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TransLinkedIn

SUMÁRIO
•Apresentação _______________________________________1

•Letramento _________________________________________2

•Tags de socialização

o que não dizer/fazer_________________________________6

o que dizer/fazer _____________________________________8

•História do movimento trans no Brasil _____________11

•Desmistificando HIV-Aids: _________________________13

•Conquistas do movimento Trans no Brasil _________15

•Onde e com quem buscar informações ____________16


APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO

O compromisso com a Diversidade e Inclusão não é só “a coisa certa a se


fazer”, mas sim uma escolha inteligente que nos permite criar
soluções inovadoras para questões complexas contemporâneas e
futuras.

Um ambiente inovador que viabiliza negócios e contribuem


diretamente para o desenvolvimento socioeconômico.

No Demarest temos compromisso e intencionalidade em promover a


pluralidade de talentos em nosso time, a equidade de oportunidades e a
desconstrução de barreiras culturais e estruturais que excluem grupos
sociais minorizados.

Compartilhamos nossos aprendizados, promovemos direitos humanos e


construímos ações em conjunto com o mercado e organizações da
sociedade civil fazendo parte de Fóruns, Coalizões e Alianças
empresariais.

Fazemos isso pois acreditamos que é necessário trabalhar em conjunto


criando e compartilhando soluções para avançarmos nesses temas
complexos.

Esperamos que essa cartilha seja mais uma contribuição do Demarest


para a sociedade e principalmente para as pessoas cisgêneras, que
poderão aprender sobre vivências e trajetórias das pessoas trans e
travestis.

Em parceria com o #TransLinkedIn, essa cartilha não esgota as


possibilidades de TRANSformação, mas é o início de uma longa jornada
de desenvolvimento das políticas internas e externas no
comprometimento com as pautas de Empregabilidade Trans.

1
X

Letramento

IDENTIDADE DE GÊNERO X

Diz respeito a como a pessoa


ORIENTAÇÃO SEXUAL X
se sente e se percebe em
relação a seu gênero.
É a atração afetiva e/ou
sexual de uma pessoa.
Existem diversas
orientações sexuais
possíveis, já que cada
pessoa é única e pode se
atrair de maneiras distintas
por diferentes pessoas ao
longo da vida.

SEXO BIOLÓGICO X

Classificação a partir de
caracteristicas físicas e
cromossômicas que
determinam no nascimento se
a pessoa é do sexo masculino,
feminino ou intersexo.

EXPRESSÃO DE GÊNERO X
Como a pessoa manifesta
socialmente sua identidade,
PAPEL DE GÊNERO X nomes, roupas, cabelo e
forma de expressão corporal.
Trata-se do padrão de
comportamento que a
sociedade espera de homens e
mulheres.

2
CISGÊNERO/CIS
Identidade de gênero
correspondente ao sexo que foi
atribuído no nascimento.

TRANSGÊNERO/TRANS
Identidade de gênero diferente
a que foi atribuída no
nascimento.

TRAVESTI
É uma identidade de gênero trans, que
não se enquadra na definição de sexo
masculino.
O termo Travesti carrega uma
representação social e um papel social
dentro dos movimentos políticos de luta
e conquista de direitos, não somente
um símbolo, mas uma identidade
tipicamente brasileira.

3
NÃO-BINÁRIO
Identidade de gênero que não é
estritamente masculina ou feminina.

INTERSEXO
Descreve pessoas que
desenvolvem, antes de nascer,
características físicas,
hormonais, cromossômicas e
genitais que não se encaixam
nas noções típicas de sexo
feminino ou sexo masculino.

INTERGÊNERO
Identidade de gênero definida por
ser intersexo.

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PRONOME NEUTRO X

É um pronome isento de indicação de


gênero, geralmente usado para se
referir a pessoas não binárias. Fica a
critério das pessoas como elas querem
ser chamadas, podendo optar por
pronomes como “elu\delu”, “ilu\dilu” ou
outras variações disso.

