Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fontes de direito
Imediatas: produzem diretamente normas jurídicas, sem subordinação a outra fonte.
São as leis e as normas corporativas. As leis são ‘’as disposições genéricas provindas
dos órgãos estaduais competentes’’; as normas corporativas são as ‘’regras ditadas
pelos organismos representativos das diferentes categorias morais, culturais,
económicas ou profissionais’’ ex ordem dos advogados, médicos etc. Estas impõem
direitos e obrigações e são aplicáveis a todas as pessoas.
Lei- é a primeira fonte de direito prevista no art 1 CC regra jurídica decidida e imposta
por uma autoridade com poder para o fazer na sociedade política. Esta provem dos
órgãos competentes e destina-se a todos os cidadãos.
Mediatas: necessitam da existência de leis, não criam normas jurídicas. São a
jurisprudência, a doutrina e o costume.
Jurisprudência
Conjunto das decisões em que se exprime a orientação seguida pelos tribunais ao
julgarem os casos concretos que lhes são submetidos.
A jurisprudência não é considerada fone de direito, mas é importante na formação do
ambiente necessário a elaboração das leis e do direito art 203 CRP e art 8 CC.
Somente são fontes de direito os acórdãos do tribunal constitucional que declarem
inconstitucionalidade ou ilegalidade de normas e os acórdãos dos tribunais
administrativos que declarem, com força obrigatória geral, a ilegalidade de regras
administrativas
Sistema anglo-saxónico: verificam os casos passado, as decisões do passado
servem de fonte para a decisão do presente; a jurisprudência é uma fonte de direito.
Sistema romano-germânico: os tribunais decidem livremente e não estão
subjugados a outros tribunais; a jurisprudência não é uma fonte de direito (deixa de o
ser com a eliminação dos assentos no código civil), uma decisão não é aplicável a
todos os casos, apenas a aquele caso em particular.
- A jurisprudência uniformiza situações nos tribunais em que há duas decisões
contraditórias para a mesma questão de direito a que é aplicada a legislação, uma das
partes do processo pode pedir ao supremo tribunal um acórdão uniformizador de
jurisprudência.
- Através do acórdão, o tribunal define uma nova decisão - decisão uniformizadora que
pode ter peso num caso análogo.
Costume
Doutrina
Vacatio legis
Tempo que decorre entre a publicação e a entrada em vigor da lei. A vacatio legis é de
5 dias; o prazo conta-se a partir do dia imediato ao da sua disponibilização no sítio da
internet gerido pela imprensa nacional da casa da moeda. Quanto aos diplomas das
autarquias locais, o código administrativo determinou imperativamente que a vacatio
legis não pode ser inferior a 8 dias contados da afixação da mesma.
A lei 74/98
Modalidades de revogação
Revogação expressa- verifica-se quando a lei posterior revoga a lei anterior. Art.7 nº2
Revogação Tácita- verifica-se quando existe incompatibilidade entre a lei posterior
(revogatória, a que revoga a outra) e a lei anterior (revogada, deixou de existir). Art.7
nº2
Revogação substitutiva- verifica-se quando a lei nova, além de fazer cessar a
vigência da lei anterior, também a substitui por um novo regime ex: fica revogado o
código civil e é apresentado um novo.
Revogação simples- verifica-se quando a lei nova se limita a declarar a cessão da
vigência da lei anterior.
Revogação total- verifica-se quando uma lei anterior, cessa integralmente a sua
eficácia. A lei Y, revoga a lei X.
Revogação parcial- verifica-se quando só uma parte da lei anterior perde a sua
eficácia. A lei Y, revoga os artigos 20,21,22 da lei X.
Revogação global ou por substituição- verifica-se quando uma nova lei regula
completamente todo um ramo do direito ex: toda a matéria do direito da família.
Encontra-se na parte final do artigo 7 número 2.
Revogação individualizada- verifica-se quando uma lei nova revoga especificamente
uma parte da matéria, ex: uma nova lei regula as formas de cessação do contrato de
arrendamento.
