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Programa Bolsa familia

Quem tem direito?


Para ter direito ao Bolsa Família, a principal regra é que a renda de cada
pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês.

Ou seja, se um integrante da família recebe um salário mínimo (R$ 1.412),


e nessa família há seis pessoas, a renda de cada um é de R$ 217. Como está
abaixo do limite de R$ 218 por pessoa, essa família tem o direito de receber
o benefício.

Como Receber?
Em primeiro lugar, é preciso estar inscrito no Cadastro Único, com os
dados corretos e atualizados. Esse cadastramento é feito em postos de
atendimento da assistência social dos municípios, como os CRAS. É
preciso apresentar o CPF ou o título de eleitor.
Lembrando que, mesmo inscrita no Cadastro Único, a família não entra
imediatamente para o Bolsa Família. Todos os meses, o programa
identifica, de forma automatizada, as famílias que serão incluídas e que
começarão a receber o benefício.

Quais são as regras para receber o Bolsa Família em 2023?


Confira os requisitos:

 Frequência escolar de, no mínimo, 60% para crianças de 4 e 5 anos;


 Frequência escolar de, no mínimo, 75% para crianças/jovens de 6 a
18 anos;
 Acompanhamento nutricional de crianças até 7 anos;
 Carteira de vacinação infantojuvenil atualizada;
 Comprovante de acompanhamento do pré-natal.

 Quem recebe mais de R$ 600 por mês?


 Nenhuma família vai receber menos que R$ 600. Esse foi um
compromisso do presidente Lula.
 Em casos de famílias mais numerosas, com crianças, adolescentes ou
gestantes, o valor recebido será maior.
 O cálculo é feito assim:
 Para cada integrante da família, de qualquer idade, o programa paga
R$ 142. Se a família tem quatro pessoas, por exemplo, esse primeiro
benefício soma R$ 568. Para chegar aos R$ 600, o Governo Federal
vai pagar um complemento de R$ 32.
 Em seguida, são aplicados os adicionais. Se há uma criança de zero a
seis anos, ela tem direito a R$ 150, então o valor do repasse para a
família será de R$ 750. Se forem duas crianças nessa faixa etária, a
família receberá R$ 900, e assim por diante.
 A partir de junho, terão início os adicionais de R$ 50 para gestantes,
crianças e adolescentes de 7 a 18 anos. Ou seja, se uma família tem
uma criança de até seis anos, uma gestante e um adolescente, o valor
total chega a R$ 850.

Há três casos em que o Bolsa Família pode ser cancelado:

 Averiguação cadastral: A partir do cruzamento de dados em bases


administrativas, podem ser encontradas inconsistências cadastrais
(geralmente em relação à renda informada pelo beneficiário no
momento da inscrição no Cadastro Único). O benefício é bloqueado
até que o beneficiário atualize os dados junto ao CRAS. Se ele
comprovar os dados informados anteriormente, volta a receber o
benefício. Se não, o benefício é cancelado.
 Revisão cadastral: Ainda que a família não tenha passado por
nenhuma alteração de endereço, telefone ou composição familiar,
mesmo assim é preciso atualizar os dados no CRAS no mínimo a
cada dois anos. Se não fizer, o benefício pode ser cancelado.
 Fim da Regra de Emancipação do Auxílio Brasil: O antigo programa
de transferência de renda mantinha em proteção por 24 meses (12
meses no caso de beneficiários BPC e pensionistas) as famílias que
atingiam até duas vezes e meia o valor da linha de pobreza (R$ 210),
ou seja, R$ 525. Famílias que já ultrapassaram esse período na regra
de emancipação deixam o programa.

1-Programa nacional de direitos humanos PNDH-3 Decreto 7037/2009.


O pndh-3 tem 25 diretrizes a ser implantadas em parcerias com outros
orgãos federais relacionados com os temas.
Uma das finalidades do PNDH-3 é dar continuidade à integração e
ao aprimoramento dos mecanismos de participação existentes, bem como
criar novos meios de construção e monitoramento das políticas públicas
sobre Direitos Humanos no Brasil.
No âmbito institucional o PNDH-3, amplia as conquistas na área dos
direitos e garantias fundamentais, pois internaliza a diretriz segundo a qual
a primazia dos Direitos Humanos constitui princípio transversal a ser
considerado em todas as políticas públicas.

Programa Nacional de Direitos Humanos

Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) é um programa do


Governo Federal do Brasil, e foi criado, com base no art. 84, inciso IV, da
Constituição, pelo Decreto n° 1904 de 13 de maio de 1996, "contendo
diagnóstico da situação desses direitos no País e medidas para a sua defesa
e promoção, na forma do Anexo deste Decreto". Existem três versões do
PNDH, as versões I e II foram publicadas durante o governo FHC, e a
última, ou PNDH III, foi publicada no final de 2009, no governo Lula.

As propostas, ou temas de debate, sugeridos pelos planos nacionais de


direitos humanos não têm valor de lei; para ser aplicadas suas propostas
precisam antes ser discutidas no Congresso Nacional. Se aprovadas por
este, podem se tornar leis.

História

Origem

Em 1993, uma convenção realizada em Viena orientou que os Estados


membros das Nações Unidas constituíssem, objetivamente, programas
nacionais de direitos humanos. O Brasil foi um dos primeiros países a
promover essa formulação. No ano de 1996, a primeira versão do programa
foi feita. Na segunda versão, os direitos econômicos e sociais foram
inclusos, tais como o direito a moradia e alimentação.

Programas

PNDH-3

Apresentado pelo Poder Executivo em 2009, o PNDH-3 foi desenvolvido


para a participação popular, por meio de conferências nacionais e regionais.
As ações propostas, portanto, serão transversais, ou seja, são executadas
por vários ministérios, já que um direito não pode ser desvinculado do
outro.
Eixos do PNDH-3

 Interação democrática do Estado e da sociedade civil


 Desenvolvimento e Direitos Humanos
 Universalização de direito em um contexto de dificuldades sociais e
econômicas
 Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à violência
 Educação e Cultura em Direitos Humanos
 Direito a memória e a verdade

Propostas

 Harmonizar a relação estado/cidadão


 projetos de Lei (27 propostas são ainda somente projetos de lei)
 direito de propriedade, será decidido pela sociedade civil
organizada local [carece de fontes]
 as forças policiais se desvinculariam das forças armadas e passariam
a ter um comando nacional separado
 o poder executivo passaria a sobrepor os demais poderes
 a participação popular tenderia a ser mais intensa por meio dos
plebiscitos, o que é chamado de democracia direta [carece de fontes]

Controvérsias

O projeto de lei foi bastante criticado por parcelas da sociedade, em vista


do que o Governo decidiu alterar os pontos polêmicos do decreto que
instituiu, em dezembro de 2009, o terceiro Programa Nacional de Direitos
Humanos (PNDH 3). O novo texto deverá ser publicado no primeiro
semestre de 2010. As mudanças incluem artigos como o que prevê a
legalização do aborto, proibição de símbolos religiosos em locais públicos
e o que prevê a necessidade de ouvir invasores de terras no cumprimento de
decisões judiciais sobre conflitos agrários, como a reintegração de posse (o
que poderia estimular invasões de terras). As medidas foram anunciadas
pelo ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos, autor do
plano, ao abrir a reunião do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana. Também será eliminado qualquer vestígio que signifique risco de
censura à imprensa. "Estamos dispostos a promover as correções
necessárias", afirmou. "O programa não é lei, nem invade competências do
Judiciário ou do Legislativo, apenas arrola propostas." Vannuchi declarou
que está instalada uma nova etapa de negociações com as partes
insatisfeitas.[1]
Outro ponto polêmico é a criação da Comissão da Verdade, prevista no
Plano com o objetivo de apurar torturas e desaparecimentos durante a
ditadura (1964-1985), que está sendo alvo de reclamações por parte das
Forças Armadas. Na opinião do senador Arthur Virgílio (PSDB AM), o
texto do Plano seria inconstitucional: "O texto colide com princípios
constitucionais essenciais como a da livre iniciativa privada, o direito de
propriedade e a liberdade dos meios de comunicação, contendo diretrizes
político-ideológicas parciais e totalitárias que restringem os direitos e
garantias individuais e fragilizam as instituições democráticas,
instrumentos primordiais na manutenção do Estado de direito".[2]

