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A título de exemplo, temos na Constituição as atribuições e competências do Governo e as suas competências administrativas; as
autarquias locais, os seus órgãos e respectivas competências e os limites da intervenção do Estado; a Administração Pública e as
suas missões e princípios.
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A título de exemplo. o Direito de participar na vida pública; o Direito de petição e o Direito de acção popular; o direito de acesso à
função pública; o Direito de queixa ao Provedor de Justiça; o Direito à indemnização pelos prejuízos causados por acções ou
omissões dos poderes públicos.
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Vide o Artigo 142.º da CRM
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Ex: a Lei n.º 8/2003, de 19 de Maio; a Lei n.º 2/97, de 18 de Fevereiro;
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Ex: Decreto n.º 30/2001, de 15 de Outubro.
Administrativo, dada a sua importância no exercício da actividade administrativa e
como fonte de Direito.
b) O costume
Consiste numa prática social reiterada, acompanhada do sentimento de obrigatoriedade
e necessidade de agir de determinada forma que se considera correcta. Nesta senda, é
tradição os órgãos administrativos exercerem certos poderes e deveresque assim lhe
incumbem, desde que por convicção da suanatureza jurídica, esses poderes e deveres
sejam tomados pelasautoridades, tribunais e particulares da mesma forma que se
asrelações a eles respeitantes estivessem reguladas por lei, por isso não hádúvida que o
costume é fonte de Direito Administrativo.
Em Moçambique, normas de natureza costumeira comummenteocorrem no domínio das
terras, de tal modo que a alínea a) doartigo 12 da Lei n.º 19/97, de 1 de Outubro, estatui
que o Direitodo uso e aproveitamento da terra é adquirido por: ocupação porpessoas
singulares e pelas comunidades locais, segundo as normase práticas costumeiras no que
não contrariem a lei.
c) Direito internacional
O Direito Internacional contido nas convenções internacionais é fontes de Direito
Administrativo, desde que que tenham sido validamente aprovados e ratificados e digam
respeito à matéria administrativa, em clara demonstração temos o disposto noArtigo
18.º da CRM.
d) Jurisprudência e Doutrina
A jurisprudência é uma forma normal de fixar o sentido da lei através da sua
interpretação, e só por excepção pode ser modo de criação e revelação do Direito,
através do suprimento dos casos omissos, pelo que, o juiz não pode deixar de decidir
por falta ou obscuridade da norma, nestes casos socorrer-se-á da jurisprudência para o
efeito.
Já a doutrina não é considerada fonte imediata de Direito, sendo que a sua importância
prática é reconhecida no tocante à capacidade de auxiliar os órgãos da aplicação do
Direito na interpretação das normas jurídicas e de influenciar o legislador na criação do
Direito Administrativo.
Concluindo:
As Fontes Directas do Direito Administrativo são a lei no, o Costume e o Direito
Internacional e por sua vez a Jurisprudência e a Doutrina são FontesIndirectas sendo
consideradas fontes auxiliares do Direito Administrativo.
d) Princípio da Hierarquia
Os órgãos da Administração Pública devem ser estruturados de forma tal que haja uma
relação de coordenação e subordinação entre eles, cada um titular de atribuições
definidas na lei.
Como consequência desse princípio, surge a possibilidade de revisão de atos dos
subordinados, delegação e avocação de atribuições, aplicação de penalidades; do ponto
de vista do subordinado, há o dever de obediência.
e) Princípio da Impessoalidade
Impessoalidade implica que os administrados que preenchem os requisitos previstos no
ordenamento possuem o direito público subjetivo de exigir igual tratamento perante o
Estado. Do ponto de vista da Administração, a atuação do agente público deve ser feita
de forma a evitar promoção pessoal, sendo que os seus atos são imputados ao órgão,
pela teoria do órgão.
Tratar todos de forma igualitária, impessoal, obedecendo ao princípio da igualdade a
fim de atingir a finalidade pública e o interesse da coletividade. A responsabilidade
recai à entidade como um todo e não a pessoa física do agente. É vedada a utilização de
nomes, símbolos ou imagens para promoção em publicidade e campanhas dos órgãos
públicos.
f) Princípio da Publicidade
É este mais um vetor da Administração Pública, e diz respeito à obrigação de dar
publicidade, levar ao conhecimento de todos os seus atos, contratos ou instrumentos
jurídicos como um todo. Isso dá transparência e confere a possibilidade de qualquer
pessoa questionar e controlar toda a atividade administrativa que, repito, deve
representar o interesse público, por isso não se justificam de regra, o sigilo.
publicidade surte os efeitos previstos somente se feita através de órgão oficial, que é o
jornal, público ou não, que se destina à publicação dos atos estatais. Dessa forma, não
basta a mera notícia veiculada na imprensa.
Com a publicação, presume-se o conhecimento dos interessados em relação aos atos
praticados e inicia-se o prazo para interposição de recurso, e também os prazos de
decadência e prescrição.
g) Princípio da Eficiência
Os agentes públicos devem agir com rapidez, perfeição e rendimento. Importante
também é o aspecto econômico, que deve pautar as decisões, levando-se em conta
sempre a relação custo-benefício. Construir uma linha de distribuição elétrica em rua
desabitada pode ser legal, seguir a Lei de Licitações, mas não será um investimento
eficiente para a sociedade, que arca com os custos e não obtém o benefício
correspondente.
A Administração Pública deve estar atenta às suas estruturas e organizações, evitando a
manutenção de órgão/entidade subutilizados, ou que não atendam às necessidades da
população.
Por sua vez o Título XIICapítulo I, da Constituição da Republica consagra os
princípios fundamentais da Administração Pública, nomeadamente:
Princípio do Respeito pelos Direitos e Liberdades Fundamentais dos Cidadãos;
Princípio da Legalidade Administrativa;
Princípio da Igualdade;
Princípio da Imparcialidade;
Princípio da Ética;
Princípio da Justiça;
Princípio da Descentralização e Desconcentração;
Princípio da Fundamentação dos Actos Administrativos.