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SUMÁRIO

03. SOBRE O GUIA

05. ENTENDENDO ALGUNS CONCEITOS

07. POPULAÇÃO TRANS E TRAVESTI

12. CONQUISTAS DA POPULAÇÃO TRANS E TRAVESTI

15. PRINCIPAIS FORMAS DE


DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO

17. PODE E NÃO PODE NO MÊS DA


VISIBILIDADE TRANS E TRAVESTI

19. DICAS PARA SER UMA PESSOA ALIADA


DA POPULAÇÃO TRANS E TRAVESTI

21. LGBTFOBIA É CRIME

02
SOBRE O GUIA
A TODXS é uma organização não governamental (ONG) criada
em 2017, suprapartidária e sem fins lucrativos que promove a
inclusão de pessoas LGBTI+ na sociedade com iniciativas de
formação de lideranças, pesquisa e conscientização.
Conheça nossos projetos em todxs.org e @todxsbrasil.
Formada por um time de pessoas executivas e voluntárias
trabalhando de forma remota, em todo o território nacional, na
criação de projetos de alto impacto para a população LGBTI+
brasileira. Existimos para transformar o Brasil em um país
verdadeiramente inclusivo e livre para todas as pesoas.
A busca por um mundo mais justo e igualitário não é apenas
individual, mas também coletiva. As empresas têm um papel
crucial nesse processo. Em 29 de janeiro, celebramos o Dia
Nacional da Visibilidade Trans, marcando um mês de luta
e orgulho por mudanças estruturais em espaços públicos
e privados, visando inclusão e ações de equidade de gênero.
É também um momento de celebrar conquistas de
direitos para essa população.
A data foi oficializada em 29 de Janeiro de 2004, quando 27
pessoas trans e travestis foram até o Congresso Nacional lançar
a campanha criada em parceria com o Programa Nacional de
DST/Aids do Ministério da Saúde: “Travesti e respeito: já está na
hora dos dois serem vistos juntos. Em casa. Na boate. Na escola.
No trabalho. Na vida”.
Essa campanha pioneira, criada e idealizada por pessoas
trans e travestis, destaca o protagonismo essencial para
combater a violência de gênero e os efeitos prejudiciais de
políticas anti-trans vigente nos governos anteriores, criando
dentro do contexto do setor público maior visibilidade para
questões como a falta de serviços de saúde para essa população,
bem como a alta evasão escolar e falta de oportunidades,
que impactam diretamente na empregabilidade
e nas vivências dessas pessoas.
Com o intuito de orientar instituições na jornada de
transformação em diversidade, equidade e inclusão,
este material visa oferecer orientações claras para a
elaboração de materiais e campanhas durante o
Mês da Visibilidade Trans e Travesti. Serve também como
suporte para empresas com pouco ou nenhum conhecimento
sobre o tema. Consulte-o sempre que surgir alguma dúvida
sobre essa comunidade e saiba como celebrá-la e apoiá-la.
Boa leitura!
ENTENDENDO ALGUNS CONCEITOS
Cara pessoa cis, primeiro passaremos por conceitos cruciais para
entender profundamente sobre o Mês da Visibilidade Trans e Travesti.

Mas, primeiro: Você sabe o que é ser uma


pessoa cis (cisgênera)?
Uma pessoa cis (cisgênera) é alguém que
se identifica com o gênero designado no
seu nascimento - ou seja, uma pessoa que foi designada como
homem e assim se identifica (homem cis), ou uma pessoa que foi
designada como mulher e assim se identifica (mulher cis).

A orientação sexual, ou sexualidade, é a atração que uma pessoa


sente por outras pessoas. Para

SEXUA-
muitas pessoas, esses desejos
atravessam também uma atração

LIDADE
romântica, na constituição de
relacionamentos. Pessoas trans e
travestis podem ter as mais
variadas sexualidades.
Alguns exemplos de sexualidades incluem:
Heterossexual, Homossexual, Bissexual, Pansexual.
PARA SABER MAIS: As pessoas assexuais experimentam pouca ou
nenhuma atração sexual, mas podem constituir relacionamentos
com uma pessoa de um ou mais gêneros.