No dia 12 de maio de 2010, quase cinco meses após lançar o Programa


Nacional dos Direitos Humanos e sofrer críticas de vários setores da
sociedade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou e assinou decreto
que altera nove pontos do plano e atende a reivindicações de militares,
religiosos e ruralistas. Lula também fez mudanças defendidas pelos meios
de comunicação.[3]

2-Decreto 1171/94

Deveres do Servidor Público-idem

REGRAS DEONTOLÓGICAS (Código de Ética do Serviço Público


Federal)

No intuito de facilitar a memorização e ficar bem preparado no assunto,


visamos destacar as disposições do Decreto nº 1.171/1994 (Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal) sobre:

➢ Quanto às Regras Deontológicas, conheça as seguintes disposições,


atentando para as expressões destacadas:

• A função pública se integra na vida particular de cada servidor público.

• O servidor público não poderá desprezar o elemento ético de sua


conduta.

• O servidor público terá que decidir principalmente entre o honesto e o


desonesto.
• A moralidade não se limita à distinção entre o bem e o mal.

• O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade é que consolida a


moralidade.

• A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios


morais devem nortear o servidor público também fora do exercício do
cargo público.

• O servidor não pode omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses
da pessoa ou da Administração Pública.

• Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente
significa causar-lhe dano moral.

• Deixar qualquer pessoa à espera de solução caracteriza grave dano


moral aos usuários dos serviços públicos.

• Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator


de desmoralização do serviço público.

• A publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de


eficácia e moralidade, ensejando sua omissão e comprometimento ético
(exceto nos casos de segurança nacional, investigações policiais ou
interesse superior do Estado e da Administração Pública).

Obs.: A deontologia é o tratado do dever ou o conjunto de deveres,


princípios e normas adaptadas por um determinado grupo profissional.

➢ Lembre-se que são DEVERES do servidor público:

• Ter respeito à hierarquia, mas sem temor de representar em caso de


comprometimento ético.

• Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função com finalidade


estranha ao interesse público (mesmo que observe as formalidades legais
e não cometa qualquer violação expressa à lei).

• Resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,


interessados e outros.

• Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas.

• Participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a


melhoria do exercício de suas funções.
• Escolher, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
vantajosa para o bem comum.

• Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da


defesa da vida e da segurança coletiva.

• Comunicar imediatamente a seus superiores atos ou fato contrário ao


interesse público.

• Manter-se atualizado com a legislação pertinente ao órgão onde exerce


suas funções.

• Jamais retardar qualquer prestação de contas.

• Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho.

• Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe


sejam atribuídas.

➢ Saiba que é vedado ao servidor público (Código de Ética do Serviço


Público Federal):

• Apresentar-se embriagado no serviço.

• Apresentar-se embriagado habitualmente fora do serviço.

• Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance.

• Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou


infração ética.

• Desviar servidor público para atendimento.

• Usar cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências,


para obter qualquer favorecimento.

• Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer


documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público.

• Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de


cidadãos que deles dependam.

• Alterar ou deturpar o teor de documentos.


• Fazer uso de informações privilegiadas em benefício próprio ou de
terceiros.

• Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a


empreendimentos de cunho duvidoso.

• Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a


honestidade ou a dignidade da pessoa humana.

➢ Quanto às Comissões de Ética, tenha em mente que:

• A pena aplicável pela Comissão de Ética é a de censura. Portanto, a


Comissão de Ética não aplica pena de advertência, suspensão ou demissão.

• A fundamentação da pena constará do respectivo parecer.

• O parecer que acompanha a decisão da Comissão de Ética é assinado


por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

• Para fins de apuração do comprometimento ético, servidor público tem


acepção mais ampla o possível, podendo prestar, por força de lei, contrato
ou de qualquer ato jurídico, serviços de natureza permanente, temporária
ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde
prevaleça o interesse do Estado.

• Deve ser criada uma Comissão de Ética em todos os órgãos e entidades


da Administração Pública Federal direta, indireta, autárquica e
fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições
delegadas pelo poder público.

• A Comissão de Ética é encarregada de orientar e aconselhar sobre a


ética profissional do servidor.

• À Comissão de Ética compete conhecer concretamente de imputação ou


de procedimento susceptível de censura.

3-DECRETO Nº 9.203, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2017


Dispõe sobre a política de governança da administração
pública federal direta, autárquica e fundacional.

O decreto estabelece mecanismos de liderança, estratégia e


controle para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à
condução de políticas públicas e a melhor prestação de serviços à
sociedade.
Além de determinar a criação do Comitê Interministerial de
Governança (CIG), o normativo traz diretrizes para aumentar a eficiência
do setor público, baseado em princípios como

capacidade de resposta;

integridade;

confiabilidade;
melhoria regulatória;

prestação de contas e

responsabilidade; e transparência.
O decreto prevê o prazo de seis meses para a Controladoria-Geral
da União (CGU) estabelecer procedimentos necessários à estruturação, à
execução e ao monitoramento dos órgãos e entidades.
A iniciativa tem por objetivo a promoção e adoção de medidas
institucionais voltadas à prevenção, detecção, punição e remediação de
fraudes e atos de corrupção.

Art. 3º São princípios da governança pública:

I - capacidade de resposta;
II - integridade;
III - confiabilidade;
IV - melhoria regulatória;
V - prestação de contas e responsabilidade; e
VI - transparência.

Art. 5º São mecanismos para o exercício da governança pública:


I – liderança:
a) integridade;
b) competência;
c) responsabilidade; e
d) motivação;
Parágrafo único. Os mecanismos, as instâncias e as práticas de governança
de que trata o caput incluirão, no mínimo:

I - formas de acompanhamento de resultados;


II - soluções para melhoria do desempenho das organizações; e
III - instrumentos de promoção do processo decisório fundamentado em
evidências.

CIG-O Comitê Interministerial de Governança


Finalidade assessorar o Presidente da República na condução da política de
governança da administração pública federal.
Art. 8º-A. O CIG é composto pelos seguintes membros titulares: (Incluído
pelo Decreto nº 9.901, de 2019)
I - Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República,
que o coordenará; (Incluído pelo
Decreto nº 9.901, de 2019)
II - Ministro de Estado da Economia; e (Incluído pelo Decreto nº 9.901, de
2019)
III - Ministro de Estado da Controlaria-Geral da União. (Incluído pelo
Decreto nº 9.901, de 2019)
§ 2º As reuniões do CIG serão convocadas pelo seu Coordenador. (Incluído
pelo Decreto nº 9.901, de2019)
§ 3º Representantes de outros órgãos e entidades da administração pública
federal poderão ser convidados a participar de reuniões do CIG, sem direito
a voto. (Incluído pelo Decreto nº 9.901, de 2019)
Art. 8º-B. O CIG se reunirá, em caráter ordinário, trimestralmente e, em
caráter extraordinário, sempre que necessário. (Incluído pelo Decreto nº
9.901, de 2019)
D9203
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d92...
3 of 8 11/01/2024, 16:57
§ 1º O quórum de reunião do CIG é de maioria simples dos membros e o
quórum de aprovação é de maioria absoluta. (Incluído pelo Decreto nº
9.901, de 2019)
§ 2º Além do voto ordinário, o Coordenador do CIG terá o voto de
qualidade em caso de empate. (Incluído pelo Decreto nº 9.901, de 2019)

DECRETO Nº 11.529, DE 16 DE MAIO DE 2023


(Vigência)
Institui o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à
Informação da Administração Pública Federal e a Política de
Transparência e Acesso à Informação da Administração
Pública Federal.

