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DIREITO CONSTITUCIONAL II

Francisco Castilho Prates

- Três trabalhos avaliativos de 25 pontos


- 1 prova de 25 pontos

PODER EXECUTIVO
Arts. 76 a 90

1. Paradigma
“executivos” - Presidente da República
Dentro de uma república existem vários executivos (governadores e prefeitos)
A presidência da república governa com auxílio dos ministro, os governadores e prefeitos governam com auxílio dos
secretários

2. Funções
Todas funções típicas de um poder são atípicas para outro;

Contencioso administrativo - administração pública “julgando”


↳ Não faz coisa julgada material.
Ex: multa de trânsito que não pode ser recorrida judicialmente, mas é recorrida administrativamente.

Não há definitividade das ações atípicas, o poder que detém a função típica pode a desfazer.

EXEMPLO:
Função típica do legislativo: criar legislações;
No entanto, quando o senado processa o mandato do Presidente da República ele está fazendo o papel de judiciário.

3. Requisitos
A idade é aferida na posse e não na diplomação.
Presidente da República: 35
Governador: 30
Prefeito: 21

É necessário ser brasileiro nato.


Necessidade de filiação partidária.
Não pode estar sujeito a cláusulas de inelegibilidade.

4. Forma de investidura
Nosso sistema não pode ser entendido como majoritário de dois turnos, pois os dois turnos não são uma obrigação, mas
uma possibilidade.
Nos municípios há diferenças, a teor do art. 29, II, da CF/88.
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

Mandato de 4 anos (EC 16/97 - criou o instituto da reeleição)


No Brasil, há a possibilidade de após o mandato e a reeleição, passado um mandato, uma nova candidatura - o
que não ocorre nos EUA, por exemplo, de onde a ideia de reeleição foi importada.

Não há a necessidade de sair do cargo para concorrer à sua própria reeleição (presidente, governador e prefeito). Isso não
ocorre em casos de candidatura diversa àquela que se está.
5. Eleições Chapa ≠ Direito de Posse Autônomo
São eleitos simultaneamente o Presidente e o Vice presidente, no entanto, o direito de posse é separado.
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do
mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado
Entendidos 10 dias, a contar da data da posse, em caso de desaparecimento ou não apresentação do presidente
injustificado, o congresso declara a perda do direito da posse. O vice passa a ser o efetivo

↳ CASO TANCREDO
Entre a diplomação e a posse de Tancredo Neves, o Presidente Eleito teve um problema de saúde, o que impossibilitou a
sua posse. Sarney, que estava interinamente na posse da presidência, assume definitivamente a Presidência da República
após a morte de Tancredo Neves. Esse mandato foi integralmente cumprido sem vice-presidente.

6. Linha Sucessória
Substitutiva ≠ Suceder

EXEMPLO:
Num processo de impeachment, no momento de investigação do possível motivo, o presidente é substituído pelo Vice. Após, com a
conclusão do processo e o deferimento do impeachment, o presidente é sucedido pelo seu vice. Em caso de renúncia também ocorre a
sucessão.

O Vice Presidente da República é o único que pode tanto substituir quanto suceder.
O Presidente da Câmara, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do STF, só substituem, mas não sucedem.

ADPF 402 - Lei 9882/99


O Presidente da República que vira réu num processo penal do STF, fica afastado da presidência.
Ocorreu um caso de que o Presidente do Senado era réu e estava na linha de sucessão da presidência, ocorreu um pedido para
que o Senador não assumisse a substituição da presidência e que fosse afastado da titularidade do cargo de Senador. Foi
definido que o Senador realmente não poderia assumir a presidência, no entanto, ele não seria retirado do seu cargo.
TESE CRIADA - Linha sucessória por salto: em casos de que o sucessor seja réu no STF ele será pulado na linha sucessória

7. Dupla vacância
Quando ambos os cargos de Presidente e Vice Presidente estão vagos.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita
trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

- Quando os dois cargos ficaram vagos no 1° biênio - convocam-se novas eleições diretas em até 90 dias da declaração.
- Quando os dois cargos ficaram vagos no 2° biênio - convocam-se eleições indiretas em até 30 dias.

Mandato tampão - só é concluso o que faltava do mandato que está sendo substituído.

