Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Temos ainda:
➔ leis ordinárias que são consideradas atos normativos primários, ou seja, criam,
modificam ou extinguem direitos seguindo um processo legislativo e preceitos
expressos diretamente na Constituição Federal. Os demais atos normativos
primários são, emendas à Constituição.
➔ Leis Constitucionais que surgem por exigência da constituição. Onde a
constituição disser que alguma lei específica irá regulamentar a matéria em
questão, é necessário criar um projeto de lei complementar. Abrangem a
própria Constituição da República, as Leis Constitucionais avulsas e as Leis de
revisão constitucional.
NOTA:
Os projetos de lei complementar são aprovados pela maioria absoluta.
4. Podemos considerar que a construção de uma lei por iniciativa dos deputados
tem 7 passos principais:
➔ A ideia - O deputado tem uma ideia ou recebe-a através de sugestões dos
cidadãos;
➔ A apresentação do projecto - O deputado redige um projecto de lei e
apresenta-o (se se tratar de iniciativa do governo, chama-se proposta de lei). O
projecto de lei tem de ser aceite pelo Presidente da Assembleia da República
(PAR), que o envia para a Comissão Parlamentar respectiva;
➔ A apreciação na generalidade:
A Comissão aprova um parecer e o projeto de lei fica à espera de ser agendado.
Nesta fase morrem muitos projetos por ninguém tomar a iniciativa de os agendar. A
agenda é feita pelo PAR, podendo os grupos parlamentares fixá-la algumas vezes por
ano, conforme o seu número de deputados. Sendo agendado, o projeto de lei é
submetido à votação na generalidade.
➔ A apreciação na especialidade - Nesta fase, os deputados podem apresentar
alterações na especialidade aos textos aprovados. Ainda nesta fase as
Comissões podem promover audições e receber contributos dos cidadãos para
melhorar a lei. É uma fase decisiva da construção de uma lei, embora passe
muitas vezes despercebida porque não decorre no plenário. E é frequente o
processo arrastar-se nesta fase, podendo mesmo não chegar a termo e abortar
aqui;
➔ A votação final global - Terminada a apreciação na especialidade, o projeto de
lei inicial, com as alterações aprovadas na especialidade em Comissão, volta ao
plenário para que este ratifique a votação na especialidade e faça a votação
final global. Só os projectos que conseguem ultrapassar esta etapa têm hipótese
de vir a ser lei. Os projectos de lei aprovados passam a decretos da Assembleia
da República e são enviados ao Presidente da República para promulgação;
➔ A promulgação e a publicação:
A promulgação das leis é competência do Presidente da República, que pode
no entanto pode opor o seu veto.
Se houver veto político, com fundamento, o PR devolve o texto à Assembleia,
que tem de decidir se altera o texto ou se o mantém, precisando neste caso de
aprovação por maioria absoluta. O Presidente também pode vetar o texto por
inconstitucionalidade, devendo a Assembleia expurgá-lo das normas inconstitucionais
ou confirmar o texto por maioria de dois terços dos deputados.
➔ Publicação da lei em Diário da República - Só depois da devida decisão da
Assembleia, em caso de veto, é que o texto é promulgado pelo Presidente e
enviado para publicação no Diário da República, assumindo então o estatuto de
lei.
- Início da vigência:
- Sendo que se pressupõe que o legislador conhece a lei, esta é publicada
no Diário da República, para que se seja divulgada e conhecida. O artigo
119.º da C.R.P. manda publicar em Diário da República os seguintes
diplomas:
- as leis constitucionais
- as convenções internacionais e respetivos avisos de ratificação
- as leis da Assembleia da República
- os decretos-lei do Governo
- os decretos legislativos regionais
- Termo de vigência
Passado o período da vacatio legis, se este existir, a lei ficará, em princípio,
ilimitadamente em vigor. O decurso do tempo, por maior que seja, não é razão
suficiente para que a lei cesse a sua vigência.
Como formas de cessação de vigência da lei, o artigo 7.º do Código Civil prevê
unicamente a caducidade e a revogação.