Art. 2º Fica instituído o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à


Informação da Administração Pública Federal - Sitai, no âmbito dos
órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional. (Vigência)

Art. 4º São objetivos do Sitai: (Vigência)


I - coordenar e articular as atividades relativas à integridade, à
transparência e ao acesso à informação;
II - estabelecer padrões para as práticas e as medidas de integridade,
transparência e acesso à informação; e
III - aumentar a simetria de informações e dados nas relações entre a
administração pública federal e a
sociedade.

Art. 5º Compõem o Sitai: (Vigência)


D11529
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/decreto/D1...
1 of 7 15/01/2024, 09:49
I - a Controladoria-Geral da União, como órgão central; e
II - as unidades nos órgãos e nas entidades da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional responsáveis pela gestão da integridade, da
transparência e do acesso à informação, como unidades setoriais.

§ 1º Na administração pública federal direta, as unidades setoriais do


Sitai para a gestão da integridade, da transparência e do acesso à
informação são as assessorias especiais de controle interno.

§ 2º Na administração pública federal autárquica e fundacional, as


unidades setoriais do Sitai são aquelas responsáveis pela gestão da
integridade, da transparência e do acesso à informação.
§ 3º O dirigente máximo das entidades de que trata o § 2º designará
uma ou mais unidades responsáveis pela gestão da integridade, da
transparência e do acesso à informação.
§ 4º O responsável pela unidade setorial de que trata o § 1º será
designado para o exercício das atribuições previstas no art. 40 da Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 5º Na hipótese de alteração de unidade setorial responsável, as
entidades da administração pública federal deverão informá-la ao órgão
central do Sitai.
Art. 6º As atividades das unidades setoriais do Sitai ficarão sujeitas à
orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central, sem prejuízo
da subordinação administrativa ao órgão ou à entidade da administração
pública federal a que pertençam.

§ 6º As unidades setoriais do Sitai que não tiverem as informações


publicadas no Portal da Transparência do Poder Executivo Federal por não
utilizarem sistemas estruturantes do Governo federal publicarão as
informações em seus sítios eletrônicos oficiais ou proverão os dados na
forma e nos prazos estabelecidos pela Controladoria-Geral da União.
§ 7º Constará no Portal da Transparência do Poder Executivo Federal a lista
dos órgãos e das entidades que publicam informações no sítio eletrônico e
das informações publicadas.
Art. 15. A Controladoria-Geral da União é responsável pela gestão
do Portal Brasileiro de Dados Abertos.
Parágrafo único. O Portal de que trata o caput tem a finalidade de prover o
catálogo de referência para a busca e o acesso aos dados públicos e a seus
metadados, informações, aplicativos e serviços relacionados.

LEI Nº 14.129, DE 29 DE MARÇO DE 2021


Vigência
Mensagem de veto
(Promulgação partes vetadas)
Dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o
Governo Digital e para o aumento da eficiência pública e
altera a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, a Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à
Informação), a Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, e a
Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017.

A Lei Federal nº 14.129, de 29 de março de 2021 – dispõe sobre princípios,


regras e instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da
eficiência pública e altera a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, a Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), a Lei nº
12.682, de 9 de julho de 2012, e a Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017.

A Lei de Governo Digital, entrou em vigor em agosto de 2021, entre as


suas diretrizes estão:

 a desburocratização, a modernização, o fortalecimento e a


simplificação da relação do poder público com a sociedade, mediante
serviços digitais, acessíveis;
 a disponibilização em plataforma única do acesso às informações e
aos serviços públicos;
 a interoperabilidade de sistemas e a promoção de dados abertos;
 o incentivo à participação social no controle da administração;
 a eliminação de exigências e formalidades;
 o apoio técnico aos entes federados para implantação e adoção de
estratégias que visem à transformação digital da administração
pública;
 Também define direitos dos usuários da prestação digital de serviços
públicos e cita os instrumentos necessários para as plataformas de
governo digital de uso de cada ente federativo.

E como princípios, temos o seguinte:

 a desburocratização, a modernização, o fortalecimento e a


simplificação da relação do poder público com a sociedade, mediante
serviços digitais, acessíveis inclusive por dispositivos móveis;
 a disponibilização em plataforma única do acesso às informações e
aos serviços públicos, observadas as restrições legalmente previstas e
sem prejuízo, quando indispensável, da prestação de caráter
presencial;
 a possibilidade aos cidadãos, às pessoas jurídicas e aos outros entes
públicos de demandar e de acessar serviços públicos por meio
digital, sem necessidade de solicitação presencial;
 a transparência na execução dos serviços públicos e o monitoramento
da qualidade desses serviços;
 o incentivo à participação social no controle e na fiscalização da
administração pública;
 o dever do gestor público de prestar contas diretamente à população
sobre a gestão dos recursos públicos;
 o uso de linguagem clara e compreensível a qualquer cidadão;
 o uso da tecnologia para otimizar processos de trabalho da
administração pública;
 a atuação integrada entre os órgãos e as entidades envolvidos na
prestação e no controle dos serviços públicos, com o
compartilhamento de dados pessoais em ambiente seguro quando for
indispensável para a prestação do serviço;
 a simplificação dos procedimentos de solicitação, oferta e
acompanhamento dos serviços públicos, com foco na universalização
do acesso e no autosserviço;
 a eliminação de formalidades e de exigências cujo custo econômico
ou social seja superior ao risco envolvido;
 a imposição imediata e de uma única vez ao interessado das
exigências necessárias à prestação dos serviços públicos, justificada
exigência posterior apenas em caso de dúvida superveniente;
 a vedação de exigência de prova de fato já comprovado pela
apresentação de documento ou de informação válida;
 a interoperabilidade de sistemas e a promoção de dados abertos;
 a presunção de boa-fé do usuário dos serviços públicos;
 a permanência da possibilidade de atendimento presencial, de acordo
com as características, a relevância e o público-alvo do serviço;
 a proteção de dados pessoais, nos termos da Lei nº 13.709, de 14 de
agosto de 2018(Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais);
 o cumprimento de compromissos e de padrões de qualidade
divulgados na Carta de Serviços ao Usuário;
 a acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade
reduzida, nos termos da Lei nº 13.146, de 6 de julho de
2015(Estatuto da Pessoa com Deficiência);
 o estímulo a ações educativas para qualificação dos servidores
públicos para o uso das tecnologias digitais e para a inclusão digital
da população;
 o apoio técnico aos entes federados para implantação e adoção de
estratégias que visem à transformação digital da administração
pública;
 o estímulo ao uso das assinaturas eletrônicas nas interações e nas
comunicações entre órgãos públicos e entre estes e os cidadãos;
 a implantação do governo como plataforma e a promoção do uso de
dados, preferencialmente anonimizados, por pessoas físicas e
jurídicas de diferentes setores da sociedade;
 o tratamento adequado a idosos, nos termos da Lei nº 10.741, de 1º
de outubro de 2003(Estatuto do Idoso);
 a adoção preferencial, no uso da internet e de suas aplicações, de
tecnologias, de padrões e de formatos abertos e livres, conforme
disposto no inciso V do caput do art. 24e no 25 da Lei nº 12.965, de
23 de abril de 2014 (Marco Civil da Internet); e
 a promoção do desenvolvimento tecnológico e da inovação no setor
público.

