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ATENÇÃO
Para fins de prova de concurso, é importante lembrar qual é o objeto de estudo do Direito
Administrativo. No Direito Administrativo, estuda-se os órgãos e as entidades, bem como
os agentes públicos e as atividades administrativas praticadas pelo Estado, abordando
também a prática de serviço público, polícia administrativa, fomento e intervenção.
É importante ainda salientar que o Direito Administrativo, por vezes, perpassa o meio em
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que é desenvolvido e pode estar presente em outros ramos do direito, trabalhado por outros
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Conceito e Objetivo do Direito Administrativo
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poderes, tratando-se de atos atípicos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciá-
rio, tomando como exemplo a ação do Poder Judiciário quanto à contratação de servidor ou
quando o Poder Legislativo faz licitação para contratar.
Já na visão da professora Di Pietro, tem-se por conceito:
O ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administra-
tivas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os
bens e meios de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. (Di Pietro)
Lembrando que, quando se fala em Direito Público, deve-se lembrar das prerrogativas da
Administração Pública em relação ao particular, que é uma relação vertical. Percebe-se que
as normas de Direito Público geram um certo privilégio para a Administração Pública.
Quanto ao objeto de estudo, vale lembrar que são:
• órgãos públicos;
• agentes públicos;
• pessoas jurídicas administrativas – temos como exemplos de pessoas jurídicas admi-
nistrativas: a autarquia (INSS, IBAMA), fundação pública (CESPE), empresa pública
(CEF) e sociedade de economia mista (BANCO DO BRASIL, PETROBRAS).
É o conjunto das normas jurídicas que disciplinam a função administrativa do Estado e a organiza-
ção e o funcionamento dos sujeitos e órgãos encarregados de seu desempenho. (Marçal Justen
Filho)
Vale lembrar que, quando se fala em normas, pode-se também entender princípios.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Conceito e Objetivo do Direito Administrativo
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DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2015) Conceitualmente, é correto considerar que o
Direito Administrativo abarca um conjunto de normas jurídicas de Direito Público que dis-
ciplina as atividades administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais
da coletividade.
REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO
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Conceito e Objetivo do Direito Administrativo
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relação contratual – como é regida pelo Direito Público –, o Estado vai ter certa supremacia
em relação àquele particular que assinou o contrato administrativo. Dessa forma, o regime
jurídico representa um conjunto de normas, um conjunto de princípios que colocam a Admi-
nistração Pública numa posição de supremacia.
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello, muito importante para o Direito Administra-
tivo, discorre sobre os Princípios Pedras de Toque, que são os princípios quiçá mais impor-
tantes que formam este regime jurídico administrativo. Para o autor, todos os demais princí-
pios decorrem destes.
Para o autor, estes são considerados super ou supraprincípios.
São princípios Pedras de Toque:
• Princípio da Supremacia do Interesse Público: são prerrogativas, direitos da Admi-
nistração Pública. O administrador, quando for julgar ou decidir, deverá sempre aten-
der ao interesse público, sem atender a interesses pessoais ou então beneficiar ou
prejudicar alguém de maneira indevida.
O Princípio da Supremacia gera direitos à Administração Pública, como, por exemplo,
a possibilidade de interditar estabelecimento comercial, aplicar uma multa, derrubar
uma obra que está sendo construída de maneira irregular, entre outros.
• Princípio da indisponibilidade do interesse público: representa sujeições, obriga-
ções ou mesmo restrições para Administração Pública.
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A coisa pública não está disponível, o agente público não pode dispor de direitos da cole-
tividade nem de bens. O recurso público não é particular, sendo indisponível na supremacia
das prerrogativas.
O Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público trata de sujeições, obrigações, res-
trições para Administração Pública. Tomando o exemplo de quando Administração Pública
for contratar pessoal, havendo sempre a necessidade de concurso público: o administrador
fica sujeito à realização de concurso para contratar uma obra, um objeto, um serviço, tendo
que licitar sempre.
Também a fiscalização do Tribunal de Contas representa uma sujeição da Administra-
ção Pública.
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Conceito e Objetivo do Direito Administrativo
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DIRETO DO CONCURSO
2. (IBFC/EMDEC/ADVOGADO/2019) Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2018), “a ex-
pressão regime jurídico administrativo é reservada tão somente para abranger o conjunto
de traços, de conotações, que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administra-
ção Pública numa posição privilegiada, vertical, na relação jurídico administrativa.” Sobre
o assunto, analise as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Para assegurar-se a autoridade da Administração Pública, necessária à consecu-
ção de seus fins, são outorgados prerrogativas e privilégios que lhe permitem asse-
gurar a supremacia do interesse público sobre o particular.
( ) São exemplos de restrições aplicáveis à Administração Pública a imunidade tribu-
COMENTÁRIO
A primeira afirmativa trata sobre a supremacia do interesse público sobre o particular, em
que a Administração Pública tem essa prerrogativa.
A segunda afirmativa versa sobre restrições, o que remete ao Princípio da Indisponibilidade
do interesse público.
Não são exemplos de restrições aplicáveis à Administração Pública a imunidade tributária,
pois isso se trata de um privilégio, o que representa o princípio da supremacia da
Administração Pública. Também é tratado na afirmativa que haverá prazo processual em
dobro para o Estado e a Fazenda Pública, quando estas praticarem ato processual. Será
sempre prazo em dobro para recorrer e prazo em dobro para contestar.
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3. (QUADRIX/CRO-AM/ADMINISTRADOR/2019) É inaceitável que o Estado possua poderes
administrativos como prerrogativas de direito público, sendo correto que as prerrogativas
do Estado sejam de direito privado para que não ocorra desigualdade entre os cidadãos
e o Poder Estatal.
COMENTÁRIO
O Estado pode possuir poderes administrativos como prerrogativas de Direito Público.
As prerrogativas do Estado são baseadas no Direito Público e não no Direito Privado.
Além disso, não pode haver igualdade no Direito Público, pois, para a Administração
desempenhar suas funções, há de ter essas desigualdades. Se a Administração fosse
igual ao particular, não seria possível vários trabalhos, como, por exemplo, interditar um
estabelecimento por falta de higiene. O Estado deve ficar na posição de supremacia.
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COMENTÁRIO
Aqui se fala do princípio trabalhado anteriormente, porém a norma versa que a Administração
tem um privilégio, um direito que não é concedido ao particular. Trata-se de um direito
público, que justamente concede direitos a mais ao Poder Público, à Administração. Se
não houvesse esses privilégios, não haveria como a Administração defender o interesse
público.
COMENTÁRIO
A alternativa A apresenta os princípios de Pedra de toque, que são respeitados até hoje.
Não há um princípio mais importante que outro, porém fundamentam, dão origem aos
demais princípios, sendo considerados super ou supra princípios.
35m
Na alternativa B, os princípios expressos na Constituição Federal são os seguintes:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. São eles que constam
no artigo 37.
Já a alternativa C apresenta uma assertiva, pois é exatamente o que se tem sobre os
princípios de Pedras de Toque, porém, ainda são alvos de críticas.
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COMENTÁRIO
Esta questão tem um texto introdutório extenso, o que não significa que se trata de uma
questão difícil, pois quem planeja questão quer valorizar o trabalho e, por vezes, cansar o
candidato.
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Conceito e Objetivo do Direito Administrativo
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COMENTÁRIO
A questão fala do interesse público, que este pode ser classificado em primário e secundário.
Há uma distinção que deve ser feita. O princípio da supremacia do interesse público é
classificado como interesse primário e interesse secundário.
O interesse primário representa as necessidades da sociedade, e o interesse secundário
é a vontade da Administração como pessoa jurídica. Aqui devemos lembrar de "interesse
patrimonial do Estado", ou seja, um benefício para o Estado.
Há o princípio da supremacia do interesse público: parte da doutrina trata do interesse
primário do Estado e o interesse secundário. Há de considerar-se que o interesse primário
se sobrepõe ao secundário, pois são mais importantes as necessidades da coletividade.
Quando o Estado pratica uma ação para proteger a coletividade, pratica-se o interesse
primário, porém, por vezes, o Estado pratica atos para proteger o seu próprio interesse,
sendo aí um interesse secundário, pois há o interesse do Estado como uma máquina
estatal, como uma pessoa jurídica.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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COMENTÁRIO
Aqui se fala da supremacia da Administração, pois a servidão é obrigatória, e o particular
tem que aceitar para atender à coletividade. Trata-se do interesse primário, pois, pelas
prerrogativas, a Administração pode agir em prol da coletividade, ainda que contra os
direitos individuais.
GABARITO
1. C
2. b
3. E
4. E
5. d
6. b
7. e
8. C
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Exemplo:
União
(funciona da mesma forma para os Estados, DF e Municípios)
União – pessoa de Direito Público abstrata.
A União se concretiza através da sua Administração Pública.
Possui 2 funções: administrativa e política.
• Função administrativa (50%) – execução das metas públicas; e
• Função política (50%) – atos de governo/planejamento das políticas públicas.
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Administração pública – entender os dois sentidos: subjetivo e objetivo.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública
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SENTIDO SUBJETIVO
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�E
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública II
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA II
DIRETO DO CONCURSO
1. (FCC/2020/AL-AP/ASSISTENTE LEGISLATIVO) A amplitude da Administração pública
considera dois grupos de instituições, que são classificados em Administração direta e
indireta. Considera-se Administração Direta,
a. as Fundações públicas.
b. as Autarquias.
c. as Empresas públicas.
d. as Sociedades de Economia mista.
e. a Casa Civil.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública II
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b. Desconcentrada.
c. Particularizada.
d. Descentralizada
e. Funcionalizada.
Administração Pública
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública II
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DIRETO DO CONCURSO
4. (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR) O exercício do po-
der de polícia reflete o sentido objetivo da administração pública, o qual se refere à pró-
pria atividade administrativa exercida pelo Estado.
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COMENTÁRIO
Existem órgãos na administração indireta. É possível que a desconcentração aconteça
em entidades políticas e entidades administrativas.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública II
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DIRETO DO CONCURSO
7. (CESPE/2018/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA) No que se refere aos institutos da cen-
tralização, da descentralização e da desconcentração, julgue o item a seguir.
A diferença preponderante entre os institutos da descentralização e da desconcentra-
ção é que, no primeiro, há a ruptura do vínculo hierárquico e, no segundo, esse vínculo
permanece.
COMENTÁRIO
Na descentralização, haverá duas pessoas jurídicas; e na desconcentração, somente uma.
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Administração Pública II
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública III
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ADMINISTRAÇÃO DIRETA
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/2015/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) De acordo com a teo-
ria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico brasileiro, a manifestação
de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme
essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao
Estado.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública III
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tos de sua competência específica, mas sempre sujeitos à subordinação e ao controle hie-
rárquico de uma chefia mais alta. Ex.: Gabinetes, Secretarias-Gerais, Inspetorias-Gerais,
Procuradorias Administrativas e judiciais, Coordenadorias, Departamentos e Divisões.
Subalternos: são todos aqueles que se acham hierarquizados a órgãos mais elevados,
com reduzido poder decisório e predominância de atribuições de execução. Destinam-se à
realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos administrativos, cumpri-
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública III
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mento de decisões superiores e primeiras soluções em casos individuais, tais como os que,
nas repartições públicas, executam as atividades-meio e atendem ao público, prestando-lhe
informações e encaminhando seus requerimentos, como são as seções de expediente.
GABARITO
1. C
2. C
3. E
�E
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública IV
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA IV
• Administração Pública
• Sentido subjetivo/ formal/ orgânico: órgão, pessoas jurídicas e
• Sentido objetivo/ material/ funcional: atividades administrativas.
– Serviço público, polícia adm., fomento e intervenções.
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• Desconcentração: cria órgão (adm. direta ou indireta)
• Descentralização: cria entidade (adm. indireta)
– Por outorga/ por serviço: transfere a titularidade do serviço para entidade.
– Por colaboração/ por delegação: transfere a execução para particular.
– Territorial/ geográfica: território (autarquia)
DIRETO DO CONCURSO
1. (FCC/ TRT 6ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ 2018) As unidades de atuação denomi-
nadas órgãos públicos
a. integram a estrutura da Administração pública direta, mas não da Administração públi-
ca indireta, cujos plexos de competência denominam-se entidades.
b. integram a estrutura da Administração pública direta e da indireta e não têm persona-
lidade jurídica, ao contrário das entidades.
c. têm personalidade jurídica própria e distinta da entidade que integram.
d. não têm personalidade jurídica própria, quando integram a estrutura da Administração
pública direta, mas são unidades de atuação, da Administração indireta, dotadas de per-
sonalidade jurídica.
e. confundem-se com os agentes públicos por congregarem as funções que estes exer-
ANOTAÇÕES
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Administração Pública IV
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COMENTÁRIO
a. Há órgão na indireta também.
c. Não tem personalidade jurídica própria.
d. Não tem personalidade jurídica.
e. Não se confunde com agentes públicos, são conceitos distintos.
COMENTÁRIO
Órgão não possui personalidade jurídica.
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Administração Pública IV
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COMENTÁRIO
a. São componentes desconcentrados.
c. O órgão é criado por lei, não tem ato constitutivo.
d. Não são inimputados.
e. Os órgão têm capacidade processual.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública IV
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COMENTÁRIO
a. O agente público, ação dele é de responsabilidade do órgão.
d. Não é indelegável em qualquer de suas vertentes ou facetas. Detran é uma forma de
autarquia
e. Na desconcentração constitui apenas órgãos. Não tem personalidade jurídica própria.
20m
COMENTÁRIO
É a desconcentração e não descentralização. Descentralização é para entidade, e
desconcentração para órgão público.
COMENTÁRIO
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública IV
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COMENTÁRIO
Poderia ser de entidade política também (união, estados, municípios e DF)
30m
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública IV
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GABARITO
1. b
2. E
3. b
4. C
5. b
6. C
7. E
8. C
9. C
10. C
11. C
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia I
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AUTARQUIA I
AUTARQUIAS
"Pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração,
para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exer-
cido nos termos da lei." (DI PIETRO)
ATENÇÃO
A pessoa jurídica tem uma capacidade processual. Pode ser demandada judicialmente. Ela
ser de direito público significa que ser regida pelo direito público (ou seja, normas públicas).
Isso gera algumas obrigações, direitos e prerrogativas, como licitar, realizar concurso
público, sofrer controle externo do Tribunal de Contas, praticar atos administrativos etc.
A partir do momento que a lei for publicada, a autarquia passa a existir, tendo a chamada
personalidade jurídica.
ATENÇÃO
As entidades não ficam subordinadas aos órgãos da Administração direta.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia I
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Instituição
CF, art. 37, XIX – Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a institui-
ção de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complemen-
tar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
DIRETO DO CONCURSO
1s (CESPE/SE-DF/PROFESSOR/2017) Uma autarquia é entidade administrativa personali-
zada distinta do ente federado que a criou e se sujeita a regime jurídico de direito público
no que diz respeito a sua criação e extinção, bem como aos seus poderes, prerrogativas
e restrições.
COMENTÁRIO
Quando se fala em descentralização, obrigatoriamente existem duas pessoas jurídicas.
ATENÇÃO
Se a autarquia é criada por uma lei específica, deve ser editada uma nova lei específica no
caso de sua extinção (princípio da simetria jurídica).
10m
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia I
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c. decreto quando tiverem personalidade jurídica de direito privado; e lei quando tiverem
personalidade jurídica de direito público.
d. lei e sua personalidade jurídica pode ser definida via decreto.
e. lei e podem atuar no mercado financeiro, uma vez que podem ter personalidade jurídica
de direito privado.
COMENTÁRIO
Decreto é um ato administrativo, não podendo criar órgãos, ministérios ou pessoa jurídica.
PEGADINHA DA BANCA
Autarquia pratica atividade típica de Estado, típica de Administração Pública. Atividades
financeiras ou comerciais dizem respeito à empresa pública ou à sociedade de economia mista.
Patrimônio
CC, art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de di-
reito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais (que não estão sendo efetivamente utilizados para prestação
de qualquer serviço) podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia I
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DIRETO DO CONCURSO
3s (ESAF/FUNAI/ANALISTA/2016) Assinale a opção que não retrata uma característica da
autarquia.
a. Os seus bens são públicos.
b. A sua criação ocorre por meio de lei complementar.
c. Em regra, suas contratações devem ser feitas mediante licitação.
d. Há necessidade de concurso público para seleção de seus trabalhadores.
e. Possui personalidade jurídica.
COMENTÁRIO
Observar de que formas ocorrem a criação e funcionamento das autarquias.
Juízo Competente
Em ações comuns, se for o caso de uma autarquia federal, a Justiça Federal é a compe-
tente em julgar e processar as ações. Se for de estado ou município, o foro competente é a
justiça comum.
Responsabilidade Civil
ATENÇÃO
A responsabilidade das pessoas de direito público é do tipo objetiva; ou seja, objetivamente
a autarquia deve indenizar o particular caso cause algum dano.
CF, art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos (empresas públicas e sociedades de economia mista) responderão pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra
o responsável nos casos de dolo ou culpa (em caso de responsabilidade subjetiva).
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia I
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GABARITO
1s C
2s a
3s b
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A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia II
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AUTARQUIA II
As pessoas de direito público possuem imunidade tributária recíproca, ou seja, não pagam
impostos.
Imunidade Tributária
CF, art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
VI – Instituir impostos sobre:
a) patrimônio (IPTU, IPVA), renda (IRPA) ou serviços (ISS), uns dos outros;
(...)
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
Se um bem estiver sendo efetivamente usado para prestar atividade típica da autarquia,
esse bem terá imunidade tributária. Caso o bem esteja sendo utilizado para outra finalidade
diferentemente da principal da autarquia, que consta em lei, ele perde a imunidade tributária.
Controle Administrativo
ATENÇÃO
Caso a entidade não cumpra sua atividade, o órgão supervisor pode fazer o controle das
atividades e esse é denominado supervisão ministerial ou controle finalístico, que deriva
do poder de tutela.
Não há subordinação entre Administração indireta e direta, no entanto, toda entidade fica
5m
sempre vinculada a um órgão da Administração direta. Por exemplo: a Anvisa, que é uma
autarquia federal, fica vinculada ao Ministério da Saúde, mas não há relação de subordinação.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia II
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Decreto-lei n. 200/1967, art. 20. O Ministro de Estado é responsável, perante o Presidente da Repúbli-
ca, pela supervisão dos órgãos da Administração Federal enquadrados em sua área de competência.
Parágrafo único. A supervisão ministerial exercer-se-á através da orientação, coordenação e con-
trole das atividades dos órgãos subordinados (Administração direta) ou vinculados (entidades) ao
Ministério, nos termos desta lei.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/SEDF/PROFESSOR/2017) O poder de fiscalização que a Secretaria de Estado
de Educação do DF exerce sobre fundação a ela vinculada configura controle administra-
tivo por subordinação.
COMENTÁRIO
Relembrar se há relação de subordinação entre as Administrações direta e indireta.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia II
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DIRETO DO CONCURSO
2. (CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/ANALISTA/2018) Com relação aos princípios apli-
cáveis à Administração Pública e ao enriquecimento ilícito por agente público, julgue o
item a seguir.
COMENTÁRIO
A questão traz um ato de improbidade.
Prazos Processuais
CPC, art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias
e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações pro-
cessuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia II
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DIRETO DO CONCURSO
3. (FCC/TRT 23ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) Determinada autarquia do Esta-
do do Mato Grosso foi condenada a pagar indenização a um de seus servidores. Após a
condenação, utilizou-se do prazo em quádruplo para recorrer, e, na fase de execução da
condenação, alegou a impossibilidade de arcar com a indenização por não ter patrimônio
próprio. A propósito dos fatos,
a. incorreto o prazo recursal, que é em dobro para recorrer, bem como o fundamento do
patrimônio, pois a autarquia tem patrimônio próprio.
b. correto tanto o prazo recursal, como o argumento relativo ao patrimônio.
c. correto o prazo recursal, mas incorreto o fundamento do patrimônio, pois a autarquia
tem patrimônio próprio.
d. incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é prazo simples, mas correto o fundamento
do patrimônio.
e. incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é em dobro, mas correto o fundamento do
patrimônio.
COMENTÁRIO
Observar o prazo trazido pela questão e a situação de patrimônio próprio.
CPC, art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de con-
firmada pelo tribunal, a sentença:
I – proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autar-
quias e fundações de direito público;
25m § 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a
remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo (o processo pode transitar em 1ª instância) quando a con-
denação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I – 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito
público;
II – 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia II
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GABARITO
1. E
2. E
3. a
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia III
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AUTARQUIA III
Sistema de precatórios
até 60 SM
Obs.: Na União, a ação de pequeno valor é aquela de até sessenta salários mínimos.
ATENÇÃO
Os bens das autarquias não estão a livre disposição, logo não podem ser penhorados para
satisfação de créditos devidos ao particular.
Obs.: Se uma autarquia está devendo para um particular, seus bens não podem ser
penhorados e vendidos em leilão judicial para satisfazer o crédito. A autarquia emite,
então, um precatório com data certa para que o particular faça o resgate do dinheiro.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia III
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Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Munici-
pais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apre-
sentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou
de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Redação
dada pela Emenda Constitucional n. 62, de 2009). (Vide Emenda Constitucional n. 62, de 2009)
(Vide ADI 4425)
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas
devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Lei n. 10.259/01, Art. 17. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em
julgado da decisão, o pagamento será efetuado no prazo de sessenta dias, contados da entrega
da requisição, por ordem do Juiz, à autoridade citada para a causa, na agência mais próxima da
Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, independentemente de precatório.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia III
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“Em regra, as empresas estatais estão submetidas ao regime das pessoas jurídicas de
direito privado (execução comum). No entanto, é possível aplicar o regime de precatórios
para empresas públicas e sociedades de economia mista que prestem serviços públicos e
que não concorram com a iniciativa privada (serviço público próprio do Estado e de natureza
não concorrencial).” (STF; RE 627242 AgR, 02/05/2017 − Info 858).
Deve-se lembrar dos Conselhos Profissionais (CRM, CRO, CRC). A OAB, para o STF, é
uma entidade sui generis, diferente de todas as outras existentes. A OAB não precisa licitar,
não sofre controle do Tribunal de Contas e não necessita de concurso público para realizar
contratações. Isso ocorre porque o advogado é essencial para a justiça, o que consta na
Constituição Federal. A OAB, portanto, não faz parte da Administração Pública e não é uma
autarquia. Os demais Conselhos, contudo, fazem parte da Administração indireta do Estado.
O CRM, por exemplo, sofre controle. Apesar de esses institutos sobreviverem com
recursos oriundos da iniciativa privada, as pessoas que fazem parte dos Conselhos devem
pagar anuidade. O recurso dos membros, que é privado inicialmente, quando chega à
instituição, é gravado e se torna recurso público. Por isso, é necessário que esses institutos
licitem, sofram controle do Tribunal de Contas e utilizem concurso público para realizar
contrações – pelo regime celetista.
O art. 58, § 3º, da Lei n. 9.649/1998 estabelece que: “os empregados dos conselhos
de fiscalização de profissões regulamentadas são regidos pela legislação trabalhista, sendo
vedada qualquer forma de transposição, transferência ou deslocamento para o quadro da
Administração Pública direta ou indireta”.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Autarquia III
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DIRETO DO CONCURSO
1. (CESP/2018/TJ-CE/JUIZ SUBSTITUTO) Embora seja reconhecida a natureza
autárquica dos conselhos de classe, em razão da natureza privada dos recursos
que lhes são destinados, essas entidades não se submetem ao controle externo
exercido pelo TCU.
COMENTÁRIO
Os recursos são privados e, posteriormente, na autarquia, são gravados como recursos
públicos. Por isso, devem ser fiscalizados. As entidades se submetem ao controle externo.
Os conselhos profissionais contratam pelo regime celetista e não emitem precatórios.
