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Capacidade de Alerta
Uma falta de consciência geral do meio envolvente e do próprio, insensibilidade para responder
aos estímulos, dificuldade em focar o pensamento e/ou a atenção.
Classificação: 10 = Alerta
8 = Sonolento – flutuação entre inconsciente/nível de alerta
5 = Dificuldade em despertar face ao discurso ou movimento
2 = Sem resposta ao discurso ou movimento
Cooperação
O doente é capaz de dirigir a sua atenção e interagir na actividade.
Tarefa: Ganhar a atenção do doente e tentar iniciar uma intenção comunicativa ou actividade.
Compreensão
Capacidade para compreender comunicação verbal básica
Tarefa: Envolver o doente na conversa de forma informal; pedir ao doente para realizar ordens
simples e complexas.
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6 = Segue uma conversa vulgar e/ou as instruções se a
informação for repetida
4 = Resposta motora ocasional
2 = Sem resposta ou com resposta miníma ao discurso
Respiração:
Situação do sistema respiratório e pulmonar do doente.
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Afasia
Perturbação da Linguagem (expressão, compreensão, leitura, escrita)
Dispraxia
Perturbação da capacidade de ordenar/programar o posicionamento da musculatura da fala ou
de sequenciar os movimentos para a produção do discurso. A musculatura não apresenta
fraqueza, lentidão ou incoordenação em actos reflexos ou automáticos.
Tarefa: Avaliar de forma informal. Incluir repetição de frases (com aumento do comprimento
silábico) e a performance do doente na realização de vários movimentos orais, por comando
verbal. Observar a exactidão, agilidade e a produção espontânea versus imitação.
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Disartria
Perturbação da articulação caracterizada por distúrbio do controlo musculatura da fala. Inclui
características como a paralisia, fraqueza ou incoordenação dos músculos do aparelho fonador.
Tarefa: Avaliar de forma informal. Incluir tarefas articulatórias onde se verifique o aumento do
comprimento, ou seja, repetição de frases, leitura e monólogo. Promover uma conversação.
Pedir ao doente para contar até 5, sussurrando e aumentando o volume. Exercícios de
diadococinésia podem ser utilizados.
Saliva
Capacidade para controlar secreções orais
Vedamento Labial
Capacidade para controlar os movimentos labiais.
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Tarefa: Observar os lábios em repouso. Observar o tom nos cantos da boca/comissuras labiais.
Pedir ao doente para estender os lábios na vogal /i/ e para os arredondar na vogal /u/.
Pedir ao doente para alternar os movimentos labiais das duas vogais. Observe a função
bilabial.
Observar a capacidade do doente para fechar a boca à volta de uma colher vazia.
Pedir ao doente para encher as bochechas de ar, mantendo o encerramento labial.
Movimentos da Língua
Mobilidade da língua em relação à extensão anterior e posterior.
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Força da Língua
Força bilateral da língua em tarefas de resistência
Coordenação da Língua
Capacidade para controlar os movimentos da língua durante actividades de repetição em série
ou durante a fala.
Tarefa: Pedir ao doente para lamber com a língua em torno dos lábios, devagar e depois
rapidamente, tocando em todas as partes.
Fazer a repetição rápida das sílabas alveolares /ta/.
Repetir uma sequência de palavras com consoantes alveolares (por exemplo, o tio tem
tudo).
Fazer a repetição rápida de sílabas velares /ka/. Repetir uma sequência de palavras
com consoantes velares (por exemplo, O Carlos cavou com o cabo).
Preparação Oral
Capacidade para mastigar a comida, misturar com a saliva e formar um bolo coeso pronto para a
deglutição.
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Tarefa: Observe o doente enquanto ele come e mastiga. Peça para observar a forma como o
bolo é preparado para a deglutição. Verifique se há perda de resíduos pela boca, a posição do
bolo, se este se espalha homogeneamente pela cavidade oral e se os resíduos se acumulam
nos vestíbulos laterais e anteriores.
Repare nos movimentos de mastigação e na fadiga.
Vómito
Reflexo motor que se desencadeia em resposta ao estímulo. Mede a resposta dos receptores
tácteis de superfície e a informação aferente é enviada/comandada pelo X par craniano (e,
possivelmente, por uma parte do IX).
Tarefa: Usando um espelho laríngeo (a componente fria é opcional) tocar na base da língua e na
porção posterior da parede faríngea. Verifique se há alguma contracção da parede faríngea ou
do palato mole.
Palato
Função do véu do palato na fala e face a resposta reflexa.