IDENTIDADE A identidade de gênero é a


definição de como uma pessoa

DE GÊNERO
se identifica - seja enquanto
mulher, homem ou gêneros
não-binários.
O gênero é comumente entendido como uma construção social,
enquanto os papéis de gênero referem-se às expectativas sociais
atribuídas à gêneros binários (homem e mulher), dentro de uma cultura
e contexto histórico ocidente. Se refere, assim, a papéis que são
construções sociais que buscam impor o que é aceitável para uma
mulher sentir/fazer, assim como também para homens (Beauvoir, S.
1949) - por exemplo: “menino veste azul, menina veste rosa”.
Por fim, vale destacar que a expressão de gênero é como a pessoa se
apresenta publicamente, independente de sua identidade, mas
atrelada a tais papéis. A expressão de gênero inclui nome, vestimenta,
corte de cabelo, trejeitos, expressões corporais, entre outros, e é
também extremamente variável e individual nas diferentes expressões
humanas. Assim, um homem pode ter uma expressão de gênero tida
como mais feminina, por exemplo.
Em nossa sociedade há uma norma estabelecida que define padrões
de “alinhamento” entre essas características. Por exemplo: se identificar
como um menino ao nascer, se identificar como homem ao longo da
vida e, por isso, se relacionar afetivo-sexualmente com mulheres.
No entanto, existe uma imensa diversidade de interações entre esses
aspectos humanos. Assim como pessoas cis, pessoas trans podem ter
diferentes sexualidades, expressões de gênero e características
sexuais.

Identidade de gênero não define sexualidade. Uma travesti pode


ser heterossexual, bissexual, lésbica ou pansexual. Um homem trans
pode ser heterossexual, bissexual, gay ou pansexual, entre outros.
POPULAÇÃO TRANS E TRAVESTI
O que quer dizer “trans"?
“Trans” é um sufixo que significa
"além de", "para além de", "o
lado oposto". No dia-a-dia, comumente utilizado para se referir
a pessoas transgêneras e travestis.
Uma pessoa transgênero (trans) é aquela que não se identifica
com o gênero designado no seu nascimento. Isso inclui uma
pessoa que foi designada como homem ao nascer, mas que se
identifica como mulher (mulher trans ou travesti, ou
transfeminina), assim como alguém designada como mulher ao
nascer, mas que se identifica como homem (homem trans ou
transmasculino).
Além disso, inclui pessoas que não se identificam estritamente
como homens ou mulheres, sendo classificados como
não-binárias.
Uma pessoa não-binária é aquela que não é homem nem
mulher, podendo se identificar como ambos, como parte de
ambos ou como nenhum. Pessoas não binárias também são
pessoas trans, afinal, não estão de acordo com o gênero que
lhes foi imposto ao nascer.

Aquilo que cruza, que transpassa, que atravessa e


aquilo que permanece sempre dum mesmo lado,
que margeia, que não cruza, que deixa de cruzar,
tudo em função duma dada linha. É possível
imaginarmos a utilização de um desses termos
(cis e trans) sem, de pronto, nos referirmos ao outro?

O cis pelo trans, publicado na Revista


07 Estudos Feministas (2017), por Amara Moira
PARA SABER MAIS: Podemos utilizar o termo “mulher trans” ou
“pessoa transfeminina” para tratar uma pessoa que foi
designada homem ao nascer, mas se entende como uma pessoa
de gênero feminino. Já o termo “homem trans” ou “pessoa
transmasculina” para tratar uma pessoa que foi designada
mulher ao nascer, mas se entende como uma pessoa de gênero
masculino. O termo não-binariedade é um termo amplo que
engloba identidades de gênero que fogem do binário (homem e
mulher), como pessoas agêneras ou gênero fluido, por exemplo.
UMA PESSOA TRANS NÃO PRECISA
FAZER PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS,
CIRURGIAS PLÁSTICAS, TERAPIA
HORMONAL OU MUDAR SEU NOME
PARA SER UMA PESSOA TRANS.
NOME SOCIAL OU
NOME DE REGISTRO?
“Nome de registro” é um termo jurídico utilizado para incluir,
excluir ou alterar o nome de batismo e/ou sobrenome
originalmente atribuído a uma pessoa.
Já o nome social é aquele que a pessoa escolhe utilizar em
substituição a seu nome de registro, quando ainda não fizeram
ou não desejam fazer alguma alteração em seu registro de
nascimento. É o nome pelo qual pessoas trans escolhem ser
chamadas e referenciadas em todos os contextos.
Para a população trans, pode ser extremamente violento
quando uma pessoa se refere a ela pelo “nome morto”, isto é,
pelo nome que lhe foi dado ao nascer, mas que ela deixa de se
identificar
após o processo de transição.
Uma pessoa trans pode se apresentar pelo nome social, pelo
nome de registro (independentemente de ter feito ou não a
retificação em cartório) ou por ambos. Sendo assim: respeite
sempre o nome pelo qual a pessoa se apresenta.