GABARITO
1. E
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Agências Reguladoras
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AGÊNCIAS REGULADORAS
Lei n. 13.848/2019
Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela
ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e
pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas
demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação.
Agências Reguladoras
As agências reguladoras se iniciaram com o Plano Nacional de Desestatização. Foi pro-
posto pela Lei n. 8.031/1990 passar alguns serviços que eram prestados pelo Estado para
a iniciativa privada. Houve a simples delegação de tarefas para empresas privadas, como
também a venda de estatais para a iniciativa privada.
Para não ficar à mercê da iniciativa privada, o Estado criou um órgão regulador (as agên-
5m cias reguladoras) para fiscalizar e estabelecer normas técnicas para a prestação desses ser-
viços por meio de atos administrativos.
Princípio da Juridicidade
A competência para regular certas matérias se transfere da lei para outras fontes normati-
vas, por expressa autorização do próprio legislador. A normatização sai do domínio da lei para
o domínio regulamentar. O próprio Legislativo, incapaz de regular de forma satisfatória deter-
minadas matérias de alta complexidade técnica, delega a órgão ou a pessoa administrativa
a competência para instituí-la, valendo-se dos especialistas e técnicos que melhor entendem
do assunto.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Agências Reguladoras
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ATENÇÃO
Poder normativo técnico: é o poder de estabelecer regulamentação sobre matéria de ordem
técnica.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Agências Reguladoras
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Lei n. 9.986/2000
Art. 4º As agências terão como órgão máximo o Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada, que será
composto de até 4 (quatro) Conselheiros ou Diretores e 1 (um) Presidente, Diretor-Presidente ou
Diretor-Geral. (Vide Lei n. 13.848, de 2019)
§ 1º Os mandatos dos membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada serão não coinci-
20m dentes, de modo que, sempre que possível, a cada ano, ocorra o término de um mandato e uma
consequente nova indicação.
§ 2º Os mandatos que não forem providos no mesmo ano em que ocorrer sua vacância terão a
duração reduzida, a fim de viabilizar a observância à regra de não coincidência de que trata o § 1º
deste artigo.
§ 3º Integrarão a estrutura organizacional de cada agência uma procuradoria, que a representará
em juízo, uma ouvidoria e uma auditoria.
Art. 5º O Presidente, Diretor-Presidente ou Diretor-Geral (CD I) e os demais membros do Conselho
Diretor ou da Diretoria Colegiada (CD II) serão brasileiros, indicados pelo Presidente da República
e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea “f” do inciso III do
art. 52 da Constituição Federal, entre cidadãos de reputação ilibada e de notório conhecimento no
campo de sua especialidade, devendo ser atendidos 1 (um) dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c”
do inciso I e, cumulativamente, o inciso II: (Vide Lei n. 13.848, de 2019)
I – ter experiência profissional de, no mínimo:
25m a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, no campo de atividade da agência reguladora ou em
área a ela conexa, em função de direção superior; ou
b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos:
1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa no campo de atividade da agência regulado-
ra, entendendo-se como cargo de chefia superior aquele situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos não
estatutários mais altos da empresa;
2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no setor público;
3. cargo de docente ou de pesquisador no campo de atividade da agência reguladora ou em área
conexa; ou
c) 10 (dez) anos de experiência como profissional liberal no campo de atividade da agência regula-
dora ou em área conexa:
II – ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi indicado.
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Agências Executivas
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AGÊNCIAS EXECUTIVAS
Lei n. 9.986/2000
Art. 4º
§ 5º A indicação, pelo Presidente da República, dos membros do Conselho Diretor ou da
Diretoria Colegiada a serem submetidos à aprovação do Senado Federal especificará, em
cada caso, se a indicação é para Presidente, Diretor-Presidente, Diretor-Geral, Diretor ou
Conselheiro.
§ 7º Ocorrendo vacância no cargo de Presidente, Diretor-Presidente, Diretor-Geral, Diretor
ou Conselheiro no curso do mandato, este será completado por sucessor investido na forma
prevista no caput e exercido pelo prazo remanescente, admitida a recondução se tal prazo for
igual ou inferior a 2 (dois) anos.
ATENÇÃO
O mandato possui prazo fixo de cinco anos, para toda e qualquer agência reguladora, tanto
para diretor-presidente como para os membros do conselho.
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Agências Executivas
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Agências Executivas
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VII – estar em situação de conflito de interesse, nos termos da Lei n. 12.813, de 16 de maio
de 2013.
Art. 9º O membro do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada somente perderá o mandato:
I – em caso de renúncia;
II – em caso de condenação judicial transitada em julgado ou de condenação em processo
administrativo disciplinar;
III – por infringência de quaisquer das vedações previstas no art. 8º-B desta Lei.
15m Art. 10. Durante o período de vacância que anteceder a nomeação de novo titular do
Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada, exercerá o cargo vago um integrante da lista de
substituição. (Vide Lei n. 13.848, de 2019)
§ 1º A lista de substituição será formada por 3 (três) servidores da agência, ocupantes dos
cargos de Superintendente, Gerente-Geral ou equivalente hierárquico, escolhidos e designa-
dos pelo Presidente da República entre os indicados pelo Conselho Diretor ou pela Diretoria
Colegiada, observada a ordem de precedência constante do ato de designação para o exer-
cício da substituição.
§ 2º O Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada indicará ao Presidente da República 3
(três) nomes para cada vaga na lista.
§ 5º Aplicam-se ao substituto os requisitos subjetivos quanto à investidura, às proibições e
aos deveres impostos aos membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada, enquanto
permanecer no cargo.
§ 7º O mesmo substituto não exercerá interinamente o cargo por mais de 180 (cento e
oitenta) dias contínuos, devendo ser convocado outro substituto, na ordem da lista, caso a
vacância ou o impedimento do membro do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada se
20m estenda além desse prazo.” (NR)
DIRETO DO CONCURSO
1. (VUNESP/2019/SP/PROCURADOR) Com relação às Agências Reguladoras, assinale a
alternativa correta.
a. A Constituição Federal contempla as Agências Reguladoras como autarquias de regime
especial.
b. A autonomia financeira das Agências Reguladoras pode decorrer do recolhimento de
taxa e de outras fontes de recursos
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Agências Executivas
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COMENTÁRIO
A própria Lei criadora das agências reguladoras as contempla como autarquias de regime
especial, além de defini-la como personalidade jurídica de direito público. Essa lei é aplicada
à União, aos estados, ao DF e também aos municípios.
COMENTÁRIO
As autarquias possuem vínculo de administração indireta.
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Agências Executivas
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AGÊNCIAS EXECUTIVAS
GABARITO
1. b
2. E
3. C
4. C
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Consórcios Públicos
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CONSÓRCIOS PÚBLICOS
RELEMBRANDO
Agência executiva é uma qualificação concedida pelo Ministério Supervisor a uma fundação
ou a uma autarquia já existente.
Art. 51.O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que
tenha cumprido os seguintes requisitos:
I – ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;
II – ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério Supervisor.
§1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.
Observação:
As agências executivas são regulamentadas pelos Decretos Federais n. 2.487/1998, que teve algu-
mas alterações em decorrência do Decreto n. 6.548/2008.
DECRETO N. 6.017/2007
Art. 2º, XVIII Instrumento firmado entre a administração pública e autarquia ou fundação qualificada
como Agência Executiva, na forma do art. 51 da Lei n. 9.649, de 27 de maio de 1998, por meio do
qual se estabelecem objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem
como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu cumprimento.
Obs.: O art. 2º, XVIII, do Decreto n. 6.017/2007 dispõe sobre o contrato de gestão, criando
parâmetros de eficiência e instrumentos de avaliação para as agências executivas.
5m
Se, porventura, a agência executiva não for avaliada de maneira positiva, ela perde
o título de agência executiva e volta a ser uma autarquia comum, mediante decreto.
A entidade que celebrar o contrato de gestão será avaliada periodicamente pelo Ministério
supervisor e pela Secretaria Federal de Controle do Ministério da Fazenda. Se a entidade não
cumprir o plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional, perderá a qua-
lificação de agência executiva (art. 1º, §4º do Decreto n. 2.487/1998).
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Consórcios Públicos
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DISPOSIÇÕES FINAIS
DIRETO DO CONCURSO
1s (FCC 2014/TRT 18ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO) O status de “agência executiva” cons-
titui uma qualificação criada pela chamada “reforma gerencial” da Administração pública
federal. NÃO é característica típica de tal figura jurídica,
a. a necessidade de elaboração de um plano estratégico de reestruturação e de desenvol-
vimento institucional, voltado para a melhoria da qualidade da gestão e para a redução
de custos da entidade candidata à qualificação.
b. a ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira do órgão ou entidade
assim qualificado
c. a outorga de tal qualificação por decreto presidencial.
d. a exigência de prévia celebração de contrato de gestão com o respectivo Ministério su-
pervisor, para obtenção da qualificação
e. a previsão de mandato fixo aos seus dirigentes, vedada a sua exoneração ad nutum.
COMENTÁRIO
Nas agências executivas, a exoneração dos mandatos pode ocorrer a qualquer momento.
Ao contrário das agências executivas, nas agências reguladoras os mandatos são fixos aos
seus dirigentes.
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Consórcios Públicos
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CONSÓRCIOS PÚBLICOS
CF
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão
associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços,
pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
ATENÇÃO
Os consórcios públicos dão origem a uma nova pessoa jurídica, diferentemente do que
acontece nos convênios.
Lei n. 11.107/2005
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
nicípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá
outras providências.
§ 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.
15m Art. 6º da Lei n. 11.107/05: O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de rati-
ficação do protocolo de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indi-
reta de todos os entes da Federação consorciados.
§ 2º O consórcio público, com personalidade jurídica de direito público ou privado, observará as
normas de direito público no que concerne à realização de licitação, à celebração de contratos, à
prestação de contas e à admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Tra-
20m
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Consórcios Públicos
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balho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. (Redação dada pela Lei
n. 13.822, de 2019)
Com o objetivo de esclarecer alguns pontos da Lei n. 11.107/2005, foi editado o Decreto n.
6.017/2007. O referido Decreto conceituou consórcio público, nos seguintes termos:
I – consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da
Lei n. 11.107, de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização
de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica
de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins eco-
nômicos.
DIRETO DO CONCURSO
No tocante às organizações da sociedade civil de interesse público e aos consórcios pú-
blicos, julgue o item subsequente.
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Consórcios Públicos
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COMENTÁRIO
O consórcio público pode assumir forma de direito público como também de direito privado.
Formalização
Art. 3º O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subs-
crição de protocolo de intenções.
25m O art. 2º, inciso III, do Decreto n. 6.017/2007 conceitua protocolo de intenções como “contrato preli-
minar que, ratificado pelos entes da Federação interessados, converte-se em contrato de consórcio
público”.
Art. 4 São cláusulas necessárias do protocolo de intenções as que estabeleçam:
I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio;
II – a identificação dos entes da Federação consorciados;
III – a indicação da área de atuação do consórcio;
IV – a previsão de que o consórcio público é associação pública ou pessoa jurídica de direito privado
sem fins econômicos;
§ 1 Para os fins do inciso III do caput deste artigo, considera-se como área de atuação do consórcio
público, independentemente de figurar a União como consorciada, a que corresponde à soma dos
territórios:
I – dos Municípios, quando o consórcio público for constituído somente por Municípios ou por um
Estado e Municípios com territórios nele contidos;
II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando o consórcio público for, respectiva-
mente, constituído por mais de 1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e o Distrito Federal;
IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio for constituído pelo Distrito Federal e
os Municípios; e
Art. 5º O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo
de intenções.
Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de consórcio público dependerá de instrumento apro-
vado pela assembleia geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados.
GABARITO
1s e
2s C
3s C
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Fundações Públicas
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FUNDAÇÕES PÚBLICAS
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Pessoas jurídicas constituídas pelo Estado. Diferente das fundações privadas dos parti-
culares, que competem ao Direito Civil, são fundações que competem ao Estado e, por isso
estudadas no Direito Administrativo. Quando o Estado cria uma fundação, é escolhido se terá
uma personalidade de direito público ou privado.
A fundação pública terá um patrimônio próprio que pode ser totalmente público ou privado
dependendo da sua personalidade jurídica. O controle finalístico é usado para todas as pes-
soas jurídicas que pertencem à Administração pública.
Fundação pública: pode ser de direito público ou de direito privado. A primeira é cha-
mada de fundação autárquica. Essa nomenclatura dá-se pelo fato de as características das
autarquias serem empregadas nas fundações públicas de direito público, podendo-se dizer
que, entre elas, a única diferença é quanto à atividade. A autarquia pratica atividade típica de
Estado, de Administração Pública, enquanto a fundação pratica atividade social (lazer, cultura,
pesquisa, saúde).
Fundação pública de direito privado: é regida pelo direito comum que, por vezes, é abran-
dado pelo direito público. Para trabalhar em uma fundação de direito privado é preciso ser
5m
aprovado em concurso público, norma de direito público estendida à pessoa de direito privado.
A pessoa de direito privado constituída pelo Estado pratica ato administrativo, deve licitar
quando for contratar, sofre controle pelo Tribunal de Contas, o que Di Pietro chama de regime
híbrido. A Funpresp, uma fundação que envolve a previdência privada dos servidores, é um
exemplo disso.
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Fundações Públicas
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CRIAÇÃO
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada à instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
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Fundações Públicas
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• Não estão sujeitas ao regime de precatórios judiciais, conforme disciplina o art. 100 da
CF, pois não se equiparam à Fazenda Pública.
• Não podem desempenhar atos de poder de polícia por possuir personalidade jurídica
15m
de direito privado.
DIRETO DO CONCURSO
Acerca da administração direta e indireta, julgue o item que segue.
COMENTÁRIO
Tem matéria que a própria Constituição Federal exige edição de lei para regulamentar, nisso
está o princípio da reserva legal, o tema é reservado à lei. Na definição das competências das
atividades das fundações públicas, que devem ser regulamentadas por lei complementar,
está o princípio da reserva legal, exigindo a edição dessa lei.
São criadas, se for pessoa de direito público, como autarquia ou fundação pública de direito
público, ou autorizadas por lei, se for pessoa de direito privado, com a fundação pública de
direito privado, empresa públicas e as sociedades de economia mista.
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Fundações Públicas
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COMENTÁRIO
Quando a fundação é de direito público, a própria lei cria, não sendo necessária a sua
inscrição no cartório competente.
ATENÇÃO
O Poder Público pode criar empresas públicas e sociedades de economias mistas chama-
das de empresas estatais.
Atividades:
a) serviço público;
b) econômica em sentido estrito.
CF
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública (Lei 13.303/16), da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comer-
25m cialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
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Fundações Públicas
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I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19,
de 1998)
As empresas estatais de regime comum são regidas pelo direito privado, no entanto se praticarem
serviços públicos, terá alguns privilégios de direito público, o que não acontece se praticar atividade
econômica em sentido estrito, porque será tratada como qualquer outra empresa.
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
Distinção entre empresas estatais prestadoras de serviço público e empresas estatais que desen-
volvem atividade econômica em sentido estrito. (...). As sociedades de economia mista e as em-
presas públicas que explorem atividade econômica em sentido estrito estão sujeitas, nos termos
do disposto no § 1º do art. 173 da Constituição do Brasil, ao regime jurídico próprio das empresas
privadas. (...). O § 1º do art. 173 da Constituição do Brasil não se aplica às empresas públicas, so-
ciedades de economia mista e entidades (estatais) que prestam serviço público. (ADI 1.642, Rel.
30m Min. Eros Grau, julgamento em 3-4- 2008, Plenário, DJE de 19-9-2008.) No mesmo sentido: ARE
689.588-AgR, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 27-11-2012, Primeira Turma, DJE de 13-2-2012.
GABARITO
1. C
2. C
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Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de eco-
nomia mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade
de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que explore
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços,
ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de
prestação de serviços públicos.
Obs.: Subsidiária é vinculada à empresa principal, parecido com a ideia de matriz e filial,
mas com mais autonomia.
Criação
CF, Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada à
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
5m complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
ANOTAÇÕES
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Obs.: A lei apenas autoriza, não cria. O mesmo caminho que o Poder Público tem que cum-
prir para uma fundação de direito privado também precisa cumprir para criar uma
empresa estatal.
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar empresa pública unipessoal, na forma
definida no inciso II do art. 5 o do Decreto-Lei n o 200, de 25 de fevereiro de 1967, e no art.
5 o do Decreto-Lei n o 900, de 29 de setembro de 1969, denominada Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares - EBSERH, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio
próprio, vinculada ao Ministério da Educação, com prazo de duração indeterminado.
§ 1º A EBSERH terá sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e poderá manter escritórios,
representações, dependências e filiais em outras unidades da Federação.
§ 2º Fica a EBSERH autorizada a criar subsidiárias para o desenvolvimento de atividades
inerentes ao seu objeto social, com as mesmas características estabelecidas no caput deste
artigo, aplicando-se a essas subsidiárias o disposto nos arts. 2º a 8º, no caput e nos §§ 1º, 4º
e 5º do art. 9º e, ainda, nos arts. 10 a 15 desta Lei.
Obs.: A lei que criou a empresa pública já autorizou, de maneira genérica, as suas subsidi-
árias
Art. 2º A EBSERH terá seu capital social integralmente sob a propriedade da União.
Parágrafo único. A integralização do capital social será realizada com recursos oriundos
de dotações consignadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de qualquer
espécie de bens e direitos suscetíveis de avaliação em dinheiro.
CF, Art. 37, XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidi-
árias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer
delas em empresa privada;
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ATENÇÃO
No entanto, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI 1.649-1, fixou entendimento de ser
“dispensável a autorização legislativa proposta pela Constituição para a criação de
10m
subsidiárias de um mesma entidade, desde que a lei que autorizou a criação da empresa
pública e sociedade de economia mista traga em sua redação a possibilidade de ela criar
subsidiárias”.
Isso significa que, se a lei que autorizou a criação da empresa principal, também autorizar a
criação de suas subsidiárias, não há necessidade de edição de leis autorizativas para criar
cada subsidiária.
Na prova, só se pensará nesse entendimento do STF se falar sobre a jurisprudência.
Decisão judicial do STF a constituir suas subsidiárias, mesmo que conste na CF a obriga-
ção de lei autorizativa:
DIRETO DO CONCURSO
1s (CESPE 2019/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/PROCURADOR MUNICIPAL) A criação
de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por meio de
atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de autorização
legislativa.
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COMENTÁRIO
Descentralização é diferente de desconcentração. A primeira cria entidade e a segunda,
órgão público. A primeira parte da questão fala de descentralização de forma correta. A
segunda parte dispõe que é preciso ir ao cartório para construir a personalidade jurídica
com a necessidade de lei autorizativa para criar a empresa pública, o que também é correto.
Regime Jurídico
COMENTÁRIO
Regime jurídico é de direito privado. Lembrando que direito privado é abrandado em alguns
momentos em razão de normas de direito público. Empresa pública tem personalidade de
direito privado, portanto a afirmação está incorreta.
COMENTÁRIO
A empresa pública e a sociedade de economia mista são idênticas ao que se refere à
personalidade jurídica.
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Pessoal
ATENÇÃO
O Supremo Tribunal Federal consolidou jurisprudência no sentido da obrigatoriedade da
motivação da despedida de empregado público (RE 589998/PI).
O pessoal é contrato por meio de concurso público, mas o vínculo é de celetista. O STF
tem a tese segundo a qual, para o empregado público ser demitido, precisa ser explicado o
porquê de sua demissão. Se, por um acaso, um funcionário público for demitido e um outro
for contratado sem essa motivação, significa desvio de finalidade da Administração Pública:
é preciso motivar.
O art. 37, XI, CF, estabelece que as empresas públicas e sociedades de economia mista
devem respeitar o teto de remuneração do serviço público.
As empesas estatais ficam vinculadas ao teto remuneratório. No Brasil, existe o teto geral, que
tem como base os subsídios remuneratórios recebidos pelos ministros do STF. Lembrando
que, nos estados e municípios, existem subtetos vinculados a cada poder. Nos estados, se
for no poder executivo, o subteto tem como base o subsídio remuneratório recebido pelo
governador; se for no Poder Legislativo, o subsídio remuneratório do deputado estadual; e,
se for no Poder Judiciário, o subsídio remuneratório tem como subteto a remuneração dos
desembargadores do tribunal de justiça. Em nível municipal, o subsídio remuneratório do
prefeito funciona como subteto.
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no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41,
19.12.2003)
ATENÇÃO
O pessoal que trabalha em empresa ou sociedade de economia mista fica vinculado ao
teto, conforme estabelecido anteriormente. No entanto, se a empresa não receber recurso
público para pagamento de pessoal ou para qualquer tipo de custeio, não é aplicado o teto
remuneratório constitucional.
GABARITO
1s C
2s E
3s E
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A FORMA JURÍDICA
A sociedade de economia mista deve ser constituída sob a forma de Sociedade Anônima
(S/A). O capital dessas empresas é divida em ações e parte dessas ações poderá ser vendida
para a iniciativa privada.
Já as empresas públicas podem revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito
(Ltda., S/A etc.). Podem ser unipessoais (capital pertencente exclusivamente à pessoa institui-
dora) ou pluripessoais (quando o capital dominante é da pessoa criadora, mas esta se associa
com outra pessoa administrativa).
DIRETO DO CONCURSO
A respeito de organização administrativa, de atos administrativos e de autarquias, julgue
o item a seguir.
COMENTÁRIO
A questão não está correta porque as sociedades de economia mista são pessoas de direito
privado.
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COMENTÁRIO
Questão está certa, conforme a ideia de que a sociedade mista somente pode constituir-se
por S/A.
COMPOSIÇÃO DO CAPITAL
Lei n. 13.303/2016
5m Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a partici-
pação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administra-
ção indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Ob..: Uma entidade pode ter parcela de capital de uma empresa pública.
ATENÇÃO
Sociedade de economia mista vai ter a conjunção de capital público e privado. No entanto,
a lei exige que no mínimo 50% + 1 das ações com direito a voto devem pertencer ao Poder
Público, quem realmente criou a empresa estatal.
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
ANOTAÇÕES
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DIRETO DO CONCURSO
3. (CESPE/2015/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) A criação, pela União,
de sociedade de economia mista depende de autorização legislativa. Autorizada, a so-
ciedade deverá assumir a forma de sociedade anônima, e a maioria de suas ações com
10m direito a voto pertencerão à União ou a entidade da administração indireta.
COMENTÁRIO
Está correto conforme a doutrina apresentada anteriormente.
COMENTÁRIO
A regra serve para empresa pública, pois só permite capital público.
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COMENTÁRIO
a) Incorreta, pois falar de descentralização é para criar entidade, e ministério é órgão.
b) Incorreta, porque Tribunal de Contas não é subordinado ao Congresso Nacional.
c) Incorreta, já que sociedade de economia apenas se constitui por Sociedade Anônima.
d) Correta, uma vez que uma outra pessoa jurídica pode fazer parte do capital de uma
empresa pública federal.
e) Incorreta, pois fundações direito privado a lei apenas autoriza a criação da pessoa.
CF, Art. 173, § 2º – As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar
15m de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
ATENÇÃO
Essa redação refere-se às empresas públicas e sociedades de economia mista que exercem
atividades econômicas em sentido estrito. O STF entende que, se a pessoa jurídica prestar
serviços públicos, poderá ter algumas garantias e direito de serviço público, que deve ser
prestado seguindo alguns princípios.
Assim, o § 2º, do art. 173, da Constituição, deve ser interpretado da seguinte forma: as
empresas públicas e sociedades de economia mista que praticam atividades econômicas
não poderão goz\ar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
CF, Art. 173, § 1º, II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto
aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Consti-
tucional n. 19, de 1998).