A Lei de Governo Digital determina que a administração pública


participará, de maneira integrada e cooperativa, da consolidação da
Estratégia Nacional de Governo Digital, editada pelo Poder Executivo
federal, que observará os princípios e as diretrizes desta Lei.
CAPÍTULO II
DA DIGITALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DA
PRESTAÇÃO DIGITAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS -
GOVERNO DIGITAL
Seção I
Da Digitalização
Art. 5º A administração pública utilizará soluções digitais para a
gestão de suas políticas finalísticas e administrativas e para o trâmite de
processos administrativos eletrônicos.
Parágrafo único. Entes públicos que emitem atestados, certidões, diplomas
ou outros documentos comprobatórios com validade legal poderão fazê-lo
em meio digital, assinados eletronicamente na forma do art. 7º desta Lei e
da Lei nº 14.063, de 23 de setembro de 2020.
Art. 6º Nos processos administrativos eletrônicos, os atos processuais
deverão ser realizados em meio eletrônico, exceto se o usuário solicitar de
forma diversa, nas situações em que esse procedimento for inviável, nos
casos de indisponibilidade do meio eletrônico ou diante de risco de dano
relevante à celeridade do processo.

Art. 8º Os atos processuais em meio eletrônico consideram-se


realizados no dia e na hora do recebimento pelo sistema informatizado de
gestão de processo administrativo eletrônico do órgão ou da entidade, o
qual deverá fornecer recibo eletrônico de protocolo que os identifique.
§ 1º Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado
prazo, por meio eletrônico, serão considerados tempestivos os efetivados,
salvo disposição em contrário, até as 23h59 (vinte e três horas e
cinquenta e nove minutos) do último dia do prazo, no horário de
Brasília

Art. 11. Os documentos nato-digitais assinados eletronicamente na


forma do art. 7º desta Lei são considerados originais para todos os efeitos
legais.

Seção IV
Dos Componentes do Governo Digital
Subseção I
Da Definição
Art. 18. São componentes essenciais para a prestação digital dos
serviços públicos na administração pública:
I - a Base Nacional de Serviços Públicos;
II - as Cartas de Serviços ao Usuário, de que trata a Lei nº 13.460, de 26 de
junho de 2017; e

III - as Plataformas de Governo Digital.

Art. 22. O painel de monitoramento do desempenho dos serviços


públicos de que trata o inciso II do caput do
art. 20 desta Lei deverá conter, no mínimo, as seguintes informações,
para cada serviço público ofertado:
I - quantidade de solicitações em andamento e concluídas anualmente;

II - tempo médio de atendimento; e

III - grau de satisfação dos usuários

CAPÍTULO III
DO NÚMERO SUFICIENTE PARA IDENTIFICAÇÃO

Art. 28. Fica estabelecido o número de inscrição no Cadastro de Pessoas


Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) como
número suficiente para identificação do cidadão ou da pessoa jurídica,
conforme o caso, nos bancos de dados de serviços públicos, garantida a
gratuidade da inscrição e das alterações nesses cadastros.

§ 1º A inclusão do número de inscrição no CPF na Carteira de


Identidade, conforme
disposto na alínea “h” do caput deste artigo, ocorrerá sempre que o órgão
de identificação
tiver acesso a documento comprobatório ou à base de dados administrada
pela Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil.
§ 2º A incorporação do número de inscrição no CPF à Carteira de
Identidade será
precedida de consulta e de validação com a base de dados administrada
pela Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil.
§ 3º Na hipótese de o requerente da Carteira de Identidade não estar
inscrito no
CPF, o órgão de identificação realizará a sua inscrição, caso tenha
autorização da
Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil.” (NR)
“Art. 3º O processo de digitalização deverá ser realizado de forma a manter
a
integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do
documento digital,
com o emprego de assinatura eletrônica.

LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.


Mensagem de veto
Vigência
Regulamento
Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII
do art. 5º , no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art.
216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11
de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de
maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de
janeiro de 1991; e dá outras providências.

Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o


direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em
conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as
seguintes diretrizes:

I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como


exceção;

II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de


solicitações;

III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da


informação;

IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na


administração pública;

V - desenvolvimento do controle social da administração pública.

§ 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações neles


contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato
administrativo será assegurado com a edição do ato decisório respectivo.
§ 4º A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado
aos órgãos e entidades referidas no art.1º , quando não fundamentada,
sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta
Lei.
§ 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá o
interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de
sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação.
§ 6º Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o responsável
pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação.
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover,
independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil
acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse
coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.

§ 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes


ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere
o § 2º , mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de
informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e
prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a


informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por
qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do
requerente e a especificação da informação requerida.
§ 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identificação
do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.
§ 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar
alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus
sítios oficiais na internet.
§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos
determinantes da solicitação de informações de interesse público.
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o
acesso imediato à informação disponível.
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no
caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não
superior a 20 (vinte) dias:
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar
a reprodução ou obter a certidão;
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial,
do acesso pretendido; ou
III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu
conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o
requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da
remessa de seu pedido de informação.
§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias,
mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.
§ 3º Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do
cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer
meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que
necessitar.
§ 4º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação
total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a
possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição,
L12527
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
4 of 13 11/01/2024, 16:59
devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua
apreciação.

Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado


o seu teor e em razão de sua
imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser
classificada como ultrassecreta, secreta ou
reservada.
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação,
conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua
produção e são os seguintes:

I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;

II - secreta: 15 (quinze) anos; e

III - reservada: 5 (cinco) anos.

§ 2º As informações que puderem colocar em risco a segurança do


Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e
filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o
término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de
reeleição.
§ 3º Alternativamente aos prazos previstos no § 1º , poderá ser
estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de
determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo
máximo de classificação.
§ 4º Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que
defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de
acesso público.

Seção V
Das Informações Pessoais
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de
forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e
imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
§ 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à
intimidade, vida privada, honra e imagem:
I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de
sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de
produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas
se referirem; e
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros
diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se
referirem.

Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações


em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar
de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções:

I - advertência;

II - multa;

III - rescisão do vínculo com o poder público;

IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento


de contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 (dois)
anos; e
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a
própria autoridade que aplicou a penalidade.

O significado da sigla LGBTQIA+

L = Lésbicas
São mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou
seja, outras mulheres.

G = Gays

São homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja,
outros homens.

B = Bissexuais

Diz respeito aos homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual


pelos gêneros masculino e feminino.

Ainda segundo o manifesto, a bissexualidade não tem relação direta com


poligamia, promiscuidade, infidelidade ou comportamento sexual inseguro.
Esses comportamentos podem ser tidos por quaisquer pessoas, de quaisquer
orientações sexuais.

T = Transgênero

Diferentemente das letras anteriores, o T não se refere a uma orientação


sexual, mas a identidades de gênero. Também chamadas de “pessoas
trans”, elas podem ser transgênero (homem ou mulher), travesti (identidade
feminina) ou pessoa não-binária, que se compreende além da divisão
“homem e mulher”.

Q = Queer

Pessoas com o gênero ‘Queer’ são aquelas que transitam entre as noções de
gênero, como é o caso das drag queens. A teoria queer defende que a
orientação sexual e identidade de gênero não são resultado da
funcionalidade biológica, mas de uma construção social.

I = Intersexo

A pessoa intersexo está entre o feminino e o masculino. As suas


combinações biológicas e desenvolvimento corporal – cromossomos,
genitais, hormônios, etc – não se enquadram na norma binária (masculino
ou feminino).