10
MUITAS PESSOAS SE PERGUNTAM:
“QUAL A DIFERENÇA ENTRE
MULHERES TRANS E TRAVESTIS?”
A diferença essencial entre travestis e mulheres trans é a
autodeterminação, não tendo nenhuma relação com cirurgias
de redesignação sexual ou terapia hormonal.
Embora existam diferenças entre as duas identidades, melhor
é observar as semelhanças entre as mesmas.
Travesti é uma identidade transgênero e, em linhas gerais, é
uma pessoa que, ao nascer, lhe foi imposto o gênero mascu-
lino, mas elas se reconhecem como uma identidade feminina,
e por isso, os pronomes a serem utilizados e respeitados são
os femininos. O termo "travesti", antes usado de forma
pejorativa, foi ressignificado positivamente, passando a ser
visto como uma identidade sociopolítica por ativistas da
América do Sul.

Nem toda travesti se reconhece como mulher.

O direito à autodeterminação (de gênero) delibera


a todos os corpos (cis/trans) a possibilidade da
autonomia sobre a escolha em retificar nome e
gênero e, com isso, uma vez mais experienciam a
adequação à norma como única forma de
inserção cível e acesso às políticas públicas.
Nos adequamos para sobreviver.

Do texto Manifestações textuais (insubmissas) travestis


Escrito por Sara Wagner York, Megg Rayara Gomes
11 Oliveira e Bruna Benevides
CONQUISTAS DA POPULAÇÃO
TRANS E TRAVESTI
Conselho Federal de Medicina autoriza a
2002 cirurgia de redesignação sexual
O processo de redesignação sexual — do fenótipo
masculino para o feminino foi autorizado pelo Conselho
Federal de Medicina. Desde 2008, passou a ser oferecido
pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Em 2010, o processo
de redesignação do fenótipo feminino para o masculino
também foi aprovado pelo conselho e passou a ser
oferecido pela rede pública.

2009 Nome social passa a ser usado no SUS


Neste ano, o Ministério da saúde permitiu que o
nome social fosse usado no SUS.

Cartórios não podem se recusar a


2013 celebrar casamento LGBTI+
Resolução 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
veda a recusa aos cartórios, ou seja, os cartórios
já não podem mais se recusar a celebrar o casamento
civil entre pessoas do mesmo gênero.

Nome Social
2016
É denominado Nome social o nome que pessoas trans
e travestis se reconhecem, principalmente para
distinguir de seu nome do registro civil (Registro Geral).
Em âmbito federal, o Decreto nº 8.727 da Presidência
da República, normatizou o uso do nome social pelos
órgãos e entidades da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional.

Mudança no Registro Civil


2018
Em março de 2018, o Supremo Tribunal Federal
determinou que pessoas trans podem alterar em cartório
o nome e o registro de sexo presente no registro civil.
Primeira deputada trans é eleita no Brasil
2018
Educadora e artista plástica, Erica Malunguinho foi
eleita deputada estadual em São Paulo em 2018
pelo PSOL e se tornou a primeira mulher trans a
ocupar o cargo de deputada no Brasil.

Retirada da transexualidade
2019 da lista de doenças
A Organização Mundial da Saúde (OMS) removeu no
dia 06 de junho de 2019 da Classificação Oficial de
Doenças (CID-11) o chamado “Transtorno de
Identidade de Gênero”, definição que considerava
como transtorno mental a situação de pessoas trans.
A decisão foi celebrada por especialistas das áreas
de saúde pública e direitos humanos.