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ATENÇÃO
Pela regra, pessoa de direito privado não possui qualquer privilégio. No entanto, a
jurisprudência orienta que, se for prestador de serviço público com monopólio do Estado
da atividade, normas públicas atingem esse prestador, A imunidade tributária que objetiva
atender ao princípio da modicidade é um exemplo. Esse princípio vem dos serviços públicos
e objetiva, ao dar a imunidade tributária, baratear os serviços oferecidos.
BENS
CC, Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Para o bem ser considerado público, ele deve pertence a uma pessoa de direito público.
O bem privado está à livre disposição.
“[...] Portanto, são bens públicos de uso especial não só os bens das autarquias e das fun-
dações públicas, como também os das entidades de direito privado prestadoras de serviços
públicos, desde que afetados diretamente a essa finalidade” (Di Pietro, 2017, pág. 596).
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O bem que estiver sendo utilizado efetivamente na prestação de serviços público é gra-
vado e recebe a mesma proteção dos bens públicos.
Ementa
DIRETO DO CONCURSO
6. (CESPE/TRT 3ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO) Analise as proposições abaixo, assina-
lando a opção correta.
I – As autarquias, as fundações e as empresas públicas podem ser qualificadas como
Agências Executivas.
II – A qualificação como Agência Executiva é ato do Presidente da República.
III – São impenhoráveis os bens integrantes do patrimônio dos entes da Administração
Pública direta e indireta.
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COMENTÁRIO
I – É falsa, pois empresas públicas não podem ser qualificadas como Agências Executivas.
II – É verdadeira, feito mediante decreto autônomo.
III – É falsa, pois pessoas de direito privado podem ter os bens penhorados.
30m IV – É falsa, o bem não deixa de ser público por não estar sendo utilizados naquele momento.
V – É verdadeira, pois trata-se da supervisão ministerial e o controle finalístico.
GABARITO
1. C
2. C
3. C
4. c
5. d
6. e
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FALÊNCIA
Lei n. 11.101/2005
Art. 2º Esta Lei não se aplica a:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
LICITAÇÃO
Empresas estatais são obrigadas a licitar. Porém, a lei autoriza a possibilidade de vender
seus bens e serviços (atividade-fim) diretamente sem licitação.
Lei n. 13.303/2016
Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação
de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras
a serem integradas a esse patrimônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens,
serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses previstas nos arts. 29
e 30.
§3º São as empresas públicas e as sociedades de economia mista dispensadas da observância dos
dispositivos deste Capítulo nas seguintes situações:
I – comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas mencionadas no
caput, de produtos, serviços ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos
sociais;
DIRETO DO CONCURSO
1s (CESPE/2017/SEDF/PROFESSOR) Embora sejam entidades dotadas de personalidade
5m jurídica de direito privado, as empresas públicas, como regra geral, estão obrigadas a lici-
tar antes de celebrar contratos destinados à prestação de serviços por terceiros.
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COMENTÁRIO
Em regra geral, as entidades propostas na questão devem licitar quando forem contratar
prestação de serviços por terceiros.
COMENTÁRIO
Trata-se de uma empresa privada que não tem direito à imunidade tributária, uma vez que
não presta serviços públicos de maneira exclusiva.
FORO PROCESSUAL
CF
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
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O foro competente para julgar e processar as ações comuns de empresa pública federal
é a Justiça Federal. Porém, se for uma empresa pública de estado, município ou do distrito
federal, quem julga é o TJ.
O empregado da empresa estatal é celetista, por isso, tendo alguma demanda judicial na
10m
relação de trabalho, o foro competente é a Justiça do Trabalho.
Súmula n. 556, STF: “É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é
parte sociedade de economia mista”.
Socie- Privado Autorizada Privado Justiça Estadual Supervisão Comum Apenas S.A Público e
dades por lei espe- ministerial privado
de econ. cífica
mista
DIRETO DO CONCURSO
3s (FCC/2018/DPE-AM/ANALISTA DE GESTÃO) As entidades integrantes da Administração
pública possuem diferentes características e contornos jurídicos, muitos atrelados à própria
finalidade por elas desempenhada e ao objeto cometido a cada uma. Nesse sentido, as
a. fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, não se subme-
tendo às regras do Código Civil.
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15m
COMENTÁRIO
a) As fundações podem ser de direito público ou privado; por isso, está incorreta.
b) Autarquia é sempre de direito público; portanto, incorreta.
c) Não importa a atividade desempenhada, empresa pública e sociedade de economia mista
sempre vão integrar Administração indireta; logo, está correta.
d) Empresas públicas se submetem ao regime de direito privado, não sendo integralmente.
Por isso, incorreta.
e) Organizações sociais são paraestatais e não fazem parte da Administração Pública. O
item está incorreto.
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COMENTÁRIO
Se é de direito privado, não pode ser letra a, b e d. O capital exclusivamente governamental
não pode ser sociedade de economia mista, sendo a empresa pública o que melhor se
encaixa na definição trazida.
COMENTÁRIO
Se é pessoa de direito público, já se excluem as letras "c", "d" e "e". A opção "b", fundação
privada, não faz parte da Administração Pública. Portanto, a letra "a" se encaixa na descrição
trazida na questão.
COMENTÁRIO
O direito privado, nesse caso, é abrandado por normas de direito público, e o Tribunal de
Contas fará controle de qualquer dinheiro público que esteja sendo gasto.
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GABARITO
1s C
2s b
3s c
4s e
5s a
6s E
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Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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Celso Antônio Bandeira de Mello representa esse tema como um prédio, em que as
bordas e janelas seriam as leis e a base seria formada pelos princípios da Administração
Pública, então, se algum princípio for violado, todo o prédio estará em ruínas. Isso significa
que atentar a um princípio da Administração Pública é mais prejudicial que atentar à própria lei
Para Bandeira de Mello: “violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma
norma qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico man-
damento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegali-
dade ou inconstitucionalidade (...)”.
• Princípio expresso e não expresso (implícito) na Constituição.
– Princípios expressos – LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade,
Eficiência.
– Princípios expressos também são chamados de princípios mínimos.
– Não há qualquer tipo de hierarquia entre os princípios.
– É possível que o administrador utilize alguns princípios em detrimento de outros.
– Princípios não expressos: motivação, segurança jurídica, proporcionalidade, razo-
abilidade, principio do interesse público. Todos esses estão expressos na Lei n.
9.784/99.
5m
• Princípios expressos no caput, do art. 37, da CF, art. 37. “A administração pública direta
e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publi-
cidade e eficiência...”.
– A Administração Pública indireta abrange também as empresas públicas e socieda-
des de economia mista, que são regidas pelo direito privado.
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Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Princípio da legalidade
• Toda ação do administrador público deve ser pautada na lei.
Ex.: um agente de trânsito (agente público) aborda um condutor que não está utilizando
cinto de segurança. O agente enquadrará esse fato na lei e a lei determinará a aplicação da
multa. Se o agente, não satisfeito, resolver apreender o veículo e levá-lo para o depósito do
Detran, essa ação será ilegal, pois ela não está disposta na lei.
Esse é o princípio da legalidade em sentido estrito.
• O princípio da legalidade em sentido amplo é visto no Direito Constitucional, no artigo
5º, inciso II, que afirma: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei”.
• O particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe, enquanto que o administrado
somente pode agir quando determinada ação for prevista em lei.
• O Direito Administrativo estuda o princípio da Legalidade em seu sentido estrito, apli-
cado apenas à Administração Pública.
10m
Regras X Princípios
• Regras: lei ou ato normativo (tais como decreto, resolução, regimento interno)
• Princípios:
– Di Pietro o trata em dois sentidos: obediência à lei (sentido estrito) e obediência ao
direito (sentido amplo, princípios).
– Para Di Pietro, o administrador público deve atender às leis e aos princípios que nor-
teiam a atividade pública.
Regras
Normas
Princípios
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Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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ATENÇÃO
A principal diferença entre a legalidade administrativa e a aplicada ao particular é que
o administrador público só pode fazer o que a lei autoriza, enquanto o particular pode fazer
tudo o que lei não proíbe.
Deslegalização ou delegificação
Rebaixa determinado assunto para ser tratado por um simples ato administrativo.
Costuma acontecer nas agências reguladoras que possuem o chamado poder normativo
técnico. As agências vão disciplinar as suas matérias través de atos administrativos.
Ex.: a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estabelece que entre uma poltrona e
outra deve haver, no mínimo, 50 centímetros. Essa é uma caraterística técnica que pode ser
disciplinada por simples atos administrativos.
• Em resumo: o tema será disciplinado por ato administrativo.
15m
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A deslegalização é um fenômeno que o Legis-
lativo rebaixa hierarquicamente determinada matéria (que antes era tratada por lei) para
que ela possa vir a ser tratada por regulamento.
O fenômeno da deslegalização, também chamada de delegificação, significa a retirada,
pelo próprio legislador, de certas matérias do domínio da lei, passando-as para o domínio de
regulamentos de hierarquia inferior.
COMENTÁRIO
•O regulamento é o ato administrativo.
• A matéria que era disciplinada por lei agora será tratada por ato normativo, inferior à lei.
Para que isso ocorra, deve haver a permissão legal, no caso das agências regulado-
ras, a própria lei que as cria já permite esse processo.
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Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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Princípio da impessoalidade
• A ação do administrador deve atender ao interesse púbico.
– A doutrina trata em dois aspectos a atividade impessoal do administrador público: a
ação pública deve atender ao interesse público e não pode ser utilizada para promo-
ção pessoal.
Ex.: um secretário de obras de determinado município recebe verba para realizar o asfalto
de alguma estrada. Nesse município há duas estradas: uma estrada importante, que liga o
município a outro município e na qual há trânsito intenso de pessoas, e uma outra, que leva
à fazenda do prefeito. O secretário, então, determina que o asfalto seja realizado na estrada
que liga à fazenda do prefeito. Nesse momento, o ato foi praticado para atender a um inte-
resse específico, e não ao interesse público.
– A Administração pode praticar um ato para atender a interesse pessoal, desde que
este não prejudique o interesse da coletividade, um exemplo disso é a emissão de
CNH, alvará para construção civil etc.
20m
Art. 37, § 1º, CF – “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo cons-
tar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos”.
• Não podem ocorrer favoritismos nem perseguições. A impessoalidade tem ligação íntima
com o princípio da Igualdade e da Isonomia. Quando a Administração realiza concurso
público ou licitação pública, ela está respeitando o princípio da impessoalidade.
• Todas as vezes que o administrador fere algum princípio, automaticamente ele estará
ferindo, também, o princípio da legalidade. Em uma questão de prova, deve-se obser-
var o princípio que mais faz referência ao texto constante em prova.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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b. Teoria do órgão;
– a ação do agente é de responsabilidade do órgão em que ele trabalha, e a ação do
órgão é de responsabilidade da entidade política. Por isso, a ação do agente público
não é realizada em seu próprio nome, mas em nome do órgão em que ele realizou
as atribuições.
d. Impedimento e suspeição;
– Pode ser que o agente público seja impedido de atuar em um processo. Não pode
atuar em processos que envolvam, por exemplo, os pais.
– A suspeição tem como base a amizade ou inimizade com a parte do processo.
– O impedimento deve, obrigatoriamente, ser declarado no processo, o servidor deve
se manifestar.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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DIRETO DO CONCURSO
2. (QUADRIX/IDURB/TÉCNICO/2020) A atuação administrativa deve ser pautada pela indis-
ponibilidade do interesse público. A fim de balizar essa atividade, existem os princípios
orientadores das normas de conduta do Estado. Acerca dos princípios de direito adminis-
trativo, julgue o item.
Um servidor público que deixe de realizar atividades de sua competência para prejudicar
um desafeto afronta o princípio da impessoalidade, que se traduz na ideia de que a atuação
estatal deve se pautar pela busca dos interesses coletivos.
COMENTÁRIO
O agente não pode agir de forma pessoal para prejudicar um desafeto ou beneficiar um
amigo.
GABARITO
1. C
2. C
�E
ste material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso. A presente degravação tem como objetivo
auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomenda-
mos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Princípios da Administração Pública – Moralidade
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Princípio da moralidade
• A moralidade está relacionada à ética, honestidade, probidade, boa-fé. Essas são as
características que o agente público deve possuir.
• Moralidade administrativa: é a moralidade objetiva prevista em lei.
• Moralidade comum: representa o que cada indivíduo pensa. Por ser subjetiva, não é
estudada no Direito Administrativo.
• O princípio da moralidade está expresso na Constituição e na Lei n. 9.784/1999, e trata
a moralidade em seu art. 2º, IV, descrevendo que o administrador tem de ter uma “atu-
ação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”.
O Decreto n. 1.171/1994, que representa o Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal, estabelece que: (...)
I – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre
o honesto e o desonesto, consoante às regras contidas no art. 37, caput, e §4º, da
Constituição Federal.
• Às vezes, a ação praticada pelo agente é legal, mas é imoral. Ex.: suponha-se que a
Assembleia Legislativa de determinado estado tenha realizado uma licitação pública
para contratar veículos para o transporte de deputados. Os carros contratados eram
importados e custaram cerca de trezentos mil reais cada um. Diante dessa situação,
a Assembleia poderia contratar os veículos? Sim, o processo foi realizado através de
licitação, respeitando os trâmites legais. No entanto, não há justificativa para que os
veículos sejam importados e no valor exorbitante de trezentos mil reais. A atividade
praticada pela Assembleia foi legal, mas imoral.
• Qualquer indivíduo poderá propor ação popular para anular uma atividade imoral.
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Princípios da Administração Pública – Moralidade
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Ex.: deputado A, sabendo que não pode nomear o filho, pede ao deputado B que o
nomeie e, em troca, também nomeia algum parente do deputado B.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Princípios da Administração Pública – Moralidade
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DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO DEGURO SOCIAL/2016) Na análise da moralidade adminis-
trativa, pressuposto de validade de todo ato da administração pública, é imprescindível
avaliar a intenção do agente.
COMENTÁRIO
A “intenção do agente” representa a moralidade comum. Conforme visto, o que deve ser
avaliado é a moralidade administrativa e não a intenção do agente público.
O único princípio que também deve ser observado pelo particular é justamente o prin-
•
cípio da moralidade.
Ex.: determinado cidadão pretende obter um alvará para montar um comércio em sua
casa, no entanto, como o bairro é residencial, a lei prevê que deve ser necessária a autori-
zação dos vizinhos para que seja instalado o comércio. O cidadão, então, decide ele próprio
assinar a lista com os nomes dos moradores autorizando a abertura do comércio. Esse cida-
dão, ao agir dessa forma, está sendo imoral.
15m
DIRETO DO CONCURSO
2. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS/2019)
Prefeito de determinado município do Estado da Bahia nomeou sua esposa, médica de
notório conhecimento e atuação exemplar, para exercer o cargo de Secretária Municipal
de Saúde. No caso em tela, com as informações apresentadas acima, a princípio, de
acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
a. não é possível afirmar que houve flagrante violação ao princípio da impessoalidade
pela prática de nepotismo, pois o cargo de secretário municipal possui natureza política.
b. não é lícito o ato administrativo de nomeação, pois houve flagrante violação ao princí-
pio da moralidade pela prática de nepotismo.
c. é possível afirmar que houve flagrante ato de improbidade administrativa, por violação
aos princípios da eficiência e legalidade.
d. é possível afirmar que houve flagrante crime eleitoral pela prática de ato expressamen-
te proibido pelo texto constitucional que viola a impessoalidade.
e. é possível afirmar que houve flagrante falta disciplinar pela prática de ato punível com
a sanção funcional de afastamento cautelar da função pública.
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Princípios da Administração Pública – Moralidade
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COMENTÁRIO
Conforme visto, é permitida a nomeação de parentes para os cargos políticos, desde que
o nomeado atenda aos requisitos técnicos.
COMENTÁRIO
Se o indivíduo é concursado, ele pode ocupar um cargo em comissão, desde que a
nomeação não seja feita pelo juiz ou pela autoridade a qual ela ficará subordinada. O juiz,
portanto, não poderia nomear a própria esposa, mesmo esta sendo servidora efetiva concur-
sada, para ocupar cargo em comissão.
Outro magistrado poderia nomeá-la, desde que não caracterizasse o nepotismo cruzado.
GABARITO
1. E
2. a
3. E
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mos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Princípios da Administração Pública – Publicidade e Eficiência
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Princípio da publicidade
• O princípio da publicidade exige transparência da Administração Pública em suas
ações. Ex.: quando a Administração realizar um contrato administrativo, obrigatoria-
mente deverá ser disponibilizado o extrato do contrato para que seja possível o con-
trole popular.
• Publicidade é diferente de publicação. Nem toda informação precisa ser publicada na
imprensa oficial.
Esse princípio, portanto, informa que a atividade da Administração deve ser transparente,
mas há exceções, como as atividades da defesa nacional, segurança pública, intimidade da
pessoa, investigação policial, processo em segredo de justiça.
• Lei Federal n. 12.527/11: lei de acesso à informação.
Quando a Administração realizar uma ação que interessa a toda a sociedade, ela deverá
imediatamente publicar em seu site oficial, independentemente de qualquer solicitação.
Art. 5, XXXIII, CF – Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interes-
se particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade
e do Estado.
5m Art. 5, LX, CF – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/TCE-PA/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/2016) O princípio da publicidade
viabiliza o controle social da conduta dos agentes administrativos.
COMENTÁRIO
Quando a Administração dá publicidade às suas ações, pode ser que algum particular per-
ceba alguma ilegalidade e venha solicitar algum controle, como a ação popular, por exemplo.
Hoje a Administração deve divulgar, inclusive, a remuneração de seus servidores, a fim
de viabilizar o controle social.
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Princípios da Administração Pública – Publicidade e Eficiência
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COMENTÁRIO
A Administração deve divulgar a relação de nomes e a respectiva remuneração de seus
servidores e vantagens pecuniárias.
COMENTÁRIO
Pode ocorrer a não publicidade de uma atividade relacionada à segurança nacional e de
relevante interesse coletivo.
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Princípios da Administração Pública – Publicidade e Eficiência
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COMENTÁRIO
O administrador público não pode, de maneira alguma, realizar qualquer tipo de promo-
ção pessoal às custas da publicidade da Administração Pública, pois isso fere o princípio da
impessoalidade.
Princípio da eficiência
• Deve
estar associado a “bons resultados”, que satisfaçam à coletividade.
• É o mais novo dos princípios expressos no caput, da Constituição Federal. O principio
da eficiência foi expresso na Constituição, em 1998, por emenda constitucional.
É comum as bancas afirmarem que, antes de ser positivado, o princípio da eficiência
não precisava ser atendido. Essa afirmação é incorreta, a eficiência era um princípio não
expresso, implícito no texto constitucional.
• “O
princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado
em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desem-
penho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação
ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o
mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”
(Di Pietro).
– Di Pietro vê dois aspectos no princípio da eficiência:
- Eficiência do agente público: modo de atuação.
- Eficiência da administração: modo de organização do funcionamento da administração
pública que deve ser célere. d o ag ente p ú b lico
Eficiência
da A dm P ub
• Hely Lopes Meirelles (2003:102) fala na eficiência como um dos deveres da Administra-
ção Pública, definindo-o como “o que se impõe a todo agente público de realizar suas
atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. Exige resultados positivos
para o serviço publico e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e
de seus membros”.
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Princípios da Administração Pública – Publicidade e Eficiência
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Art. 41 CF (...) § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela
Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
15m
Mesmo após o servidor adquirir estabilidade, ele será avaliado de maneira periódica, a
fim de verificar a sua eficiência. Para isso, será necessário lei complementar que explique
como funcionará, na prática, a avaliação.
• Eficácia
– Eficácia é diferente de eficiência.
- Eficácia: objetivos desejados por determinada ação do Estado, significa a meta.
Resultado não avalia os meios.
Ex.: dois gestores receberam verba pública para a construção de uma escola. O gestor
A construiu a escola com 450 mil reais, já o gestor B construiu escola idêntica com 500 mil
reais. Na situação apresentada, o gestor A foi mais eficiente que o gestor B. No prazo esti-
pulado, porém, o gestor construiu apenas uma escola, enquanto que o gestor B construiu
duas escolas. Agora, o gestor B foi mais eficaz, pois conseguiu cumprir a meta, não ava-
liando os meios.
Art. 74, CF. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de: (...)
IV – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
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Princípios da Administração Pública – Publicidade e Eficiência
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DIRETO DO CONCURSO
5. (QUADRIX/COREN-AC/ADMINISTRAÇÃO/2019) Em relação aos princípios da Adminis-
tração Pública, julgue o item. O dever de transparência na atuação da Administração
Pública relaciona-se diretamente ao princípio da eficácia.
COMENTÁRIO
O princípio da eficácia não tem relação com o princípio da transparência, mas, sim, com
o princípio da publicidade.
20m
COMENTÁRIO
A expressão tem relação com princípio da moralidade administrativa.
COMENTÁRIO
O tratamento isonômico, sem qualquer discriminação, tem relação com o princípio da
impessoalidade.
ANOTAÇÕES
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Princípios da Administração Pública – Publicidade e Eficiência
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COMENTÁRIO
a) Resultados positivos têm relação com o princípio da eficiência.
b) A qualificação de agentes públicos está relacionada ao princípio do interesse público
e da eficiência.
c) Há relação com o princípio da impessoalidade.
d) Há relação com o princípio da publicidade.
e) Está relacionada ao princípio da legalidade.
25m
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Princípios da Administração Pública – Publicidade e Eficiência
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COMENTÁRIO
A lei em questão atentou contra o princípio da impessoalidade e pode ser considerada
inconstitucional.
COMENTÁRIO
O agente deve agir com presteza, perfeição e rendimento funcional, respeitando o prin-
cípio da eficiência.
GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. C
5. E
6. c
7. E
8. e
9. d
10. e
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Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.
Como podem ver, há alguns princípios que, de fato, não estão no texto constitucional,
mas estão positivados em outras normas, outras leis.
Toda lei que se preza, na verdade, tem os princípios que orientam o administrador público
em suas condutas. Há mais leis; vejam a Lei n. 8.429/1992, a famosa Lei de Improbidade
Administrativa:
Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos
assuntos que lhe são afetos.
Obs.: a Lei de Improbidade apenas repete aqueles princípios que estão no art. 37.
A lei que estabelece as regras para os serviços públicos, concessão e permissão para
serviços públicos também traz alguns princípios específicos para o particular prestar serviço
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Princípios da Administração Pública - Princípios Não Expressos na Constituição
público, como, por exemplo, o princípio da modicidade, segundo o qual as tarifas devem
ser módicas, o preço praticado deve ser razoável; princípio da atualidade, segundo o qual o
serviço público deve ser atual, o prestador deve utilizar técnicas modernas na realização do
serviço; e princípio da cortesia.
Como podem ver, há princípios demais e nosso objetivo é trabalhar aqueles que são
cobrados em prova de concurso. Por exemplo, na aula de concessão de serviço público trato,
de maneira específica, dos princípios daquela matéria; na aula de licitação pública também
trato dos princípios específicos do procedimento licitatório. Nosso objetivo, no entanto, é tra-
balhar os princípios gerais aplicados no Direito que são mais cobrados, aqueles princípios
mais genéricos. Vejam a Lei n. 8.987/1995, que estabelece as regras para a prestação do
serviço público:
Art. 6º, § 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, efici-
ência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
DIRETO DO CONCURSO
1. (QUADRIX/CRN-2ª REGIÃO-RS/2020) A respeito das noções de cidadania, de relações
públicas, de comunicação e das noções de administração geral e pública, julgue o item.
Os princípios da Administração Pública podem ser classificados em expressos e implíci-
tos e estes últimos estão previstos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988. .
5m
COMENTÁRIO
Os princípios implícitos estão previstos na Constituição? É lógico que não. Os princípios
expressos, sim, estão previstos no texto constitucional.
ANOTAÇÕES
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O PULO DO GATO
Podemos afirmar que todo princípio que está expresso consta no art. 37 da Constitui-
ção? Não, pois existem sim princípios expressos em outras leis, como nós trabalhamos aqui.
