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A Filosofia do Direito:

Ramo da filosofia que abstrai os conceitos e


pressupostos jurídicos que constroem e legalizam as
práticas jurídicas e os discursos jurídicos, sendo um
local livre de reflexão.

Ciência do Direito:
É o estudo sistemático de preceitos já dados, postos
diante do intérprete (administrador, advogado ou juiz)
como algo que ele deve apreender ou reproduzir em suas
significações práticas, a fim de determinar o âmbito da
conduta lícita ou as consequências resultantes da violação
das normas reveladas ou reconhecidas.

O Direito:
Não é só a experiência prática, possui também
vivências sociais, relações de poder, responsabilidade e
compromisso social, assim o jurista deve ter uma
preocupação prévia a toda experiência jurídica e
questionar.

A filosofia do direito:

O questionamento de elementos centrais do


direito. O que é o direito? Seria a pergunta central
que constituiu esta disciplina.

O ramo da ciência do direito que busca responder:


Perguntas fundamentais sobre a razão de ser/do existir do
Direito como ciência.

Conceito da filosofia do direito:

• Nominal - Significado etimológico; amor ao saber o direito.


• Global - Busca explicar o direito como um sistema global, como uma estrutura.
• Causal - Busca as explicações mais originais/radicais da razão de ser do direito e seus
institutos.
• Dos Postulados - O compromisso de existência da filosofia reside na crítica dos
dogmas e postulados problematizando e questionando todos os institutos.
• Axiológico - Pensa a experiência humana e estabelece uma leitura destas experiências
• Filosofia Jurídica Implícita: É o pensar jusfilosófico que antecede a filosofia do direito
como disciplina com objeto autônomo.

Filosofia Jurídica Explicita:


É o produto do pensar filosófico, originado após a delimitação do objeto
de estudo a filosofia do direito.

Distinção do objeto axiológico e epistemológico:

O primeiro estuda o que é e o que compõe o direito. O segundo estuda a


valoração crítica do direito idealizando normas por existir.

Finalidade da filosofia do direito:


1. Proceder à crítica das práticas, das atitudes e
atividades dos operadores do direito;
2. Avaliar e questionar a atividade legiferante, bem
como oferecer suporte reflexivo ao legislador;
3. Proceder à avaliação do papel desempenhado
pela ciência jurídica e o próprio comportamento
do jurista ante ela;
4. Investigar as causas da desestruturação, do
enfraquecimento ou da ruína de um sistema
jurídico;
5. Depurar a linguagem jurídica, os conceitos
filosóficos e científicos do direito;
6. 6. Investigar a eficácia dos institutos jurídicos,
sua atuação social e seu compromisso com as
questões sociais, seja no que tange a indivíduos,
a grupos, a coletividade ou a preocupações
humanas universais;

Hermenêutica Jurídica:
Objetiva auxiliar a justificar a aplicação de leis
(normas de natureza geral e abstrata) no caso
concreto e fundamenta, como consequência, os
motivos que levam as leis a não serem aplicáveis no
caso concreto.

Os sofistas:

Dominavam a oratória e a lógica, conhecimentos que ensinavam a quem lhes


pagassem. Naquele momento histórico a ideia de justo ou injusto não era geral,
mas era concebida justiça conforme cada caso apresentado e analisado.
Sócrates:
Defendia a obediência inquestionada às leis dos homens e se pautou na ética.

Platão:
Acreditava que o mundo real era apenas uma
representação do mundo das ideias. É por
essa razão que o método Socrático,
dialogado, permitia ao indivíduo “recordar”
das experiências que teve no mundo das
ideias – o mundo ideal.

Aristóteles:

Abordou sobre a necessidade da equidade para


viabilizar a justiça, pois em face da natureza
genérica das leis, estas não poderiam ser aplicadas
sem observação das nuances individuais sob risco de
resultar-se em uma segunda injustiça.
A justiça cristã:
Não deve ser confundida com o Direito
Canônico, este, vigente até os dias atuais, é o
conjunto de leis que regulamentam a vida dentro
da Igreja Católica.
Santo Agostinho:
Resgata o ideal platônico ao afirmar que existiam a imperfeições
generalizadas neste mundo e a perfeição de Deus no mundo não sensível

O princípio da proporcionalidade:

Ferramenta de restrição do exercício dos poderes por parte do Estado,


possui subprincípios para melhor aplicação. São eles:
- Adequação: os meios a serem utilizados não podem ser excessivos nem insuficientes;
- Exigibilidade: somente deve-se intervir quando extremamente necessário;
- Proporcionalidade em sentido estrito: o resultado a ser obtido com a intervenção deve
estar em harmonia com os meios utilizados.

Iluminismo:
A corrente filosófica resultante de todos esses processos revolucionários de
ruptura é chamada Iluminismo. Em oposição ao período das luzes, a Idade Média
passou a ser identificada como a Idade das Trevas

O Direito Penal:

É o exercício da violência por parte do Estado. Somente o Estado pode aplicar


penas, nenhum outro indivíduo pode. É uma das maiores expressões do poder do
Estado e sujeição da redução de liberdades do indivíduo, violência por parte do
Estado.

A atividade filosófica geral e jurídica:

 Discute os principais argumentos apresentados por Hobbes, Rousseau e Locke


para o surgimentodo Estado, apontando as principais características deste
Estado.
 Aponta e discute as diferentes perspectivas em relação ao conceito e ao
significado do direito, dajustiça, das leis e das normas para os principais
jusfilósofos da idade média
 Discute as diferentes definições sobre direito e justiça na filosofia do direito da
antiguidade, considerando as teorias e a importância dos principais jusfilósofos
deste período.
 Discute as principais transformações empreendidas pelo Renascimento nas
formas de se pensar acultura, o homem, a natureza, as normas e as regras entre
outra.

Hume:
Mudou a direção da filosofia
metodologicamente do eixo racional para o eixo
experimental. O conhecimento, de acordo com
este pensador, seria alcançado a partir das bases
sensoriais, somente, suas bases metodológicas
eram calçadas na experiência, entendia ser este
o maior e melhor método para produção de
conhecimento.

Kant:
Foi o que melhor construiu um sistema de
filosofia e de filosofia do direito dentre eles.
Esse sistema, grandemente afinado ao
Iluminismo.

Modelo filosófico empirista


A teoria de Kant sobre a justiça e a injustiça,
sobre o bem e o mal, sobre o belo, sobre o
correto, as virtudes, enfim, sobre tudo que
envolve o mundo dos valores, da vida prática,
das considerações para a ação e o julgamento
humano, com base na razão prática, cujo núcleo
residirá nos imperativos categóricos.
Imperativo categórico:
É uma orientação para o agir moral racional,
pois para ele, o homem, não sendo um Deus,
não age natural ou necessariamente no caminho
da moralidade.

As três formulações para o imperativo categórico:

1- Age como se a máxima de tua ação devesse ser


transformada em lei universal da Natureza.
2- Age de tal maneira que trates a humanidade,
tanto na tua pessoa como na outra pessoa, sempre
como um fim e nunca como um meio.
3- Age como se a máxima de tua ação devesse servir
de lei universal para todos os seres racionais

Se há um dever e ao mesmo tempo uma esperança


fundada de tornar efetivo o estado de um direito público,
então a paz perpétua, que se segue aos até agora
falsamente chamados tratados de paz, não é uma ideia
vazia, mas uma tarefa que, pouco a pouco resolvida, se
aproxima constantemente do seu fim.

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