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Âmbito científico
Fontes
- interpretar uma lei consiste na determinação ou fixação do exacto sentido com que ela deve
valer.
- integração da lei traduz-se na actividade jurídica que tem por fim encontrar uma solução
jurídica para os casos omissos, também designados de lacunas da lei.
A expressão «fontes do Direito» pode ser utilizada em vários sentidos, de entre os quais
destacamos:
sentido sociológico-material
sentido histórico
sentido instrumental
sentido político-orgânico
sentido técnico-jurídico
Exemplos:
5 O sentido técnico-jurídico é aquele que maior relevância assume para o nosso estudo.
Em sentido técnico-jurídico, são fontes do Direito todos os modos de formação e revelação das
normas jurídicas.
Neste sentido, são fontes do Direito:
a lei
a jurisprudência
o costume
a doutrina
produção do Direito.
regras jurídicas.
Como decorre do n.º 2, do artigo 1.º do Código Civil são leis «todas as disposições genéricas
provindas dos órgãos estaduais competentes…»
Pressupostos da lei
Todo o acto normativo emana-do de um órgão com compe-tência legislativa, quer contenha
ou não uma verdadeira regra jurídica.
da Assembleia da República
do Governo
da C.R.P.)
12 em Conselho de Ministros;
trâmites e as entidades a que o cidadão tem de recorrer para exercer o seu Direito.
A vigência da lei não depende do seu conhecimento efectivo, pois é necessário que a mesma
seja objecto de publicação.
da C.R.P.)
15 Vacatio legis é o intervalo que decorre entre a publicação e a entrada em vigor da lei.
disponibilização na Internet.
Total – ab-rogação
Quanto à extensão
Parcial - derrogação
expressa
Caducidade
Eliminação de pressupostos
O facto de existirem várias categorias de leis torna necessário estabelecer entre elas uma certa
ordenação, ou hierarquia.
São consideradas, nos termos do art.º 112.º da C.R.P., verdadeiros actos legislativos e provêm
de órgãos com competência legislativa: leis; decretos-leis; decretos legislativos regionais.
do uso de autorizações legislativas que lhe são conferidas pela Assembleia da República art.º
198.º, n.º 1, alínea b) da C.R.P.
O Governo, tem ainda competência regulamentar, que exerce através de regulamentos art.º
199.º da C.R.P., sendo o principal órgão com competência regulamentar.
decretos regulamentares;
Portarias
instruções;
circulares.
O facto de tanto as resoluções como as portarias não terem de ser promulgadas (art. 119 n.1 h
da CRP)pelo Presidente da República confere-lhes um valor inferior aos decretos
regulamentares na hierarquia das leis.
21 Decretos podem provir:
do Governo, pois é por decreto que o Governo aprova os tratados internacionais [art.º 200.º,
c) da C.R.P.].
Decretos Legislativos Regionais art.o 112.o, n.º 1 e 4 e art.º227.º, n.º1, a), b) e c) da C.R.P. e
competência regulamentar art.º 227.º, n.º1, d) da C.R.P.
Poder regulamentar local específico, de entre os quais se destacam as autarquias locais (art.º
241.º da C.R.P.), que, no exercício deste, emitem posturas. Daqui decorre que as posturas
ocupam o lugar mais baixo da hierarquia das leis.
23 O costume
A base de todo o costume é uma repetição de práticas sociais, que se designa por uso.
25 Relação costume-lei
o costume regula matérias que a lei não regula (costume praeter legem);
1 Os usos que não forem contrários aos princípios da boa fé são juridicamente atendíveis
o costume internacional é aceite sem qualquer contestação - art.º 8.º da C.R.P., vigora
directamente na ordem jurídica portuguesa.
pela própria natureza da sua formação vai-se adaptando espontaneamente à evolução social
(maior flexibilidade)
de difícil prova
O juiz tem de julgar unicamente de «harmonia com a lei e sua consciência» (art.º 8.º do Código
Civil).
29 De acordo com o art. 156.º do Código de Processo Civil, as decisões podem assumir a forma
de :
As decisões dos tribunais podem ser impugnadas por via de recurso nos termos do art. 676.º
do Código de Processo Civil. O recurso é, assim, o meio processual de que as partes se
socorrem para impugnar as decisões judiciais que as não satisfazem, pela devolução do
julgamento a um tribunal superior e, deste modo, tentar obter uma nova decisão que vá ao
encontro da sua pretensão.
Ainda assim, a jurisprudência não é fonte imediata do Direito na actual ordem jurídica
portuguesa; no entanto, na medida em que vai explicitando uma determinada consciência
jurídica geral, contribui para a formação das normas jurídicas.
Na ordem jurídica portuguesa, a doutrina não é considerada fonte do Direito. De facto, o valor
de uma opinião, por mais categorizado que seja o jurista que a emite, não lhe confere razão
extrínseca, de carácter formal, que a imponha como obrigatória.
Quanto muito, será fonte mediata, para acentuar a sua relevância prática e a maneira como
contribui, quer para a formação, quer para a revelação do Direito.
«A doutrina limitar-se-á, portanto, pelo seu influxo sobre as fontes imediatas do Direito, a
provocar alterações na ordem jurídica vigente.»
assinatura
ratificação
A ratificação é o acto jurídico individual e solene pelo qual o órgão competente do Estado
afirma a vontade deste estar vinculado ao tratado cujo texto foi por ele assinado.
O art.º 8.º, n.º 3, estabelece, também, que as normas emanadas dos órgãos competentes das
organizações internacionais a que Portugal pertence vigoram directamente na ordem interna,
desde que se encontre previsto expressamente nos respectivos tratados.
36 O problema das fontes do Direito consiste em saber como e onde nascem, como se formam
e revelam as normas jurídicas.
A expressão fontes do Direito é utilizada em vários sentidos, sendo o que interessa ao nosso
estudo o sentido técnico jurídico, que considera como fontes do Direito a lei, o costume, a
jurisprudência e a doutrina.
Na ordem jurídica portuguesa, a lei é considerada a única fonte imediata, sendo todas as
restantes consideradas fontes mediatas. Estas não têm força vinculativa própria, mas são
importantes na medida em que podem influenciar o processo de formação e revelação das
normas jurídicas.
Do Direito interno fazem parte o Direito substantivo e o Direito adjectivo, apresentando -se
este último como acessório do primeiro, dado que serve para estipular a forma como o Direito
substantivo vai ser aplicado.
38 Para que o cidadão cumpra a lei é necessário que esta lhe seja dada a conhecer, o que se
verifica através da sua publicação no jornal oficial que é o Diário da República, 1.ª série.
Com a publicação, a lei passa a ser obrigatória, mas isso não significa que entre imediatamente
em vigor, pois em geral decorre um intervalo entre a publicação e a sua entrada em vigor, que
se denomina vacatio legis.
A hierarquia das leis pressupõe que entre estas exista uma certa ordenação, da qual resulta
que as leis de hierarquia inferior não podem contrariar as de hierarquia superior, antes têm de
se conformar com elas; as leis de hierarquia igual ou superior podem contrariar leis de
hierarquia igual ou inferior e, então, diz-se que a lei mais recente revoga a lei mais antiga.