A = Assexual

Assexuais não sentem atração sexual por outras pessoas, independente do


gênero. Existem diferentes níveis de assexualidade e é comum essas
pessoas não verem as relações sexuais humanas como prioridade.
+

O símbolo de “mais” no final da sigla aparece para incluir outras


identidades de gênero e orientações sexuais que não se encaixam no padrão
cis-heteronormativo, mas que não aparecem em destaque antes do símbolo.

Além dessas letras, que são as mais comuns, atualmente, há algumas


correntes que indicam para uma sigla completa. É composta por:
LGBTQQICAAPF2K+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer,
Questionando, Intersexuais, Curioso, Assexuais, Aliados, Pansexuais,
Polissexuais, Familiares, 2-espíritos e Kink).

Evolução da Sigla

A sigla inicial, criada nos anos 90, era GLS (Gays, Lésbicas e
Simpatizantes), evoluindo para a mais conhecida, LGBT (Lésbicas, Gays,
Bissexuais e Transexuais), até a nomenclatura LGBTI (Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Transexuais e Intersexo), adotada pela ONU, e a LGBTQIA+,
bastante utilizada no Brasil.

LGBTQIA+: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexo e


outros (sinal de +).

Contudo, a lista de siglas não é exaustiva. Existem outras, inclusive mais


extensas.

O Prof. Paulo Sousa fez uma análise baseado em uma dupla premissa: a
premissa das “questões já resolvidas” e das questões não resolvidas.

“Questões resolvidas entre aspas, pois apesar de terem conquistado um alto


grau de pacificação doutrinária, jurisprudencial e/ou legal, elas não estão,
contudo, resolvidas em uma sociedade marcada por movimentos sistólicos
e diastólicos. ”

Estes movimentos, liberais e conservadores, atuam como fator dificultador


na evolução dos direitos LGBTI (revolta dos fatos contra os códigos).

Vejamos então como o nosso Direito Civil trata desse assunto.

Família Homoafetiva

Encontramos um antecedente histórico, sobre uniões homoafetivas, em


Zachariae von Linghental, importante jurista alemão, que conclui que as
nulidades precisam ser textuais. Isto é, só é proibido aquilo que está
expresso na lei.
O ponto é que na perspectiva social da época (sex. XIX), a união entre
pessoas do mesmo gênero ou sexo era sequer discutida ou imaginada.

Dessa forma, este jurista alemão desenvolve o plano da existência: o


negócio só existe quando reúne os elementos essenciais.

Os franceses, posteriormente, embasados no plano da existência,


construíram o plano da inexistência: o negócio é inexistente apenas
quando há ausência de um elemento que seja imprescindível para sua
configuração.

Nosso Código Civil de 2002, contudo, não adota expressamente o plano de


existência, ficando, consequentemente, sob responsabilidade da doutrina.

A doutrina brasileira, de maneira recorrente, estabelecia que para haver


casamento é preciso que haja diversidade de sexos, a celebração solene a
manifestação do consentimento dos nubentes.

Assim, a análise da teoria da inexistência se impõe. Ou seja, se não houver


quaisquer dos 3 itens abaixo, não é possível que exista casamento:

 Diversidade dos sexos;


 Celebração solene; ou
 Consentimento dos nubentes.

Questões Resolvidas

1) Evolução da Doutrina e Jurisprudência Brasileira sobre


Casamento Homoafetivo

A família homoafetiva começa a nascer juridicamente no Brasil a partir da


união estável. O pleito sobre a união estável é gradativamente incorporado
à jurisprudência.

Nesse sentido, em 2006, a jurisprudência tratou de equiparar a união


estável homoafetiva à uma entidade familiar, guardando, assim, os mesmos
direitos que a união heteroafetiva, de forma análoga.

Já em 2011, finalmente o STF (Superior Tribunal de Justiça) reconhece que


não há nenhum empecilho do reconhecimento da união homoafetiva
como família, atribuindo que família é uma categoria sociocultural e de
princípio espiritual.
Ou seja, de 2006 a 2011, passamos de uma jurisprudência que equiparava a
união homoafetiva à entidade familiar a um entendimento que reconhecia
esta união como família.

O problema é que o STF não esclareceu que esse entendimento pudesse


significar o matrimônio, criando, por conseguinte, uma cisão entre aqueles
que admitiam e aqueles que não permitiam o casamento homoafetivo.

Apenas em 2012, o STJ reconhece que inexiste vedação expressa para o


casamento de pessoas do mesmo sexo. Como consequência a este
posicionamento, surge a Resolução 175/2013 do CNJ:

Art. 1 º É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação,


celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em
casamento entre pessoas de mesmo sexo.

2) Nome Social

Um outro elemento de evolução dos direitos LGBTQIA+ é a respeito do


nome social.

Em 2016, com o Decreto 8.727, foi permitido o uso do nome social e o


reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais
no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional.

Isso para evitar que a pessoa se sinta constrangida com a divergência entre
gênero e identificação.

Já em 2018, a Decreto 9.278 assegura a inclusão do nome social à Carteira


de Identidade, de uso obrigatório a partir de 01/03/2021.

Por oportuno, nome social é designação pela qual a pessoa travesti ou


transexual se identifica e é socialmente reconhecida.

3) Adequação de Nome e Gênero

Segundo o STF (2019), o transexual pode alterar o prenome e o designativo


de sexo, mesmo que não ocorra a cirurgia de transgenitalização e
independentemente de ordem judicial.

4) Gratuidade de procedimento cirúrgico no SUS


As cirurgias de redesignação não são nem simples nem baratas. Com o
objetivo de dar acesso amplo aos trans, se fixou a gratuidade deste
procedimento no SUS.

5) Técnicas de Reprodução Assistida

Outro fator muito importante vinculado ao Direito Civil é aquele que recai
no âmbito do direito de família: formação de uma família com intuito de
prole.

Quando falamos dos direitos LGBTQIA+, precisamos falar sobre as


técnicas de reprodução assistida.

Com a Resolução CFM 2.121 de 2015, cria-se a possibilidade de uso de


RA (Reprodução Assistida) por homoafetivos e pessoas solteiras, uma vez
que somente era permitido a mulheres.

Todavia, deve-se respeitar o direito a objeção de consciência por parte


do médico.

6) Adoção

Além desses direitos, em 2015 o STF decidiu que não há limitação quanto
à orientação sexual dos adotantes.

Questões não resolvidas sobre direitos LGBTQIA+

1) União estável poliafetiva

Essa é uma discussão que vem de 2006, em que o STJ já dizia que se o
falecido mantinha uma união estável, não é possível manter uma união
estável concomitante.

Nesse ínterim, o mesmo STJ reconhece, em 2020, interpretação idêntica.


Isto é, não é possível reconhecer união estável concomitante ao
casamento sem que haja separação de fato ou de direito do cônjuge.

2) Ideologia de Gênero

Ideologia de gênero é pretender cristalizar uma cosmovisão tradicional de


gênero e sexualidade que ignoram o pluralismo da sociedade moderna,
segundo Gilmar Mendes (Ministro do STF)

Nesse sentido, o STF cassou, por meio de ADPF (Arguição de


Descumprimento de Preceito Fundamental), diversas leis municipais que
tentaram proibir discussão sobre gênero nas escolas públicas
municipais.

3) Reconhecimento Social

Um dos temas que envolvem bastante controvérsia é sobre o


reconhecimento social, inclusive com um caso pendente no STF (Tema
778) sobre o Uso do Banheiro.

Ou seja, se haverá a possibilidade de uma pessoa ser tratada socialmente


como se pertencesse a sexo diverso do qual se identifica e se apresenta
publicamente.

4) Proteção de Crianças Intersexo

A Resolução CFM 1.664 de 2003 define as normas técnicas para pacientes


portadores de anomalias de diferenciação sexual. Ademais, em seu art. 2º
diz:

Pacientes com anomalia de diferenciação sexual devem ter assegurada uma


conduta de investigação precoce com vistas a uma definição adequada do
gênero e tratamento em tempo útil.

