja, mais da Quórum de aprovação: Maioria
metade de todos os membros simples ou relativa, ou seja,
precisa aprovar. mais da metade de todos os
presentes precisa aprovar.

DECRETOS LEGISLATIVOS:

Como o próprio nome indica, estes são atos emitidos pelo Poder
Legislativo (ou seja, pelo Congresso Nacional) para tratar de temas de
competência exclusiva a essas casas, como resolver questões relacionadas
a tratados internacionais, por exemplo. Por tratar de deliberações que
cabem apenas ao Congresso (Câmara + Senado), essas decisões são efetivadas
por meio de decretos legislativos, que têm o mesmo poder de uma lei
ordinária.

DECRETOS REGULAMENTARES (PODER EXECUTIVO):

Os decretos emitidos pelo Executivo, funcionam de maneira diferente dos do


Legislativo. Eles estão dentro do grupo dos atos administrativos, tendo
função complementar à lei. De acordo com a Constituição Federal de 1988,
os decretos presidenciais possuem funções limitadas e puramente
administrativas.
PODER JUDICIÁRIO
o Poder Judiciário tem por função típica julgar. Exerce, ainda, funções atípicas,
de natureza executivo-administrativa (organização de suas secretarias — art.
96, I, “b”; concessão de licença e férias a seus membros, juízes e servidores
imediatamente vinculados — art. 96, I, “f”), bem como funções atípicas de
natureza legislativa (elaboração do regimento interno — art. 96, I, “a”).

CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
A jurisdição no Brasil é una (ou seja, a definitividade só é
dada pelo judiciário) e indivisível, exercida pelo Judiciário
nacionalmente (um só poder, materializado por diversos
órgãos, federais e estaduais).

COMO SE DÁ O INGRESSO DA MAGISTRATURA?

Conforme estabelece o art. 93 da CF/88, amplamente solidificado pela EC n.


45/2004, lei complementar, de iniciativa do STF, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observa os seguintes princípios: o ingresso na carreira de
magistratura, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no
mínimo, 3 anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à
ordem de classificação.

QUAIS AS GARANTIAS DO JUDICIÁRIO?

A constituição federal prevê no art.95 que: Os juízes gozam das seguintes


garantias

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de


exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do
tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial
transitada em julgado;

OBS- NÃO PRECISA TER 2 ANOS DE


OAB, E SIM DE ATIVIDADE JURIDICA!
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93,
VIII;

III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, §
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

José Afonso da Silva divide tais garantias em institucionais, as quais protegem o


Judiciário como um todo, como instituição.
Dividem-se em: a) garantias de autonomia orgânico-administrativa e
b) garantias de autonomia financeira;

E garantias funcionais ou de órgãos, que asseguram a independência


(vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios) e a
imparcialidade dos membros do Poder Judiciário (vedações), previstas,
aliás, tanto em razão do próprio titular mas em favor ainda da própria
instituição.

quer dizer que o juiz, após significa que o juiz não A irredutibilidade de
de transcorrido o turno pode ser removido de vencimentos, terceira garantia
de dois anos desde sua sua sede de atividade dos magistrados brasileiros
posse e exercício da para uma diferente sem constitucionalmente prevista,
função, somente a a sua concordância, oferece ao juiz a
perderá em decorrência exceto nos casos de impossibilidade de ter
de sentença judicial patente interesse público, e qualquer redução em seu
transitada em julgado, em com voto de dois terços do salário, seja por ato
processo no qual lhe seja tribunal, como já visto. Esse administrativo ou
garantido o direito de se instituto inclui ainda a sentença.
defender, respeitando possibilidade de se
devidamente o recusar promoção. Esta é
contraditório. Importante uma possibilidade
ressaltar que o juiz de 2º interessante pautada em
grau adquire vitaliciedade possibilidades como, por
no momento da posse. exemplo, a de uma
promoção ocultar qualquer
tipo de desvantagem
àquele a quem ela se
destina.
QUAIS SÃO AS VEDAÇÕES DO JUDICIÁRIO?

Art.95. Aos juízes é vedado:

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de


magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração.

Ou seja, o juiz exerce uma atividade de caráter


exclusivo, não podendo assumir outras funções.

A única exceção à regra é o cargo de magistério, ou


seja, de professor --> Juízes podem ser também
professores.

é vedado ao magistrado advogar em causas do


tribunal onde trabalhava por, no mínimo, 3 anos.

Por óbvio, não pode o juiz receber, em qualquer


hipótese, custas ou participação em processo, caso
em se restaria impossível manter qualquer tipo de
imparcialidade. Além disso, não pode receber
auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas possíveis
exceções expressamente previstas em lei. E por fim, não
pode o juiz dedicar-se a qualquer atividade política
enquanto exercer a função pública.

COMO
OnuSE DÁ A PROMOÇÃO DO MAGISTRADO?

