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DIREITO CONSTITUCIONAL:

1.1- Espécies de normas legais: sugestão de vídeo: LEGISLAÇÃO -


Constituição, Emenda, Leis, Medida Provisória, Decreto, Resolução - TIPOS
DE NORMAS (a partir do min 1;38, velocidade 1,5x)

Nos termos do artigo 59 da Constituição Federal, são espécies normativas: emendas


constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias,
decretos legislativos e resoluções.

“Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:


I - Emendas à Constituição; as emendas constitucionais possibilitam a inserção de
acréscimos, supressões ou modificações do texto constitucional. As emendas constitucionais
não se sujeitam à sanção presidencial e têm a mesma natureza e eficácia das normas
constitucionais (MOTTA; 2007). É um processo legislativo especial e bem diferente do
processo legislativo ordinário, apresentado do tópico anterior. A finalidade de uma emenda
constitucional é a revisão da Constituição Federal, porém sem que as novas normas se
distanciem substancialmente do sistema originário adotado pelo legislador constituinte. O
procedimento de uma emenda constitucional possui uma fase introdutória na
qual, somente o Presidente da República, um terço no mínimo dos membros da
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal e mais da metade das
Assembleias Legislativas das unidades da Federação, podem propor a
realização de uma Emenda Constitucional.
II - Leis complementares; As leis complementares têm sua matéria predeterminada
constitucionalmente, ou seja, somente poderão tratar das matérias que a Constituição
Federal determinar serem próprias dessa espécie normativa (MOTTA; 2007).

A lei complementar é uma espécie normativa prevista no artigo 59 da Constituição Federal


que apresenta um processo legislativo próprio e é utilizada somente em matéria reservada.
Assim, determinadas matérias exigem regulamento especial diferente do previsto
constitucionalmente. Somente poderá ser matéria de lei complementar a matéria
taxativamente prevista na Constituição Federal. No tocante à formalidade ressalta-se o
processo legislativo, mais especificamente na sua fase de votação, e o quórum de
aprovação da lei complementar é de maioria absoluta (metade mais um do número total
de integrantes da Casa Legislativa). Logo, quase todo o processo legislativo da lei
complementar é idêntico ao ordinário, exceto o quórum de votação. A lei ordinária é
aprovada pela maioria simples (metade mais um dos presentes na sessão).

III - Leis ordinárias; tratam de assuntos diversos da área penal, civil, tributária, administrativa e
da maior parte das normas jurídicas do país, regulando quase todas as matérias de competência
da União, com sanção do presidente da República. O projeto de lei ordinária é aprovado por
maioria simples. Pode ser proposto pelo presidente da República, deputados, senadores, Supremo
Tribunal Federal (STF), tribunais superiores e procurador-geral da República. Os cidadãos também
podem propor tal projeto, desde que seja subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado do país,
distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.

IV - Leis delegadas; A lei delegada é um ato normativo elaborado e praticado pelo Presidente
da República, em razão de uma autorização dada pelo Poder Legislativo. Trata-se de uma
delegação da função legislativa modernamente aceita, desde que com limitações. É um
mecanismo necessário para possibilitar a eficiência do Estado e sua necessidade de maior
agilidade e celeridade.

A lei delegada possui um processo legislativo especial. Dessa forma, as leis delegadas serão
elaboradas pelo Presidente da República que deverá solicitar a delegação ao Congresso
Nacional. A lei delegada não poderá versar sobre atos de competência exclusiva do
Congresso Nacional, atos de competência privativa da Câmara dos Deputados, atos de
competência exclusiva do Senado Federal, matéria reservada à lei complementar, legislação
sobre Poder Judiciário, legislação sobre Ministério Público, nacionalidade, cidadania, direitos
individuais, direitos políticos, direitos eleitorais, planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos. Uma vez encaminhada a solicitação ao Congresso Nacional, a
mesma será submetida a votação pelas Casas do Congresso Nacional, em
sessão bicameral conjunta ou separada, e sendo aprovada por maioria simples,
terá a forma de uma resolução que especificará de forma obrigatória as regras
sobre seu conteúdo e os termos de seu exercício. Nessa etapa o Congresso
Nacional poderá estabelecer as restrições que entenda como sendo
necessárias.