Ou seja, inflama ainda mais uma teoria binária de sexo: homem ou mulher.
Isto porque há crianças que, de outra forma, não nascem com uma clara
distinção sexual.

O que é Cisgenero e transgenero?

Cisgênero e transgênero são tipos de identidades de gênero, ou seja, como as pessoas


se identificam. Cisgênero é o indivíduo que se identifica com o sexo biológico
(masculino ou feminino) com o qual nasceu.

Transgênero é a pessoa que se identifica com um gênero diferente daquele que lhe foi
dado no nascimento.

Artigos 37 a 41 da constituição

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como
aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação


prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos,


prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,


aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será
convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos
por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação


sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites


definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para


as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado


para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público; (Vide Emenda constitucional nº 106, de 2020)

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o


§ 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento)

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e


empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos
membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder
Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito
do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder


Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies


remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não


serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos
ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos


públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,


quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o
disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,


com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 34, de 2001)

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e


abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia
mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente,
pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão,


dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os
demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e


autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir
as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de


subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participação de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,


serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
(Regulamento)

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações
fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a


nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na


administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral,


asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a
avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações


sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide Lei nº
12.527, de 2011)

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou


abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão


dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem
prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados


por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de


cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o
acesso a informações privilegiadas. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e
entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento) (Vigência)

I - o prazo de duração do contrato; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 19, de 1998)

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,


obrigações e responsabilidade dos dirigentes; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

III - a remuneração do pessoal. (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 19, de 1998)

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às


sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos
da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria


decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados
em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de
1998)

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de


que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 47, de 2005)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica


facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante
emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o
subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça,
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o
disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais
e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de
2005)

§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado


para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a
habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de


contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do
Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo
que gerou o referido tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores


públicos e de pensões por morte a seus dependentes que não seja
decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista
em lei que extinga regime próprio de previdência social. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou


conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas, inclusive
com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na
forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e


fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes
disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará


afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego


ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de


horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade,
será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de
mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, exceto para promoção por merecimento;

V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência


social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo de
origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)

SEÇÃO II

DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS

DOS SERVIDORES PÚBLICOS


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos
de carreira para os servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas. (Vide ADI nº 2.135)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal,
integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADI nº
2.135)

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes


do sistema remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos


componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)

II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 19, de 1998)

III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de


governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos,
constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a
promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou
contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no


art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII
e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão
quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros


de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no
art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos
servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37,
XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão


anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos
públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da
economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação,
para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma
de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira


poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou


vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à
remuneração do cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 103, de 2019)
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores
titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de
aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social


será aposentado: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103,
de 2019)

I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que


estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será
obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da
continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria,
na forma de lei do respectivo ente federativo; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de


contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 88, de 2015) (Vide Lei Complementar nº
152, de 2015)

II - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se


mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no
âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima
estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis
Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)§

2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor


mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo
estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o
disposto nos §§ 14 a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 103, de 2019)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para


concessão de benefícios em regime próprio de previdência social,
ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo
ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a
avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)

§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo


ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente
socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput
do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do
art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo


ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para
aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva
exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou
associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria
profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
103, de 2019)

§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida


em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da aplicação do
disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo
exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente
federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)

§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos


acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de
uma aposentadoria à conta de regime próprio de previdência social,
aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de
benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência
Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da


única fonte de renda formal auferida pelo dependente, o benefício de
pensão por morte será concedido nos termos de lei do respectivo ente
federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos
servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício
ou em razão da função. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 103, de 2019)

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes,


em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal


será contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e
9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente será contado para
fins de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de


tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 20, de 15/12/98) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos


proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de
cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante
resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo
acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime


próprio de previdência social, no que couber, os requisitos e critérios
fixados para o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo


em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro
cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o
Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime de
previdência complementar para servidores públicos ocupantes de cargo
efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em
regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 16.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14
oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição
definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio
de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de
previdência complementar. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos


§ § 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço
público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente
regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do


benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e


pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao
estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide ADIN 3133)
(Vide ADIN 3143) (Vide ADIN 3184)

§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo


ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as
exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em
atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no
máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade
para aposentadoria compulsória. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de


previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse regime
em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades
autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento,
observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei
complementar de que trata o § 22. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

§ 21. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº


103, de 2019)
§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência
social, lei complementar federal estabelecerá, para os que já existam,
normas gerais de organização, de funcionamento e de responsabilidade em
sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime


Geral de Previdência Social; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 103, de 2019)

II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos


recursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

III - fiscalização pela União e controle externo e social;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária


de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos provenientes de
contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados


os princípios relacionados com governança, controle interno e
transparência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)

VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que


desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a
gestão do regime; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)

IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela


Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de


alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação


dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada


ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na


forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,


será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido
ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor


estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo
de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a


avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967


Dispõe sobre a organização da Administração
Federal, estabelece diretrizes para a Reforma

Administrativa e dá outras providências.


A principal característica da reforma do Decreto-lei 200/67 foi a
descentralização das atividades do Estado (Administração Direta) para a
Administração Indireta, buscando superar a rigidez do modelo
burocrático e trazendo maior eficiência.

Descentralização:

 Dentro da Administração Federal -> clara distinção entre nível de


direção e execução
 Da Administração Federal para a Administração das unidades
federadas -> convênio
 Da Administração Federal para iniciativa privada -> contratos ou
concessões

Princípios

 Planejamento
 Coordenação
 Descentralização
 Delegação de Competência
 Controle

O Decreto-lei 200/67, apesar de estar no contexto da gestão burocrática, é

considerado a primeira tentativa de reforma gerencial da administração


pública

brasileira, ou seja, um marco na tentativa de superação da rigidez


burocrática. De

fato, a principal característica da reforma administrativa proposta pelo


Decreto-lei

200/67 foi a descentralização e flexibilização administrativa proporcionada

por intermédio das entidades da Administração Indireta.

A norma previa uma reestruturação radical na administração pública


federal,

baseada em alguns princípios fundamentais:

Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos


seguintes princípios
fundamentais:

I – Planejamento.

II – Coordenação.

III – Descentralização.

IV – Delegação de Competência.

V – Controle.

CAPÍTULO I

DO PLANEJAMENTO

Art. 7º A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a


promover o de-

senvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional,


norteando-se segundo

planos e programas elaborados, na forma do Título III, e compreenderá a


elaboração e

atualização dos seguintes instrumentos básicos:

a) plano geral de governo;

b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;

c) orçamento-programa anual;

d) programação financeira de desembolso.O conteúdo deste livro eletrônico


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CAPÍTULO II

DA COORDENAÇÃO

Art. 8º As atividades da Administração Federal e, especialmente, a


execução dos planos

e programas de governo, serão objeto de permanente coordenação.

§ 1º A coordenação será exercida em todos os níveis da administração,


mediante a

atuação das chefias individuais, a realização sistemática de reuniões com a


participação

das chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de comissões de


coordenação

em cada nível administrativo.

§ 2º No nível superior da Administração Federal, a coordenação será


assegurada através

de reuniões do Ministério, reuniões de Ministros de Estado responsáveis


por áreas afins,

atribuição de incumbência coordenadora a um dos Ministros de Estado (art.


36), funcio-

namento das Secretarias Gerais (art. 23, § 1º) e coordenação central dos
sistemas de

atividades auxiliares (art. 31).