Após a aprovação em concurso, o magistrado da esfera estadual inicia a


carreira como juiz substituto e seu cargo só se torna vitalício após cerca de
dois anos de atividade.
. Sua atuação se dá inicialmente em pequenas cidades, onde estão
sediadas as chamadas Comarcas de primeira entrância, substituindo ou
trabalhando em conjunto com o juiz titular.

Com o passar do tempo, ele pode se candidatar à remoção ou promoção


para Comarcas de entrância superior, sediadas, em geral, em
cidades maiores e capitais dos Estados.

As promoções se dão de acordo com a disponibilidade das vagas e seguem


os critérios de:
1-merecimento (essa promoção necessita que o juiz tenha 2 anos de
entrância, e tenha bom desempenho, produtividade e cursos oficiais)

2- antiguidade (essa promoção se dá em virtude do tempo, e só poderá


ser negada se 2/3 (dois terços) dos votos dos membros for contra. Nesse
caso o juiz que está tentando ser promovido tem direito à ampla defesa).

QUINTO CONSTITUCIONAL

Basicamente o procedimento ocorre dessa


O art. 94 da CF/88 estabelece que
forma: os órgãos de representação das
1/5 (20%) dos lugares dos TRFs,
classes dos advogados e Ministério
dos Tribunais dos Estados e do
Público elaboram lista sêxtupla, ou seja,
Distrito Federal e Territórios
indicam 6 nomes que preencham os
será composto de membros do
requisitos acima citados. Recebidas as
Ministério Público, com mais de
indicações, o tribunal para o qual foram
10 anos de carreira, e de
indicados forma lista tríplice (escolhe 3
advogados de notório saber
dos 6). Nos 20 dias subsequentes, o Chefe
jurídico e de reputação ilibada,
do Executivo (em se tratando de Tribunal
com mais de 10 anos de efetiva
Estadual, o Governador de Estado; na
atividade profissional,
hipótese do TJ do DF e Territórios, o
indicados em lista sêxtupla pelos
Presidente da República, e para indicação
órgãos de representação das
ao TRF, também o Presidente da República)
respectivas classes.
escolherá 1 dos 3 para nomeação

a) Tribunais de Justiça;
b) Tribunais Regionais Federais;
c) Tribunais Regionais do Trabalho;
d) Tribunal Superior do Trabalho.
ESTRUTURA DO JUDICIÁRIO

JUSTIÇA COMUM: JUSTIÇA ESPECIAL:

a) Justiça do Trabalho: composta


a) Justiça Federal (Tribunais
pelo Tribunal Superior do Trabalho
Regionais Federais e Juízes Federais
— TST; Tribunais Regionais do
— arts. 106 a 110, bem como a
Trabalho — TRTs e pelos Juízes do
criação de Juizados Especiais nos
Trabalho (Varas do Trabalho) (arts.
termos da Lei federal n. 10.259/2001
111 a 116);31
— art. 98, § 1.º, da CF/88);

b) Justiça do Distrito Federal e b) Justiça Eleitoral: composta pelo


Territórios (Tribunais e Juízes do Tribunal Superior Eleitoral — TSE;
Distrito Federal e Territórios, Tribunais Regionais Eleitorais —
organizados e mantidos pela União TREs, Juízes Eleitorais e Juntas
— arts. 21, XIII, e 22, XVII, que Eleitorais (arts. 118 a 121);
também criará os Juizados Especiais
e a Justiça de Paz); c) Justiça Militar da União:
Superior Tribunal Militar — STM e,
c) Justiça Estadual comum em primeiro grau,
(ordinária) (art. 125 — juízos de monocraticamente pelos Juízes
primeiro grau de jurisdição, incluídos Federais da Justiça Militar (Lei n.
os Juizados Especiais28 — art. 98, I 13.774/2018), ou pelo colegiado, no
— e a Justiça de Paz — art. 98, II;29 caso, os Conselhos de Justiça,
bem como os de segundo grau de Especial e Permanente, nas sedes
jurisdição, compostos pelos das Auditorias Militares (arts. 122 a
Tribunais de Justiça. Lembrar que a 124 da CF/88);
possibilidade de criação dos
Tribunais de Alçada, nos termos do d) Justiça Militar dos Estados, do
art. 96, II, “c”, da CF/88, e 108 da Distrito Federal e Territórios:
LOMN,30 não mais existe em razão Tribunal de Justiça — TJ, ou Tribunal
do art. 4.º da EC n. 45/2004). de Justiça Militar — TJM, nos Estados
em que o efetivo militar for superior
a 20.000 integrantes e, em primeiro
grau, pelos juízes de direito togados
(juízes de direito da Justiça Militar
Estadual) e pelos Conselhos de
Justiça, com sede nas auditorias
militares — art. 125, §§ 3.º, 4.º e 5.º
— EC n. 45/2004).
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO

STF- SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

composição: 11 Ministros;
investidura: o Presidente da República escolhe e indica o nome para assumir
a vaga de Ministro do STF, submetendo-o à apreciação do Senado Federal (art.
101, parágrafo único, da CF/88).