Então, em provas, é preciso avaliar, interpretar a questão.
Vamos falar agora do famoso regime jurídico administrativo, tema que já até falamos na
primeira aula de Direito Administrativo. Para que serve o regime jurídico administrativo? Qual
é seu objetivo?
• Coloca a administração pública em posição privilegiada nas relações jurídico-admi-
nistrativas.
Obs.: lembrando que, dentro dessa supremacia, nós temos o interesse primário, que é
justamente o interesse da coletividade, que representa o objetivo da administração.
ANOTAÇÕES
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administração tem que praticar a atividade para proteger, para praticar atos que atenderão
toda a sociedade; esse é o famoso interesse primário.
Mas há também o interesse secundário, que ocorre quando a administração pública está
protegendo seus bens, seu próprio interesse. Vamos imaginar uma demanda judicial, a admi-
nistração em uma lide para disputar quem ficará com determinado terreno; se aquela é uma
área pública ou particular. Nesse momento, a administração está defendendo seu próprio
interesse – esse é o que chamamos de interesse secundário.
Porém, nem só de supremacia vive o nosso regime jurídico-administrativo.
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Princípios da Administração Pública - Princípios Não Expressos na Constituição
COMENTÁRIO
Já falamos sobre o princípio da indisponibilidade do interesse público. Os bens não são
do administrador, e sim de toda a coletividade. O interesse não é do administrador público; é
da coletividade.
O enunciado traz dois aspectos: os bens não estão a livre disposição e o administrador,
quando for contratar, primeiramente precisa fazer uma licitação pública, pois essa contrata-
ção é de interesse de toda a administração pública. .
Esse texto faz referência ao princípio da indisponibilidade dos bens e dos interes-
15m
ses públicos.
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Princípios da Administração Pública - Princípios Não Expressos na Constituição
a. I.
b. I e II.
c. I e III.
d. I, II e III.
COMENTÁRIO
I – A administração pública está acima do particular.
II – Há a supremacia do interesse público, a relação é vertical.
III – Já vimos isso. No art. 37 está apenas o famoso LIMPE.
COMENTÁRIO
Quando falamos em princípio da legalidade, é lógico, é um princípio que está previsto no
texto constitucional, no art. 37. Princípio da supremacia é justamente aquele utilizado pela
administração pública para regulamentar a vida em sociedade.
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Princípios da Administração Pública - Princípios Não Expressos na Constituição
COMENTÁRIO
Por exemplo, há uma fazenda e por ela terão que passar alguns cabos para levar energia
para a cidade, e pode muito bem serem construídas algumas torres. Então, o interesse da
coletividade irá, obviamente, será utilizado em detrimento do interesse individual. É sempre
assim. O interessa da coletividade prevalece em relação ao interesse individual.
É o que acontece também na desapropriação, por exemplo, quando um sujeito tem um
imóvel e este será utilizado para ser construído um posto de saúde. Então, o interesse da
coletividade irá se sobrepor ao interesse do particular de ter essa propriedade.
COMENTÁRIO
Essa questão está errada pois, por vezes, a administração pública irá atender aos inte-
resses próprios, pessoais. Por exemplo, você tira a carteira de habilitação, e essa atividade
feita pela administração interessa a você, ao particular. Desde que o interesse privado não
prejudique o interesse público, a administração praticará atos a todo momento.
Um alvará de construção para construir sua cada é uma atividade que atende ao inte-
resse daquele proprietário, daquela pessoa, mas esse interesse privado não se contrapõe ao
interesse público. .
Em razão do princípio do interesse público, é possível que o poder público atenda aos
20m
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Princípios da Administração Pública - Princípios Não Expressos na Constituição
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
O que significa o princípio da autotutela? Tutela nada mais é do que controle. Então, aqui,
a administração pública pode se autocontrolar, anulando seus atos quando ilegais e revo-
gando quando inconvenientes ou inoportunos.
Esse princípio nasceu da Súmula 473 do STF, que é, por vezes, cobrada em provas,
questionando-se está certa ou errada. Isso acontece bastante.
Súmula n. 473 do STF. A Administração pode anular seus próprios atos quando eiva-
dos de vício que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitando os direitos adquiridos, e ressalvada,
em todos os casos, a apreciação judicial.
Obs.: a primeira parte da súmula fala de anulação de ato administrativo, e a segunda parte
fala da revogação. O Poder Judiciário pode, obviamente, rever a legalidade de todo
e qualquer ato administrativo.
ATENÇÃO
Lembre-se, em sua prova, que o Poder Judiciário não faz controle de mérito em ato prati-
cado por outro poder. Controle de mérito representa a revogação do ato administrativo; seria
uma interferência muito grande de um poder em relação ao outro.
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CONTROLE
MÉRITO LEGALIDADE
Revogação Anulação
Administração Administração (autotutela)/Poder Judiciário
COMENTÁRIO
Se o ato for ilegal, ele deve ser anulado. O interesse público pode gerar a revogação do
ato administrativo. Lembrando que, na revogação, o ato é válido, lícito e legal, mas se tornou
inoportuno ou inconveniente. Vamos dar um exemplo que aconteceu em Brasília: havia um
aparelho de fiscalização em uma avenida que estava desregulado. Todos os carros que pas-
savam por lá estavam sendo multados, independentemente da velocidade, por causa de um
erro na programação desse aparelho. Nessa época, foram editadas 8 mil multas em um curto
período de tempo. O carro passava lá e já era multado. Depois, com tantas reclamações,
a administração pública viu que errou, que aquelas multas eram ilegais, e o próprio Detran
anulou as multas. Então, aconteceu um autocontrole. O ato foi considerado ilegal e a própria
Administração pode anular.
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Princípios da Administração Pública - Princípios Não Expressos na Constituição
COMENTÁRIO
Já percebemos sinais de nepotismo ao nomear o irmão para cargo público, ainda mais
em função de confiança. Isso gera prática de nepotismo, proibida pela Súmula Vinculante n.
13. E a autotutela significa o quê? O autocontrole. Quando o Poder Judiciário avalia o ato,
isso representa autocontrole? Não. É uma forma de controle externo. É o Poder Judiciário
controlando as atividades do Poder Executivo. Esse controle não decorre da autotutela. Se
fosse a própria administração, a própria Polícia Federal anulando aquele ato, tudo bem, aí
seria autotutela. Mas, nesse caso, houve a intervenção do Poder Judiciário para anular, dei-
xando de ser autotutela.
à conveniência e à oportunidade.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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COMENTÁRIO
a. Os aspectos de mérito, conveniência e oportunidade, geram a revogação do ato. A
administração pública pode rever esses atos.
b. A possibilidade de a administração fazer uma revisão e dessa revisão pode gerar a
anulação ou a revogação do ato, dependendo das circunstâncias.
c. Quando a administração percebe que errou, ela mesma pode anular o ato. Ou então,
mesmo se a própria administração perceber que o ato se tornou inconveniente ou
inoportuno, pode revogá-lo.
d. Negativo.
e. Nesse caso, não é autoexecutoriedade, e sim autotutela, que é justamente o au-
tocontrole.
COMENTÁRIO
Foi praticada uma portaria, que é um ato administrativo, e na semana seguinte foi revo-
gada. Qual foi o princípio utilizado pelo administrador público? O princípio da autotutela.
ANOTAÇÕES
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Princípios da Administração Pública - Princípios Não Expressos na Constituição
COMENTÁRIO
A Administração age de ofício. O órgão percebe que errou e anula o ato praticado.
Finalizamos mais uma aula, e na próxima vamos continuar a trabalhar tudo que é impor-
tante, tudo que pode ser cobrado em sua prova.
GABARITO
1. E
2. a
3. a
4. C
5. C
6. E
7. C
8. E
9. b
10. c
11. C
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ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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Princípios da Adm. Pública Não Expressos II
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Quando um administrador pratica um ato, em regra, deve motivar, explicar por escrito o
porquê de sua prática. Ex.: em uma fiscalização, um estabelecimento é interditado. O fiscal
não pode apenas interditar, precisando explicar o motivo da interdição (como falta de alvará,
venda de produtos piratas).
A motivação é importante a nível de ter status de princípio (princípio da motivação dos
atos administrativos). Quando um policial aplica uma multa de trânsito, por exemplo, anota a
placa do carro, onde o mesmo está estacionado, a hora da notificação, ou seja, motivando o
ato administrativo.
Princípio da motivação
Os atos devem ser motivados. A não motivação é a exceção. Ex.: nomeação e exonera-
ção de servidor em cargo em comissão. Esse ato não precisa ser motivado – a autoridade
nomeia e não precisa explicar o porquê de ter escolhido a pessoa, da mesma forma que não
precisa explicar o motivo da exoneração. O princípio da motivação representa a justificativa
por escrito do por que da prática do ato. O objetivo é que se o particular um dia for contes-
tar se apoiará justamente na motivação expressa. Se o fato não tiver ocorrido, o ato deve
ser anulado.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/TCU/AUDITOR FEDERAL DO CONTROLE EXTERNO/2015) A exoneração dos
ocupantes de cargos em comissão deve ser motivada, respeitando-se o contraditório e a
ampla defesa.
COMENTÁRIO
Quando a administração for anular, revogar, convalidar um ato administrativo ou retirar
direito de alguém, sempre precisa que explicar o porquê. A não motivação é a exceção, e
engloba a nomeação e a exoneração de servidor em cargo de comissão.
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Princípios da Adm. Pública Não Expressos II
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Princípio da razoabilidade
Para Celso Antônio Bandeira de Mello a Administração, ao atuar no exercício de des-
crição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com
o senso normal de pessoas equilibradas. A conduta desarrazoada não é apenas inconve-
niente, mas também ilegítima (inválida).
Quando se fala em razoabilidade, é preciso lembrar-se de bom senso. A razoabilidade é o
5m
que se espera do homem médio. Quando o administrado age, precisa de atitude equilibrada,
agir com bom senso, ser razoável, ponderado.
A razoabilidade tem relação com bom senso, com uma atividade ponderada, enquanto
a proporcionalidade tem relação com a proibição de excessos pela administração pública. A
medida aplicada pela administração não pode ser superior à estritamente necessária, senão
o ato será desproporcional. O Poder Judiciário pode realizar controle no ato administrativo e,
posteriormente realizar sua anulação se o ato for desarrazoado ou desproporcional.
Princípio da proporcionalidade
Art. 2º, VI, Lei n. 9.784/1999: “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público”. O administrador não pode utilizar de força maior que a estritamente necessária.
A edição do ato deve ser proporcional ao dano ou ao perigo. Os meios utilizados devem
ser proporcionais ao fim visado: “princípio da proibição de excessos”.
A proporcionalidade é um aspecto da razoabilidade e representa adequação entre meios
e fins, sendo uma medida justa diante da situação concreta. Ex.: um supermercado tem
milhares de itens e a fiscalização encontra 10 itens vencidos e por isso, interdita o estabele-
cimento. Essa medida é proporcional à gravidade do fato? Se a ilegalidade for leve, a força
utilizada pela administração deve ser leve, e a mesma adequação se for grave. Não há como
o administrador ser proporcional se ele não for razoável.
Súmula Vinculante n. 11 teve como justificativa do STF o princípio da proporcionalidade.
10m
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DIRETO DO CONCURSO
2. (FCC/SANASA/ANALISTA-SERVIÇOS JURÍDICOS/2019) No que concerne aos princí-
pios constitucionais, explícitos e implícitos na Constituição Federal de 1988, aplicáveis à
Administração pública, tem-se
COMENTÁRIO
Não há qualquer hierarquia na prevalência de um princípio em relação ao outro.
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Ato normativo representa lei em sentido amplo (a lei em sentido estrito é a editada pelo
Legislativo). São atos normativos decreto, resolução, regimento interno, deliberação.
O princípio da eficiência é aplicado em toda a administração pública e se relaciona com
os demais princípios.
O princípio da legalidade não pode ser afastado para se usar o princípio da razoabilidade.
Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.
DIRETO DO CONCURSO
3. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) O princípio da proporcionalidade, que deter-
mina a adequação entre os meios e os fins, deve ser obrigatoriamente observado no pro-
cesso administrativo, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
COMENTÁRIO
O princípio da proporcionalidade é expresso na Lei n. 9.784/99 (Lei do Processo Admi-
nistrativo).
DIRETO DO CONCURSO
4. (FCC/DPE-SP/ADMINISTRADOR/2015) Considere a seguinte situação hipotética. Em
uma manifestação popular pacífica, centenas de policiais militares dispararam bombas
de gás e balas de borracha por horas ininterruptas contra os manifestantes que reivindi-
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cavam direitos trabalhistas ao governo. Por considerar exagerada a reação dos policiais,
que deixou centenas de feridos, o Ministério Público sustenta que os agentes públicos
responsáveis pela operação violaram princípios da Administração pública, em especial o
princípio da
a. especialidade, uma vez que o excesso de violência dos policiais anula os objetivos de
sua função, de garantir a ordem.
b. segurança jurídica, porque a ação dos policiais colocou em risco a vida dos manifes-
tantes, afetando a ordem social.
c. proporcionabilidade, pois os policiais utilizaram medidas de intensidade superior à es-
tritamente necessária à situação.
d. impessoalidade, já que os policiais promoveram tratamento diferenciado, atingindo so-
mente parte dos manifestantes.
e. eficiência, em razão dos resultados da repressão policial acarretarem ônus financeiros
para a Administração pública.
COMENTÁRIO
Na questão, a ação policial não foi proporcional ao dano. Se a ilegalidade praticada for
leve, a ação deve ser leve. Se é grave, a ação deve ser severa.
a. se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser considerado aceitável, e sua inobser-
vância resulta em vício do ato administrativo.
b. incide apenas sobre a função administrativa do Estado.
c. é autônomo em relação aos princípios da legalidade e da finalidade.
d. comporta significado unívoco, a despeito de sua amplitude, sendo sua observação pelo
administrador algo simples.
e. pode servir de fundamento para a atuação do Poder Judiciário quanto ao mérito admi-
nistrativo.
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COMENTÁRIO
O princípio da razoabilidade orienta toda a atividade, inclusive na elaboração das leis.
A razoabilidade deve atender ao interesse público e ao princípio da legalidade.
Mérito gera revogação do ato, controle de legalidade gera anulação do ato.
25m
GABARITO
1. E
2. e
3. C
4. c
5. a
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ste material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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O serviço público não pode parar e deve sempre atender ao interesse público. Excepcio-
nalmente, pode ocorrer sua interrupção, como segurança das instalações, melhoria (casos
de bairros que têm interrompidos os fornecimentos de água ou energia, por exemplo, para
reparos e melhorias). A interrupção também pode ocorrer por inadimplemento do particular. O
princípio da continuidade dos serviços públicos fundamenta a proibição de algumas catego-
rias entrarem em greve (como a segurança pública). A greve nesses casos só poderia ocorrer
se quem deu causa à mesma foi o Estado, por conta de negligência ou ilegalidade por ele
praticada. Quando a administração pública aplica a caducidade de um serviço público, pode
assumi-lo. A caducidade ocorre quando o particular não está prestando o serviço de maneira
correta (ex.: uma empresa que deveria prestar serviço de transporte público, mas não o exe-
cuta – a lei autoriza que a administração pública venha a prestar o serviço, podendo inclusive
realizar uma ocupação temporária).
O princípio da continuidade gera obrigação para a administração pública de prestar o ser-
viço para a comunidade de maneira correta.
Esse princípio é positivado, expresso em lei (que regulamenta concessão de serviços
públicos – Lei n. 8.987/1995).
Art. 6º
§ 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emer-
gência ou após prévio aviso, quando:
Obs.: se um raio atinge um transformador de energia que distribui energia para um bairro, o
serviço público será interrompido no bairro inteiro até que possa ser reestabelecido.
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Obs.: isso para proteger o particular: o banco pode não estar aberto para realização do
pagamento, por exemplo.
10m
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(iii) impossibilidade, para quem contratada com a Administração, de invocar a cláusula da exceção
do contrato não cumprido (também não é uma vedação absoluta: em um contrato administrativo,
quando a administração atrasa os pagamentos por até 90 dias, o contratado deve continuar pres-
tando o serviço público. Só após 90 dias o contratado pode recorrer ao Judiciário e pedir a sus-
pensão do fornecimento da atividade. Ex.: uma empresa entrega merenda para as escolas e todo
dia 10 a administração realiza o pagamento. Se a administração não o realiza, o fornecedor deve
continuar o sérvio por 90 dias. Só após pode pedir ao Judiciário a suspensão do fornecimento da
atividade);
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A doutrina majoritária sustenta que o princípio da segurança jurídica pode ser dividido em
dois aspectos:
a. objetivo: garantia da estabilidade das relações jurídicas (objetivo porque está escri-
to na lei);
b. subjetivo: proteção à confiança do administrado (para alguns, o princípio da proteção à
confiança é um subprincípio do princípio da segurança jurídica), que deposita sua con-
fiança nos atos praticados pelo Poder Público. Pelo princípio da proteção à confiança
o administrado deposita sua confiança nos atos praticados pela administração. Dessa
forma, cria a expectativa de que serão respeitados pela própria Administração Pública.
Art. 5º, XXXVI, CF: a lei não prejudicará o direito, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada (a lei não
pode alterar uma sentença que já foi dada pelo Judiciário). Quando a administração muda seu
posicionamento, os efeitos são ex nunc (dali em diante, não pode retroagir).
20m
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO/2017) De acordo com o art. 54 da Lei n.º 9.784/1999,
o direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé. Trata-se de hipótese em que o legislador, em detri-
mento da legalidade, prestigiou outros valores. Tais valores têm por fundamento o princí-
pio administrativo da
a. presunção de legitimidade.
b. autotutela.
c. segurança jurídica.
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COMENTÁRIO
O ato é praticado e traz algum efeito favorável para o particular. Se tiver algum vício, a
administração tem 5 anos para fazer a anulação (salvo se o particular estiver de má-fé). Após
esse período, ocorre a convalidação tácita.
Ex.: um servidor aposenta, o ato já foi homologado pelo Tribunal de Contas, ele já rece-
beu a primeira parcela de seus proventos, e 3 anos depois, a administração descobre um
erro no processo de aposentadoria (o servidor ainda não tinha o tempo de contribuição exi-
gido pela Constituição). O ato nesse caso pode ser anulado. Se a administração descobre o
fato após 10 anos, não pode anular.
25m
Convalidação tácita: o ato se aperfeiçoa, não é possível alterá-lo mais.
Presunção de legitimidade: presume-se que os atos editados pela administração
são legais.
Princípio da autotutela: autocontrole.
Em relação aos princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.
DIRETO DO CONCURSO
2. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Em decorrência do princípio da segurança
jurídica, é proibido que nova interpretação de norma administrativa tenha efeitos retroati-
vos, exceto quando isso se der para atender o interesse público.
COMENTÁRIO
Mesmo se for para atender interesse público, uma nova interpretação não pode retroagir.
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procurou conjugar os aspectos de tempo e boa-fé, sendo certo que teve o objetivo funda-
mental de estabilizar as relações jurídicas pelo fenômeno da convalidação de atos admi-
nistrativos inquinados de vício de legalidade. Nesse contexto, de acordo com a doutrina
de Direito Administrativo, a citada norma aborda especificamente os seguintes princípios
reconhecidos da Administração Pública:
COMENTÁRIO
O ato pode ter vício em qualquer de seus elementos, se passar 5 anos, não é possível
alterá-lo mais, ele passa a ser válido.
Em relação aos princípios informativos da Administração Pública e aos atos administra-
tivos, julgue o item.
COMENTÁRIO
A nova interpretação jamais pode retroagir. Se beneficiar o particular, o particular no caso
utiliza a nova interpretação para ampliar seu direito, não é que a nova interpretação retroage.
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COMENTÁRIO
A administração pública tem relação vertical, mas precisa atender e respeitar os direitos
individuais.
GABARITO
1. c
2. E
3. b
4. E
5. d
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ste material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Art. 5º, LV, CF – “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral
são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.”.
Art. 5º, LIV, CF – “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal.”. Para o devido processo legal existir, deve haver o contraditório (a parte contrária deve
ser ouvida) e a ampla defesa (o interessado pode utilizar todos os meios legais para se defender,
podendo solicitar perícias, peticionar provas, oitiva de testemunhas). O particular pode não aceitar
alguma prova, mas precisa motivar o porquê.
5m
Art. 2º, X, Lei n. 9.784/1999 – garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações
finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar
sanções e nas situações de litígio.
Súmula Vinculante n. 5 – A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disci-
plinar não ofende a Constituição (essa regra vale para qualquer processo administrativo, salvo se
a lei exigir presença de advogado).
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dispôs então que o prazo para fazer o registro seria de 5 anos. Se esse tempo fosse ultrapassado,
o particular poderia usar o contraditório e a ampla defesa).
10m
DIRETO DO CONCURSO
1. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE BETIM – MG/AUDITOR/2020) Acerca do princípio
administrativo da autotutela, assinale a alternativa correta.
a. Esse princípio permite à Administração Pública a revisão de seus atos, seja por vícios
de ilegalidade (invalidação), seja por motivos de conveniência e oportunidade (re-
vogação).
b. A autotutela repele e abomina favoritismos e restrições indevidas, exigindo tratamen-
15m
to equânime e marcado pela neutralidade, proibindo que o agente público utilize seu
cargo para a satisfação de interesses pessoais.
c. Esse princípio exige que a ação da administração seja ética e respeite os valores
jurídicos e morais.
d. A autotutela exige que a atuação do Poder Público seja transparente, com informa-
ções acessíveis à sociedade.
e. Segundo tal princípio, os atos administrativos se revestem de uma presunção relativa
de que são praticados legitimamente, de acordo com as normas jurídicas.
COMENTÁRIO
Invalidação = anulação; autotutela = autocontrole.
Ética: associar ao princípio da moralidade.
O princípio da publicidade exige a transparência da atuação do Poder Público, oferecendo
informações acessíveis à sociedade.
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COMENTÁRIO
É preciso avaliar se a atitude tomada é proporcional ao ato cometido.
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COMENTÁRIO
O princípio da autotutela dispõe que cabe à administração rever os seus erros para restaurar
a situação de regularidade.
O princípio da continuidade do serviço público demanda que os serviços públicos não
sejam interrompidos.
O princípio da precaução é mais utilizado no Direito Ambiental (a fiscalização deve ser
prévia, antes do dano).
Órgão não possui personalidade jurídica.
o STF que podem ser considerados válidos os atos praticados por agente público
ilegalmente investido.
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COMENTÁRIO
O Judiciário pode fazer controle de legalidade nos atos discricionários (o administrador
público pode ultrapassar o limite da discricionariedade que consta na lei, ou que o ato seja
discricionário, mas tenha sido desproporcional).
Princípio da reserva legal: ocorre quando a Constituição exige lei para regulamentar um
tema, seja ordinária ou complementar.
A interrupção no fornecimento de serviços deve atender o interesse público, não o dei-
xando desamparado de serviços essenciais.
Uma pessoa vai ao DETRAN buscar seu documento do carro. Quando atendida pelo
servidor, identificado, consegue pegar o documento. Entretanto, a administração descobre
posteriormente que o servidor que atendeu estava investido de maneira irregular (podem ser
hipóteses de suspensão e permanência no trabalho, falsificação de diploma de nível superior
para realizar o concurso e entrar no cargo). A pessoa que foi buscar o documento não sabia
de nada disso, é a intitulada “terceiro de boa-fé”, e nesse contexto o documento é válido, pois
o ato é válido (há confiança nos atos praticados pela administração pública).
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COMENTÁRIO
Na concessão de aposentadoria, o prazo decadencial começa a contar do registro perante
o Tribunal de Contas.
A administração não pode retirar o direito do particular se já se passaram 5 anos.
COMENTÁRIO
O princípio da segurança jurídica é objetivo, por constar em lei; e o princípio da proteção à
confiança é subjetivo, por ser o que o particular espera da administração pública.