NOME SOCIAL X

Nome social se refere ao nome próprio


pelo qual pessoas trans e travestis
geralmente desejam ser chamadas, em
contraste com o nome de registro.

NOME MORTO ( DEAD NAME ) X

Nome de nascença de uma pessoa


trans que fez a mudança do seu nome
como parte da transição de gênero.

PESSOA TRANS-COMPANHEIRA X

Uma pessoa que se liga às lutas de


pessoas trans por querer acompanhar e
estar próximo para ajudar e contribuir
com demandas políticas de
desenvolvimento socioeconômico e de
bem estar da comunidade trans.

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TAGS DE SOCIALIZAÇÃO

O que não dizer/Fazer

Não presumir os pronomes de alguém pela aparência.

Não perguntar qualquer coisa sobre a transição de


forma invasiva e em qualquer contexto.

Não fazer perguntas acerca de cirurgias e/ou se a


pessoa toma hormônios.

Não dizer que a pessoa nem parece ser trans ou


travesti.

Não usar o termo traveco, pois é pejorativo e expõe as


pessoas ao ridículo.

Não dizer que não é LGBTfóbico, porque conhece uma


pessoa trans.

Não dizer que pessoas trans nascem no corpo errado


ou presumir que elas querem mudar o próprio corpo.
6
Não pressupor a sexualidade de uma pessoa trans ou
perguntar sobre a sexualidade dela.

Não apresentar uma pessoa como trans. - Esse é o


fulano, ele é trans!

Não invalidar o gênero de pessoas não binárias


achando que só existem pessoas trans homens ou
mulheres.

Não taxar pessoas trans como agressivas após ser


corrigido de uma atitude inconveniente ou transfóbica.

Não expor o nome antigo (nome morto) de uma


pessoa trans.

Se você não tem intimidade com a pessoa e este não


for o contexto, não pergunte sobre antes da transição.

Caso você cometa um erro transfobico, não diga


apenas que ainda esta aprendendo. Ao invés disso,
peça desculpas e busque saber mais para que este tipo
de situação não aconteça novamente.

Não tentar se informar sobre transgeneridade com


qualquer pessoa, afinal não é porque a pessoa é trans
que ela estuda e está disposta a falar sobre esse
assunto.

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TAGS DE SOCIALIZAÇÃO

O que dizer/Fazer

Respeitar sempre como as pessoas preferem ser


chamadas, principalmente, nomes e pronomes.

Pergunte os pronomes da pessoa, caso ela não diga e


você tenha dúvidas.

Conecte-se nas redes sociais e interaja com pessoas


trans.

Divulgar e consumir o trabalho de pessoas trans.

Divulgar currículos de pessoas trans que estão


procurando emprego.

Indicar pessoas trans para vagas de emprego em


geral e não apenas para vagas afirmativas.
8
Consumir conteúdo cultural e intelectual produzido por
pessoas trans.

Ao ver uma pessoa trans ser destratada, manifeste-se


e seja uma pessoa trans-companheira.

Indicar pessoas trans para eventos, palestras e


oportunidades (preferencialmente remuneradas).

Apoiar moralmente, e também financeiramente, em


algum momento, pessoas trans empreendedoras, que
estão estudando e até mesmo que precisam do básico
para sobreviver.

Apoie na construção de um perfil no LinkedIn caso seja


interesse da pessoa.

Revise e ajude a divulgar o currículos de pessoas trans


que estão procurando emprego.

Apoiar financeiramente casas de acolhimentos para


pessoas trans e travestis.

Caso sua empresa tenha, participe dos comitês de


diversidade ou ajude a criá-los.

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Apoiar e participar de discussões e eventos, com o
protagonismo de pessoas trans, que visem combater o
preconceito e a violência contra pessoas trans.