Tarefa: Pedir ao doente para produzir um forte /ah/ e para suster a emissão por alguns
segundos.
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Pedir ao doente para repetir /ah/ várias vezes. Verifique a acção de elevação.
Observe se há hipernasalidade desde tarefas anteriores.
Teste o reflexo palatal – contacte o espelho laríngeo frio no ponto de união entre o
palato mole e o palato duro.
Limpeza do Bolo
Capacidade para movimentar o bolo pela cavidade oral, de forma eficaz.
Trânsito Oral
Tarefa: Clinicamente, deve-se medir o tempo entre o início dos movimentos da língua até à
elevação do osso hióide e da laringe. Assim, trata-se do tempo entre o início dos movimentos da
língua e o início da fase faríngea da deglutição (normalmente, o tempo que demora a
desencadear a fase faríngea é de, aproximadamente, 1 segundo).
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Reflexo de Tosse
Tosse espontânea em resposta a um agente irritante.
Tosse Voluntária
Tosse em resposta a um comando.
Tarefa: Pedir ao doente para tossir o mais forte possível. Observar força e claridade da tosse.
Tarefa: Pedir ao doente par emitir um /ah/ prolongado durante o máximo tempo possível.
Pedir ao doente para subir e descer uma escala.
Pedir ao doente para emitir um /s/ e um /z/ prolongados.
Observar a claridade da produção, pitch, pausas fonatórias, rouquidão, progressão
irregular, incapacidade de controlar o volume (como nos testes de disartria) e deterioração vocal.
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2 = Afónico/Impossível de se avaliar
Traqueostomia
A cânula de traqueostomia permite um suporte ventilatório, facilita a aspiração de secreções
traqueobrônquicas e/ou permite contornar uma obstrução respiratória.
Fase Faríngea
Integridade da função faríngea desde o reflexo de deglutição até o bolo passar ao nível do
esfíncter cricofaríngeo.
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Resposta Faríngea
Tarefa: Observar a qualidade vocal e a tosse em consequência à deglutição. Para ser completo
deve ser associado a outros itens de avaliação.
Classificação:
(Sólidos) Nada pela boca (NPB) – Alimentação oral representa um risco elevado
Espessar/dieta vitamínica (puré)
Dieta modificada (picar/esmagar)
Dieta leve
Normal – sem alterar a consistência
(Líquidos) NPB
Líquidos espessos – consistência da massa de bolos
Líquidos espessos – consistência do mel
Líquidos espessos – consistência de um néctar
Normal – sem alteração da consistência
Integridade da Deglutição
Avaliar os dois maiores riscos inerentes à avaliação da deglutição: disfagia e aspiração.
Classificação: Definido
Provável
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Possível
Improvável
COTAÇÕES
Critérios
Perturbação da Deglutição (disfagia)
Normal: Sem perturbação da deglutição.
Possível: Atraso, distúrbio e/ou fraqueza de, pelo menos, um dos componentes envolvidos na deglutição, afectando
o controlo do bolo e aumentando brandamente o risco de perturbação da deglutição e da aspiração.
Provável: Atraso, distúrbio e/ou fraqueza de muitos dos componentes envolvidos na deglutição, afectando o controlo
do bolo e aumentando, de forma moderada, o risco de perturbação da deglutição e da aspiração.
Definido: Atraso, distúrbio e/ou fraqueza de muitos (normalmente, 5) itens da avaliação, aumentando, de forma
substancial, o risco de perturbação da deglutição e da aspiração (pode incluir dor respiratória, engasgo, tosse,
alterações de cor, qualidade vocal rouca-molhada, atraso ao nível oral ou faríngeo).
Aspiração
Improvável: Sem perturbação da deglutição.
Possível: Atraso, distúrbio e/ou fraqueza de, pelo menos, um dos componentes envolvidos na deglutição, afectando
o controlo do bolo, sugerindo risco leve de entrada de bolo para as vias respiratórias.
Provável: Atraso, distúrbio e/ou fraqueza de, pelo menos, um dos componentes envolvidos na deglutição, afectando
o controlo do bolo, sugerindo risco moderado de entrada de bolo para as vias respiratórias.
Definido: Atraso, distúrbio e/ou fraqueza de muitos (normalmente, 5 ou mais) itens da avaliação, sugerindo um risco
considerável de aspiração (pode incluir a observação directa da dor respiratória, engasgo, cianose e expectoração
incompleta).
Tabela 2 – Critérios de Diagnóstico clínico de Disfagia e Aspiração.
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