Você está na página 1de 2

Características da norma jurídica

1. Generalidade
2. Abstração
3. Imperatividade
4. Coercibilidade

1. A norma dirige-se a uma generalidade mais ou menos ampla de destinatários, isto é, não
tem destinatário ou destinatários determinados. Está-se perante uma exigência da justiça, pois
o princípio da igualdade postula que as normas tratem igualmente todos os que se
encontrarem na mesma situação.

2. Relativamente à abstração, o preceito é abstrato quando regula um número de casos


indeterminado, uma categoria mais ou menos ampla de situações ou hipóteses determinadas.
Abstração – opõe-se ao concreto. Indeterminabilidade. É a norma que não é destinada a um
determinado caso concreto, mas sim, define normas de "dever-ser", "dever-fazer", ou "dever-
deixar-de-fazer" para o futuro para várias situações possíveis.

3. Imperatividade - no sentido em que a norma estabelece um dever ser. O Direito, para ser
eficaz e atingir os seus fins, tem de ser obrigatório para se distinguir da Moral, da Cortesia ou
da Boa Educação. Todos têm o dever de lhe obedecer.

4. Coercibilidade traduz-se na possibilidade de usar a força para impedir e reprimir a violação


da norma.

FONTES DE DIREITO
A- Fontes internas
São fontes diretas do Direito Interno: a lei e as normas corporativas, art. 1.º do Código Civil
(CC).

(artigo 1.º, n.º 1); são “leis todas as disposições genéricas provindas dos órgãos estaduais
competentes” e “normas corporativas as regras ditadas pelos organismos representativos das
diferentes categorias morais, culturais, económicas ou profissionais no domínio das suas
atribuições, bem como os respetivos estatutos e regulamentos internos” (artigo 1.º, n.º 2).

Em termos de hierarquia, determinou que “as normas corporativas não podem contrariar as
disposições legais de caracter imperativo” (artigo 1.º, n.º 3).

São também fonte de Direito as decisões do Tribunal Constitucional, art. 281.º e 282.º da
Constituição da República Portuguesa.

“força obrigatória geral” consiste no efeito jurídico das declarações de invalidade das normas
jurídicas (com fundamento em inconstitucionalidade ou ilegalidade) - do art.º 282.º da CRP e
sinaliza três tipos de efeitos:
i) A nulidade da norma inconstitucional ou ilegal que supõe, não só, a sua expulsão da
ordem jurídica, mas também a eliminação de todos os efeitos passados que tenha produzido
desde a sua origem ou desde a ocorrência do vício

ii) ii) A força de caso julgado, que impossibilita que a declaração de invalidade possa vir a
ser recorrida ou reapreciada no mesmo processo ou em outros processos com igual objeto; iii)

iii) A eficácia “frente a todos” que se traduz na necessidade de acatamento da decisão por
todas as autoridades públicas (legislador, administração e tribunais) e por todos os cidadãos.

Você também pode gostar