§ 3º Quando submetidos ao Presidente da República, os assuntos deverão


ter sido

previamente coordenados com todos os setores neles interessados, inclusive


no que

respeita aos aspectos administrativos pertinentes, através de consultas e


entendimen-
tos, de modo a sempre compreenderem soluções integradas e que se
harmonizem com

a política geral e setorial do Governo. Idêntico procedimento será adotado


nos demais

níveis da Administração Federal, antes da submissão dos assuntos à decisão


da autori-

dade competente.

Art. 9º Os órgãos que operam na mesma área geográfica serão


submetidos à coorde-

nação com o objetivo de assegurar a programação e execução integrada dos


serviços

federais.

Parágrafo único. Quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração


de convê-

nio (alínea b do § 1º do art. 10) com os órgãos estaduais e municipais que


exerçam

atividades idênticas, os órgãos federais buscarão com eles coordenar-se,


para evitar

dispersão de esforços e de investimentos na mesma área geográfica.

CAPÍTULO III

DA DESCENTRALIZAÇÃO

Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá


ser amplamente

descentralizada.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Gilberto


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§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:

a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se


claramente o nível de

direção do de execução;

b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam


devida-

mente aparelhadas e mediante convênio;

c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou


concessões.

§ 2º Em cada órgão da Administração Federal, os serviços que compõem a


estrutura

central de direção devem permanecer liberados das rotinas de execução e


das tarefas

de mera formalização de atos administrativos, para que possam concentrar-


se nas ati-

vidades de planejamento, supervisão, coordenação e controle.

§ 3º A Administração casuística, assim entendida a decisão de casos


individuais, com-

pete, em princípio, ao nível de execução, especialmente aos serviços de


natureza local,

que estão em contato com os fatos e com o público.

§ 4º Compete à estrutura central de direção o estabelecimento das normas,


critérios,

programas e princípios, que os serviços responsáveis pela execução são


obrigados a
respeitar na solução dos casos individuais e no desempenho de suas
atribuições.

§ 5º Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou


inconveniência, a execução

de programas federais de caráter nitidamente local deverá ser delegada, no


todo ou em

parte, mediante convênio, aos órgãos estaduais ou municipais incumbidos


de serviços

correspondentes.

§ 6º Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a


autoridade nor-

mativa e exercerão controle e fiscalização indispensáveis sobre a execução


local, condi-

cionando-se a liberação dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e


convênios.

§ 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação,


supervisão

e controle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da


máquina admi-

nistrativa, a Administração procurará desobrigar-se da realização material


de tarefas

executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante


contrato,

desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e


capacitada

a desempenhar os encargos de execução.

§ 8º A aplicação desse critério está condicionada, em qualquer caso, aos


ditames do

interesse público e às conveniências da segurança nacional.


CAPÍTULO IV

DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

(Vide Decreto n. 83.937, de 1979)

Art. 11. A delegação de competência será utilizada como


instrumento de descentrali-

zação administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e


objetividade às deci-

sões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a


atender.

Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de


Estado e, em geral,

às autoridades da Administração Federal delegar competência para a


prática de atos

administrativos, conforme se dispuser em regulamento.O conteúdo deste


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Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade


delegante, a

autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação.

CAPÍTULO V

DO CONTROLE
Art. 13 O controle das atividades da Administração Federal deverá
exercer-se em todos

os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:

a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da


observância das

normas que governam a atividade específica do órgão controlado;

b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das


normas gerais

que regulam o exercício das atividades auxiliares;

c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da


União pelos

órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria.

Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante


simplificação de pro-

cessos e supressão de controles que se evidenciarem como puramente


formais ou cujo

custo seja evidentemente superior ao risco.O conteúdo deste livro


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infratores à responsabilização civil e criminal.

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PÚBLICA

Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública

Prof. Adriel Sá

RESUMO

• Administração pública e governo: conceitos e objetivos

– Funções administrativas: são complementares às leis. São realizadas


basicamente de forma vinculada, visando ao atendimento concreto, direto

e imediato do interesse da coletividade.

– Funções políticas (de Governo): são aquelas realizadas pela alta cúpula

da Administração. São os núcleos do Estado, marcados pela maior discri-

cionariedade, definidores das políticas públicas.

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 Dispõe sobre o regime


jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais.

(estudar lei do servidor em apostila a parte)

Finanças Publicas

Desta forma, o papel do Estado é garantir que a economia funcione de


maneira estável e justa, promovendo o crescimento econômico, a plena
empregabilidade e a equidade social.

Isso inclui a implementação de políticas fiscais e monetárias, a


regulamentação do mercado, a proteção dos direitos dos consumidores e a
garantia da estabilidade financeira.

Assim, o Estado promove este papel através das seguintes funções


econômicas do estado para a RFB: alocativa, distributiva e estabilizadora.

Função Alocativa

A função alocativa do estado é relacionada a como os recursos


econômicos são distribuídos na sociedade. O seu objetivo é garantir que
os recursos sejam alocados de forma eficiente, isto é, de forma a
maximizar a produção econômica de forma equitativa beneficiando a
maioria da população.

Esta função pode ser realizada de diversas formas, algumas das mais
comuns incluem:

 Regulação dos mercados: o estado pode intervir nos mercados para


garantir que a competição seja justa e os preços sejam estabilizados.
 Políticas distributivas: o estado pode usar o orçamento para
redistribuir renda, por exemplo, através de programas de
transferência de renda para as camadas mais pobres da população.
 Investimentos públicos: O estado pode investir em áreas que
possam ter um impacto positivo na economia, como infraestrutura,
educação e saúde, isso pode ajudar a elevar a produtividade geral e
melhorar a qualidade de vida da população.

Na função alocativa, o governo não precisa necessariamente produzir bens


e serviços para exercer sua função. Ele pode atuar como financiador,
oferecendo empréstimos e subsídios financeiros, ou como regulador,
estabelecendo normas e regulando as atividades econômicas.

Função Distributiva

Uma das outras funções econômicas do estado é a função redistributiva


do estado se refere à forma como o governo usa o orçamento público
para redistribuir renda e riqueza entre diferentes grupos na sociedade.
O seu principal objetivo é o de reduzir a desigualdade econômica.

Isso pode ser feito através de várias políticas e programas como:

– transferências de renda

– impostos progressivos

– programas sociais

Algumas políticas distributivas incluem:

 Transferência de renda: O governo pode distribuir renda através de


programas de assistência social (como o Bolsa Família, Auxílio
Emergencial etc). O objetivo é transferir renda para as famílias mais
pobres para ajudá-las a suprir suas necessidades básicas.
 Impostos progressivos: O governo pode usar a tributação para
redistribuir renda, cobrando taxas mais altas de aqueles com renda
mais elevada e menores de quem tem renda mais baixa, para ajudar a
reduzir a desigualdade.
 Programas sociais: O governo pode oferecer programas de saúde,
educação e habitação para ajudar os mais necessitados a obter esses
serviços básicos.

É importante notar que a função distributiva pode ser complexa e pode


ter efeitos colaterais indesejáveis, por exemplo: afetando a economia de
forma negativa, desestimulando o empreendedorismo e o investimento, ou
mesmo criando ineficiências ou incentivos negativos.

Além disso, a eficácia das políticas distributivas pode ser limitada pelo
sistema de administração, corrupção ou falta de capacidade do
governo para implementá-las corretamente.

DICA ESTRATÉGICA: A função pode ser chamada de redistributiva


quando há distribuição de recursos para a população carente, com o
financiamento vindo principalmente das classes mais ricas. Já quando a
renda é custeada pela população em geral, ela é considerada distributiva.