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COMENTÁRIO
Dentro da administração pública, o poder hierárquico apresenta algumas prerrogativas,
como ordenar, fiscalizar, anular, revogar atos. Esse princípio da hierarquia, entretanto, não
é utilizado nas funções Legislativa e Judiciária (não há hierarquia entre os poderes, eles
são independentes e anônimos).
Se o diretor de uma escola entra de férias, o vice-diretor assume a posição pelo período.
O serviço não pode parar só porque o diretor saiu de férias (princípios da eficiência e da
continuidade do serviço público).
Toda entidade da administração indireta fica ligada à órgão da administração direta (ex.:
ANVISA fica ligada ao Ministério da Saúde). Nesse contexto, não há subordinação, e sim
vinculação administrativa. O único controle admitido entre administração direta e indireta
é o finalístico (supervisão ministerial): toda entidade tem suas atribuições definidas em lei.
Se a entidade não as cumpre, o ministério supervisor pode fazer o controle ou tutela.
35m
GABARITO
1. a
2. a
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Atos Administrativos – Conceitos
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CONCEITO:
"Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública
que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modifi-
car, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria" (Hely
Lopes Meirelles)
“Ato administrativo é a “declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efei-
tos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita
a controle pelo Poder Judiciário” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro).
ATENÇÃO
Atos administrativos representam a manifestação de vontade da Administração Pública.
DIRETO DO CONCURSO
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COMENTÁRIO
A questão afirma que uma ordem verbal não pode representar ato administrativo. Porém,
conforme visto nos exemplos acima, atos administrativos podem ser verbais – como a ordem
10m
de parada de um veículo por parte de um policial – e não verbais, como placas de trânsito
e semáforos.
Atos jurídicos podem ser praticados tanto pelo particular quanto pela Administração
Pública, no entanto, o fundamento do ato administrativo reside no direito público e os atos
jurídicos praticados pelos particulares residem no direito privado.
FATOS JURÍDICOS
São todos os eventos naturais ou humanos que interessam ao direito – fatos jurídicos em
sentido amplo.
Exemplo: o nascimento de uma criança (fato natural), a venda de um imóvel (fato
humano) etc.
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Atos Administrativos – Conceitos
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São todos e quaisquer atos que o Estado pratica em sua função administrativa.
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Consequências:
a. Em relação ao sujeito administrativo que se omitiu: o agente que foi negligente tem de
ser responsabilizado por sua conduta funcional;
b. Em relação ao administrado que peticionou e não obteve resposta: pode ser que a lei
preveja algum efeito do silêncio.
Da licença-servidor
Art. 139. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor ocupante de cargo efetivo faz jus a
três meses de licença-servidor, sem prejuízo de sua remuneração, inclusive da retribuição do cargo
em comissão, função de confiança ou função gratificada escolar – FGE que eventualmente exerça.
(LEI COMPLEMENTAR N. 952, DE 16/07/2019).
§ 3º A administração tem o prazo de até 120 dias, contado da data de requerimento do pedido pelo
servidor, para definir o período de gozo da licença.
§ 4º No caso de descumprimento do prazo referido no § 3º, o início do gozo da licença inicia-se
automaticamente no centésimo vigésimo primeiro dia da data do requerimento.
No parágrafo 4º temos um exemplo da consequência do silêncio da administração, que nesse caso
gerou a concessão automática do pedido do servidor.
“Na verdade, o silêncio não é ato jurídico. Por isto, evidentemente, não pode ser ato
administrativo. Este é uma declaração jurídica. Quem se absteve de declarar, pois, silenciou,
não declarou nada e por isto não praticou ato algum”. (Celso Antônio Bandeira de Melo)
30m
O silêncio pode significar a forma de manifestação de vontade do Estado quando a lei
assim o prevê.
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Atos Administrativos – Conceitos
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O silêncio é um fato administrativo e não um ato, e pode gerar efeito positivo (como a
concessão) ou negativo (quando a lei não estabelece nada).
O silêncio só possui efeito jurídico quando a lei assim o dispuser.
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DIRETO DO CONCURSO
1. (FCC 2019/SEMEF-MANAUS/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS) Um particular apresen-
tou requerimento a determinado órgão da administração estadual. Passados 60 dias sem
que a Administração Pública tenha emitido decisão a respeito, o requerente.
a. Deve pleitear ao Judiciário provimento jurisdicional que supra a ausência de manifesta-
ção da Administração Pública.
b. Pode considerar deferido seu pedido, independentemente da natureza do ato adminis-
trativo pleiteado.
c. Pode requerer ao Poder Judiciário o suprimento da decisão administrativa em sendo
vinculada a natureza do ato administrativo pleiteado.
d. Deve considerar indeferido seu pedido, não sendo possível ao Judiciário suprir a ausên-
cia de decisão administrativa.
e. Pode requerer ao Poder Judiciário que imponha à Administração Pública o dever de pra-
ticar o ato, não sendo permitindo que decisão judicial substitua a decisão administrativa.
COMENTÁRIO
a) Se o pedido representar a prática de um ato discricionário, não adianta buscar o Poder
Judiciário, pois este não pode suprir o administrador público.
Exemplo: uma licença para tratar de assuntos particulares representa um ato discricionário da
Administração. Suponhamos que a Administração tenha o prazo de 60 dias para responder
ao servidor se a concede ou não, mas a Administração é omissa, ou seja, não responde a
solicitação. Se o servidor acionar o Judiciário solicitando a licença, este afirmará que não é
possível interceder. No entanto, se este for um ato vinculado, o próprio Judiciário poderá
suprir a Administração Pública.
b) Somente pode ser considerado pedido deferido se isso constar em lei.
c) Se o ato for vinculado o Poder Judiciário pode suprir a omissão da administração pública
e conceder o ato administrativo.
d) Se o direito for vinculado o Judiciário pode, sim, suprir.
e) A decisão judicial pode substituir a decisão administrativa se o ato for vinculado.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Elementos ou Requisitos
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COMENTÁRIO
Há, nessa situação, um ato de direito privado praticado pela Administração Pública. O ato
administrativo tem fundamento no direito público, o que faz com que os atos administrativos
sejam diferentes de atos de direito privado, praticados pela própria Administração.
COMENTÁRIO
Conforme visto, o silêncio não representa a vontade de manifestação, já que não produz ato
administrativo. Ele pode, meramente, ser considerado um fato administrativo.
COMENTÁRIO
É o que foi visto anteriormente.
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COMENTÁRIO
É o que foi visto anteriormente.
O ato administrativo deve ser composto por cinco elementos para que seja válido. São
eles: Competência, Finalidade, Forma, Motivo, Objeto. É o famoso CO FI FO MO OB.
Obs.: um órgão administrativo e seu titular poderão – se não houver impedimento legal –
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não
lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial (art. 12 da
Lei n. 9.784/1999).
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O PULO DO GATO
NOREX não podem ser delegados.
Atos NOrmativos
O
REcurso administrativos
E
EXclusiva competência de órgão ou agente público
Determinados atos são chamados normativos, pois são abstratos e genéricos. Estes não
produzem efeito jurídico imediato e atingem todas as pessoas da mesma forma: decreto,
regimento interno, resolução etc. A competência para editar os atos normativos não admite
delegação.
25m
• a delegação deve ser feita por prazo determinado;
• o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial;
• o ato de delegação poderá ser revogado a qualquer momento pelo delegante;
• a responsabilidade do ato recai ao delegado.
Exemplo: diretor de uma escola (delegante) sai de férias e o vice-diretor assume (dele-
gado). Caso o delegado venha a praticar algum ato administrativo, ele próprio responderá pelo
ato e não o delegante.
Avocação: é chamar para si a competência de um subordinado. Na avocação, obrigato-
riamente, deve haver a questão hierárquica.
Exemplo: o Ministro da Fazenda decide ir a um posto da Receita Federal realizar uma
auditoria. Chegando lá, ao encontrar uma atividade de competência do diretor a ser prati-
cada, decide ele próprio praticá-la. O que o Ministro fez? Avocou a competência de um
subordinado.
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Obs.: art. 15 da Lei n. 9.784/1999: “Será permitida, em caráter excepcional e por motivos
relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída
a órgão hierarquicamente inferior”.
GABARITO
30m
1. c
2. E
3. C
4. C
5. C
�E
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Atos Administrativos – Elementos ou Requisitos II
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VÍCIOS DE COMPETÊNCIA:
a. Usurpação de função ocorre quando uma pessoa se faz passar por agente público.
O usurpador comete crime definido no art. 328 do Código Penal. A doutrina considera o ato
praticado pelo usurpador como ato inexistente.
O ato praticado não chega ao patamar de ato administrativo, por isso é considerado ato
inexistente. Para que seja anulado, o ato deve ser administrativo.
Exemplo: considere que um cuidador de carros tenha encontrado um talão de multa e
resolveu multar carros estacionados na rua. Como esse ato praticado por um particular é con-
siderado um ato inexistente, sendo assim, não chega a ser um ato administrativo.
b. Função de fato ou Agente putativo ocorre quando a pessoa que praticou o ato está
irregularmente investida no cargo.
Ou seja, o agente tem uma relação com a Administração Pública naquele momento, mas
a sua relação está irregular. Pela teoria da aparência, os efeitos dos atos serão válidos para
o terceiro de boa-fé.
Exemplo: considere que um agente, após fraudar um concurso público, consiga ocupar um
cargo e estando nesse cargo, pratique atos administrativos na condição de servidor púbico.
No entanto, após cinco anos no cargo, a Administração descobre a irregularidade na inves-
tidura do concurso. A Administração, então, anulará a própria nomeação do servidor, mas os
atos praticados por ele, chamados de função de fato ou agente putativo, pela teoria da apa-
rência, terão os seus efeitos validados.
Exemplo: um cidadão ao buscar um documento no Detran foi atendido por um agente
público. Após um ano, porém, a Administração descobriu que aquele agente estava irregular
naquele momento. Pela teoria da aparência, o documento continuará valido, pois o sujeito é
considerado terceiro de boa-fé.
5m
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Atos Administrativos – Elementos ou Requisitos II
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Exemplo: um regimento determina que um chefe imediato possa aplicar uma suspensão
de até 30 dias, mas esse chefe aplica a um subordinado uma suspensão de 60 dias. Nota-se
que, embora competente para praticar o ato, ele excedeu os limites de sua competência.
Exemplo: um condutor é parado sem cinto de segurança em uma fiscalização de trânsito.
Tal atitude é enquadrada na lei como passível de multa, mas o agente decide além de aplicar
a multa, apreender o veículo. Nessa situação o agente pratica o excesso de poder ou excesso
de competência.
DIRETO DO CONCURSO
No que concerne aos atos administrativos, julgue o item a seguir.
1. (QUADRIX/2019/CRA-PR/ADVOGADO) Para a doutrina que os admite, os chamados
atos administrativos inexistentes são aqueles que, embora reúnam todos os elementos
qualificadores, são praticados com ofensa à legalidade.
COMENTÁRIO
Os atos inexistentes sequer são considerados atos administrativos.
COMENTÁRIO
NOREX não pode ser delegado (atos normativos, decisão de recurso administrativo e
competência quando exclusiva).
COMENTÁRIO
A avocação não é definitiva, mas sim temporária.
ANOTAÇÕES
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COMENTÁRIO
O ato praticado por um usurpador é considerado ato inexistente. Ato irregular é praticado
por agente público, mas que possui alguns vícios.
COMENTÁRIO
O poder legal é justamente o elemento competência dos atos administrativos
a. Os atos I e II estão viciados, pois o Procurador-Geral não pode delegar qualquer tipo de
competência;
b. Os atos I e II estão viciados, pois o Procurador-Geral não pode delegar sua competência
originária;
c. O ato I é válido e o II está viciado, pois não pode ser objeto de delegação decisão de
recursos administrativos por expressa vedação legal;
d. O ato II é válido e o I está viciado, pois não pode ser objeto de delegação ato de ajuiza-
mento de medida judicial por expressa vedação legal;
e. Os atos I e II estão válidos, pois o Procurador-Geral pode delegar qualquer tipo de com-
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COMENTÁRIO
I – É possível delegar competência para ajuizar representação por inconstitucionalidade.
II – Não é possível delegar competência para decidir recursos administrativos.
COMENTÁRIO
A autoridade delegante pode revogar a qualquer tempo a delegação.
15m
COMENTÁRIO
a) A competência não é prorrogada e o agente público não pode abrir mão dela.
c) A competência pode ser delegada a órgão inferior.
d) O exercício é irrenunciável.
e) O item não está associado à competência.
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COMENTÁRIO
a) A competência não pode ser renunciada.
c) É exigência da delegação a publicação no diário oficial.
d) A autoridade pode revogar a qualquer momento o ato de delegação.
e) É permitida a avocação temporária a órgão de hierarquia inferior.
2. FINALIDADE
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20m
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Significa que o ato não foi praticado para atender ao interesse público, mas sim para aten-
der a um interesse pessoal do agente que o está praticando.
Exemplo: determinado município recebe um determinado valor para asfaltar uma estrada.
Esse município possui uma estrada com um intenso trânsito de pessoas e de comércio que
liga a cidade a outro município vizinho. Há também uma outra estrada, a qual leva até a
fazenda do prefeito. O agente de obras decide autorizar a pavimentação na segunda estrada,
aquela que leva até a fazenda do prefeito. Nesse caso, o ato não serviu para atender ao inte-
resse público, mas sim para atender ao interesse do prefeito. Vemos nesse caso um desvio
de finalidade ou desvio de poder.
PEGADINHA DA BANCA
!
Fique atento a essas diferenças, pois as bancas costumam inverter os conceitos.
25m
GABARITO
1. E
2. C
3. E
4. E
5. C
6. c
7. E
8. b
9. b
ANOTAÇÕES
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ATENÇÃO
Em regra, o ato é formal, e sua formalidade encontra-se prevista em lei.
Art. 22 da Lei n. 9.784/1999: “os atos do processo administrativo não dependem de forma determi-
nada senão quando a lei expressamente os exigir.”
5m
Obs: o ato dentro de um processo administrativo, excepcionalmente, poderá ser informal, sem
as formalidades típicas da administração pública relacionadas ao rito administrativo.
4. Motivo
É o pressuposto fático (fato) e de direito (norma) que determina ou autoriza a prática do ato.
O fato deverá ser enquadrado em lei, onde será determinada sua prática (ato vinculado),
ou apenas concedida uma autorização, disponibilizando opções para a atuação do agente
público (ato discricionário).
ATENÇÃO
Não existe um ato sem motivo!
4.1 Motivação
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A motivação possui status de princípio (tida como regra), tratando-se da justificativa por
10m
escrito do porquê da prática do ato administrativo.
Bandeira de Mello (2009, p. 394-398): o autor assevera que a motivação dos atos: “há de
ser tida como regra geral”.
Di Pietro entende que, em regra, os atos devem ser motivados, tanto os vinculados
quanto os discricionários, uma vez que a motivação constitui garantia de legalidade para o
administrado e para a própria administração.
15m
O art. 50, §1º, da Lei n. 9.784/99: “a motivação deve ser explícita, clara e congruente,
podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores parece-
res, informações, decisões ou propostas, que, nesse caso, serão parte integrante do
ato”. Motivação Aliunde: “Vinda de outro lugar”.
DIRETO DO CONCURSO
No que se refere a atos administrativos, julgue o item a seguir.
1. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2019) De acordo com a teoria dos motivos de-
terminantes, a validade de um ato administrativo vincula-se aos motivos indicados como
seus fundamentos, de modo que, se inexistentes ou falsos os motivos, o ato torna-se nulo.
Acerca dos princípios da Administração Pública e dos atos administrativos, julgue o item.
20m
2. (QUADRIX/CREA-GO/ADVOGADO/2019) Por não se aplicar aos atos administrativos dis-
cricionários a teoria dos motivos determinantes, não se revela viciado o indeferimento
do pedido de férias formulado por servidor público quando demonstrado que a motivação
utilizada pelo chefe da repartição é incompatível com a realidade fática.
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COMENTÁRIO
O ato discricionário é munido de valoração subjetiva do agente público, a qual validará o ato
dentro das várias opções disponíveis de atuação.
25m
GABARITO
1. C
2. E
3. c
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Atos Administrativos – Elementos ou Requisitos IV
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5) Objeto (ou conteúdo): Objeto é o efeito jurídico imediato (instantâneo) que o ato produz.
Ao falar de objeto, é para que serve o ato administrativo. O objeto da demissão de um servidor,
por exemplo, é a própria demissão, para que o servidor não venha trabalhar a partir de deter-
minada data. O objeto da interdição do estabelecimento comercial é a própria interdição. O
objeto da apreensão de um veículo que vai para o depósito é retirar o veículo do proprietário.
Por isso, o elemento objeto é o efeito instantâneo (imediato) que o ato produz.
Exemplo: um grupo de servidores que trabalham na Vigilância Sanitária, fazendo uma fis-
calização. Alguns servidores, ao fiscalizar determinado estabelecimento acabam interditando-
-o por falta de higiene, por encontrar alimentos impróprios para o consumo, alimentos venci-
dos. A situação fática é a interdição desse estabelecimento.
Elementos desse ato administrativo:
Competência: agente público que trabalha na Vigilância Sanitária
Finalidade: atender ao interesse público, preservando a saúde pública para que as pes-
soas não venham se contaminar.
Forma: auto de infração, que apresenta também a motivação.
Motivo: pressuposto fático - o que aconteceu no mundo real que levou a administração a
praticar o ato. Coloca-se todas as irregularidades. Enquadra-se esse fato na lei, que regula-
menta essa atividade da Vigilância Sanitária e a lei, por exemplo, autoriza a aplicação de uma
multa, interdição ou advertência. Pelas irregularidades encontradas, o agente público achou
melhor interditar o estabelecimento, sendo uma to discricionário.
Objeto: a própria interdição do estabelecimento.
*motivação (não é elemento do ato administrativo): o agente tem que explicar o porquê da
interdição. Ex: “O estabelecimento tal foi interditado pelas seguintes razões: falta de higiene,
alimentos vencidos, alimentos impróprios para o consumo”.
O objeto representa o efeito jurídico imediato, instantâneo, ou seja, para que serve o ato
5m
administrativo.
ANOTAÇÕES
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Atos Administrativos – Elementos ou Requisitos IV
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DIRETO DO CONCURSO
1. (2009/INSTITUTO AOCP/PC-ES/PERITO OFICIAL) De acordo com a Teoria dos Atos
Administrativos, o requisito de validade do ato, discricionário e que consiste na “situação
fática ou jurídica cuja ocorrência autoriza ou determina a prática do ato”, denomina-se
a. Competência
b. Finalidade
c. Objeto
d. Forma
e. Motivo
COMENTÁRIO
Situação Fática (fato) e Situação de direito (jurídica).
Ambas autorizam ou determinam a prática do ato. Se autorizar, o ato é discricionário; se
determinar, o ato é vinculado.
Todo o ato tem o elemento motivo, mas nem todo ato é motivado, ou seja, todo e qualquer
ato tem motivo, mas nem todo o ato tem motivação.
COMENTÁRIO
Se o fato não aconteceu ou lei não autoriza a prática do ato pode configurar vício de motivo.
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Atos Administrativos – Elementos ou Requisitos IV
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e. desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
a. a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente
que o praticou;
b. o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades
indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c. a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento
ou outro ato normativo;
d. a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se funda-
menta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
10m e. o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
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Atos Administrativos – Elementos ou Requisitos IV
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DIRETO DO CONCURSO
3. (2019/NC-UFPR/ITAIPU/DIREITO) A Lei da Ação Popular dispõe que são nulos os atos
lesivos ao patrimônio das entidades públicas nos casos de incompetência, vício de forma,
ilegalidade do objeto, inexistência dos motivos e desvio de finalidade. Com relação ao as-
sunto, assinale a alternativa correta.
a. A incompetência se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
b. O vício de forma se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamen-
ta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido.
c. A ilegalidade do objeto se verifica quando o resultado do ato importa em violação de lei,
regulamento ou outro ato normativo.
d. A inexistência dos motivos consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregu-
lar de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato.
e. O desvio de finalidade se verifica quando o ato não se incluir nas atribuições legais do
agente que o praticou.
COMENTÁRIO
a. O vício é no elemento finalidade. A finalidade é diversa daquela estabelecida em lei.
b. O fato não existiu. O vício é no elemento motivo.
c. O objeto é ilegal, a administração não poderia ter praticado o ato, mas mesmo assim
praticou.
d. O vício é no elemento forma.
e. O vício é no elemento competência.
GABARITO
1. e
2. C
3. c
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Atributos dos Atos Administrativos
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1) Presunção de Legitimidade
Presume-se que o ato é legal até que se prove o contrário. Mesmo o ato administrativo
ilegal vai produzir efeitos jurídicos até a data de sua anulação. A anulação gera efeitos ex tunc
e todos os efeitos serão desfeitos. Considera-se que o agente ao praticar o ato atendeu a lei
e os princípios da administração pública.
Exemplo 1: Um policial federal que foi demitido no ano anterior. Presume-se queele come-
teu algo errado e que os atos são realmente editados atendendo a lei e os princípios da admi-
nistração pública.
Exemplo 2: Prefeitura retirando o quiosque de uma pracinha, o que se pensa é que o
quiosque tem alguma irregularidade.
No coitado, presume-se essa legitimidade dos atos administrativos. Mas, essa presunção
não é absoluta, porque o particular, porque o particular pode contestar o ato praticado pela
administração pública e o ato ser anulado posteriormente. A presunção é relativa.
Presumem-se que os atos são praticados em conformidade com a lei, até prova em
contrário.
Características:
a. O ônus de provar (o ônus de agir) que o ato é ilegal é do particular que a ele se opõe.
Exemplo: multa de trânsito - o condutor tem que provar que o ato é ilegal;
b. esse atributo está presente em todos os atos administrativos;
c. a presunção de legitimidade é relativa (iuris tantum), portanto admite prova em contrário
a cargo de quem alega ilegitimidade/ilegalidade. Vale dizer, a presunção de legalidade
não é absoluta (iuris et de iure) que significa “de direito por direito” – não admite prova
em contrário.
Se a presunção de legitimidade fosse absoluta, não caberia prova em contrário. Não é
5m
aquilo que não se pode conquistar de maneira nenhuma
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Atributos dos Atos Administrativos
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2) Presunção de Veracidade
Significa que os fatos narrados pelo agente ao praticar o ato são verdadeiros, ou seja,
realmente aconteceram.
Presunção de veracidade = verdadeiros
Para Di Pietro:
Presunção de legitimidade = atos são editados em conformidade com a lei e os fatos nar-
rados são verdadeiros.
DIRETO DO CONCURSO
1. (2020/CESPE/TJ-PA) O atributo ou característica do ato administrativo que assegura que
o ato é verdadeiro, mesmo que eivado de vícios ou defeitos, até que se prove em contrá-
rio, denomina-se
a. coercibilidade
b. presunção de legitimidade
c. finalidade
d. exequibilidade
e. autoexecutoriedade
COMENTÁRIO
A doutrina utilizada foi da professora Di Pietro. Para ela, a presunção de legitimidade significa
que ps fatos narrados são verdadeiros e os atos são editados em conformidade com a lei.
10m
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Atos Administrativos – Atributos dos Atos Administrativos
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COMENTÁRIO
Presume-se que o que consta na certidão é realmente verdadeiro e que ela é editada em
conformidade com a lei. Quem assinou, por exemplo, é autoridade competente e que os
fatos narrados pela certidão, o conteúdo, também é verdadeiro.
COMENTÁRIO
Juris tantum (presunção relativa) ≠ Iuris et de iure (presunção absoluta)
Se a presunção fosse absoluta, não teria como contestar o ato administrativo. Não teria
como o administrado prejudicado entrar para buscar o Poder Judiciário.
COMENTÁRIO
Todo o ato possui a presunção de legitimidade e veracidade. Nem tudo é dessa forma com
outros atributos.