Artigo 7 nº 3 código civil
A lei geral não revoga a lei especial, excepto se outra for a intenção inequívoca do
legislador.
ex: estatutos do aluno do ensino superior- 2005 é uma lei geral
Estatutos do aluno do ensino superior com deficiência – 2006 é uma lei especial que
provém da de 2005.
Em 2019 é criado um novo estatuto do aluno do ensino superior, revoga a de 2005,
mas não a de 2006 a não se seja a intenção inequívoca do legislador. Ou seja a lei
especial só deixa de existir se for essa a intenção do legislador, tendo em conta que a
cessação de uma não implica a cessação da outra. A não ser que o legislador tenha
como objetivo cessar ambos.
Artigo 7 nº 4
A revogação da lei revogatória não importa o renascimento da lei que esta revogara.
Se a lei de 2004 for revogada a de 1998 não “volta à vida”, a revogação dade 2004
não implica o renascimento da de 1998 a não ser que seja explicito. A lei revogatória é
a lei que revoga a outra, a lei revogada é a que deixa de ter efeito.
Sanção
Ficam salvos os efeitos já produzidos pelos factos que a lei se destina a regular
o legislador pretende estabilidade. Os factos que ficam salvaguardados como
por exemplo os casos julgados, já não pode haver recurso da decisão.
Art 29 CRP- aplicação da lei criminal só posso ser sentenciado por um crime se
no momento em que pratiquei o ato estivesse previsto esse crime, não pode
surgir essa lei posteriormente. Tipificação penal
Crimes por ação (quando há a intenção de fazer algo) ou omissão (crime por não fazer
nada, como o crime de auxílio, deveres éticos e deontológicos, dever de ajuda).
Nº3 29 CRP- medidas preventivas também devem de estar tipificadas e nº4 aplicação
da lei posterior mais favorável. Art18
Caso:
Nos termos do antigo CC da estrada de 2006, o tempo necessário para se obter a
carta de condução é de 2 anos. Após a entrada em vigor do atual CC da estrada, o
tempo necessário para a obtenção da carta de condução é de 3 anos, alteração em
2007. João que tirou a carta de condução em 2005 pretende saber quando é que a
sua carta de condução passará a definitiva (resposta, passado os 2 anos da carta, não
se aplica a lei mais nova 1 porque não existia no momento me que este tirou a carta e
na possibilidade de se aplicar a lei posterior pois não é a mais benéfica art 12 nº1 e
nº2 não se aplica a esta relação jurídica e joao tira a carta em 2 anos.
Imagine que a lei 6/16 estabelece no art 56 o seguinte, nº1: todos os bares de
Portimão têm de oferecer uma bebida de graça aos clientes habituais uma vez por
mês; nº2 os clientes habituais podem exigir essa bebida a partir do dia 1 de cada mês;
dado que houve alguma confusão com o conceito de cliente habitual saiu uma nova lei
9/16 (5 de setembro, entra em vigor dia 10) que estabelece no seu art único o
seguinte: para os efeitos do art ? da lei 6/16 são clientes habituais aqueles que
frequentam o estabelecimento todos os dias. Marcelo cliente habitual do bar 101 onde
costuma aparecer duas vezes por semana ficou contente com a lei 6/16 (, por sua vez,
o Ivo proprietário do bar entende que Marcelo não é cliente habitual, quem terá razão.
Problema jurídico presente no caso, lei interpretativa, art 13, lei que visa esclarecer
conceitos que possam causar confusão tem de se ver as datas da entrada em vigor da
lei, porque se a lei interpretativa apenas sai depois, e houve um período de tempo em
que não estava esclarecido o cliente tinha o direito à bebida de graça, caso contrário
não.
O problema que se levanta no caso, a publicação da lei interpretativa, dividir a
resposta em 2 duas partes, ate à publicação da lei interpretativa o que legitima o
cliente como cliente habitual, e a segunda parte depois da publicação da lei
interpretativa, o cliente deixa de ter direito à bebida gratuita.
Teste 3 casos pequenos