8. Ministros de Estado
Idade mínima: 21 anos
Podem ser brasileiros naturalizados, exceto o Ministro da Defesa
São cargos de livre nomeação e livre exoneração (ad nutum)
Comunicabilidade - um senador, por exemplo, pode ser ministro de estado sem ter que renunciar, ele pede licença do
cargo.
9. Atribuições
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal, na forma da lei; (Revogado)
VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a
situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes
são privativos; (Revogado)
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 23, de 02/09/99)
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros
servidores, quando determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando
ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização
nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts.
167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira
parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites
traçados nas respectivas delegações.

Tudo é meramente exemplificativo.

CRIME DE RESPONSABILIDADE
O impeachment – pode ser processo ou condenação
- Conceito : é uma infração político administrativa, definida numa Lei Federal Especial (LEI 1079/50).
Se o Estado de Minas Gerais legislar sobre o crime de responsabilidade é inconstitucional. Só a União pode legislar sobre
essa matéria.

Súmula Vinculante 46

Presidente

Processo bifásico – juízo de admissibilidade (ocorre na Câmara dos Deputados) sem a câmara autorizar anda vai ser feito
contra o presidente da república
Para ser positivo deve ser 2/3 da câmara.
O resultado do julgamento do Senado, o STF não admite a revisão – matéria interna do Congresso.

Quem julga é o Senado


A condenação no Senado também só se dá por 2/3. Até 2016, ADPF 378, o Senado era obrigado a julgar, atualmente isso
não ocorre mais.

Após o juízo de admissibilidade da câmara, o senado fará um juízo de admissibilidade bem mais simples (maioria
simples). O Senado pode arquivar o processo.

Após o juízo de admissibilidade do Senado, o presidente é automaticamente afastado do cargo por até 180 dias. A sessão
de julgamento de crime de responsabilidade no Senado é presidida pelo Presidente do STF.
↪ Só olha a forma, o devido processo legal.

Art. 52 da CF, Parágrafo único.


A condenação por crime de responsabilidade vai gerar a perda do cargo E inabilitação por 8 anos.

Ex: o presidente Collor renunciou, mas o Senado decidiu continuar com o processo para que ele pudesse ser condenado na
inabilitação por 8 anos

Ex: no julgamento da presidente Dilma, o mérito foi dividido em 2 julgamentos – 1 para perda do cargo e 1 para inabilitação por 8
anos.

Governador

O juízo de admissibilidade é feito pela Assembleia Legislativa por maioria absoluta. O Juiz Natural dos Governadores por
crime de responsabilidade não está na Constituição – é um tribunal especial misto, TRIBUNAL ESPECIAL HÍBRIDO.
↪ Composto por membros do judiciário e deputados estaduais.
É presidido pelo presidente do Tribunal de Justiça – condenação por 2/3.

Prefeitos

Art. 4 - DC 201/67
Crime de responsabilidade próprio
O juiz natural e a câmara de vereadores

CRIMES COMUNS
Conceito: tudo, inclui contravenções, delitos, crimes eleitorais, etc...

Presidente
Processo bifásico – Juízo de admissibilidade: A câmara dos deputados, igual para crimes de responsabilidade
Juiz natural – em crimes comuns é o Supremo Tribunal Federal, diferente dos crimes de responsabilidade que é o
Senado.
↪ Se o STF receber a denúncia, o presidente é afastado por 180 dias.

- Cláusula de Irresponsabilidade Penal Relativa

Fase prévia – análise de um ministro do STF sobre o crime em questão


Crime anterior a função
Crime estranho a função;
Comprovação de que esse crime não tem relação com o exercício da presidência, e nesses casos incide a cláusula de
irresponsabilidade penal relativa.

O PRESIDENTE, NO EXERCÍCIO DO SEU MANDATO, NÃO PODE SER PROCESSADO PENAL OU


CIVILMENTE POR CRIMES ANTERIORES OU ESTRANHOS AO SEU MANDADO.

Se o crime não for anterior ou estranho o processo será encaminhado ao presidente do STF e após será
encaminhado para a Câmara para ser aberto o Juízo de Admissibilidade.

Quando ocorre a negativa do juízo de admissibilidade – negativo – o STF suspende a prescrição até o fim do mandato.
Quando ocorre a positiva do juízo de admissibilidade – positivo – dá-se continuidade ao processo, STF manda pro PGR
ou ocorre a queixa-crime, trâmites para o julgamento.