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O PULO DO GATO
A prova do CESPE de 2019 apresentou uma questão (questão 2 deste material) com a teoria
da professora Di Pietro. Já a de 2018 (questão 4 deste material) já separou a presunção de
legitimidade e veracidade.
A análise de qual teoria é seguida faz parte da questão
COMENTÁRIO
Presume-se que todo e qualquer ato é editado em conformidade com a lei.
COMENTÁRIO
Inverte o ônus da prova: quem pratica o ato é a administração pública e quem deve
apresentar a prova para contestar é o particular. Isso acontece porque o ato já nasce com
15m
essa presunção.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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COMENTÁRIO
Não requer provas de sua validade porque já nasce com essa presunção.
3) Autoexecutoriedade
O administrador vai praticar o seu ato pessoalmente.
O administrador público pode executar executar os seus atos administrativos.
Para um órgão demitir o servidor, não precisa de autorização de autorização judicial. O ser-
vidor pode ser demitido depois do devido processo disciplinar. Para os agentes da Vigilância
Sanitária interditarem um estabelecimento comercial, não precisa de autorização judicial. O
policial não precisa de autorização judicial para apreender um veículo e levar para o depósito.
Em regra, os atos possuem o atributo da autoexecutoriedade: executar pessoalmente os
atos administrativos. No entanto, não há como confirmar que todo e qualquer ato possui esse
atributo. A doutrina afirma que os atos vão possuir o atributo da autoexecutoriedade em uma
situação de emergencial ou quando houver uma previsão legal.
Em um prédio que está por desabar, por exemplo, a defesa civil pode retirar as pessoas
de dentro, porque é uma situação emergencial.
A multa não possui o atributo da autoexecutoriedade. Quando a administração emite a
notificação, isso não representa ainda a autoexecutoriedade da administração pública. Só
vai satisfazer a vontade quando acontece o recebimento o valor da multa. A simples emissão
não representa a autoexecutoriedade. Se o particular resistir ao pagamento, a administração
pública terá que buscar o Poder Judiciário.
A desapropriação quando resistida pelo particular não representa a autoexecutoriedade.
Exemplo: Estado quer desocupar um imóvel. Tem que haver uma indenização. Se o parti-
cular aceitar o valor da indenização, não precisa do Poder Judiciário. Nesse caso, a desapro-
priação possui o atributo da autoexecutoriedade. Pode ser que o particular não aceite o valor
da indenização. Nesse caso, a administração, o Estado, vai ter que propor uma ação judicial
e quem vai decidir o valor do imóvel é o Juiz.
Na definição de Di Pietro, autoexecutoriedade é o “atributo pelo qual o ato administrativo
pode ser posto em execução pela própria administração, sem necessidade de intervenção do
Poder Judiciário”.
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DIRETO DO CONCURSO
8. (2019/QUADRIX/CRO-GO/ADMINISTRADOR) Acerca dos atos administrativos, jul-
gue o item.
Nem todos os atos administrativos possuem o atributo da autoexecutoriedade, como é o
caso da cobrança de multa.
COMENTÁRIO
Os concursos costumam cobrar muito a multa quando se fala de autoexecutoriedade.
20m
COMENTÁRIO
É o caso das pessoas que estavam dentro de um prédio desabando. A administração pública
pode utilizar força proporcional para retirar as pessoas de dentro do prédio. Logo, se pode
afirmar que o ato administrativo é coativo.
Não precisa do consentimento do Poder Judiciário para praticar o ato administrativo.
4) Exigibilidade
Meios indiretos de coerção: como a aplicação de multa ou a exigência do pagamento de
multas anteriores como condição para o licenciamento do veículo.
Exemplo 1: o Detran reteu um veículo que está no depósito. Para o proprietário retirar esse
veículo, ele tem que pagar as multas já vencidas. Quando o Detran exige o pagamento daque-
las multas, ele já está usando a sua exigibilidade: pelo simples fato de exigir já está usando
sua exigibilidade.
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Exemplo 2: determinada pessoa não pagou o IPTU da sua casa e o seu nome foi regis-
trado no cadastro de inadimplentes. Para retirar o nome da dívida ativa, deve haver o paga-
mento do IPTU. É uma exigência que a administração pública faz para retirar o nome do deve-
dor. Pelo simples fato de exigir o pagamento do IPTU, já é representada a exigibilidade.
A professora Di Pietro fala de autoexecutoriedade (gênero) com duas espécies: Executo-
riedade e Exigibilidade.
Executoriedade/ Autoexecutoriedade= meios diretos
O PULO DO GATO
Em concurso público há que ir pela regra.
Se a banca perguntar: os atos administrativos possuem o atributo da autoexecutoriedade?
Certo
Agora, nem todo ato administrativo possui o atributo da autoexecutoriedade.
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DIRETO DO CONCURSO
10. (2020/CESPE//TJ-PA) A propriedade da administração de, por meios próprios, pôr em
execução suas próprias decisões decorre do atributo denominado a) autoexecutoriedade
b. vinculação
c. discricionariedade
d. medidas preventivas
e. exigibilidade
COMENTÁRIO
Se tivesse apenas executoriedade, a questão também estaria correta.
COMENTÁRIO
Multa não possui o atributo da autoexecutoriedade.
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COMENTÁRIO
A administração pública pode praticar suas ações, inclusive utilizando uma força física
proporcional.
GABARITO
1. B
2. C
3. C
4. C
5. C
6. C
7. C
8. C
9. C
10. A
11. E
12. A
�E
ste material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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5) Imperatividade
A administração pública é vista como império e nós somos os súditos desse império. Esse
é o princípio da supremacia da administração em relação ao particular. É uma relação vertical,
de cima para baixo.
A administração pública pode estabelecer obrigações ou restrições ao particular, sempre
atendendo os limites da lei. A lei permite e a administração vem praticar o ato com essa impe-
ratividade.
É possível ver essas atos quando eles são praticados com fundamento no poder de polí-
cia, como a interdição do estabelecimento, a demolição de uma construção irregular, a apre-
ensão de mercadorias. Quando a administração estabelece regras de convívio social, ela está
utilizando de sua imperatividade.
A imperatividade decorre do que se chama de poder de extroverso do Estado. Isso signi-
fica que a administração sai de sua órbita jurídica, estabelecendo, determinando que o parti-
cular faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Imperatividade é caracterizada como a possibilidade que tem a Administração de impor
obrigações ou restrições a terceiros.
A imperatividade decorre do poder extroverso do Estado, que permite ao Poder Público
editar atos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, ou seja, que interfere na
esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações (BANDEIRA
DE MELLO).
Os atos que não tem imperatividade são aqueles que dependem da solicitação do parti-
cular, do pedido do particular. Exemplo: pedir uma certidão, solicitar um alvará, solicitação da
carteira de motorista.
Não são todos os atos que possuem esse atributo. Di Pietro “a imperatividade não existe
em todos os atos administrativos, mas apenas naqueles que impõe obrigações; quando se
trata de ato que confere direitos solicitados pelo administrado (como na licença, autorização,
permissão) ou de ato apenas enunciativo (certidão, atestado, parecer), esse atributo inexiste”.
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DIRETO DO CONCURSO
1. (2019/QUADRIX/CRO-GO/ADMINISTRADOR) Acerca dos atos administrativos, jul-
gue o item.
Os atos administrativos possuem, em medida variável, imperatividade, ainda que cuidem
de atos de consentimento.
COMENTÁRIO
Ato de consentimento estatal depende da solicitação do particular. Atos de consentimento:
licença (CNH, por exemplo), permissão e autorização (Alvará, por exemplo). Ato de
consentimento só é editado a pedido da administração.
COMENTÁRIO
Presunção de veracidade.
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COMENTÁRIO
Caráter interno: vai atingir os servidores públicos, a organização administrativa. Ex: férias
ao servidor, contratação de materiais, reformas de um prédio, nomeação de servidor, os
10m
atos de rotina do órgão.
Caráter externo: atinge os particulares. Ex: fiscalização.
A questão, de forma equivocada, traz que a presunção de veracidade é iuris et iure, ou seja
absoluta. Ou seja, a situação descrita pela conduta do poder público não admite prova em
contrário.
COMENTÁRIO
A execução, de ofício, pela administração pública de medidas que concretizem o objeto de
um ato administrativo caracteriza o atributo da autoexecutoriedade.
A imperatividade representa a possibilidade da administração impor obrigações ou restrições
a terceiros.
6) Tipicidade
Quando a administração for praticar o ato, ele deve estar tipificado em lei. A tipicidade
gera uma obrigação para administração, não uma prerrogativa. Todos os outros atributos tra-
balhados vão gerar uma prerrogativa de direito público para a administração com base na
supremacia.
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Para o agente praticar o ato, esse ato deve ter previsão legal, estar escrito, tipificado em lei.
Para Di Pietro, a tipicidade veda ato inominado (sem nome, sem previsão legal). A tipici-
dade veda também ato discricionário (inventado pelo agente público).
A tipicidade tem uma relação íntima com o princípio da legalidade, para o direito admi-
nistrativo, a legalidade em sentido estrito. Isso representa que o administrador só pode agir
quando tiver autorização legal.
Para Di Pietro a tipicidade “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder
a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para
15m
cada finalidade que a Administração pretende alcançar existe um ato definido em lei”.
DIRETO DO CONCURSO
5. (2016/CESPE/TCE-PA/TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO) Julgue o item subsecutivo,
a respeito dos atributos dos atos administrativos.
Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato administrativo, devem-
-se observar figuras definidas previamente pela lei, o que garante aos administrados maior
segurança jurídica.
COMENTÁRIO
Quando se vai praticar um ato, acontecendo um ato, há que enquadrá-lo na lei. Pode ser
que a lei venha determinar a prática do ato. Então, o fato deve estar decreto na lei. Se tiver
descrito, pratica-se o ato, caso contrário não.
COMENTÁRIO
Exemplo: multa por não uso de capacete - está descrito no Código de trânsito amulta,
portanto é válido porque a lei autoriza.
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7. Os atributos conferidos por lei são as prerrogativas do Poder Público presentes no ato
administrativo, em decorrência do princípio da supremacia do interesse público sobre o
interesse privado. Ressalta-se que o princípio da supremacia do interesse público sobre
o privado é basilar do regime jurídico administrativo. Em razão dele, o ato administrativo
goza de prerrogativas designadas pela doutrina de atributos. Essas regras diferenciam os
atos administrativos dos demais atos praticados pelo Poder Público e das atividades de
particulares regulamentadas pelo direito privado, sendo também designadas como “carac-
terísticas dos atos” por parte da doutrina. Matheus Carvalho. Manual de direito administra-
tivo. 4.ª ed. rev. ampl. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2018 (com adaptações).
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, assinale a alternativa correta em re-
lação ao ato administrativo.
a. A presunção de veracidade do ato administrativo é absoluta, não cabendo prova em
contrário.
b. A presunção de legitimidade exime a Administração Pública de possibilitar contraditório
e ampla defesa.
c. O atributo da imperatividade permite ao Estado impor obrigações, independentemente
da vontade do particular.
d. A executoriedade garante ao Estado, antes de realizar um ato administrativo, a autoriza-
ção do Poder Judiciário para efetivo efeito e cumprimento de seus atos de forma indireta.
20m
e. A exigibilidade permite ao Estado cobrar uma multa do particular sem que seja observa-
do o devido processo legal.
COMENTÁRIO
b. o ato tem essa presunção, mas o particular pode recorrer desse ato.
c. O ato é cogente, obrigatório.
d. Não é preciso autorização judicial.
e. A administração tem que atender aos princípios do contraditório e da ampla defesa.
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COMENTÁRIO
a. Há também atos vinculados.
b. Para ser praticado, o ato tem que ter previsão legal.
c. O Poder Judiciário pode realizar controle externo em ato do Poder Executivo.
d. Os atos possuem o atributos da legitimidade e veracidade. A própria administração pública
pode reconhecer que errou e anular o ato administrativo.
e. O ato administrativo representa uma determinação do Estado, é unilateral, não precisa do
consentimento do particular para ser editado.
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COMENTÁRIO
O ato administrativo é cogente, obrigatório, não representa uma faculdade para o particular.
Se o particular não cumprir a determinação da administração, ela pode usar até força física
proporcional. O ato administrativo é unilateral.O agente de trânsito não precisa pedir ao
25m
particular para multar o carro dele, por exemplo.
COMENTÁRIO
O ônus da prova é do particular que se opõe ao ato. A administração pública pratica o ato e
o particular, se ele quiser, vai ter que provar que o ato ilegal. Se ele não conseguir provar, o
ato continuará produzindo seus efeitos.
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a. Imperatividade.
b. Eficácia.
c. Poder de Polícia.
d. Hierarquia.
e. Supremacia do interesse público.
COMENTÁRIO
Ato administrativo unilateral que importa uma imposição a terceiros, independentemente de
sua concordância.
COMENTÁRIO
b. Erga omnes = alcança todo mundo. O ato administrativo só é erga omines quando for
geral, um decreto.
c. Pode-se buscar o Poder Judiciário a qualquer momento.
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GABARITO
1. E
2. E
3. E
4. E
5. C
6. C
7. c
8. e
9. c
10. c
11. a
12. d
�E
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preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
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Atos Administrativos – Classificação
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No direito administrativo, cada autor tem a sua própria doutrina. É muito comum haver
divergência na classificação. Nesta aula, serão apresentados os conceitos definidos pela dou-
trina majoritária.
Características
a. comandos gerais e abstratos - o ato geral paira no ordenamento jurídico, só alcança a
situação concerta se ela realmente acontecer;
b. não possuem destinatários específicos - feito para toda a sociedade;
c. exigem publicação para produzir efeitos;
d. impossibilidade de impugnação por meio de recurso administrativo - não há como im-
pugnar o próprio ato administrativo geral através de recurso;
e. prevalência sobre o ato administrativo individual;
f. impossibilidade de impugnação judicial diretamente pela pessoa lesada, podem ser
impugnados por Ação Direta de Inconstitucionalidade, pelos órgãos e autoridades
legitimadas.
O particular não vai questionar judicialmente o ato geral. Ele pode questionar o efeito, um
ato praticado com fundamentado no ato geral. Exemplo: não há como o particular questionar
um decreto do Poder Judiciário emitido pelo presidente da República.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, caben-
do-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
5m
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Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucio-
nalidade:
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI – o Procurador-Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Características
a. admitem impugnação por recurso administrativo ou por ação judicial mandado de segu-
rança, ação popular, ações ordinárias etc.);
b. quando forem produzir efeitos externos necessitam ser publicados na imprensa oficial;
O ato individual pode ser impugnado através de um recurso administrativo ou referente a
uma ação judicial. Exemplo: multa de trânsito.
Quanto ao Regramento
a. Atos vinculados
Aquele que a lei determina o seu conteúdo. A partir da realização de um fato, o agente
enquadra um fato na lei e a lei determina a sua prática. É algo mecânico.
A lei determina todos os seus requisitos. Não há qualquer subjetividade em sua prática.
b. Atos discricionários
A partir do acontecimento do fato, o agente enquadra o fato na lei e a lei dá alternativas
para o agente agir. Há uma certa valoração subjetiva em sua prática.
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Quem pode editar o ato é aquela autoridade competente que a lei determina.
A finalidade de todo e qualquer ato é atender o interesse público.
A lei estabelece as formalidade necessárias para a praticar do ato. Não há opção para ficar
praticando o ato da forma que o agente público quiser.
O elemento motivo é o pressuposto fático e de direito que determina, nesse caso, a prática
do ato. Acontecendo o fato, o agente enquadra o fato na lei e a lei determina o ato para ser
praticado.
A lei já determina o objeto, o conteúdo do ato. Exemplo: falta do uso de cinto de segurança
- a lei já determina uma multa. Servidor foi pai - a lei determina a licença paternidade. Servidor
praticou ato de improbidade - a lei determina a sua demissão.
Se a lei dá opções para agir, pode-se escolher um objeto, ou seja, o conteúdo do ato.
Exemplo: a lei autoriza o agente a aplicar uma multa ou uma advertência.
O que gera a discricionariedade são os elementos motivo e objeto. Isso é chamado de
mérito administrativo, que é a conveniência ou oportunidade para praticar o ato administrativo.
No ato vinculado a lei já estabelece tudo: como o ato vai começar e acabar.
No ato discricionário, os três primeiros elementos são vinculados, competência, finalidade
e forma, e os dois últimos, motivo e objeto, são elementos discricionários.
15m
DIRETO DO CONCURSO
1. (2019/QUADRIX/CREF 11ª REGIÃO/FISCALIZAÇÃO) Quanto às espécies de ato admi-
nistrativo, julgue o item. Dentro dos limites legais, o ato administrativo vinculado permite
ao administrador fazer juízo de valor.
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COMENTÁRIO
Ato vinculado não tem juízo de valor. Juízo de valor ocorre no ato discricionário em que o
administrador vai avaliar.
Exemplo: multa ambiental
Uma empresa causou um dano ambiental e a multa pode ser de 10 mil a um milhão de reais.
A escolha exata do valor representa uma atividade discricionária. Dependendo do tamanho
do dano ambiental, o agente vai aplicar a penalidade correta.
A discricionariedade ela tem que ser vista dentro dos limites da lei.
COMENTÁRIO
A multa pode ser de 5% e ir até 10%. A escolha do percentual exato é uma atividade
discricionária.
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COMENTÁRIO
O limite é estabelecido pela lei. A competência também é uma atividade vinculada do ato
discricionário.
Se não for seguido o que a lei estabelece à margem de conveniência e oportunidade admitida
pela lei, o ato vai ser arbitrário. Não se pode confundir discricionariedade com arbitrariedade.
Quando à formação
a. Atos simples
Manifestação de vontade de único órgão ou agente.
Exemplo: portaria.
Manifestação de vontade: se um ato vai ser feito por um órgão, por mais de um órgão, ou
um um único agente ou mais de um agente.
Férias a um servidor, demissão de um servidor, interdição de um estabelecimento, conces-
20m
Exemplos:
- Portaria conjunta do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação.
- Aposentadoria: Manifestação do órgão que o servidor trabalha, que precisa ser
homologada pelo TCU. O ato efetivamente de aposentadoria só estará apto a
produzir seus efeitos jurídicos após a confirmação do registro no devido Tribunal
de Contas.
Vontade de vários órgãos que, ao fim, vão formar um único ato administrativo.
c. Atos compostos
Manifestação de vontade de um órgão ou agente, mas depende de outra vontade que o
ratifique para produzir efeitos. Essa outra manifestação pode ser uma homologação, uma con-
firmação, uma ratificação.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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Os atos de aposentadoria, reforma e pensão têm natureza jurídica de atos complexos, razão pela
qual os prazos decadenciais a que se referem o § 2º do art. 260 do Regimento Interno e o art. 54 da
Lei n. 9.784/99 começam a fluir a partir do momento em que se aperfeiçoam com a decisão do TCU
que os considera legais ou ilegais, respectivamente.
Exemplo:
Servidor do MPU - o primeiro ato foi produzido, precisa da homologação do TCU. = Ato
administrativo
Para fins de anulação do ato administrativo, a data começa do primeiro recebimento da
aposentadoria do servidor. Após o primeiro recebimento começa a contar o prazo prescricional
para uma possível anulação do ato administrativo.
GABARITO
1. E
2. d
3. C
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DIRETO DO CONCURSO
1. (QUADRIX/CREA-GO/ANALISTA-ADVOGADO) Acerca dos princípios da Administração
Pública e dos atos administrativos, julgue o item.
A aposentadoria do servidor público configura-se como ato administrativo complexo.
COMENTÁRIO
Manifestação de vontade do órgão + manifestação do Tribunal de Contas para formar um
único ato administrativo.
COMENTÁRIO
Manifestação de vontade do órgão + manifestação do Tribunal de Contas
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COMENTÁRIO
a. ato complexo. O primeiro ato não é apenas preparatório para o segundo. Há a vontade do
órgão e a vontade do Tribunal de contas para formar um único ato administrativo.
b. ato complexo.
c. o ato complexo e o ato composto vão ter o efeito preliminar: 1º a manifestação de uma
autoridade. Até a manifestação da segunda autoridade há o que se chama de efeito
preliminar, alguns chamam de efeitos prodrômicos.
Efeito prodrômico ou preliminar:
É o efeito produzido pela edição do primeiro ato nos complexos ou compostos, ou seja, é
a quebra da inércia da administração, exigindo a manifestação do segundo órgão para a
conclusão do ato.
Alguns chamam de efeitos impróprios do efeito administrativo: poucos atos tem esse efeito,
é uma excessão.
Tem-se o efeito inicial / primeiro / que antecede.
5m
A partir do momento que há a manifestação de vontade de um ato, tem que esperar a
manifestação do segundo órgão ou ato.
O efeito próprio do ato administrativo é quando ele já produz o seu efeito jurídico imediato.
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COMENTÁRIO
Manifestação de um órgão que precisa da manifestação de outro outra. Esta manifestação
é uma homologação, aprovação.
COMENTÁRIO
Ratificação = confirmação
a. não existe ato condicionado
b. bilateral é contrato administrativo
e. não existe a classificação ato subordinado
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COMENTÁRIO
Lembrar da Portaria interministerial.
COMENTÁRIO
Não é o efeito do ato administrativo em si, mas da formação do ato administrativo.
Quanto ao objeto
a. Ato de império
É praticado pela administração no uso de sua supremacia em relação ao particular. A rela-
ção é vertical.
Exemplos: interdição de um estabelecimento, derrubada de uma obra que foi construída
em lugar irregular, apreensão de equipamentos e alimentos impróprios para consumo, apli-
cação de qualquer sanção administrativa, destruição de coisas, demolição, aplicação de uma
multa. Qualquer sanção.
Relação com o princípio da supremacia da administração.
b. Ato de gestão
Expedido pela administração em posição de igualdade perante o particular, sem usar de
sua supremacia.
A administração sendo o síndico de um grande edifício contratando terceirizados para
fazer serviços de limpeza e manutenção. É uma atividade meio da administração pública.
c. Ato de expediente
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Atos de rotina da administração pública que não tem qualquer competência decisória. Atos
que vão dar andamento aos processos administrativos.
O ato de expediente não representa qualquer competência decisória.
Dão andamento em processo administrativo, são atos de rotina interna sem competência
15m
decisória.
Exemplo: recebimento de uma petição.
Quanto a Exequibilidade - capacidade/momento de produzir efeitos jurídicos
O momento do ato administrativo produzir seus efeitos jurídicos. Quem trata desse assunto
é Di Pietro.
a. Ato perfeito
Já concluiu/completou o seu ciclo de formação e está apto a produzir os seus efeitos.
Exemplo: ato de nomeação de servidor público publicado no Diário da União.
b. Ato imperfeito
Ainda não concluiu/completou o seu clico de formação e não pode, ainda, produzir seus
efeitos jurídicos. São aqueles que falta uma assinatura, publicação, motivação, etc.
c. Ato pendente
Está sujeito à condição ou termo (data) para produzir seus efeitos.
O ato já foi assinado, publicado, cumpriu todo o ciclo de formação, mas não está causando
efeito jurídico porque está suspenso.
Exemplo: prefeito publicou hoje um decreto determinando a interdição de uma praça
pública para reforma. Mas, a interdição ocorrerá só daqui a tinta dias.
d) Ato consumado
Ato que já exauriu/cumpriu seus efeitos.
20m
Exemplo: o alvará para ocorrer uma festa no bairro. A praça ficará interditada sexta, sábado
e domingo. Na segunda, o ato já terá exaurido os seus efeitos.
Férias ao servidor: no prazo de trinta dias exauriu os efeitos do ato administrativo.
