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DEGLUTIÇÃO

Avaliação clinica antes do processo de reabilitação: protocolos publicados e com escores ->
AMIOFE – E e MBGR.

Etiologias

Mordidas, classe II e III, frenulo, lingua, tonsilas, RO e RON, face longa, mastigação ineficiente:
deglutição adaptada.

Avaliação clinica bem realizada = conduta clinica e encaminhamentos, planejamento


terapêutico e prognóstico.

Lembrar de: documentação fotográfica padronizada, exames complementares e hierarquização


dos objetivos. Pacientes com todas as funções alteradas: mastigação e deglutição, antes da
deglutição.

PROCESSO DE TERAPIA DAS ALTERAÇÕES DA DEGLUTIÇÃO

Trabalho baseado em evidencias cientificas.

ETAPAS DO TRATAMENTO

1 e 2 etapa tem o objetivo principal viabilizar o empoderamento por parte do paciente a


respeito de todo o processo de reabilitação das funções orofacias, buscando sua motivação.

1) DESENVOLVIMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO DO QUADRO APRESENTADO

Importante para que o paciente saiba os objetivos do tratamento, monitore seu desempenho e
atinja a etapa final do trabalho. Paciente precisa perceber o que está alterado.

Objetivo: auto-observação e autopercepção no que se refere as alterações da deglutição,


como: interposição da lingua, exagero de musculatura perioral, interposição labial, ruídos ou
resíduos após deglutir, etc.
Recursos: espelho, vídeos e fotos produzidos com o paciente – levando a perceber diferentes
formas de deglutir água, saliva e alimentos.

2) DESENVOLVIMENTO DA CONSCIENTIZAÇÃO DO QUADRO APRESENTADO

3) TREINO MUSCULAR

Normalmente feito nos 3 primeiros meses, objetivo de adequar a musculatura para o posteior
trabalho com a deglutição. A realização do exercício – sobrecarga funcional – organismo se
adaptar a nova condição e modificando os parâmetros fisiológicos.

Que tipo de exercícios? Repetições? Objetivo final?

Melhorar força muscular = maneira como o SN é ativado, não a modificação estrutural do


musculo trabalhado.

Isotonicos: melhora a mobilidade, aumentam a oxigenação e amplitude dos movimentos ->


mais rápidos.

Isometricos: aumentar força dos músculos, modo lento, mantendo a contração.

Contrarresistencia: realizados com resistência contraria ao movimento, fazendo com que


ocorra um trabalho mais intenso na ativação das unidades motoras e como consequencia,
aumento de força e mobilidade.

Intervalo de 10s em cada serie para não ter fadiga muscular

Com evolução aumenta o numero de repetições e series

4) APRENDIZAGEM DA DEGLUTIÇÃO

Condições estruturais e funcionais apropriadas é necessário para a aquisição de um novo


padrão de deglutição.

Etapa de aprender o padrão funcional desejado, de modo dirigido, treinando primeiro ela com
líquidos, seguida da de saliva de alimentos. Retomar as fases da fisiologia, realizando as etapas
por ordem até que o novo padrão seja internalizado.
Recurso tecnológico: eletromiografia de superfície e biofeedback eletromigrafico e
eletroestimulação.

Recurso terapêutico: bandagem elástica: usa no máximo de tempo possível, troca de 1 – 3x na


semana: estimulação do tegumento, proporciona o aumento da sensação da região estimulada
– auxilia nas conexões neurais e promove melhor resposta motora.

PARALISIA FACIAL

Aspecto para ficar atento no diagnostico: tipo de PF e sua causa.

Central: nervo facial é atingido no trajeto endrocraniano, antes da penetração no MAI. Os


sinais dela estão no lado oposto da lesão. Função do frontal conservada.

Clinicamente: se elevou as duas sobrancelhas é central e elevou só uma é periférica.

Periférica: nervo facial atingido a partir do trajeto intratemporal até alcançar a distribuição
periférica. Comissura labial desviada para o lado sadio, ou seja, o oposto da lesão.

5 ramos do NF: temporal, zigomático, bucal, mandibular e cervical.

Causas: trauma, retirada de tumor, herpes zoster etc.

Duas fases: fase inicial ou flácida e a fase de recuperação ou sequela.

