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Leis e os Decretos-leis têm igual força jurídica ou igual valor, podendo por isso revogar-
se reciprocamente. Isto não se verifica em relação às leis de valor reforçado e dentro
das áreas de reserva de competência legislativa do Governo e da Assembleia da
República;
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- Os Ministros;
Procedimento:
(Em conceito amplo)
Sequencia lógica e cronológica de atos e formalidades que precede a emissão do ato
jurídico-público;
- Atos de formação sucessiva e complexa, seja porque envolvem uma determinada
sequencia temporal de atos jurídicos ou outras atuações mais simples, seja porque
implicam uma intervenção de vários órgãos ou sujeitos jurídicos;
- Conceito amplo e abrange o conceito de processo;
(em conceito restrito)
- Tramitação de atos e formalidades adotada pelas entidades ou pelos órgãos públicos
no exercício da função governativa e legislativa e da função administrativa; que se
encontra predefinida em normas jurídicas com menor rigidez e precisão, o que
possibilita ao órgão que coordena o procedimento determinar a realização de outras
diligencias não especificamente previstas na lei;
Razões justificativas da imposição do Procedimento: Garantia da realização dos
passos necessários à descoberta da realidade dos factos sobre que vão incidir os
efeitos jurídicos do ato praticado
E que ocorra a intervenção das entidades ou dos órgãos que têm por tarefa ou
atribuição realizar interesses afetados pelo ato
Participação dos potenciais afetados pelos efeitos jurídicos do ato
Garantir uma maior transparência na produção dos atos jurídico-públicos
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Direitos fundamentais: direitos que estão dotados de uma especial dimensão ética
e de uma especial força jurídica por derem expressão ou concretização do princípio da
dignidade da pessoa humana ou pela importância que revestem para o
desenvolvimento desta. Só podem ser restringidos quando a Constituição permitir e
(depois de a Constituição permitir ou o exigir) só por lei e se essa restrição for
necessária para a proteção dos direitos e dos valores constitucionais e segundo o
princípio da proporcionalidade;
Deveres: Em sentido amplo, podemos ter deveres de fazer, não fazer ou tolerar;
Estado de sujeição: Posições jurídicas subjetivas passivas que surgem nas relações
juridico-públicas, em correspondência com direitos potestativos ou com poderes
juridico-públicos e que traduzem uma situação de necessidade inelutável de suportar
certos efeitos jurídicos decorrentes do exercício daqueles direitos ou poderes;
Ex: Sujeição em que se encontra o proprietário de um terreno que é expropriado;
Estatuto jurídico:
- O conjunto de posições jurídicas ativas e passivas vem associados a uma
especifica qualidade ou estado da pessoa;
- Existe, dentro da esfera jurídica de um mesmo sujeito, um conjunto de ambos
direitos e deveres perante o estado (isto é, não apenas em posições de vantagem, mas
simultaneamente de desvantagem);
- Status jurídico: pressuposto ou qualidade estável, a que se ligam certos
direitos e deveres, que podem sofrer variações, sem que aquela qualidade se perca.
Ex: Direito á liberdade de deslocação dentro do território português e o direito
de sair e de regressar ao território nacional; o dever de defesa da Pátria;
Estado unitário
- Existe apenas 1 poder soberano, isto reflete-se na competência das competências,
que se concretiza no exercício do poder constituinte, 1 poder constituinte e 1
constituição;
- Pode assumir duas conformações diferentes, consoante tenha sofrido, ou não, um
processo de descentralização política do qual tenham resultado regiões autónomas, se
sim trata-se de um Estado regional/descentralizado, caso contrário, trata-se de um
estado centralizado;
- Centralizados: a totalidade das funções políticas estão concentradas no Estado,
pode existir uma descentralização de caráter meramente administrativo quando se
atribui a autarquias locais competências de satisfação das necessidades públicas no
respeito e em execução da lei;
- Ex: França em que vão existir regiões que tal como no estado central, vão exercer
funções político legislativas o que significa que vão poder emitir atos legislativos;
Luxemburgo;
- Descentralizados/Regionais: Nestes Estados existem reuniões que exercem
funções politico-legislativas, podendo emanar atos com força de lei em determinadas
matérias, para além de exercerem igualmente funções administrativas.