GABARITO
1. C
2. e
3. e
4. b
5. c
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• Ato Eficaz: aquele que já foi assinado, completou todo seu ciclo de formação e está apto
a produzir seus efeitos jurídicos. É também chamado de ato perfeito pela professora di
Pietro. Por exemplo, a nomeação de uma pessoa em um concurso público: a partir da
publicação, o ato já está produzindo seus efeitos jurídicos, dependendo só de a pessoa
assinar seu termo de posse. Outro caso é a interdição de um estabelecimento comer-
cial: a partir do momento em que o administrador público assina e determina a interdi-
ção, o ato é considerado eficaz;
• Ato Ineficaz: não tem capacidade de produzir efeitos. Ele representa o ato imperfeito e
o ato pendente, que ainda não produziu seus efeitos jurídicos.
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traditório e ampla defesa, tem-se um ato perfeito, eficaz (até porque há a presunção de
legitimidade dos atos administrativos) e inválido (pois foi editado em desconformidade
com a lei);
• perfeito, válido e ineficaz – quando, concluído seu ciclo de formação e estando ade-
quado aos requisitos de legitimidade, ainda não se encontra disponível para eclosão de
seus efeitos típicos, por depender de um termo inicial (data) ou de uma condição sus-
pensiva, ou autorização, aprovação ou homologação, a serem manifestados por uma
autoridade controladora. Em outras palavras, o ato ineficaz não está produzindo efeitos
jurídicos naquele momento. Ex.: Um prefeito autorizou a contratação de uma empresa
para fazer a limpeza de uma praça pública e pintar os canteiros para o aniversário da
cidade, que acontecerá em 60 dias. Porém essa contratação só poderá ser realizada
1 semana antes da festa. O ato, então, foi publicado hoje no boletim interno, mas só
produzirá efeitos jurídicos dentro de um determinado período, o que é uma condição
suspensiva;
• perfeito, inválido e ineficaz – quando, esgotado seu ciclo de formação, sobre encontrar-
-se em desconformidade com a ordem jurídica, seus efeitos ainda não podem fluir, por
se encontrarem na dependência de algum acontecimento previsto como necessário
para a produção dos efeitos (condição suspensiva por termo inicial, ou aprovação ou
homologação dependentes de outro órgão). Nesse contexto, o ato é inválido pois, por
exemplo, foi feito por uma autoridade incompetente. Ex. 1: A interdição de uma área
10m
pública, como um parque para fazer uma reforma, foi publicada hoje no Diário Oficial do
município (ato perfeito); no entanto, esse ato era de competência exclusiva do prefeito
e quem o praticou foi um secretário municipal (ato inválido); além disso, o parque só
será interditado efetivamente daqui a 30 dias (ato ineficaz). Ex. 2: Alteração do horário
de funcionamento de um hospital público. O ato foi publicado hoje, mas a mudança só
ocorrerá daqui a 2 semanas (ato ineficaz).
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2. Ordinatórios: atos que acontecem a todo tempo dentro da administração pública. Esses
atos visam a disciplinar a conduta funcional dos servidores, bem como as atividades públicas.
Dentre eles há os ofícios, memorandos, circulares, avisos, portarias, ordens de serviço, auto-
rizações de compras e demais atos estudados em redação oficial;
3. Negociais: atos que dependem de um pedido de uma solicitação do particular para
serem produzidos. Se o pedido do particular for coincidente com a vontade de administração,
o ato será praticado. Ex.: Licenças, autorizações, permissões, admissões, homologações etc.
4. Enunciativos: atos que enunciam alguma coisa, como o próprio nome diz, e visam a
confirmar um fato que já ocorreu ou que já está acontecendo, como as certidões, avisos, pare-
ceres, atestados etc.
5. Punitivos: atos que visam punir os agentes públicos e os administrados; os atos envol-
15m
vendo poder disciplinar e o poder de polícia, como demissão de servidor, suspensão, cassa-
ção de um ato administrativo, interdição de estabelecimento comercial, multa de trânsito, etc.
1.1 Os atos normativos contêm um comando geral e abstrato; até parecem leis, mas não
são. O Código de Trânsito tem muitas resoluções, como por exemplo, é obrigatório o uso do
capacete pelo motociclista, mas foi necessária uma resolução para explicar como deve ser o
capacete, quais as especificações que ele deve ter.
3.1 Dentre os atos negociais, a admissão refere-se à administração admitir que o usuário
frequente uma biblioteca, hospitais, escola pública etc.; já a homologação é ato vinculado no
qual a administração reconhece a legalidade de um ato ou procedimento e é sempre a poste-
20m
riori (vem depois do acontecimento).
3.2 Ainda em atos negociais, a licença é ato vinculado e, portanto, definitivo, não sendo
possível revogá-la; no entanto, ela pode ser anulada se for ilegal. Se um particular cumprir
tudo que a lei exige, obrigatoriamente ela será expedida. Ex. 1: Licença para dirigir (CNH):
se a pessoa foi aprovada na prova escrita, no exame psicotécnico e na prova de direção, ou
seja, cumpriu todas as exigências legais, obrigatoriamente o Detran fornecerá a licença. Ex.
2: Alvará de licença para construir: são contratados profissionais (engenheiros, arquitetos) que
cumprem tudo que a lei exige, então obrigatoriamente a licença será expedida.
3.3 A autorização e a permissão são atos discricionários. A admissão é ato vinculado, pois
se o particular preencher tudo que a administração pública exige, ele será admitido. Na auto-
rização, a administração vai avaliar, após o pedido do particular, se a concede ou não; por
isso é ato discricionário. Ex.: A pessoa solicita na prefeitura da cidade onde mora um alvará
de autorização para vender livros em uma praça pública; a administração irá avaliar esse
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Classificação III
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pedido, pela oportunidade e pela conveniência. O alvará então é expedido e a pessoa está
trabalhando, porém, utilizando uma área muito grande e atrapalhando a passagem dos pedes-
tres. Várias pessoas então vão reclamar na prefeitura. O Poder Público pode, então, revogar
a autorização daquela pessoa e ela não mais poderá comercializar os livros.
3.4 A permissão, dentro dos atos negociais, se refere à permissão para utilizar bem público
e não para prestar serviço público, porque essa se dá através de contrato administrativo. A
permissão aqui tratada é muito comum para a utilização de bens públicos. Ex. 1: A pessoa
mora em uma casa de esquina e pretende construir uma garagem ou um jardim em uma área
pública perto de sua casa; ela se dirige à prefeitura e solicita uma permissão, que será ava-
liada pela administração pública. Ex. 2: A pessoa tem uma lanchonete e quer colocar cadeiras
e mesas na área pública; ela não pode fazê-lo sem permissão, senão a fiscalização leva tudo.
25m
Normativos
Ordinatórios
Negociais
Enunciativos
Punitivos
�E
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preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
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ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Classificação IV
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a. Atos normativos
Os atos normativos contêm comandos gerais e abstratos dirigidos a todos os administra-
dos que se enquadrem nas situações neles previstas.
b. Atos ordinatórios
Atos administrativos ordinatórios emanam do poder hierárquico e visam disciplinar o fun-
cionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes.
c. Atos negociais
Atos negociais são os praticados pela Administração, nos quais há uma declaração de
vontade do Poder Público coincidente com a pretensão do particular.
d. Atos enunciativos
Atos enunciativos são aqueles que a Administração se limita a certificar ou atestar um fato
ou a emitir uma opinião sobre determinado assunto sem se vincular ao enunciado.
Dolo
• A responsabilidade pessoal do parecerista Culpa
Erro Grosseiro
Em alguns momentos, para o administrador decidir algum processo, há necessidade de
um parecer técnico para que ele tenha uma base, um subsídio para tal decisão. Em alguns
momentos, o parecer é obrigatório e pode ser:
– não vinculante: seu conteúdo não vincula a decisão do administrador público. Ex.:
Um particular solicita à prefeitura uma permissão para construir uma garagem usando
área pública. Para o prefeito decidir, obrigatoriamente deve existir um parecer técnico
da companhia de água e esgoto, pois se passarem dutos por ali, não pode haver
construção. Então o administrador que trabalha na prefeitura enviou a solicitação
para a companhia, que pode ou não permitir. Quando o parecer é obrigatório e não
vinculante, ele tem que ter o processo, mas não vincula a decisão do administrador
público; nesse contexto, quem fez o parecer não tem qualquer responsabilidade;
– vinculante: seu conteúdo vincula o parecer. Ex.: Usando o mesmo exemplo dado
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Atos Administrativos – Classificação IV
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acima, caso o parecer diga que não pode haver qualquer construção naquele lugar, a
autoridade que vai decidir o processo não pode contrariá-lo e tem que negar o pleito
do particular. Observe o parecer abaixo:
Supremo Tribunal Federal (STF), Mandado de Segurança n. 24.631/DF: (i) quando a con-
sulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu poder de
decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo; (ii) quando a consulta é obri-
5m
gatória, a autoridade administrativa se vincula ao ato tal como submetido à consultoria, com
parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar ato de forma diversa da apresentada
à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; (iii) quando a lei estabelece a obrigação
de decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação deixa de ser meramente opinativa
e o administrador não poderá decidir senão nos termos de conclusão do parecer ou, então,
não decidir.
Somente a 3ª hipótese pode gerar responsabilidade a quem emitiu o parecer e somente no
caso de dolo, culpa ou erro grosseiro. Ex.: Um servidor solicita determinado direito e essa soli-
citação vai para o departamento jurídico do órgão. Considere que o parecer é vinculante. Se
ele foi constituído com dolo (a pessoa não tinha direito, mas quem fez o parecer era seu amigo
e tentou lhe conceder), culpa (quem fez o parecer não pesquisou direito e acabou errando)
ou erro grosseiro e inadmissível, quem fez o parecer vai ser responsável. Se a administração
fez uma indenização ao servidor, por exemplo, o valor terá que ser devolvido ao Estado justa-
mente devido ao parecer doloso, culposo ou com erro grosseiro.
e. Atos punitivos
Atos punitivos são os que visam punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta
irregular dos servidores ou dos administrados perante a Administração.
DIRETO DO CONCURSO
:
1. (CESPE 2015/ TCE-RN/ ANALISTA) Com base no princípio da supremacia do interesse
público, a administração poderá, discricionariamente, negar a concessão de licença para
o exercício de determinada atividade, ainda que preenchidos os requisitos legais.
10m
ANOTAÇÕES
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COMENTÁRIO
Licença é ato vinculado; se o particular preencheu tudo que a lei pede, obrigatoriamente a
licença será concedida.
2. (IF-MT/ 2019/ IF-MT/ GESTÃO PÚBLICA) De acordo com Hely Lopes Meirelles (2004),
o Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública
que, agindo nessa qualidade, tenha, por fim imediato, adquirir, resguardar, transferir, mo-
dificar, extinguir e declarar direitos; ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
Com relação às espécies, tem-se: os Atos Normativos, Atos Ordinatórios, Atos Negociais,
Atos Enunciativos e Atos Punitivos. São exemplos de Atos Ordinatórios, EXCETO:
a. Portarias
b. Ordens de Serviços
c. Decretos
d. Avisos
e. Circulares
COMENTÁRIO
Decreto é ato normativo e o chefe do Poder Executivo é a autoridade competente para emiti-lo.
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requerente, aspectos que não constam da legislação e, portanto, não podem ser objeto
de controle externo.
c. passível de ser controlado pelo Poder Judiciário no que se refere aos requisitos legais
para sua emissão, porque configura ato administrativo vinculado.
d. que não pode ser objeto de anulação pelo Poder Judiciário, apenas revogação, conside-
rando que cabe apenas a verificação dos aspectos vinculados do ato.
e. autorizativo e, como tal, discricionário, admitida, portanto, a revogação pela própria
Administração, motivadamente, bem como pelo Poder Judiciário, resguardado o mé-
rito do ato.
COMENTÁRIO
A emissão de licença tem natureza vinculada (e, como tal, não pode ser revogada) e
negocial. O Poder Judiciário pode controlar ato vinculado. Ex.: A licença foi editada por uma
autoridade incompetente; quem tinha que assinar era o prefeito ou o secretário de obras,
mas foi assinada pelo chefe que não tinha essa competência. Nesse caso, o ato tem que
ser anulado. A licença pode ser controlada em seu elemento-forma; a formalidade exigida
15m
não foi atendida.
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COMENTÁRIO
Destruição de substâncias é um ato punitivo, que sempre deve ser lembrado quando se fala
em sanção.
COMENTÁRIO
A questão fala de ato complexo e nada tem a ver com ato enunciativo.
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COMENTÁRIO
a. Ato punitivo;
b. Ato enunciativo;
c. Ato ordinatório;
d. Ato negocial;
e. Ato punitivo.
11. (VUNESP 2018/ PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DOS CAMPOS - SP/ ADVOGADO)
Ato vinculado por meio do qual a Administração confere ao interessado consentimento
para o desempenho de certa atividade. O enunciado se refere a
a. ato negocial.
b. fato administrativo.
c. licença.
d. poder discricionário.
e. autorização
COMENTÁRIO
Para exercer uma atividade, a pessoa precisa ter primeiro uma licença expedida pela
administração pública, que é uma espécie do gênero negocial.
25m
12. (MPE - MS 2018/ MPE-MS/ PROMOTOR DE JUSTIÇA) Quanto aos atos administrativos,
assinale a alternativa correta.
a. Resoluções, instruções e portarias são atos administrativos normativos.
b. Instruções, avisos e certidões são atos administrativos ordinatórios.
c. Parecer vinculante e obrigatório possuem o mesmo significado.
d. No parecer vinculante, a manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinati-
va, não podendo a decisão do administrador colidir com a sua conclusão.
ANOTAÇÕES
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COMENTÁRIO
a. Resolução é um ato normativo, bem como instrução; mas portaria é ato ordinatório;
b. Certidão é ato enunciativo;
c. Parecer vinculante vincula a própria decisão do administrador; obrigatório porque tem que
ter no processo;
d. Parecer significa manifestação de órgão técnico;
e. Atos vinculativos são contra o regramento.
GABARITO
1. E
2. c
3. C
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4. c
5. a
6. E
7. C
8. E
9. C
10. b
11. c
12. d
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Extinção dos Atos
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Existe a extinção natural, que é realmente como todo ato deveria acabar (ex: um servidor
ficou 30 dias de férias, no dia seguinte ocorreu a extinção natural do ato administrativo) e a
extinção volitiva, que depende da manifestação do homem (ex: anulação, revogação, cas-
sação, caducidade e a contraposição).
• Quando anular? Quando a Administração praticar ato administrativo com vício de lega-
lidade – contra a lei – ou de legitimidade – ofensa ao direito;
• Quem pode anular? A própria Administração ou o Poder Judiciário;
• Efeitos: ex tunc, ou seja, os efeitos produzidos pelo ato devem ser desfeitos;
• Prazo para anular (art. 54 da Lei n, 9.784/1999):
– a) 05 anos (decadencial) se o ato for favorável ao administrado e se este estiver
de boa-fé;
– b) não há prazo, se o ato for desfavorável e, se em ato favorável, o administrado esti-
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ver de má-fé;
5m
Obs.: é importante lembrar dos requisitos dos atos administrativos: competência, finalidade,
forma, motivo ou objeto. Quer dizer que o ato tem vício em algum daqueles elemen-
tos já trabalhados em outras aulas. Tanto o ato vinculado, quanto o ato discricionário
podem ser anulados. Mas a própria AP pode perceber que errou e anular seu ato ad-
ministrativo, é a autotutela.
ATENÇÃO
No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção
do primeiro pagamento (art. 54, § 1º da Lei n. 9.784/1999).
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DIRETO DO CONCURSO
COMENTÁRIO
Se a Administração Pública não anular em cinco anos, estando o administrado de boa-fé,
não tem mais como anular.
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COMENTÁRIO
a) Deve anular sim.
b) De maneira alguma. Deve ser quem praticou o ato ou um superior.
c) A AP deve anular seus atos ilegais.
d) Ela deve anular quando houver vício de legalidade.
e) Não cabe ao chefe da Polícia Federal.
2. REVOGAÇÃO
"Súmula n. 473/STF – A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial”;
Obs.: na anulação, o ato é ilegal. Na revogação, o ato é válido e legal, mas não está mais
atendendo ao interesse público.
20m
Características
a) o ato é válido, legal, mas inoportuno ou inconveniente;
b) só a Administração pode revogar seus atos;
c) só os atos discricionários podem ser revogados;
d) a revogação somente produz efeitos prospectivos, para frente (ex nunc), isso quer dizer
que, da prática do ato, a sua revogação e os seus efeitos serão respeitados;
Obs.: apenas a própria Administração Pública pode revogar seus atos, sem interferência do
Poder Judiciário.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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GABARITO
1. E
2. d
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Atos Administrativos – Extinção dos Atos II
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Na aula passada, foi trabalhada a parte teórica sobre diferenças de anulação e revogação.
Neste bloco, serão feitos vários exercícios de fixação.
DIRETO DO CONCURSO
COMENTÁRIO
Não há possibilidade de revogar ato enunciativo, então certidão é um ato que não admite a
revogação.
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
O ato é legal, mas se tornou inconveniente ou
O ato é ilegal.
inoportuno.
Controle de legalidade. Controle de mérito.
Poder Judiciário e a Administração. Apenas a Administração.
Efeitos: ex tunc (retroage tudo). Efeitos: ex nunc (nunca retroage).
Alcança atos discricionários e vinculados. Apenas atos discricionários.
Limite temporal:
a. 5 anos, estando de boa-fé; Não há limite temporal.
b. Não há prazo estando de má-fé.
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COMENTÁRIO
Quando se fala de anulação, isso ocorre, porque o ato tem algum defeito, e o defeito não é
prospectivo, o efeito é retroativo.
Um servidor público federal determinou a nomeação de seu irmão para ocupar cargo de
confiança no órgão público onde trabalha. Questionado por outros servidores, o departamento
jurídico do órgão emitiu parecer indicando que o ato de nomeação é ilegal. Considerando essa
situação hipotética, julgue o item a seguir.
COMENTÁRIO
Trata-se de nepotismo (súmula vinculante n. 13), que atenta contra os princípios da
moralidade, impessoalidade e eficiência. Então, se o ato é ilegal, deve ser anulado.
5m
COMENTÁRIO
O Poder Judiciário faz controle de legalidade, realizando anulação do ato, mas o Poder
Judiciário não faz controle de mérito para chegar à revogação do ato administrativo. O
Poder Judiciário tem duas funções: a típica, que é o poder de julgar, e tem também função
administrativa, como nomear servidor, conceder férias, comprar materiais etc. Nesta
atividade meio, o Poder Judiciário pode anular e revogar atos, mas quando se fala de
concurso público, o comum é a banca explorar a atividade típica do Poder Judiciário.
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COMENTÁRIO
Na legalidade, anula-se o ato, e no interesse público pode gerar a revogação. A AP age de
ofício, ela não precisa ser provocada.
COMENTÁRIO
Se existe um vício de competência, pode-se afirmar que o ato é ilegal, e este deve ser
anulado. Foi falado que não há prazo para revogar ato.
Um servidor público federal determinou a nomeação de seu irmão para ocupar cargo de
confiança no órgão público onde trabalha. Questionado por outros servidores, o departamento
jurídico do órgão emitiu parecer indicando que o ato de nomeação é ilegal. Considerando essa
situação hipotética, julgue o item a seguir.
COMENTÁRIO
O Poder Judiciário pode fazer controle da legalidade em ato, mas isso não se chama
autotutela, e sim controle externo. Autotutela ocorreria se a própria Administração tivesse
anulado o ato de nomeação.
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COMENTÁRIO
Se a Administração vai revogar ato, o ato não é ilegal, pois apenas o ato legal pode ser
revogado.
2.1. REPRISTINAÇÃO
DIRETO DO CONCURSO
COMENTÁRIO
A questão está de acordo com o exemplo dado acima.
3. CASSAÇÃO
A cassação é a extinção do ato administrativo praticado de forma legal, mas que tenha se
tornado ilegal na sua execução, por culpa ou dolo do particular.
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Exemplo: cassação da CNH. O ato foi expedido e é válido, mas o particular conseguiu cin-
quenta pontos na carteira, o que leva a AP a cassar o ato administrativo.
DIRETO DO CONCURSO
COMENTÁRIO
O servidor saiu de licença médica, mas começou a exercer uma atividade remunerada. Se
a pessoa está doente para trabalhar no serviço público, deveria estar doente para trabalhar
em qualquer lugar. A Administração Pública descobre esse fato, e cassa a licença médica, e
a partir de então, será considerada como falta.
4. CADUCIDADE
Ocorre quando uma nova norma jurídica torna inadmissível a situação consentida pela
Administração. Para Bandeira de Mello (2009, p. 440), caducidade representa a retirada do
ato porque sobreveio norma jurídica que tornou inadmissível a situação antes permitida pelo
Direito e outorgada pelo ato precedente.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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5. CONTRAPOSIÇÃO
Edição de ato que se opõe a outro ato já praticado. Um ato derruba por contraposição
outro anteriormente produzido. Um ato se contrapõe a outro.
Exemplo: um ótimo servidor foi nomeado, mas logo depois, foi demitido. Então aqui, exis-
tem dois atos, um se contrapondo ao outro.
DIRETO DO CONCURSO
12. (CESPE/2018/SEFAZ-RS/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Determinado pre-
feito exarou ato administrativo autorizando o uso de bem público em favor de um particu-
lar. Pouco tempo depois, lei municipal alterou o plano diretor, no que tange à ocupação do
espaço urbano, tendo proibido a destinação de tal bem público à atividade particular. Nes-
sa situação hipotética, o referido ato administrativo de autorização de uso de bem público
extingue-se por
a. Revogação.
b. Anulação.
c. Contraposição.
d. Caducidade.
e. Cassação.
COMENTÁRIO
Aqui se vê claramente a aplicação da caducidade, pois foi praticado um ato, uma autorização
de uso de bem público, e posteriormente veio uma lei proibindo a utilização de qualquer bem
público pelos particulares.
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b. Revogação.
c. Cassação.
d. Convalidação.
e. Decadência.
COMENTÁRIO
Deve ocorrer a extinção justamente pela cassação, pois o particular não manteve o exigido
por lei para continuar com o ato administrativo válido.
GABARITO
1. E
2. E
3. E
4. E
5. C
6. E
7. E
8. E
9. C
10. c
11. C
12. d
13. c
�E
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Atos Administrativos – Convalidação
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Nesta aula, será trabalhada a possibilidade de corrigir o ato administrativo que tiver algum
defeito sanável.
1. Convalidação
Art. 55, Lei n. 9.784/99: "Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse pú-
blico nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão (discricionária)
ser convalidados pela própria Administração".
5m
ANOTAÇÕES
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Atos Administrativos – Convalidação
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Obs.: nem todo vício no elemento competência pode ser convalidado. Se a competência for
exclusiva de órgão ou autoridade, não admite a convalidação, bem como se a incom-
petência for em razão da matéria. Se a forma for imprescindível para a prática do ato,
também não pode convalidar.
Características:
10m
a) opera efeitos ex tunc, ou seja, retroagindo seus efeitos ao momento em que foi prati-
cado o ato originário;
b) a administração não pode convalidar um ato viciado se este já foi impugnado na esfera
administrativa ou judicial;
c) os elementos competência e forma podem ser convalidados;
d) os atos de competência exclusiva não podem ser convalidados;
e) forma quando essencial à validade do ato não pode ser convalidada;
f) os elementos finalidade, motivo e objeto não são passíveis de convalidação.
2. Ratificação
É a correção do elemento Competência ou Forma, tradicionalmente chamando de Conva-
lidação do ato.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Convalidação
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3. Reforma
Retira a parte inválida do ato, mantendo a parte válida (efeito plúrimo).
4. Conversão
Retira a parte inválida, acrescentando uma outra parte válida.
15m
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
COMENTÁRIO
a) Não comporta convalidação, mas não é em razão do vício, e sim porque foi impugnado.
b) Não pode comportar convalidação.
c) Não pode ser convalidado, porque o particular impugnou.
d) Não comporta convalidação.
e) Se há vício de competência, não se fala em revogação nunca.