Criminalização da LGBTIfobia
2019
Em 19 de junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal
(STF) passou a considerar crime todo ato de
discriminação por orientação sexual e/ou
identidade de gênero.
PRINCIPAIS FORMAS DE
DISCRIMINAÇÃO NO MERCADO
DE TRABALHO
DESRESPEITO AO NOME/PRONOME
Negar ou desrespeitar o nome social de uma pessoa trans é
uma forma de desumanização e preconceito. Caso você venha a
ter acesso ao nome de registro, sendo ele diferente do que a
pessoa se identifica, não trate a pessoa pelo nome morto (nome
de registro não utilizado pela pessoa). Expor o nome de registro
causa desconforto, dor, constrangimento e relembra traumas a
pessoas trans e travestis. Expor essas pessoas a esse tipo de
situação com base em um dado pessoal pode gerar prejuízos
com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Errar o pronome é referir-se a uma pessoa utilizando pronomes
pelos quais ela não se identifica. Por exemplo, chamar uma
mulher trans pelo masculino, um homem trans pelo feminino, ou
pessoas não binárias por algum pronome que elas não utilizem.
Portanto: sempre pergunte por quais pronomes a pessoa quer
ser tratada.

Todo mundo deve ter seus pronomes respeitados! Isso serve


para mulheres e homens trans, travestis e pessoas não-binárias.

FAZER PERGUNTAS INDISCRETAS


Perguntar sobre o nome morto ou sobre cirurgia, principalmente se
a pessoa fez uma cirurgia de redesignação sexual, são perguntas
que ofendem pessoas trans e travestis. Não pergunte pelo "o que
a pessoa tem entre as pernas", se a pessoa "era homem/mulher e
virou mulher/homem?" ou afirme que pessoas trans e travestis são
pessoas que "se vestem de homem/mulher" ou que "gostam tanto
de homem/de mulher que virou mulher/homem".

IMPEDIMENTO DE USAR BANHEIROS


Pessoas trans podem viver situações em que são impedidas de
exercerem direitos básicos ou são tratadas de forma diferente por
causa de sua identidade de gênero. Isso acontece, por exemplo,
quando uma pessoa trans é impedida de entrar no banheiro por ser
trans. Estes comportamentos discriminatórios são crimes previstos
na Lei nº 7.716/1989. 16
PODE E NÃO PODE NO MÊS DA
VISIBILIDADE TRANS E TRAVESTI

PODE
• Humanizar pessoas trans e travestis nos espaços
corporativos.
• Apoiar financeiramente instituições e projetos de pessoas
trans e travestis.
• Desenvolver ações estratégicas para inserção de pessoas
trans e travestis no ambiente de trabalho.
• Compartilhar conhecimento sobre a realidade de pessoas
trans e travestis na sociedade brasileira e no mundo.
• Utilizar o nome social de pessoas trans em crachás,
uniformes, máscaras de e-mail e similares, mesmo sem a
retificação de seus documentos.
• Desenvolver boas práticas de proteção de dados
potencializa o resguardo de informações de pessoas trans
e travestis - quando empresas estão de acordo com a
LGPD, previne-se a exposição desses dados pessoais.
• Adequar as políticas internas para que permitam a
utilização de banheiros de acordo com o gênero com o
qual as pessoas se identificam - sinalize a mudança com
placas, crie comunicados informativos e desenvolva
formações para ajudar no processo.
NÃO PODE
• Pedir serviço em parceria de graça.
• Estereotipização de pessoas trans e travestis.
• Desenvolver campanhas de comunicação sem linguagem
inclusiva.
• Realizar práticas tokenistas - incorporar uma quantidade
mínima de pessoas trans ou travestis dentro da organização e
torná-las "pessoas-propagandas" da diversidade e inclusão.
• Criar um banheiro exclusivo para pessoas trans - essa é uma
forma de segregação, um terceiro banheiro é uma forma de
continuar reproduzindo discriminação contra pessoas trans.