O processo de aprovação está previsto no art. 383 do RISF, e a sua tramitação


no âmbito da referida comissão foi disciplinada pelo Ato n. 1/2007-CCJ, que
estabeleceu duas etapas:

a) na primeira, o Relator apresentará o relatório à Comissão, com


recomendações, se for o caso, para que o indicado apresente informações
adicionais;

b) na segunda, o indicado será submetido à arguição dos membros da CCJ


(sabatina — arguição pública) e em seguida o relatório será votado. Esse
parecer da CCJ é meramente opinativo. Isso porque, posteriormente, nos
termos da Constituição (art. 52, III, “a”, CF/88), deverá haver deliberação plenária,
também em votação secreta, havendo necessidade da maioria absoluta do
Senado Federal para a aprovação, ou seja, ao menos 41 dos 81 Senadores da
República deverão se manifestar favoráveis ao nome da autoridade indicada
para ocupar a vaga de Ministro do STF. Finalmente, depois de aprovado o nome
pelo Senado Federal, o Presidente da República nomeará o novo Ministro (art.
84, XIV, CF/88), momento em que este será vitaliciado.

requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STF:

a) ser brasileiro nato (art. 12, § 3.º, IV);


b) ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade (art. 101);
c) ser cidadão (art. 101, estando no pleno gozo dos direitos políticos);
d) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101);

competências do STF:

a) originária (art. 102, I, “a” a “r”); 52


b) recursal ordinária (art. 102, II); e
c) recursal extraordinária (art. 102, III).
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO

STJ- SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

composição: pelo menos 33 Ministros (art. 104);;

investidura: os Ministros serão escolhidos e nomeados pelo Presidente da


República, após serem sabatinados pelo Senado Federal e aprovados pelo voto
da maioria absoluta (art. 104, parágrafo único, com a redação determinada pela
EC n. 45/2004), igualando-se ao quorum da sabatina para os Ministros do STF;

requisitos para o cargo:


a) ser brasileiro nato ou naturalizado;
b) ter mais de 35 e menos de 65 anos;
c) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 104);

composição dos Ministros:


a)1/3 dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais; 1/3 dentre
desembargadores dos Tribunais de Justiça;
b) 1/6 dentre advogados;
c) 1/6 dentre membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito
Federal e Territórios, alternadamente;

procedimento: no caso dos juízes dos Tribunais Regionais Federais e dos


desembargadores dos Tribunais de Justiça, o STJ elaborará lista tríplice,
enviando-a ao Presidente da República, que indicará um e o nomeará após
aprovação do Senado Federal. No caso dos advogados e membros do
Ministério Público, serão eles indicados na forma das regras para o “quinto
constitucional”, ou seja, o órgão de classe elabora a lista sêxtupla, o STJ escolhe
3 dentre os 6 (lista tríplice) e o Presidente da República escolhe 1 da referida
lista formada e o nomeia, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal (sabatina). Alertamos que, apesar de se determinar a
aplicação da regra do art. 94, o número de Ministros do STJ provenientes da
advocacia e do Ministério Público é de 1/3, e não 1/5, do Tribunal. Ou seja, o
que se observa é apenas o procedimento de escolha, e não o número (que, no
caso, não é de 20%, mas de 1/3, o que poderia, então, nesse aspecto, ser
denominado regra do “terço”);

competência do STJ:
a) originária (art. 105, I, “a” até “i”);
b) recursal ordinária (art. 105, II); e
c) recursal especial (art. 105, III).
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

composição: 15 membros com


mandatos de 2 anos, admitida 1
recondução. Será presidido pelo
Presidente do Supremo Tribunal Federal.

função: supervisão administrativa e


orçamentária da Justiça Federal de
primeiro e segundo grau, como órgão
central do sistema e com poderes
correcionais, cujas decisões terão caráter
vinculante.

jurisdição: O CNJ não é órgão


jurisdicional e tem competência, nos
termos do § 4o do Art. 103-B da CF/88,
para exercer 'o controle da atuação
administrativa e financeira do Poder
Judiciário'..

TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS

composição: no mínimo, 7 membros


(juízes)

competências administrativas: o Juiz


Eleitoral organiza e administra o processo
eleitoral, exercendo poder de polícia,
independentemente da existência de
conflito a ser solucionado.

competências jurisdicional: diversas


ações judiciais são julgadas pela Justiça
Especializada, destacando-se algumas
ações eleitorais específicas, a saber: a)
ação de impugnação de registro de
candidatura (AIRC); b) ação de investigação
judicial eleitoral (AIJE); c) ação de
impugnação de mandato eletivo (AIME); d)
recurso contra diplomação (RCD) etc.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO E TRIBUNAIS E
JUÍZES DO TRABALHO

composição do TST: composto por 27


Ministros togados e vitalícios.

requisitos para o cargo: ser brasileiro


nato ou naturalizado; ter mais de 35 e
menos de 65 anos de idade; possuir
notável saber jurídico e reputação ilibada

competência: processar e julgar,


originariamente, a reclamação para a
preservação de sua competência e
garantia da autoridade de suas decisões.

Conselho Superior da Justiça do


Trabalho, funciona juntamente ao
TST, mas qual sua função? Cabe
exercer, na forma da lei, a supervisão
administrativa, orçamentária, financeira e
patrimonial da Justiça do Trabalho de
primeiro e segundo grau, como órgão
central do sistema, cujas decisões terão
efeito vinculante.

Conselho Superior da Justiça do


Trabalho, funciona juntamente ao
TST, mas qual sua função? Cabe
exercer, na forma da lei, a supervisão
administrativa, orçamentária, financeira e
patrimonial da Justiça do Trabalho de
primeiro e segundo grau, como órgão
central do sistema, cujas decisões terão
efeito vinculante.

composição dos TRT: serão compostos


de, no mínimo, 7 juízes.
TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS E DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS

competência da justiça estadual:


Residualmente, compete à Justiça Estadual
tudo o que não for de competência das
Justiças especiais ou especializadas, nem
da Justiça Federal.

estrutura da Justiça Estadual: A Justiça


Estadual (comum) é composta pelos juízes
de Direito (que atuam na primeira
instância) e pelos chamados
desembargadores, que atuam nos
tribunais de Justiça (segunda instância),
além dos juizados especiais cíveis e
criminais.

Diferença entre Justiça Estadual e


Federal: No Brasil, a Justiça Comum tem
duas competências de jurisdição: a Justiça
Federal, que funciona no âmbito da União,
e a Justiça Estadual, de competência de
cada um dos estados brasileiros e do
Distrito Federal, sede da capital do país.

Como saber se um crime é federal ou


estadual: Crime cometido por ou contra
funcionário público federal: desde que
haja nexo causal, é de esfera federal (se
matar um juiz por suas funções de juiz
federal, o crime é federal; se matar em
uma reunião de condomínio, é crime
estadual)

Quais crimes são julgados pela Justiça


Estadual? os crimes políticos e as
infrações penais praticadas em
detrimento de bens, serviços ou interesse
da União ou de suas entidades
autárquicas ou empresas públicas,
excluídas as contravenções e ressalvada a
competência da Justiça Militar e da Justiça
Eleitoral.
TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES

quem são os militares: são os


integrantes das Forças Armadas (Marinha,
Exército e Aeronáutica como aqueles
militares dos Estados, Distrito Federal e
Territórios, que compõem as Forças
Auxiliares e reserva do Exército (polícia
militar e corpo de bombeiros militar — art.
144, § 6.º).

composição: quinze ministros vitalícios,


dentre eles são: três oficiais-generais da
Marinha, quatro oficiais-generais do
Exército, três oficiais-generais da
Aeronáutica e cinco civis.

função: o STM é uma instituição do Poder


Judiciário, com competência originária
responsável por processar e julgar de
forma exclusiva os crimes militares
cometidos por integrantes das Forças
Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica)
ou por civis que atentem contra a
Administração Militar federal.

requisitos para o cargo: a) para os civis:


ser brasileiro, nato ou naturalizado; b) ter
mais de 35 anos e menos de 70 de idade;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS (TRFS) E JUÍZES FEDERAIS

composição dos TRFs: no mínimo 7 Juízes, recrutados, quando possível, na


respectiva região e nomeados pelo Presidente da República, devendo ser
observada a regra do “quinto constitucional” do art. 94;

requisitos para o cargo:


a) ser brasileiro nato ou naturalizado;
b) ter mais de 35 e menos de 65 anos;

efetividade do processo e do acesso à ordem jurídica justa, a Reforma


do Judiciário (EC n. 45/2004) previu a instalação da Justiça itinerante e
descentralização, nos termos dos §§ 2.º e 3.º do art. 107:

a) os TRFs instalarão a Justiça itinerante, com a realização de audiências e


demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários;

b) os TRFs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras


regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à Justiça em
todas as fases do processo.

efetividade do processo e do acesso à ordem jurídica justa, a Reforma


do Judiciário (EC n. 45/2004) previu a instalação da Justiça itinerante e
descentralização, nos termos dos §§ 2.º e 3.º do art. 107:

a) os TRFs instalarão a Justiça itinerante, com a realização de audiências e


demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários;

b) os TRFs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras


regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à Justiça em
todas as fases do processo.

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