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Atos Administrativos – Convalidação
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a. revogar com efeitos ex nunc o ato, desde que, para tanto, respeite o prazo legal.
b. anular com efeitos ex nunc o ato, desde que já não tenha sido impugnado, independen-
temente do prazo.
c. revogar o ato, no exercício da autotutela, que não se sujeita a limite temporal e tem,
como regra, efeitos ex tunc.
d. anular o ato, no exercício da autotutela, que se sujeita a limites temporais e, como regra,
produz efeitos ex tunc, preservados os direitos de terceiros de boa-fé.
e. anular o ato, no exercício da autotutela, que não se sujeita a limites e sempre produz
efeitos ex tunc, em razão do princípio da estrita legalidade.
COMENTÁRIO
25m
a) Se a autoridade é incompetente, o certo seria anular o ato, e não revogar.
b) O correto seria ex tunc, e não ex nunc.
c) Não se pode revogar o ato, quando o certo seria a anulação.
d) Se sujeita a limites temporais (5 anos, efeitos ex tunc, o direito de quem tem boa-fé
sempre será preservado.
e) Se sujeita a limites, de cinco anos.
COMENTÁRIO
A anulação fundamenta-se na ilegalidade do ato, mas a cassação é que funciona como
espécie de sanção. A revogação não é espécie de sanção.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Convalidação
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COMENTÁRIO
a) É a retirada de um ato inválido.
b) Vício não será revogado, e sim anulado.
c) É discricionário e usa esses critérios.
d) A extinção subjetiva é o desaparecimento do sujeito, e a objetiva é o desaparecimento do
objeto.
e) A AP pratica ato de direito privado, contratos administrativos, entre outros.
COMENTÁRIO
O vício é no elemento competência, e este admite sim a convalidação.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Convalidação
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COMENTÁRIO
Se for de competência exclusiva, não admite a convalidação.
a reforma.
b. ainda que o ato tenha sido objeto de impugnação é possível falar-se em convalidação,
com o objetivo de aplicar o princípio da eficiência.
c. há vícios que podem ser sanados e, nestes casos, a convalidação terá efeitos ex nunc.
d. a violação das normas jurídicas causa um vício que só pode ser corrigido com a edição
de novo ato, pelo poder Judiciário.
e. é possível convalidar atos com vício no objeto, ou conteúdo, mas apenas quando se
tratar de conteúdo plúrimo.
COMENTÁRIO
a) São três formas, faltando a conversão.
b) Se o ato for impugnado, não pode mais ser convalidado, segundo a jurisprudência.
c) A convalidação sempre gera efeitos ex tunc.
d) O ato pode ser corrigido através da convalidação, e é corrigido pela própria Administração.
e) Só é possível ocorrer a promoção no objeto se for um ato de conteúdo plúrimo (reforma
e conversão).
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Convalidação
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COMENTÁRIO
a) Não é apenas pelo agente que praticou.
b) Não é por juiz.
c) Também pode por meio de chefe imediato.
d) Se o ato administrativo já cumpriu seus efeitos jurídicos, não tem como revogar mais.
e) Pode ocorrer a revogação de ofício.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos – Convalidação
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COMENTÁRIO
a) A motivação aliunde é uma motivação de outro lugar. Esta pode ter como base uma
norma técnica ou mesmo um parecer, ou seja, um resultado é usado para fazer a motivação
do ato administrativo.
b) Não existe subordinação hierárquica entre a Administração Direta e Indireta, apenas
vinculação.
c) Se o parecer é da Controladoria, é um ato simples.
d) Poderão ser anulados.
GABARITO
1. c
2. d
3. E
4. c
5. E
6. C
7. e
8. c
9. a
�E
ste material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Conceito
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Nesta aula, serão estudados os Poderes Administrativos, tema muito importante para a
prova. Quando se fala em poderes, eles representam um conjunto de prerrogativas que o
Estado confere aos seus agentes para que eles possam trabalhar, exercendo as suas ativida-
des administrativas.
COMENTÁRIO
Isso mesmo. A banca está tratando do poder-dever do administrador público, e esse é
irrenunciável.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Conceito
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• Poder Disciplinar;
• Poder Hierárquico;
• Poder Vinculado;
• Poder Discricionário;
• Poder de Polícia;
• Poder Regulamentar.
5m
PODER VINCULADO
Este poder justifica a prática de ato vinculado.
Para ser praticado um ato administrativo, obrigatoriamente deve ter acontecido um fato,
pois sem fato não há prática do ato. O agente público enquadra o fato na lei, e se a lei deter-
minar a prática do ato, o ato é vinculado. O ato vinculado é algo mecânico, apenas obedece
o que a lei estabelece.
PODER DISCRICIONÁRIO
O ato discricionário pode ser revogado. O administrador público, por critérios de conveni-
ência ou oportunidade, pode revogar o ato. Então quer dizer que o poder discricionário também
fundamenta a revogação do ato administrativo, e se dá por conveniência ou oportunidade.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Conceito
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Alternativas
Fato → Lei Discriminação
10m Opções
Obs.: essa margem de conveniência e oportunidade deve estar dentro dos limites da lei.
COMENTÁRIO
Se a lei dá opções quanto ao conteúdo do ato, a lei autoriza a interdição ou aplicação de
multa; são, automaticamente, atos discricionários.
COMENTÁRIO
Se a lei não dá qualquer margem da liberdade, automaticamente se torna um ato vinculado.
ANOTAÇÕES
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Poderes Administrativos – Conceito
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COMENTÁRIO
O mérito administrativo, a conveniência e a oportunidade têm relação com a
discricionariedade.
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Poderes Administrativos – Conceito
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COMENTÁRIO
Foi praticado um ato discricionário, dando margem de liberdade para o agente público agir.
COMENTÁRIO
Se fala em flexibilidade, conveniência ou oportunidade, é ato discricionário.
COMENTÁRIO
Quando se fala em opção entre duas ou mais soluções, não tem erro.
ANOTAÇÕES
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Poderes Administrativos – Conceito
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COMENTÁRIO
Poder discricionário é justamente isso, oportunidade e conveniência de praticar ato
administrativo.
COMENTÁRIO
Possibilidade de escolha se reflete ao ato discricionário.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Conceito
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GABARITO
1. C
2. C
3. d
4. a
5. b
6. c
7. e
8. C
9. e
�E
ste material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Poderes Administrativos – Poder Hierárquico
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PODER HIERÁRQUICO
Características:
• não alcança os particulares;
• não há hierarquia entre Administração Direta e as entidades da Administração Indireta
(autonomia administrativa).
Art. 12, Lei n. 9.784/99 Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole téc-
nica, social, econômica, jurídica ou territorial.
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Poderes Administrativos – Poder Hierárquico
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Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados,
a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Súmula n. 510 STF. Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência dele-
gada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial (delegante/delegado).
COMENTÁRIO
É justamente o conceito de avocação que acabou de ser estudado, com todas as
características.
15m
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Poderes Administrativos – Poder Hierárquico
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COMENTÁRIO
A vocação é em caráter extraordinário (a delegação é que é ordinária); e não é por tempo
indeterminado, mas sempre por prazo certo.
COMENTÁRIO
a) Não há relação de subordinação entre estes.
b) Não é toda matéria que pode ser delegada e avocada. Não se pode fazer isso com
matéria exclusiva.
c) Hierarquia é obediência, mas se a ordem for ilegal, não é para ser atendida de maneira
alguma.
d) Dessa revisão, pode gerar anulação ou revogação do ato, seja por mérito ou legalidade.
e) Não há relação de hierarquia entre Administração Direta e Indireta.
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Poderes Administrativos – Poder Hierárquico
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GABARITO
1. C
2. E
3. d
�E
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Poder Disciplinar
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Nesta aula, será estudado o Poder Disciplinar, que representa a capacidade que a Admi-
nistração Pública tem de punir seus agentes públicos e àqueles particulares que estiveram
sob sua disciplina. Mas o Poder Disciplinar não alcança qualquer particular, este tem que ter
um vínculo pretérito com a Administração, e geralmente este vínculo se dá através de contrato
administrativo.
PODER DISCIPLINAR
Obs.: pode ser que o poder disciplinar seja derivado do poder hierárquico, mas não ocorrerá
por todas as vezes.
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Poderes Administrativos – Poder Disciplinar
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Para Di Pietro (2009, p. 93), o Poder Disciplinar é o que cabe à Administração Pública para
apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à
disciplina administrativa.
Atos Punitivos visa punir; pode ter fundamento no Poder de Polícia (alcança todos os
particulares de maneira discriminada) ou no Poder Disciplinar (alcança os agentes públicos e
particulares que estão sob disciplina da AP).
10m
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ao lecionar o tema, ressalta que "a administração não tem
liberdade de escolha entre punir e não punir, pois, tendo conhecimento de falta praticada por
servidor, tem necessariamente que instaurar o procedimento adequado para sua apuração
e, se for o caso, aplicar a pena cabível. Não o fazendo, incide em crime de condescendência
criminosa, previsto no artigo do Código Penal, e em improbidade administrativa, conforme art.
11, inciso II, da Lei n. 8.429, de 02/06/1992".
COMENTÁRIO
Em "independentemente de decisão judicial" há a autoexecutoriedade dos atos
administrativos. Aqui está a presença de poder disciplinar, que é a possibilidade de impor
sanções a seus servidores; e como essa relação atinge o servidor, está presente o poder
hierárquico também.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Poder Disciplinar
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COMENTÁRIO
É importante lembrar do exemplo dado acima, quando a AP contratou uma empresa e esta
praticou ilegalidade, que levou a AP a impor alguma sanção, com a presença do poder
disciplinar.
COMENTÁRIO
Se multa é um ato punitivo, é aplicado apenas no poder disciplinar ou no poder de polícia.
Mas uma multa a uma sociedade empresária caracteriza o poder disciplinar, se fosse uma
multa de trânsito, nesse caso, seria poder de polícia.
COMENTÁRIO
Nesta questão não descreve-se poder hierárquico, que seria apenas fiscalização; descreve-
se poder disciplinar, que está relacionado à apuração de infrações.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Poder Disciplinar
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COMENTÁRIO
a) O poder disciplinar atinge os agentes públicos, mas também atende os celetistas.
b) É verdade que é inconstitucional, e não permitida. É necessário o devido processo com
contraditório e ampla defesa.
c) É poder de polícia.
d) Sobre um vínculo de natureza especial com a AP, seja ou não servidor público.
e) Afastamento cautelar pode ser determinado pela AP, para que o servidor não venha
prejudicar as investigações, mas isso não é considerado uma punição.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Poder Disciplinar
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COMENTÁRIO
Demissão de servidor decorre de poder disciplinar, e não do poder de polícia.
GABARITO
1. C
2. C
3. b
4. E
5. d
6. E
�E
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Poder Regulamentar
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Dando continuidade, nesta aula o foco será Poder Regulamentar, que é bem simples e
não pode ter erro na prova. O Poder Regulamentar serve para criar decretos, ou seja, repre-
senta a competência dos chefes do Poder Executivo para edição de decretos. Chefe do Poder
Executivo, Governador de Estado, Prefeito e Presidente da República são as pessoas que
podem editar decreto.
PODER REGULAMENTAR
9º O Executivo (prefeito) regulamentará (decreto) esta lei no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data
de sua publicação.
5m
ANOTAÇÕES
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Poderes Administrativos – Poder Regulamentar
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Poder Regulamentar
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Obs.: há países em que o fundamento é o de o Chefe do Executivo poder criar uma situação
jurídica nova, como se fosse o chefe do Poder Executivo legislando. No Brasil, para
criar lei, deve haver a participação do Poder Legislativo. Então o decreto autônomo
não pode suprir a omissão do Poder Legislativo de maneira alguma.
ATENÇÃO
Consta, no parágrafo único do art. 84, da CF, que o Presidente da República poderá delegar
a competência de editar decreto autônomo aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral
da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas
respectivas delegações.
COMENTÁRIO
O Congresso Nacional pode sustar a realização desse controle externo, que é justamente
tirar a validade de um ato normativo (art. 49, V, CF).
15m
COMENTÁRIO
Não pode criar ou extinguir ministérios, entidade, por um simples decreto, pois decreto é ato
administrativo.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Poder Regulamentar
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COMENTÁRIO
Presidente de Tribunal pode editar decreto? Como não é chefe de Poder Executivo, não
pode.
COMENTÁRIO
Não pode, de maneira alguma, criar ou extinguir órgão, entidade, cargo público etc.
Obs.: Poder Normativo tem competência para editar ato normativo (regimento interno,
instrução normativa, deliberação, resolução, decreto e portaria). Dentro do Poder
Normativo está o Poder Regulamentar.
O mais comum é a divisão do decreto do poder regulamentar que foi estudado, mas a pro-
fessora Di Pietro trata o decreto, como também todos os atos normativos, pertencendo ali ao
poder normativo. Então o Poder Normativo, para a autora, é mais amplo que o Poder Regu-
lamentar, porque o Poder Normativo representa a competência de várias autoridades para
edição de atos normativos, que entra aí o decreto.
20m
Já o Poder Regulamentar serve apenas para editar decreto, apenas nas mãos dos Chefes
do Executivo.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poderes Administrativos – Poder Regulamentar
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COMENTÁRIO
O ato normativo não é praticado com fundamento no poder regulamentar, e sim no poder
normativo. Poder regulamentar é só para editar decreto.
GABARITO
1. C
2. E
3. C
4. E
5. E
�E
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preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
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ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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Poder de Polícia
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PODER DE POLÍCIA
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poder de Polícia
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CTN
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou dis-
ciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou obtenção de fato, em razão
de interesse público concernente à segurança, higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, no exercício das atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do poder público, à tranquilidade pública ou o respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
A CF admite que a Administração Pública institua taxa para efetivar o Poder de Polícia,
podendo-se pagar, por exemplo, taxa da visita do Bombeiro, taxa de “habite-se”.
10m
ANOTAÇÕES
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Poder de Polícia
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DIRETO DO CONCURSO
1. (QUADRIX 2019/CORECON-PE/ASSESSOR JURÍDICO) Quando servidores públicos
realizam uma fiscalização com o objetivo de identificar infratores, entre os cidadãos que
não possuem vinculação especial com o Estado, e, logo após, aplicam a penalidade
de multa, uma vez que há previsão legal para esse tipo de sanção diante da infração
verificada, é correto afirmar que houve
a. exercício do poder de polícia.
b. exercício do poder disciplinar.
c. exercício do poder regulamentador.
d. exercício do poder hierárquico.
e. abuso de poder
COMENTÁRIO
Se o particular tiver um vínculo pretérito com o Estado, não ocorre o Poder de Polícia e
sim o poder disciplinar, que é utilizado para penalizar servidores no caso de demissão,
suspensão, cassação de aposentadoria, advertência, alcançando também o particular que
estiver sob disciplina da Administração Pública, sob a fiscalização – por exemplo, os con-
tratados para construir uma obra para a Administração Pública, que não estão executando
o trabalho e que recebem uma multa por parte do poder público, ou mesmo uma multa a
um concessionário, a um permissionário, a suspensão de um aluno de uma escola pública.
Para haver a incidência do poder disciplinar, deve haver um vínculo pretérito entre a pes-
soa e a Administração Pública.
O Poder de Polícia alcança a todos.
O ato punitivo ou tem fundamento no Poder de Polícia ou no poder disciplinar. Quando a
Administração aplica uma sanção o fundo será no poder disciplinar ou no Poder de Polícia.
O poder disciplinar exige um vínculo pretérito e Poder de Polícia alcança todos.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poder de Polícia
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3) A fiscalização de polícia
Um funcionário do DETRAN que esteja fazendo uma fiscalização, essa atividade tem fun-
damento no Poder de Polícia. Os agentes do PROCON que fazem uma fiscalização, estão
numa atividade fundamentada no Poder de Polícia. Pode ser que dessa fiscalização advenha
uma sanção.
4) A sanção de polícia
A sanção é a punição, é punir alguém com base no Poder de Polícia, sendo essa a última
atividade do Ciclo de Polícia.
O consentimento estatal representa a atividade preventiva.
A fiscalização de polícia também é atividade preventiva.
15m
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poder de Polícia
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DIRETO DO CONCURSO
2. (CESPE/2015/MPU/ANALISTA) O poder de polícia administrativa, que incide sobre as
atividades, os bens e os próprios indivíduos, têm caráter eminentemente repressivo.
COMENTÁRIO
No lockdown, durante a pandemia, o Poder de Polícia atingiu a própria liberdade dos
indivíduos.
O Poder de Polícia é tipicamente preventivo porque, dentro do Ciclo, há duas atividades
preventivas e apenas uma repressiva.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poder de Polícia
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vem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente divididas em quatro grupo, a
saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção. (...) 5. Somente o atos
relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legisla-
ção e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público. 6. No que tange aos atos de
sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria, inclusive, comprometido pela busca
do lucro – aplicação de multas para aumentar a arrecadação.” (STJ, REsp 817534/MG).
20m
DIRETO DO CONCURSO
3. (CESPE/TRE-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA) Ainda que não lhe seja permi-
tido delegar o poder de polícia a particulares, em determinadas situações, faculta-se ao
Estado a possibilidade de, mediante contrato celebrado, atribuir a pessoas da iniciati-
va privada o exercício do poder de polícia fiscalizatório para constatação de infrações
administrativas estipuladas pelo próprio Estado.
COMENTÁRIO
Por exemplo, uma pessoa em viagem está no aeroporto e precisa passar a sua mala no
raio X. Quem está ali trabalhando são particulares, funcionários da empresa que ganhou
a licitação para fazer esse trabalho, ou seja, a mera fiscalização pode ser delegada ao
particular.
O Poder de Polícia pode ser delegado, até a sanção, para as empresas estatais, desde
que a delegação ocorra por Lei, que a empresa estatal preste serviço público e o serviço seja
prestado de maneira exclusiva, como monopólio do Estado.
“É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, às pessoas jurídi-
cas de direito privado, integrantes da Administração Pública indireta de capital social
majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público (tanto Empresa
Pública quanto Sociedade de Economia Mista) de atuação própria do Estado e em
regime não concorrencial. (RE 633782).
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poder de Polícia
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DIRETO DO CONCURSO
Acerca dos poderes e dos deveres do administrador público, julgue o item.
4. (QUADRIX/2021/CRP-MS) A sanção aplicada a uma empresa contratada pelo Po-
der Público por falhas na execução de um contrato representa o exercício do poder
de polícia.
COMENTÁRIO
Não se trata de Poder de Polícia e sim de poder disciplinar.
COMENTÁRIO
O Poder de Polícia não é serviço público.
Determinado órgão público firmou contrato administrativo com uma empresa de reco-
nhecida especialização no mercado, para a prestação de serviços de treinamento de
pessoal de natureza singular aos seus servidores. Durante a execução do contrato,
a empresa descumpriu uma das cláusulas contratuais. A administração pública, en-
tão, aplicou multa por inexecução parcial do acordado. Insatisfeita, a empresa impetrou
mandado de segurança no Poder Judiciário em face do ato administrativo que aplicara
a penalidade sem prévia oitiva.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem:
6. (CESPE/2021/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) A aplicação da multa em ques-
tão decorre do poder administrativo disciplinar.
ANOTAÇÕES
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poder de Polícia
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COMENTÁRIO
Deriva de poder disciplinar porque existe um vínculo pretérito.
Determinado agente da Polícia Federal revelou um segredo sobre uma operação poli-
cial que seria realizada para deter uma quadrilha de traficantes. Ele havia se apropriado
desse segredo em razão do seu cargo. Tendo a operação fracassado, a administração
da Polícia recebeu uma denúncia sobre o ocorrido e abriu processo administrativo disci-
plinar contra o referido servidor. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens
subsequentes. O servidor, em razão do seu ato, está sujeito à pena de demissão.
7. (CESPE/2021/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) O processo aberto contra o ser-
vidor caracteriza poder de polícia administrativo.
COMENTÁRIO
O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) não é atividade de polícia administrativa, é
poder disciplinar.
GABARITO
1. a
2. E
3. C
4. E
5. C
6. C
7. E
�E
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preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
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ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Poder de Polícia – Atributos e Prescrição
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Discricionariedade
•
O poder de polícia é tipicamente discricionário. No entanto, há atos vinculados com funda-
mento nesse poder.
ATENÇÃO
Se a banca afirmar que o poder de polícia é tipicamente discricionário, a afirmação está
correta.
Porém se afirmar que todas as atividades com fundamento no poder de polícia são
discricionárias? Essa já não está correta.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/2015/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) O poder de polícia dispõe de certa discricio-
nariedade, haja vista o poder publico ter liberdade para escolher, por exemplo, quais ativi-
dades devem ser fiscalizadaspara que se proteja o interesse público.
• Autoexecutoriedade
ATENÇÃO
A multa não possui o atributo da autoexecutoriedade.
5m
ANOTAÇÕES
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Poder de Polícia – Atributos e Prescrição
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DIRETO DO CONCURSO
2. (CESPE 2015/DPU/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO) A multa, como sanção resultante
do exercício do poder de policia administrativa, não possui a característica da autoexe-
cutoriedade.
• Coercibilidade
COMENTÁRIO
O poder de policia é obrigatório. Não representa uma opção para o particular. A partir do
momento que a administração emite o ato, ele deverá ser prontamente cumprido.
Se o particular não aceitar a determinação da administração, pode até utilizar uma força
física, proporcional à gravidade do fato.
PRESCRIÇÃO
Art. 1º Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta,
no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da
data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver
cessado.
§ 2º Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição
reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.
DIRETO DO CONCURSO
3. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL) O prazo prescricional para que a administra-
10m ção pública federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, inicie ação punitiva,
cujo objetivo seja apurar infração à legislação em vigor, é de cinco anos, contados da data
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em que o ato se tornou conhecido pela administração, salvo se se tratar de infração dita
permanente ou continuada, pois, nesse caso, o termo inicial ocorre no dia em que cessa
a infração.
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15m
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Observar o que está previsto na Súmula n. 510 do STJ.
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COMENTÁRIO
Consentimentos seriam licenças, autorização e permissão.
GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. C
5. c
6. c
7. e
�E
ste material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Lei n. 4.898/1965
3 espécies:
• Excesso de poder (ou excesso de competência segundo terminologia que algumas
bancas utilizam);
• Desvio de poder (ou de finalidade); e
• Omissão.
Princípios:
– Supremacia do interesse gera um poder para o administrador público; e
– Indisponibilidade do interesse público gera um dever.
5m Resumindo:
• Excesso de competência ou de poder: a autoridade age além do permitido em lei, ou
seja, atua ultra legen.
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Exemplo:
10m
Ementa: INFRAÇÕES DE TRÂNSITO. NULIDADE. MOTIVO E FINALIDADE DO ATO
ADMINISTRATIVO ATINGIDOS. DESVIO DE PODER CONFIGURADO. O que se verifica é
que, ao lavrar os AITs, o agente policial não teve como intuito punir o autor por infrações pre-
vistas no Código de Trânsito Brasileiro, mas sim puni-lo pela agressão que sofreu minutos
antes, a evidenciar que o agente de trânsito atuou com desvio de poder, eis que se serviu de
um ato para satisfazer finalidade alheia à natureza do ato utilizado. RF-4 – APELAÇÃO/REE-
XAME NECESSÁRIO APELREEX 3936 RS 2006.71.14.003936-9 (TRF-4)
Exemplo:
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DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL) Um secre-
tário municipal removeu determinado assessor em razão de desentendimentos pessoais
motivados por ideologia partidária. Assertiva: Nessa situação, o secretário agiu com abuso
de poder, na modalidade excesso de poder, já que atos de remoção de servidor não po-
dem ter caráter punitivo.
COMENTÁRIO
Observar qual o propósito do ato de remoção. Não foi para atender ao interesse público.
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GABARITO
1. E
2. E
3. C
4. C
5. d
6. C
7. E
8. b
9. E
10. C
�E
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preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.
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ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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