- Podem ser:
- Estados Regionais Parciais: é um estado em qual apenas parte do
seu território se em contra se encontra regionalizado (se encontra dividido em regiões
com poderes politico-legislativos); Ex: Portugal (tem 2 regiões autónomas (Açores e
Madeira) com poderes político-legislativos);
- Estados Regionais Integrais: todo o território do estado se
encontra dividido em regiões com poderes politico-legislativos; Ex: Espanha com as
comunidades autónomas (Catalunha, Madrid ...) que são no fundo regiões com poder
politico-legislativo; Itália (região do Piet Mont, Toscânia etc.);
- Estados Regionais Homogéneos: Todas a regiões politico-
legislativas vão ter os mesmos poderes politico-legislativas; há uma distribuição igual
dos poderes pelas regiões; Ex: Portugal visto que os Açores e Madeira têm o mesmo
âmbito no poder politico-legislativo;
- Estados Regionais Heterogéneos: As regiões vão poder ter
diferentes poderes politico-legislativos entre si; Ex: Espanha – concede mais poderes á
Catalunha do que às outras regiões
União real conjunto de diferentes estados que partilham entre eles a mesma
coroa; Ex:
União pessoal não são unidos pela coroa, mas têm o mesmo monarca,
mantendo-se os órgãos separados; Ex: Portugal e Espanha, de 1580 a 1640, que
mantiveram coroas diferentes, mas ocupadas pela mesma pessoa (Filipe II de Espanha
e Filipe I de Portugal)
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Capítulo XI – Organização de Administração Pública
1. As pessoas coletivas, os órgãos e os serviços administrativos
Pessoa coletiva pública: estruturas organizatórias criadas por ato público, ás quais
é reconhecida personalidade jurídica e que têm por função zelar pela satisfação dos
interesses das comunidades que representam, sendo dotadas, para o efeito, dos
adequados poderes de autoridade;
Atribuições: realizam-se através da atuação dos órgãos que integram cada uma das
pessoas coletivas públicas;
Órgãos: são figuras organizatórias abstratas a que a lei fixa poderes funcionais de
atuação – as competências;
- Centros institucionalizados que detêm poderes e deveres para efeitos da
prática de atos jurídicos imputáveis á pessoa coletiva;
Titulares dos órgãos: Indivíduos que vão “ativar” as competências dos órgãos, que
as exercem em concreto;
- Manifestam a vontade juridicamente imputável á pessoa coletiva pública;
Serviços: departamentos dentro dos quais indivíduos (por regra: trabalhadores da
função pública) desempenham tarefas auxiliares do órgão que os dirige, preparando
ou executando os atos jurídicos por aqueles praticados.
- Cada serviço é dirigido por um órgão, embora cada órgão possa ter “ao seu serviço”
mais do que um departamento (serviço);
- Exemplo: Organização estadual em que o Estado pessoa coletiva
Governo Órgão
Ministério educação Serviço
Órgãos Colegiais: integram mais do que dois titulares, sendo constituídos por um
presidente e pelos vogais, e, em geral, por um secretário;
- As suas declarações de vontade designam-se por deliberações
(que são tomadas em reunião e precedidas de um período de discussão e de votação);
- Exemplo: Câmara municipal, que também é constituída pelo
presidente e pelos seus vereadores, uns com pelouro e outros sem;
A ligação ou vinculo dos titulares de órgãos aos respetivos órgãos pode resultar de
diferentes atos jurídicos, como por exemplo: - a nomeação
Ou
- A eleição
2) Quanto á duração:
Reunião: encontro pessoal, solene e formal – que agora se pode realizar por “meios
telemáticos” – dos membros do órgão que deliberarem sobre assuntos da sua
competência;
Sessão: período de tempo dentro do qual o órgão pode reunir, podendo uma sessão
realizar-se mais do que uma reunião.
- Só se fala em sessões a propósito daqueles órgãos que não são de
funcionamento continuo;
- Exemplo: Câmara municipal ou o Governo, diz-se que estão em sessão
permanente, reunindo regularmente;
Maioria relativa: os votos favoráveis excedem os votos contra, sem contar com as
abstenções; ou, a proposta com mais votos favoráveis, de entre as propostas sujeitas á
votação.
- Pode ainda ser exigida uma maioria mais qualificada do que a maioria
absoluta (Ex: a maioria de 2/3 dos membros do órgão colegial);
- Regra excecional;
Ata: as deliberações dos órgãos colegiais tomadas oralmente são reduzidas a escrito;
- As deliberações só produzem efeitos jurídicos para que tendem depois de
aprovada a ata (na reunião seguinte) ou depois de aprovada a minuta da ata (na
própria reunião em que são aprovadas as deliberações);
- Neste último caso a eficácia das deliberações constantes da minuta cessa se a
ata da reunião não as reproduzir requisito de eficácia das deliberações;
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Outro tipo de relação que pode ser estabelecida entre dois órgãos de uma mesma
pessoa coletiva relação de delegação