A caducidade pode resultar da cláusula expressa pelo legislador, contida na
própria lei, de que esta só se manterá em vigor durante determinado prazo ou
enquanto durar determinada situação e pode, ainda, resultar do desaparecimento dos
pressupostos de aplicação da lei, nos termos da 1.ª parte do n.º 1 do artigo 7.º.
- Caducidade:
Distingue-se da revogação na medida em que esta resulta da nova lei, contendo
expressa ou implicitamente o afastamento da primeira, enquanto a caducidade se dá
independentemente de qualquer nova lei. Importa ainda salientar que a lei geral não
revoga a lei especial, exceto se outra for a intenção inequívoca do legislador.
6.
7.
Regulamentos:
Um «regulamento» é um ato legislativo vinculativo, aplicável em todos os seus
elementos em todos os países da UE. Por exemplo, quando a UE quis garantir a
aplicação de medidas comuns de salvaguarda aos produtos importados de fora da UE,
o Conselho adotou um regulamento.
Diretivas:
Uma «diretiva» é um ato legislativo que fixa um objetivo geral que todos os
países da UE devem alcançar. Contudo, cabe a cada país elaborar a sua própria
legislação para dar cumprimento a esse objetivo. É disso exemplo a Diretiva sobre
direitos dos consumidores, que reforça esses direitos em toda a UE através
designadamente da eliminação de encargos e custos ocultos na Internet e da extensão
do período de que os consumidores dispõem para se retirar de um contrato de venda.
8. “Costumes”, são normas de comportamento que as pessoas obedecem de
maneira uniforme e constante, com a convicção de sua obrigatoriedade jurídica. As
normas de uma sociedade são criadas observando-se os costumes, de maneira que
possam orientar um convívio harmônico e saudável, observando-se as condutas e
incriminando aquelas que em um primeiro momento são consideradas imoral segundo
os costumes e evoluindo para o ilegal, após sua tipificação legal.
Uma vez verificados estes dois elementos: corpus (elemento material) - prática
social constante e animus (elemento espiritual) - convicção de obrigatoriedade, nada
mais é preciso para que se verifique o costume.
Assim, podemos definir costume como o conjunto de práticas sociais
reiteradas (que se repetem) e acompanhadas da convicção de obrigatoriedade.
O direito consuetudinário, ou seja, o direito formado através do costume, é,
como se vê, um direito não deliberadamente produzido, uma vez que não existe
qualquer órgão incumbido de o criar, contrariamente ao que se passa com a lei.
Tanto entre nós, como na maior parte dos países europeus, o costume
representa historicamente a fonte mais importante do direito.
10.
➔ O acórdão é uma decisão proferida por um tribunal colegial, tomada por
maioria e lavrado de acordo com orientação que tenha prevalecido, devendo o
vencido, quanto à decisão ou quanto aos simples fundamentos, assinar em
último, com sucinta menção das razões de discordância, como decorre, por
exemplo do artigo 663.º do C.P.C.
➔ A sentença é uma decisão proferida por um tribunal singular, sendo que,
incidindo esta sobre qualquer pedido controvertido ou sobre alguma dúvida
suscitada no processo, deverá ser sempre fundamentada conforme artigo 154.º
do C.PC.
➔ O despacho exprime uma decisão proferida pelo juiz, num processo sobre
matéria pendente ou para cumprimento de decisões dos tribunais superiores.
13. Os tratados são considerados uma das fontes do Direito Internacional positivo e
podem ser conceituados como todo acordo formal, firmado entre pessoas
jurídicas de Direito Internacional Público, tendo por finalidade a produção de
efeitos jurídicos. De maneira geral, os tratados internacionais são a principal
fonte do Direito Internacional. Para a validação de um tratado, é necessária a
participação direta e democrática dos Estados envolvidos. Eles são fonte direta,
clara e de fácil comprovação pois é preciso a sua documentação escrita e
ratificada (assinada) por todos os Estados que se comprometem a cumprir as
suas normas.