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Trabalho administrativo

NOME:

1. Maria Sylvia Zanella Di Pietro põe em evidências como objeto do Direito Administrativo:
órgãos, agentes e as pessoas integrantes da Administração Pública no campo jurídico não
contencioso: “o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas
jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não
contenciosa que exercer e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de
natureza pública. Portanto, “pode-se entender ser ele um conjunto harmonioso de normas
e princípios, que regem relações entre órgãos públicos, seus servidores e administrados,
no concernente às atividades estatais, mas compreendendo a regência de atividades
contenciosas. Julgue o item verdadeiro ou falso e justifique sua resposta.

O item é falso. O objeto do Direito Administrativo não se limita aos órgãos, agentes e pessoas
integrantes da Administração Pública no campo jurídico não contencioso. O Direito
Administrativo abrange também as atividades contenciosas, que envolvem a resolução de
conflitos administrativos por meio de processos judiciais ou administrativos, além de
abranger também os bens e recursos utilizados pela Administração Pública na consecução
de seus fins.

2) A cerca dos princípios constitucionais conforme estabelece o art.37 da CF/88, marque a


alternativa correta.

a) o princípio da legalidade pode-se dizer determina que a atuação administrativa deve pautar-
se na lei em sentido amplo, abrangendo qualquer tipo de norma, desde a Constituição Federal
até os atos administrativos normativos (regulamentos, regimentos, portarias etc.)

b) o princípio da reserva legal significa que determinadas matérias devem ser regulamentadas
necessariamente por lei formal (lei em sentido estrito). Veja que são sentidos bem distintos, um
envolvendo a atuação administrativa, outro a regulamentação de determinadas matérias.
c) Se um agente se aproveitar das realizações da Administração para se promover
individualmente, estará realizando publicidade indevida. Isso impede que, nas placas ou
propagandas de publicidade pública, constem nomes pessoais ou de partidos políticos. Impede
também a utilização de slogans, que possam caracterizar promoção pessoal, ele estará faltando
com respeito ao princípio da moralidade.

d) A busca da eficiência não necessita de harmonia com os demais princípios da Administração


Pública.

3) O Direito Administrativo é um ramo científico que estuda uma parcela das normas
componentes do ordenamento jurídico, a saber: I- as normas que disciplinam o exercício da
função administrativa. II- objeto imediato do Direito Administrativo são os princípios e normas
que regulam a função administrativa. III- as normas e os princípios administrativos têm por
objeto a disciplina das atividades, agentes, pessoas e órgãos da Administração Pública,
constituindo o objeto mediato do Direito Administrativo.

a) apenas a alternativa I está correta;


b) apenas a alternativa II está correta;
c) apenas as alternativas II e III estão corretas;
d) todas as alternativas estão corretas.

4) O domínio dos conceitos de “Estado”, “Governo”, “Poder Executivo”, “Administração Pública”,


“administração pública” (com minúscula) e “poder executivo” (com minúscula) é indispensável
para compreensão de diversos temas do Direito Administrativo. Estado é um povo situado em
determinado território e sujeito a um governo. Nesse conceito despontam três elementos: I -
povo é a cúpula diretiva do Estado. Povo não se confunde com população, conceito demográfico
que significa contingente de pessoas que, em determinado momento, estão no território do
Estado. É diferente também de nação, conceito que pressupõe uma ligação cultural entre os
indivíduos; II) território é a base geográfica do Estado, sua dimensão espacial; III) governo é a
dimensão pessoal do Estado, o conjunto de indivíduos unidos para formação da vontade geral do
Estado.

a) apenas a alternativa I está correta;


b) apenas a alternativa II está correta;
c) apenas as alternativas II e III estão corretas;
d) todas as alternativas estão corretas.

5) Entretanto, atento às características peculiares da função administrativa, Hely Lopes Meirelles


indica três pressupostos que devem ser observados na interpretação de normas, atos e
contratos de Direito Administrativo, especialmente quando utilizados princípios hermenêuticos
privados para compreensão de institutos administrativos: I) a desigualdade jurídica entre a
Administração e os administrados: ao contrário do que ocorre no Direito Privado, a relação
jurídica básica no Direito Administrativo é marcada pelo desequilíbrio entre as partes ou
verticalidade da relação; II) a presunção de legitimidade dos atos da Administração: tal atributo
tem o poder de inverter o ônus da prova sobre a validade do ato administrativo, transferindo ao
particular o encargo de demonstrar eventual defeito do ato administrativo; III) a necessidade de
poderes discricionários para a Administração atender ao interesse público: a lei confere ao
agente público, na competência discricionária, uma margem de liberdade para que decida,
diante do caso concreto, qual a melhor maneira de defender o interesse público.

a) apenas a alternativa I está correta;


b) apenas a alternativa II está correta;
c) apenas as alternativas II e III estão corretas;
d) todas as alternativas estão corretas

6) Fonte é o local de onde algo provém. No Direito, as fontes são os fatos jurídicos de onde as
normas emanam. No Direito Administrativo, somente a lei constitui fonte primária na medida em
que as demais fontes (secundárias) estão a ela subordinadas. Doutrina, jurisprudência e
costumes são fontes secundárias.
I) A lei é o único veículo habilitado para criar diretamente deveres e proibições, obrigações de
fazer ou não fazer, no Direito Administrativo. Por lei deve-se entender aqui qualquer veículo
normativo que expresse a vontade popular: Constituição Federal, emendas constitucionais,
Constituições Estaduais, Leis Orgânicas, leis ordinárias, leis complementares, leis delegadas,
decretos legislativos, resoluções e medidas provisórias. Somente tais veículos normativos criam
originariamente normas jurídicas, constituindo as únicas fontes diretas do Direito Administrativo.