O GOVERNADOR E PREFEITO NÃO POSSUEM CLÁUSULA DE IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA.

Se o PGR decidir não denunciar acaba o processo. O Supremo pode ou não conhecer a denúncia.

Imunidade para prisão – governador e prefeitos não tem


O presidente no exercício do mandato não pode ser preso em nenhuma hipótese de maneira cautelar.

A Pena aplicada não é a perda do cargo, é a pena prevista na legislação.


Perda do cargo (Art. 92, I do CP e Art. 15, III do CF)

Com o recebimento da denúncia o afastamento do presidente é automático.

Governador
O juiz natural e o STJ
Juízo de admissibilidade. – até 2015, sim na assembleia
Em maio de 2017, não pode mais ter juízo de admissibilidade (inconstitucional)

Quando ocorre uma notícia crime de governador o STJ abre processo sem precisar de qualquer permissão.
Quanto o STJ recebe a denúncia o afastamento do governador não é automático.

Prefeito
Juiz natural Art. 29, X

Art. 1, DL 201/67

Crime de Responsabilidade Impróprio – Crimes comuns

O Tribunal de Justiça e a segunda instância da justiça estadual.


Os prefeitos serão julgados pela respectiva segunda instância.

PODER LEGISLATIVO

1. Funções
As funções típicas são legislar, fiscalizar (CPI e TCU), já as atípicas são sua auto organização (regimentos internos da
Câmara e do Senado) e julgar (ex: presidente da república em crimes de responsabilidade).

2. Legislativo Federal
É chamado de bicameral, por possuir Deputados e Senadores. Ele é composto de três órgãos deliberativos, sendo eles a
Câmara dos Deputados, o Senado e o Congresso Nacional.

O Congresso Nacional não é a soma da Câmara com o Senado, todos eles têm competências distintas.

DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51
e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;

II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso
forçado;

III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;

IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;

V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;


VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias
Legislativas;

VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;

VIII - concessão de anistia;

IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e
organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal;

IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e
organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de
2012) (Produção de efeito)

X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas;

X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b ;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

XI - criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública;

XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
32, de 2001)

XII - telecomunicações e radiodifusão;

XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;

XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.

XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, por lei de iniciativa conjunta dos Presidentes da
República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts.
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II;
153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional;

II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;

III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze
dias;

IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas
medidas;

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa;

VI - mudar temporariamente sua sede;

VII - fixar idêntica remuneração para os Deputados Federais e os Senadores, em cada legislatura, para a subseqüente,
observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

VIII - fixar para cada exercício financeiro a remuneração do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de
Estado, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos
de governo;

X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta;

XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;

XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;

XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;

XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;

XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas
minerais;

XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.

XVIII - decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e
167-G desta Constituição.

DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da
República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

III - elaborar seu regimento interno;

IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;

IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

DO SENADO FEDERAL

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade e os Ministros de Estado
nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)

II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral


da União nos crimes de responsabilidade;

II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do
Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;

b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;

c) Governador de Território;

d) Presidente e diretores do banco central;

e) Procurador-Geral da República;

f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de
caráter permanente;

V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios;

VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;

VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;

IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;

X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal
Federal;

XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do
término de seu mandato;

XII - elaborar seu regimento interno;

XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias;

XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o
desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal,
limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo,
com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

3. Legislatura
O paradigma de uma legislatura é o mandato do Dep. Federal (4 anos)
Sessão Legislativa Ordinária (SLO) - Ano Legislativo
Sessão Ordinária (SO) - Dia Legislativo
Período Legislativo - os “semestres” Legislativos

* PLDO - Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias


A sessão legislativa ordinária nunca se encerra enquanto o orçamento não é votado e aprovado. A só pode existir se
houver uma fonte de custeio determinada.

4. Câmara dos Deputados


Mandato - 4 anos
Idade - 21 anos (na posse, posterior à diplomação)
Representa - A soberania popular (o mandato do deputado e do vereador é do partido)
Sistema - Proporcional
↪ O nosso sistema proporcional é chamado de atenuado ou mitigado, pois não é puro. Ele estabelece um mínimo
(8 dep. federais) e um máximo (70 dep. federais) para a representação dos estados na Câmara. Não é feita uma média
aritmética, é uma mera proporção
A crítica está no fato de que esse sistema cria estados sub representados e estados supra representados. No entanto, esse
sistema tem por objetivo impedir que os estados com mais poderes econômicos também decidam a política econômica.