Atenção na interseccionalidade: pessoas trans e


travestis pretas e/ou com deficiência têm menos
acesso.

Estimular e engajar pessoas trans no espaço de


trabalho.

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Na história da humanidade,pessoas que são diferentes sempre
são perseguidas e/ou mortas; com pessoas transgêneras essa
história é de luta pelo direito à vida.

VAMOS CONHECER UM POUCO DESSA HISTÓRIA?

No Brasil há poucos registros sobre as primeiras pessoas que foram reconhecidas


e perseguidas por terem uma expressão de gênero oposta da que foi atribuída
socialmente.

As primeiras a aparecerem nos registros dos colonos espanhóis sobre o Brasil,


antes mesmo desse território ser chamado assim, foram as “Tibiras”.

Elas faziam parte dos povos indígenas da etnia Tupinambá e foram perseguidas e
dizimadas porque desafifiavam as crenças católicas da época; sendo líderes
espirituais que tinham habilidades de cura e eram reconhecidas no meio por
serem pessoas sábias e com total liberdade sexual.

Os textos que tratam sobre isso são sempre do ponto de vista dos colonos
europeus, eugenistas e/ou pesquisadores, raramente são relatos da
experiência dessas pessoas, uma vez que a maioria dos povos originários
eram de tradição oral.

Alguns autores da literatura acadêmica que pesquisam gênero e sexualidades


indígenas no Brasil, identificam que Tibira ou Tivira era utilizado de maneira
pejorativa, indicando o que hoje entendemos como sendo a identidade de gênero
de pessoas travestis.

11
Importante entender que as Tibiras sempre existiram, porém depois do processo
de colonização houve uma onda de recriminação, perseguição e criminalização de
pessoas que se comportavam e exerciam uma expressão de gênero diferente.

Os registros do Santo Ofício do século XVI, mostram que Xica Manicongo foi a
primeira travesti não indígena do Brasil. Moradora da Baixa do Sapateiro, em
Salvador, Xica, era uma travesti negra escravizada que se tornou símbolo de
resistência.

Xica foi feita de mártir, lutando e exigindo que pudesse existir da forma mais
plena e justa possível.

Sobretudo, a história do movimento de pessoas trans e travestis no Brasil é uma


história de luta, também, frente aos regimes políticos ditatoriais.

A estrutura social imposta por estes regimes políticos imputava a esses corpos
uma condição de marginalidade, abjeção e silenciamento, negando o acesso a
direitos civis básicos e impondo relações de trabalho irregulares, como a
prostituição.

Entre os anos finais da década de 60 até o início dos anos 80 no Brasil, pessoas
trans, travestis racializadas negras sofrem com perseguições políticas de
interesse de um regime que buscava uma hegemonia social. Ou seja: uma
sociedade majoritariamente cisgênera, branca e heterosexual.

Em 1987, foi arquitetada pela Polícia Civil do Estado de São Paulo a Operação
Tarântula. Uma operação higienista, fruto da realidade construída nos anos
anteriores, que tinha por objetivo a prisão de travestis que trabalhavam com
prostituição nas ruas, sobre o pretexto de combater a Aids.

Nesse período, pouco se sabia sobre HIV-Aids e havia um senso comum de que
essa infecção sexualmente transmissível fosse uma doença “Gay”.

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Hoje sabemos que:
HIV não é uma infecção que escolhe sexualidade.

HIV e Aids não são mesma coisa.

Aids é uma doença que se desenvolve caso não seja


feito o tratamento regular do antirretroviral que
combate a HIV no sistema imunológico.

Pessoas que vivem com HIV (PVHA’s) e estão em


tratamento antirretroviral, não desenvolvem Aids.

O tratamento antirretroviral possibilita uma melhor


qualidade de vida para pessoas que vivem com HIV, ou seja:
a carga viral se torna indetectável e ao ser indetectável
também se torna intransmissível.