PALAVRAS E EXPRESSÕES PARA TIRAR DA SUA EMPRESA:

• NÃO falar "O travesti": a expressão é preconceituosa e


desrespeita os pronomes de tratamento das travestis, que
são sempre femininos.
• NÃO falar "traveco": essa palavra é pejorativa e extremamente
ofensiva, o sufixo "eco" indica inferioridade. Ex: livreco.
• NÃO falar que pronome neutro é besteira e está destruindo a
língua portuguesa: a linguagem é viva e está em constante
transformação, muitas pessoas não-binárias utilizam pronomes
neutros por não se sentirem contempladas por pronomes
masculinos ou femininos, e isso auxilia na construção de uma
sociedade mais inclusiva para todo mundo.
• NÃO falar "opção sexual": utilizamos a expressão "orientação
sexual" ou “sexualidade”, porque não se trata de uma escolha.
• NÃO é “homosexualismo”: O sufixo "ismo" indica doença - por
exemplo: traumatismo, reumatismo.
DICAS PARA SER UMA PESSOA
ALIADA DA POPULAÇÃO TRANS
E TRAVESTI
1. Pergunte o pronome e o modo que a pessoa quer
ser tratada e passe a se referir a ela dessa forma.

2. Tem perguntas? Pergunte educadamente e sem


expor a pessoa. Mas sempre que possível primeiro
pesquise, procure informações. Não ache que
pessoas trans e travestis estão sempre dispostas a
tirar suas dúvidas e que isso deve ser obrigação
delas, e aprenda a ouvir!

3. Ajude pessoas trans a se inserir no mercado de


trabalho e crie projetos de capacitação.

4. Contrate profissionais e empresas que tenham


pessoas trans em seu espaço. Ajude a criar espaços
de geração de renda para pessoas trans.

5. Nunca pergunte se a pessoa fez ou quer fazer


cirurgia de redesignação sexual. É desrespeitoso.
Entenda que terapia hormonal e cirurgia não são
algo obrigatório para pessoas trans.

6. Nunca pergunte o nome de registro da pessoa


trans ou travestis. Essa informação é sigilosa e só
deve ser compartilhada para fins legais.
19
7. Caso a peça não compartilhe informações de forma
espontânea, não pergunte pela jornada de transição ou
peça por fotos da pessoa trans ou travesti antes da
transição, isso pode gerar gatilhos emocionais ou
revitimização de traumas.

8. Nunca impeça que uma pessoa trans utilize o banheiro


o qual se sente mais confortável.

9. Não seja omisso numa situação de violência, seja ela


qual for. Use seu privilégio para ajudar e dar suporte às
pessoas trans.
LGBTFOBIA É CRIME
LGBTfobia não é opinião, e sim um tipo de discurso de ódio
discriminatório, considerado um crime inafiançável e
imprescritível.
Em junho de 2019, o STF decidiu em favor da criminalização da
LGBTfobia, reconhecendo a prática da conduta contra pessoas
LGBTI+ como crime equiparado ao racismo até o Congresso
Nacional elaborar legislação específica sobre o tema.
A partir da decisão, a lei nº 7.716/1989 prevê reclusão de um a
três anos e multa à conduta de praticar, induzir ou incitar a
discriminação de qualquer pessoa em razão de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional, bem como em razão de sua
orientação sexual ou identidade de gênero (transfobia,
homofobia, lesbofobia, bifobia, etc).

O que é transfobia? O termo “fobia” é utilizado para designar


medo, repulsa ou ódio, ou seja, sentimentos ou ações preconcei-
tuosas ou discriminatórias contra pessoas trans. As ações podem
ser violentas ou veladas.

Caso presencie ou vivencie uma situação de discriminação ou


violência contra uma pessoa LGBTI+ entre em contato com:
• Disque 100: Disque Direitos Humanos, serviço de utilidade
pública do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
• Disque 190: Polícia Militar, para crimes que ocorreram de
potencial risco à vida, integridade física ou patrimônio ou que
está em andamento.
• Disque 194: Corpo de Bombeiros, para situações em que as
pessoas estão em potencial risco à vida e integridade física,
como acidentes de forma geral, incêndios, desastres ambientais,
dentre outros.
Cada empresa pode encorajar outras
empresas a se tornarem aliadas.

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Produção de conteúdo - Amanda de Moraes,


Brume Dezembro, Daniel Kehl, Natália Dantas
Revisão técnica - Amanda de Moraes,
Daniel Kehl, Rô Vicentte
Revisão editorial - Judá Nunes
Design e diagramação - Mariana Citon
Fotos - Brasil com S, Freepik, iStock, Unsplash,
The Gender Spectrum Collection (Vice)
Ano - 2024

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