5. Senado
Mandado - 8 anos (2 legislaturas)
Idade - 35 anos (posse)
Representa - Os estados
Sistema - Majoritário Simples (turno único)
↪ Quem possui mais votos está eleito.
Representação é paritária, todos os estados e o DF tem 3 Senadores e cada um possui 2 suplentes.
A eleição ocorre de forma alternada, de ⅓ e ⅔ .

6. Territórios
Não existem territórios no Brasil, atualmente. Não são entes da federação, são uma descentralização administrativa da
União (uma autarquia).
A CF estipula que se houver um território ele terá um número fixo de 4 deputados na Câmara Federal (exceção ao sistema
proporcional).
* Vereadores - são 29 faixas de vereadores por habitantes; A idade mínima de vereador é 18 anos, mas esta é
aferida no último dia para registro (antes da eleição). Lei 9.504/97

7. Deputados Estaduais
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema
eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo,
setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º,
57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua
secretaria, e prover os respectivos cargos.

§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

O número de deputados estaduais não está previsto na Constituição Estadual


A lei que rege a quantidade de Deputados Federais vai estipular, por consequência, o número de Deputados Estaduais.
Regra: 3x NDF até chegar à 36
Exceção: NDF + 24

12 deputados é o limite da regra, caso passe disso é necessário que some a quantidade de Deputados Federais + 24.

(Estados com até 12 deputados - regra / Estados com mais de 12 deputados - exceção)

8. Quórum
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria
dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

→ Qualificados: são aqueles que estão previstos expressamente na Constituição.


ex: PEC - ⅗ de 513, na Câmara, e de 81, no Senado.
LC - Maioria absoluta (primeiro número inteiro após a metade)

1° - Maioria Absoluta Fixa


↪ Para abrir a sessão de qualquer espécie legislativa.

Lei Ordinária ou Equivalente (ex: Mandado de Segurança)


↪ O quorum de votação é a maioria simples.

→ Maioria Simples (controvérsias)


Corrente minoritária - está vinculada à maioria absoluta, não me interessa apenas os que votaram sim ou não, mas
todos os que ali estiveram. A abstenção entra dentro da conta.
ex: se haviam 300 presentes, preciso de 151 votos a favor para a aprovação.
Corrente majoritária - está no regimento da Câmara. A abstenção só conta para abrir a sessão, mas não interessa
para a votação.
ex: se há um quorum de 300 pessoas, 290 abstenções, 4 votaram não e 5 votaram sim, logo a proposta está aprovada.

O que muda é a base de cálculos.

Mandado de Segurança 20.452 (1984)

Ementa

EMENDA CONSTITUCIONAL. EMENDA 'DANTE DE OLIVEIRA'. 'QUORUM' DE APROVAÇÃO. ART-48 DA


CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO QUE LHE DEU A EMENDA CONSTITUCIONAL N. 22, DE JUNHO DE 1982. O
'QUORUM' PARA APROVAÇÃO DE EMENDA CONSTITUCIONAL E, SEGUNDO O ART-48 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, NA REDAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 22/82, O DE DOIS TERÇOS DE VOTOS DO TOTAL DE
MEMBROS DE CADA UMA DAS CASAS DO CONGRESSO NACIONAL, E NÃO O DE DOIS TERÇOS DOS MEMBROS DE
CADA UMA DAS CASAS PRESENTES, À SESSÃO. ALIAS, E DA TRADIÇÃO DO NOSSO DIREITO CONSTITUCIONAL
SER O 'QUORUM' ADOTADO PARA A APROVAÇÃO DE EMENDA CONSTITUCIONAL TOMADO SEMPRE LEVANDO-SE
EM CONTA O TOTAL DE DEPUTADOS E SENADORES, EM CONJUNTO OU SEPARADAMENTE, POR MAIORIA OU POR
DOIS TERÇOS, MAS SEMPRE COM REFERÊNCIA AO TOTAL EXISTENTE, E NÃO DOS PRESENTES. REJEIÇÃO DA
EMENDA POR NÃO TER SIDO ATINGIDO O 'QUORUM' NECESSÁRIO A SUA APROVAÇÃO. ALTERAÇÕES
CONSTITUCIONAIS A RESPEITO E MANIFESTAÇÕES DA DOUTRINA.

ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS I

1. Conceito
É um conjunto normativo, um regime jurídico especial. Eles possuem uma série de imunidades que atenuam ou fazem
incidir de maneira distinta certas regulações comuns à todos. Exige que a pessoa esteja no exercício da função.
Ocorre em razão do ofício.

2. Termo
Inicial - a diplomação;
Final - a CF não diz nada, mas por interpretação do STF é o primeiro dia da nova legislatura.

3. Renúncia das Imunidades


As imunidades não podem ser renunciadas, pois elas não são da pessoa, são do parlamentar enquanto parlamentar. Não
são disponíveis.
Um parlamentar licenciado (parlamentar que não abriu mão do mandato, mas está exercendo funções no
executivo), um Senador que vira ministro por exemplo, não possui imunidade, mas continua tendo prerrogativa de foro. Já
os suplentes, enquanto suplentes, não possuem imunidades.
O ex-parlamentar também não possui imunidade.
↪ Qualquer lei (estadual ou municipal) que conceda imunidade parlamentar é inconstitucional.

4. Imunidade Material
art. 53 CF caput

Dimensões -
Temporal: aquilo que um parlamentar falou, opinou ou votou não pode ser alvo de processo após o fim da
imunidade. (CLÁUSULA DE EXCLUSÃO DA TIPICIDADE)
Espacial: pressuposição de que a fala está coberta por imunidade material quando o parlamentar está dentro do
Congresso. O nexo de causalidade entre a fala e o exercício da função é pressuposto. Quando a fala do parlamentar é
realizada fora do Congresso é necessário averiguar o nexo de causalidade do caso determinado.

5. Imunidade Formal para prisão


art. 53 § 2°

O parlamentar desde a diplomação só pode ser preso em flagrante delito por crime inafiançável. Não pode ser preso nem
temporariamente, nem preventivamente.
↪ Pode ser preso por decisão penal transitada em julgado.

Medidas cautelares diversas de prisão - art 319 do CPP


O STF pode determinar essas medidas diversas para os parlamentares.

Caso o parlamentar seja preso em flagrante delito, a autoridade que realizou a prisão deve comunicar a casa em 24h para
deliberar, por maioria absoluta, acerca da continuidade da prisão dele.
Nas medidas cautelares em que não impedem o exercício regular da função não é necessário a comunicação à Casa. Mas
caso, direta ou indiretamente, a pessoa fica impedida ao exercício regular da função seguem-se os mesmo preceitos da
prisão em flagrante delito.

As votações são nominais, ostensiva e abertas.

6. Imunidade Formal para processo


art. 53 §3°

Emenda Constitucional 35/01


Antes da Emenda, o STF deveria fazer uma condição de admissibilidade para processar o parlamentar. Recorrer à Câmara
para pedir a autorização. Após a Emenda não é mais necessário o pedido de autorização, só é preciso comunicar a Casa
que existe uma ação penal em trâmite. Um partido político com representação penal na Câmara pode solicitar a sustação
do processo (a mesa tem 45 dias levar à votação na sustação do processo, votação nominal, ostensiva e aberta) para a
Mesa. .
Quando o processo é sustado, suspende-se a prescrição do processo.

- Os crimes devem ter ocorrido APÓS A DIPLOMAÇÃO e devem ter VÍNCULO COM O EXERCÍCIO DA
FUNÇÃO.

7. Prerrogativa de Foro
O juiz federal de um deputado e do senador é o STF.
● Para evitar a “ciranda de processo” foi decidido que o STF só julgaria crimes que tenham relação com o exercício
da função e que tenham sido realizados após a diplomação.
↪ QO - AP 937 .

Marco temporal - a competência para processar e julgar não se altera mais. → Determinação de despacho para
apresentação de alegações finais

8. Deputados Estaduais e Distritais


art. 27, § 3° 1° C/C 32° § 3°

Tudo falado para Deputado Federal e Senador valem para eles também. Se houver alteração do paradigma federal, irá
ocorrer alteração para deputado estadual também.
Quem julga os Dep. Estaduais Mineiros é o TJMG. Isso é definido pela Constituição Estadual.

9. Vereadores
art. 29°, III

Não possuem imunidade formal para prisão nem para processo nem possuem prerrogativa de foro. Possuem apenas
Imunidade material na circunscrição do município e limitado a interesses municipais.

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