Existem políticas públicas de prevenção e manejo da


infecção por HIV no Brasil, que atende desde pessoas
gestantes (prevenindo a transmissão vertical) até casais
sorodiscordantes (quando uma pessoa do casal vive com o
vírus HIV e outra não).

O Brasil está desenvolvendo uma vacina que pode


revolucionar a história da infecção por HIV no mundo e
esses estudos só são possíveis graças à colaboração e
empenho das PVHA’s.

PVHA’s tem direito ao sigilo pela Lei 7658/14, do Senado,


que determina a preservação do sigilo sobre a condição de
pessoa com o vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Viver com HIV não é CRIME, embora as PVHA’s sofram


com estigma e preconceito (Sorofobia).
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Hoje, com o avanço da ciência, nós temos acesso a todas essas informações. Mas,
naquele momento da história o Brasil foi tomado por uma irracional histeria
social, o que levou categoricamente as pessoas que já estavam na margem para
um cenário de maior perseguição e aniquilação.

Ao decorrer dessa trajetória algumas travestis se organizaram politicamente e


fundaram em 1992 a Associação de Travestis e Liberados - ASTRAL, no Rio de
Janeiro, com o objetivo de atuar diretamenteno cenário nacional.

No início de 1993 aconteceu, na cidade do Rio de Janeiro, o I Encontro Nacional


de Travestis e Liberados que Atuam na Prevenção da Aids – ENTLAIDS,
organizado pelo grupo ASTRAL. Esse evento conseguiu reunir pessoas parceiras e
aliadas de outros estados do Brasil e engajar outras travestis para que se
tornassem lideranças de movimentos em seus estados.

Esse evento teve três edições, que movimentou bastante as discussões sobre as
necessidades de se criar uma rede para que fosse possível reunir e encaminhar as
demandas, inquietações e propostas da população de pessoas trans e travestis.

Após as primeiras movimentações e articulações política a Astral foi se


transformando na Associação Nacional de travestis e Transexuais - Antra, que
tem o objetivo de lutar por direitos básicos dessa população em âmbito nacional.

A partir de então, intensifica-se a comunicação entre as associadas e com isso


importantes avanços são notados através da ocupação de espaços dentro do
cenário político nacional e, pela primeira vez na história, travestis discutem com o
governo federal a criação de uma campanha nacional para acabar com a
discriminação sofrida.

Assim a ANTRA elabora em conjunto com o Programa Nacional de DST/AIDS e


lança no Congresso Nacional a campanha “Travesti e Respeito: já está na hora
dos dois serem vistos juntos” em 29 de janeiro de 2004. Essa data vem a ser
decretada pela diretoria como o dia nacional da visibilidade Trans.

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E a gente continua…
Numa terceira onda de pessoas trans ativistas, a gente tem hoje muitas
representatividades que atuam diretamente no poder legislativo, como prefeitos e
prefeitas, vereadores e vereadoras, governadores e governadoras e que estão
conquistando um espaço que antes jamais seria possível.

Além dos espaços conquistados, temos grandes vitórias


como:

• Nome social de pessoas trans e travestis deve ser


respeitado como direito da dignidade da pessoa
humana.

• Retificação de prenome e sexo feita diretamente no


cartório.

• Ambulatórios de saúde pública para tratamento


hormonal de pessoas trans.

• Cirurgia de transgenitalização e mastectomia


masculinizadora pelo SUS.

• A transexualidade é retirada da classificação de doenças


mentais pela OMS.

• Programas de trainee exclusivos para pessoas trans.

• Aposentadoria de acordo com o gênero que se


identificam.

• Cotas específicas para pessoas trans em concursos


públicos.

• Políticas públicas para a inserção de pessoas trans e


travestis no mercado de trabalho.

• Foi aprovado projeto que criminaliza a transfobia e a


LGBTfobia (PL 7582/14), que diz ser crime “praticar,
induzir, ou incitar a discriminação ou preconceito” em
razão da Orientação Sexual ou da Identidade de Gênero
de qualquer pessoa.

