Você está na página 1de 19

TPS Noções de Direito

e Direito Internacional
Público
Pertence privativamente ao presidente da República a
iniciativa das leis que disponham sobre a criação de
cargos, funções ou empregos públicos, bem como sobre
o aumento de remuneração, na administração direta e
nas autarquias.
As competências privativas do Presidente da República estão
disciplinadas no artigo 84:

> Direção da administração pública


I – nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II – exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção
superior da administração federal;

> Participante do processo legislativo


III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
previstos nesta Constituição;
3
Propor Emenda Constitucional, iniciativa em Lei Complementar e Lei
Ordinária, editar Medida Provisória e elaborar leis delegadas.
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis (…)
V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
XXVI – editar medidas provisórias com força de lei, nos
termos do art. 62;

> Decretos
IV (…) bem como expedir decretos e regulamentos para
VI – dispor, mediante decreto, sobre:

4
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Assim, o Presidente poderá utilizar 3 tipos de decretos:
- Decreto de execução – imposição de prática um ato concreto: ato
normativo secundário editado para possibilitar a fiel execução de uma lei.
Sua edição é competência indelegável do Chefe do Executivo.
- Decreto regulamentar – ato normativo: ato regulamentar que
complementa a lei com base em expressa determinação nela contida. Essa
lei deve determinar precisamente os contornos dos decretos autorizados.

5
- Decreto autônomo – tem fundamento na própria Constituição: ato
normativo primário que disciplina a organização ou a atividade
administrativa, extraindo sua validade diretamente da Constituição. Existe
no ordenamento jurídico brasileiro desde a EC n° 32/2001. a competência
para sua edição pode ser delegada.

> Relações internacionais:


VII – manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus
representantes diplomáticos;
VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais,
sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

6
> Estabilização Constitucional
IX – decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X – decretar e executar a intervenção federal;
XIII – exercer o comando supremo das Forças Armadas,
nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para
os cargos que lhes são privativos;

> Conceder indulto e comutar penas


XII – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
7
> Nomeação de autoridades
XIV – nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral
da República, o presidente e os diretores do banco central e
outros servidores, quando determinado em lei;
XV – nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do
Tribunal de Contas da União;
1/3 é escolhido pelo Presidente com aprovação do Senado Federal (3
Ministros) e os outros 6 membros (2/3) pelo Congresso Nacional. Então,
há uma divisão na escolha dos Ministros do TCU entre o Presidente e o
Congresso, entretanto quem nomeia é o Presidente, privativamente.
8
XVI – nomear os magistrados, nos casos previstos nesta
Constituição, e o Advogado-Geral da União;
XVII – nomear membros do Conselho da República, nos
termos do art. 89, VII;
Assuntos de grande relevância
XVIII – convocar e presidir o Conselho da República e o
Conselho de Defesa Nacional;
XIX – declarar guerra, no caso de agressão estrangeira,
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele,
quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas
mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional;
9
XX – celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do
Congresso Nacional;
XXII – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente;
Nas demais hipóteses não previstas em lei complementar, cabe ao
Congresso Nacional.

> Plano de Governo e Prestação de Conta ao Congresso Nacional

10
XI – remeter mensagem e plano de governo ao Congresso
Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo
a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XXIV – prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior;

> Leis Orçamentárias


XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
orçamento previstos nesta Constituição;
11
A iniciativa nos projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei
Orçamentária Anual e Plano Plurianual é do Presidente.

> Cargos Públicos:


XXV – prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma
da lei;

> Conferir condecorações e demais atividades residuais


XXI – conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXVII – exercer outras atribuições previstas nesta
Constituição.

12
> Organização da administração pública
* Criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração
pública > Competência do Congresso Nacional, com a sanção do
Presidente da República
* Dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos > Competência do Presidente
* Prover e extinguir os cargos públicos federais (preenchidos), na
forma da lei > Competência do Presidente.

13
> Matérias passiveis de delegação:
Art. 84 Parágrafo único. O Presidente da República poderá
delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV,
primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os
limites traçados nas respectivas delegações.

> Responsabilização do Presidente da República


Admitida a acusação contra o Presidente da República, por 2/3
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento
perante o:
14
- Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns;
- Senado Federal, nos crimes de responsabilidade
Assim, o Presidente ficará suspenso de suas funções antes do
julgamento para não atrapalhar o andamento do processo:
- nas infrações penais comuns (relacionadas ao cargo), se
recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal;
- nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo
pelo Senado Federal.
Entretanto se decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento não
estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem
prejuízo do regular prosseguimento do processo.
15
Outras prerrogativas importantes:
- Vedação à prisão cautelar: Enquanto não sobrevier sentença
condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República
não estará sujeito a prisão.
- Cláusula de irresponsabilidade penal relativa: O Presidente da
República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

> Crimes de responsabilidade do Presidente

16
Outras prerrogativas importantes:
- Vedação à prisão cautelar: Enquanto não sobrevier sentença
condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República
não estará sujeito a prisão.
- Cláusula de irresponsabilidade penal relativa: O Presidente da
República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções
A Constituição Federal elencou os crimes de responsabilidade
como os atos do Presidente que atentem contra a Constituição
Federal e, especialmente, contra:

17
- a existência da União;
- o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do
Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da
Federação;
- o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
- a segurança interna do País;
- a probidade na administração;
- a lei orçamentária;
- o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá
as normas de processo e julgamento. Atualmente a lei que regula
é a Lei nº 1.079/50.
18
STF – Súmula 722: São da competência legislativa da União a
definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das
respectivas normas de processo e julgamento.
Ou seja, estados e municípios não detêm autonomia nesse
quesito, devendo observar as normas da União.

19

Você também pode gostar