Avaliação

1- Grau
2- Documentação
3- Solicitações do terapeuta para filmagem
Avaliação funcional

A) Fala: avaliar ela, ver se tem escape de ar ao falar, caso esteja em quais fonemas.
Geralmente nos bilabiais:p, b, m, e e labiodentais f / v. Fase inial é muito flácida
e o lado não acometido acaba desviando o filtro nasolabial ao falar – distorce
fonemas e a dinâmica da fala. Colocar mão na bochecha para ajudar no escape.
B) Mastigação: primeiro ver como ele se adaptou ao desequilíbrio funcional. Na uni é
grande. A perda de apoio de alguns músculos causa alteração na pressão intraoral
na PF uni enquanto a flacidez provoca ausência da resistência da força da
musculatura facial e mastigatória. Avaliar a função como um todo, como ele está
movimentando o lado bom? Orientar sobre a manobra de apoiar os dedos na base
mandibular no lado PF na hora de comer alimentos sólidos. Ver se tem inclinação
da cabeça e para não a movimentar dessa forma pois pode dar desconforto ou dor
na região cervical.
C) Deglutição: Na fase inicial ela também pode estar alterada, com escape de líquido
no lado acometido, orientar sobre como colocar o copo na boca: copo apoiado
mais do lado bom e medialmente ou colocar o dedo indicador abaixo do lábio
inferior, compensando o fechamento labial no copo. Fazer uso de canudo. Verificar
se tem engasgos, como m. estilo-hiodeo e o ventre posterior do digastricos estão
paralisados, ver se ocorre diminuição de saliva, já que favorece os engasgos.

Tratamento miofuncional

A) Orientação para fase inicial


1- Cuidado com os olhos: seguir com as orientações sobre a medicação; evitar exposição
ao sol e vento; uso e boné e óculos; execução correta do tampão. Deve aplicar a
medicação, fechar o olho usando o indicador (pinça) para posicionar a gaze dobrada
em quatro e em seguida fita e quando possível o uso da bandagem.
2- Orientação quando as manobras que facilitam o movimento: esboço de face e
distribuição de fibras musculares, indicam o sentido da massagem que simula o
movimento desejado
B) Fase de recuperação ou sequela
1- Quando evolui pra essa fase e tem algum esboço de movimento, deve ser feito um
roteiro de exercícios e de massagens. Os exercícios em geral são os mesmos solicitados
na avaliação. Inicialmente, exercícios para mobilidade (rápidos, com até no máximo 30
rep). Depois das manobras indutoras. Uma vez ao dia faça mastigação dirigida (tentar
mastigar com apoio mandibular).

Quando os movimentos melhorarem iniciar os exercícios para aumento de força muscular e o


controle do movimento. Poucas repetições (5-10), cada movimento pausa de 3-5 s. A cada
movimento conquistado massagens concêntricas (dentro p/ fora).

Massagens indutoras desde a fase inicial;

Sequelas advindas da PF

Mais comuns são as sincinesias, as vezes as contraturas e raramente espasmos facias.

Sincinesias: movimento involuntário que ocorre a partir de um movimento voluntário e pode


ocorrer em:

boca/olho: fazer protrusão e pronunciar vocais o olho contrai.

Olho/boca: ao piscar, canto da boca contrai em direção ao olho.

Olho/pescoço: ao piscar ocorre contração da platisma.

Metodos como o biofeedback e bandagem ajudam na propriocepção e compressa quente


também ajuda no cansaço.

Contraturas: rigidez da musculatura, vem com o excesso da sincinesias e da estimulação.


Sugerido uso da regulação orofacial com ativação de zonas e pontos motores da face.
Desequilibrios funcionais advindos da paralisia facial de longa data: pode a longo prazo e
lentamente, ir desequilibrando a função mastigatória, alterar abertura de boca, estalos na
ATM, cerca de 2-5 anos surge esse desequilbrio. Alguns percebem tensão na musculatura do
pescoço, face e musculatura mastigatória. A diminuição da saliva causa aumento na dificuldade
de transladar e triturar um alimento mais seco e mais duro.

Mastigação

Ciclo mastigatório

Estágios da mastigação

Avaliação

Tratamento

Fissura

Fechamento velofaríngeo

Disfunção velofaríngea

Alterações de fala decorrentes da disfunção velofaríngea

Fonoterapia para as articulações compensatórias decorrentes da disfunção velofaríngea

Fonoterapia para os distúrbios obrigatórios decorrentes da disfunção velofaríngea

Prótese de palato

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