Função Estabilizadora

A função estabilizadora do estado se refere às ações que o governo toma


para manter a estabilidade econômica, geralmente através de políticas
fiscais e monetárias. O objetivo desta função é minimizar os ciclos
econômicos de alta e baixa, aumentando o crescimento econômico a longo
prazo e reduzindo o desemprego.

Algumas das principais ações que o estado pode tomar para cumprir a
função estabilizadora incluem:

 Política fiscal: O governo pode aumentar ou diminuir o gasto


público, alterar as taxas de impostos, para influenciar a economia.
 Política monetária: O banco central pode aumentar ou diminuir as
taxas de juros para controlar a oferta de dinheiro e, assim, influenciar
a economia.
 Medidas diretas: O estado pode tomar medidas diretas, como
intervenções no mercado de trabalho e no mercado financeiro, para
evitar crises e estabilizar a economia.

A função estabilizadora é parte de um conjunto de políticas governamentais


e deve ser avaliada no contexto da economia global.

LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000


Mensagem de veto
(Vide ADI 2238)
Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal e dá outras
providências.
§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada
e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de
afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas
de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições
no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e
inscrição em Restos a Pagar.
§ 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Seção III
Da Lei Orçamentária Anual
Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível
com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as
normas desta Lei Complementar:

§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Ministro


ou Secretário de Estado da Fazenda demonstrará e avaliará o cumprimento
das metas fiscais de cada quadrimestre e a trajetória da dívida, em
audiência pública na comissão referida no § 1º do art. 166 da Constituição
Federal ou conjunta com as comissões temáticas do
Congresso Nacional ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e
municipais. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 200, de 2023) Vigência
§ 5o No prazo de noventa dias após o encerramento de cada
semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em reunião conjunta das
comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do
cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e
cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas
operações e os resultados demonstrados nos balanços.
Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os
beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de sistema de
contabilidade e administração financeira, para fins de observância da
ordem cronológica
determinada no art. 100 da Constituição.
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a
despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da
Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a
seguir discriminados:

I - União: 50% (cinqüenta por cento);

II - Estados: 60% (sessenta por cento);

III - Municípios: 60% (sessenta por cento)

Subseção III
Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a
atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá
as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;

II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia
dez de dezembro de cada ano;

III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa
de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica
financeira, ou à que vier a esta substituir;
IV - estará proibida:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente
resgatada;
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito
Municipal.

A LRF é a Lei Complementar nº 101, trata-se de uma Lei Complementar


que tem como objetivo controlar os gastos da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, para adequar à capacidade de arrecadação de
receitas do Poder Público.

Ademais, essa Lei busca promover uma maior transparência dos gastos
públicos, trazendo uma novidade em matéria de Contabilidade Pública,
assim como de Execução Orçamentário-Financeira. Uma vez que essa Lei
determina limites para as despesas, assim como para o endividamento
público.
Além disso, nela são estabelecidas metas fiscais, para que os governantes
controlem e planejem as receitas e despesas, tomando medidas, se for o
caso, para prevenir ou corrigir problemas que possam prejudicar o alcance
das metas.

Resumo da LRF para a prova da CGE-SC

O primeiro artigo da LRF diz que ela estabelece normas de finanças


públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

Percebe-se, então, que a Lei de Responsabilidade Fiscal tem como objetivo


elencar um conjunto de normas disciplinando as finanças públicas para
obter uma maior responsabilidade na Gestão Fiscal.

Mas você sabe o que é uma maior “responsabilidade na Gestão Fiscal?”

Segundo Augustinho Paulo, para o Poder Público conseguir uma maior


responsabilidade na Gestão Fiscal é necessário orientar a conduta dos
gestores públicos, de modo a impor regras a eles regras e limites para as
contas públicas, bem como aplicar sanções no caso do seu não
cumprimento.

Ou seja, a LRF serve como um código de conduta para os Administradores


Públicos, buscando um maior equilíbrio das contas públicas e uma maior
transparência no gasto público.

Sendo assim, o principal objetivo da LRF é o equilíbrio fiscal. Destarte,


esse equilíbrio é conquistado através das imposições de restrições para o
aumento da despesa pública, além da fixação de limites relacionados aos
endividamentos e os gastos de pessoal.

Desse modo, a LRF é pautada em alguns princípios, são eles:

 Planejamento;
 Controle;
 Equilíbrio das Contas Públicas;
 Transparência;
 Responsabilidade.

Campo de Aplicação da LRF

De acordo com o § 2° da LRF, ela obriga: “a União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios.”
Assim, a LRF se trata de uma Lei Complementar que obriga todos os Entes
Federativos.

Além disso, uma observação importante que costuma ser muito exigida em
prova é que para efeito da Lei de Responsabilidade, os Tribunais de
Contas estão incluídos no Poder Legislativo. No entanto, isso não quer
dizer que estão subordinados hierarquicamente, está bem?

Destarte, guarde isso para a sua prova: OS TRIBUNAIS DE CONTAS


NÃO SÃO SUBORDINADOS HIERARQUICAMENTE AO PODER
LEGISLATIVO.

Sendo assim, os Tribunais de Contas são órgãos independentes, sendo


somente vinculados ao Poder Legislativo para fins da LRF, isto é, para
efeitos orçamentários.

Receita Corrente Líquida – Resumo da LRF para a prova da CGE-SC

Um ponto que aparece bastante na LRF é a respeito da Receita Corrente


Líquida. Mas, você sabe o que é a Receita Corrente Líquida?

A Receita Corrente Líquida nada mais é do que somatório de algumas


Receitas Correntes depois de algumas deduções.

E Receitas Correntes, o que é?

As Receitas Correntes tratam-se das Receitas Compulsórias (Tributos e


Contribuições) do Poder Público, sendo as Receitas provenientes de
atividades Estatais quando o Estado atua diretamente na produção
(Industriais, Agropecuárias ou Prestação de Serviços), Receitas da
exploração do patrimônio próprio (Patrimoniais), Receitas provenientes de
transferências para o atendimento de despesas correntes e Outras Receitas
Correntes.

Desse modo, as Receitas Correntes são:

 Receitas Tributárias (Imposto, Taxa e Contribuição de Melhoria);


 Receita de Contribuições;
 Receita Patrimonial;
 Receita de Serviços;
 Receita Industrial;
 Receita Agropecuária;
 Transferências Correntes;
 Outras Receitas Correntes.
Assim, depois de somar todas essas Receitas você obtém a Receita
Corrente Bruta. A partir da Receita Bruta deve-se efetuar as deduções para
chegar à Receita Corrente Líquida. Mas você sabe quais são essas
deduções?

Em relação à União deduz:

 São os valores transferidos aos Estados e Municípios por


determinação da Constituição Federal ou de Lei (como, por
exemplo, o Fundo de Participação dos Estados e o Fundo de
Participação dos Municípios);
 Os valores das contribuições do empregador, da empresa e da
entidade a ela equiparada, que incidem sobre a folha de salários e
outros rendimentos do trabalho, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, mesmo que não tenha vínculo empregatício;
 Valores das contribuições do trabalhador e de outros segurados,
podendo adotar alíquotas progressivas de acordo com o valor do
salário de contribuição;
 Valores da Contribuição do PASEP e do PIS;
 Os valores da Contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social;
 Valores advindos da compensação financeira.

Em relação aos Estados serão deduzidos:

 São os valores transferidos aos Municípios por determinação da


Constituição Federal;
 Valores da Contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social;
 Valores advindos da compensação financeira.

Por fim, em relação aos Municípios serão deduzidos:

 Valores da Contribuição dos servidores para o custeio do seu


sistema de previdência e assistência social;
 Valores advindos da compensação financeira.

Além disso, de acordo com a LRF: “A receita corrente líquida será


apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos
onze anteriores, excluídas as duplicidades”.

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