Com o retorno da resolução às mãos do Presidente da República, este irá


elaborar o texto normativo, promulgando-o e determinando sua publicação.
Caso a ratificação parlamentar não seja uma exigência, todo o processo
legislativo se esgotará no interior do Poder Executivo. Porém, o Congresso
Nacional pode estabelecer na resolução que o projeto elaborado pelo
Presidente da República retorne ao Congresso Nacional para ser votado em
sessão única, vedada a apresentação de qualquer emenda.

Se o Congresso Nacional aprovar o projeto de lei em sua totalidade, o


Presidente da República irá promulgar e determinar a publicação, mas, se o
Congresso Nacional rejeitar integralmente o projeto de lei, este será arquivado,
somente podendo ser reapresentado

V - Medidas provisórias; é um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da


República, em casos de relevância e urgência para o país. Produz efeitos imediatos, ou seja,
já vale ao mesmo tempo em que tramita no Congresso, mas depende de aprovação da
Câmara e do Senado para que seja transformada definitivamente em lei.

VI - Decretos legislativos; Regula matérias de competência exclusiva do Congresso, tais como:


ratificar atos internacionais, sustar atos normativos do presidente da República, julgar anualmente
as contas prestadas pelo chefe do governo, autorizar o presidente da República e o vice-
presidente a se ausentarem do país por mais de 15 dias, apreciar a concessão de emissoras de
rádio e televisão, autorizar em terras indígenas a exploração e o aproveitamento de recursos
hídricos e a pesquisa e lavra de recursos minerais.

VII - resoluções: A resolução gera, em regra, efeitos internos, porém, há exceções


nas quais os efeitos gerados são externos. A resolução destina-se a regular
matérias de administração interna, em regra (MOTTA; 2007). Não chega a ser lei,
nem chega a ser ato administrativo, é uma deliberação político-administrativa que
observa o processo legislativo, porém não está sujeita a sanção do Poder
Executivo. O procedimento do processo legislativo da resolução compete ao
regimento interno de cada uma das Casas, bem como do Congresso Nacional. A
resolução isolada de uma das casas legislativas somente por ela poderá ser
instruída, discutida e votada, cabendo ao seu Presidente promulgá-la e determinar a
sua publicação. O Presidente da República não participa da elaboração de uma
resolução. O prazo de vigência da MP é de 60 dias, prorrogável uma vez por igual
período. Depois do 45º dia da publicação, se não tiver sido votada, a MP tranca a
pauta de votações da Casa em que estiver tramitando. Ao chegar ao Congresso
Nacional, a medida provisória é analisada por uma comissão mista - formada
por deputados e senadores - que vai aprovar um parecer sobre ela. Se o texto
original for alterado, a MP passa a tramitar como projeto de lei de conversão.
Aprovado o parecer na comissão mista, o texto segue para o Plenário da
Câmara e, em seguida, para o Plenário do Senado. Depois de aprovada nas
duas Casas, se houver projeto de lei de conversão, ele deve ser enviado à
Presidência da República para sanção. O presidente tem a prerrogativa de
vetar o texto parcial ou integralmente, caso discorde de eventuais alterações
feitas no Congresso. O prazo é de até 15 dias.
Caso a MP seja aprovada sem alteração pela Câmara ou pelo Senado, ela é
promulgada pelo Congresso Nacional, sem exigência de sanção presidencial.
1.2- Ler artigo 150 da CF/88. INFERE NOS LIMITES CONSTITUCIONAIS AO
PODER DE TRIBUTAR: (assista ao vídeo: https://youtu.be/WuytPsNJZ78 velocidade
1,75x)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
IV - Utilizar tributo com efeito de confisco;
V - Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias
conservadas pelo Poder Público;
VI - Instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por
artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham,
salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153,
I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts.
148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos
nos arts. 155, III, e 156, I.
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao
patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas
regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente
comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades
nelas mencionadas.
§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca
dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente
as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do
disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não
se realize o fato gerador presumido.

ps: tente ver tudo com a maior conexão possível,


embora sejam assuntos diferentes, têm sempre algo
conectado.

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