II) A doutrina não cria diretamente a norma, mas esclarece o sentido e o alcance das regras
jurídicas conduzindo o modo como os operadores do direito devem compreender as
determinações legais. Especialmente quando o conteúdo da lei é obscuro, uma nova
interpretação apresentada por estudiosos renomados tem um impacto social similar ao da
criação de outra norma.

III) A jurisprudência, entendida como reiteradas decisões dos tribunais sobre determinado tema,
não tem a força cogente de uma norma criada pelo legislador, mas influencia decisivamente a
maneira como as regras passam a ser entendidas e aplicadas.

IV) Os costumes são práticas reiteradas da autoridade administrativa capazes de estabelecer


padrões obrigatórios de comportamento. Ao serem repetidos constantemente, criam o hábito de
os administrados esperarem aquele modo de agir, causando incerteza e instabilidade social sua
repentina alteração.

a) apenas as alternativas I e II estão corretas;


b) apenas as alternativas II, III e IV estão corretas;
c) apenas as alternativas I, II e III estão corretas;
d) todas as alternativas estão corretas

7) Cite às restrições excepcionais ao princípio constitucional da legalidade?

As restrições excepcionais ao princípio constitucional da legalidade podem ocorrer em


situações específicas que autorizam um afastamento temporário ou parcial desse
princípio. Algumas das restrições excepcionais mais comuns são:

1. Estado de Emergência ou Estado de Defesa: Em situações de grave perturbação da


ordem, calamidades públicas ou conflitos armados, pode haver a necessidade de
medidas excepcionais, onde certas restrições à legalidade são permitidas para garantir
a segurança e a ordem pública.

2. Princípio da proporcionalidade: Em algumas situações, o princípio da


proporcionalidade pode exigir o equilíbrio entre a legalidade estrita e a necessidade de
proteger outros direitos ou interesses fundamentais. Nesses casos, pode haver uma
flexibilização da legalidade.

3. Exceções expressas na Constituição ou em leis específicas: Em certas


circunstâncias, a própria Constituição ou outras leis podem estabelecer exceções ao
princípio da legalidade, permitindo que determinadas autoridades ajam de maneira
discricionária, desde que dentro dos limites estabelecidos.

É importante salientar que essas restrições excepcionais devem ser devidamente


fundamentadas, limitadas no tempo e no alcance, e conduzidas com o objetivo de
preservar a ordem, os direitos fundamentais e a legalidade como um todo, evitando
abusos ou excessos.

8) o regime jurídico-administrativo caracteriza-se por dois princípios, quais são eles?

Os dois princípios que caracterizam o regime jurídico-administrativo são:

1. Princípio da Supremacia do Interesse Público: Esse princípio estabelece que a


Administração Pública deve atuar em benefício do interesse público, priorizando o bem
comum sobre os interesses individuais. Isso significa que as ações administrativas devem
buscar o bem-estar da coletividade e a promoção do interesse público.

2. Princípio da Legalidade: Esse princípio afirma que a atuação da Administração Pública


deve estar estritamente limitada à lei. Isso significa que todos os atos administrativos devem
ter respaldo legal, ou seja, devem ser fundamentados e pautados nas normas jurídicas em
vigor. A Administração Pública está submetida ao princípio da legalidade, não podendo agir
de forma arbitrária ou contrária às normas estabelecidas.

Esses dois princípios são fundamentais no regime jurídico-administrativo, proporcionando


uma base sólida para a atuação da Administração Pública, garantindo a legalidade, a
transparência e o interesse público nas suas atividades.
9) O Estado surgi para garantir que seu povo consiga viver de modo harmônico, bem como, visa
criar regras para as pessoas que habitam nele desempenhando sua função atípica legislativa,
também julga aquele que descumpre as leis desempenhando sua função atípica jurisdicional, e
prestando serviços básicos para a população exerce sua função típica executiva. Com isso o
Estado, consoante o Direito Administrativo, possui três elementos originários e indissociáveis,
quais são eles

Os três elementos originários e indissociáveis do Estado, conforme o Direito Administrativo,


são:

1. Povo: Refere-se à população que habita o Estado, constituída por indivíduos que
compartilham um território e uma mesma comunidade política. O povo é a base da soberania
estatal e possui direitos e deveres na relação com o Estado.

2. Território: Corresponde ao espaço físico definido geograficamente sobre o qual o Estado


exerce sua autoridade e jurisdição. O território pode incluir tanto áreas terrestres quanto
áreas marítimas, sendo fundamental para a delimitação das fronteiras e aplicação das leis.

3. Soberania: Refere-se à autoridade máxima e exclusiva que o Estado possui sobre seu
território e seu povo. A soberania implica a capacidade do Estado de tomar decisões
políticas, econômicas, sociais e jurídicas sem interferência externa.

Esses três elementos estão interligados e são essenciais para a constituição e


funcionamento do Estado. O povo, o território e a soberania são indissociáveis, pois um
depende do outro para a existência e efetividade do Estado enquanto ente político e jurídico.

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