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QUER SABER MAIS?

Pessoas trans para acompanhar nas redes socias e aprender:

# TRANSLINKEDIN

LinkedIn Top Voices & creator, comunicadora, artista,


produtora de audiovisual, ativista da pauta trans, agitadora
política e fundadora da rede TransLinkedIn.

LUA MANSANO

LinkedIn Top Voices & creator, Arte-educadora, escritora,


palestrante, especialista em DE&I e fundadora do podcast
AfronTRAVAS.

JUDÁ NUNES

LinkedIn Top Influencer, palestrante, professor das pautas


LGBTQIAP+, Tecnologia Inclusiva, Raça, Etnia e
Neurodiversidade e CEO do projeto EducaTRANSforma.

NOAH SCHEFFEL

LinkedIn Top Voices & creator, palestrante da pauta LGBTQIAP+


e vice-diretor do Projeto Transpor.

THOMAS NADER

LinkedIn Top Voices & creator, jornalista, comunicadora,


palestrante em DE&I.

NATALHIA F.

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#TRANSLINKEDIN

LinkedIn Creator, cientista social, professora de sociologia,


consultora de DE&I e pesquisadora da teoria queer e da
agenda LGBTQIA+.

DANDARA R.

Fundador do IMPACTRANS, analista e palestrante das pautas


de DE&I.

PEDRO SAMPAIO

Analista de Recursos Humanos, Cultura e DE&I.

ALEXYS SOUZA

Especialista em marketing, palestrante, professora, membro do


EducaTRANSforma e CEO da Vaitek.

LUCA ELISA

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# INFLUENCERS
Escritora, poeta,
pensadora,
psicanalista e
especialista em
gênero e Ativista social
sexualidade. pelas causas
Letícia Lanz
trans e travestis e
@LEITICIALANZ co-fundadora da
ANTRA.

Keila Simpson

@KEILASIMPSONSOUSA

Cientista,
pesquisador e
professor das artes
cênicas, fundador
do primeiro Museu
Transgênero de Atriz, dramaturga,
História e Arte narradora,
Ian Habib - @muthabrasil. transpóloga,
ativista social,
@IANHABIBAZIZ
fundadora do
@monartbr e
@coletivot. Renata Carvalho

@RENATACARVALHOOFICIAL

Ativista
independente,
pesquisadora e
questionadora
da branquitude e Artista visual,
da cisgeneridade modelo, e
Neon Cunha tóxica. produtora do
@NEONCUNHA
@transarau, fala
sobre suas
vivências como
travesti nas redes. AKIRA CASCAVEL

@THE_KPETA

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# INFLUENCERS

Comunicador,
palestrante, Linkedin
creator e pessoa de
diversidade e
inclusão, fala nas
redes sociais sobre Palestrante, social
suas vivências e o mídia, colunista
Kevin Cassiano cenario de D&I.
pelo @midianinja
@KEVINCASSIANO @influencianegra
e @ezatamentchy.

Àgata Pauer
@AGATAPAUER

Comunicadora de
moda, beleza e
vivências trans no
Instagram.
Embaixador do
@ceres.trans e
Vincia Prado @iyd.brasil, fala
@VINCIAPRADO sobre
empoderamento
trans negro no
Instagram. Stefan
@TRANSBOYLIFE

Psicólogo
nordestino, fala
sobre saúde
mental e vivências
trans no Miss Bahia pelo
instagram. @missbelezatbrasil,
Jamil comunicadora e
colunista pelo
@JAMILGR4U @ezatamentchy e
ativista pelos direitos
de pessoas trans no
Brasil. Ananda Oliveira
@ANANDADAOLI

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Escritora
JUDÁ NUNES

Designer Gráfica
AKIRA CASCAVEL

Colaboração visual
TEODORO DRUMOND

TransLinkedIn

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