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Prof.

Simone de Paula
Conceito Neuroevolutivo Bobath (NDT)

 O conceito Bobath tem por objetivo modificar os


padrões de tônus postural anormal e facilitar padrões
motores mais normais, como uma preparação para
uma maior variedade de habilidades funcionais.

 Objetivo = desempenhar habilidades posturais e


voluntárias com o mínimo de interferência possível do
tônus postural anormal = tornar o movimento mais
eficaz.
Conceito Neuroevolutivo Bobath (NDT)

NEUROPLASTICIDADE: capacidade adaptativa do sistema


nervoso. Adaptações à lesões ou interações com o meio
interno e externo que alterem o ambiente neural
(sinapses, neurogênese, etc.)
Pode ser bom ou ruim! Relacionadas ao aprendizado.
Conceito Neuroevolutivo Bobath (NDT)
 Inibição de padrões de movimentos anormais;
 Facilitação de movimentos ativos funcionais.
Mãos e corpo do terapeuta promovem alinhamento e
direciona o movimento da criança;
Técnicas  ajudam a criança a mover com menor esforço
possível (dar oportunidade para o DNPM)

Controle funcional mais efetivo;


Maior variedade de habilidades funcionais;
Menor gasto energético
Conceito Neuroevolutivo Bobath (NDT)

 Participação ativa da criança

 Motivação (lúdico)

 Participação da família

 Equipe multidisciplinar
Como se desenvolve o movimento
normal na infância?
 Céfalo-caudal
 Proximal - distal
 Global – específico
 Sagital = primeiro trimestre
 Frontal = segundo trimestre
 Transverso = terceiro trimestre = ROTAÇÕES!!!
Do que é composto o movimento
normal?
1. Tônus postural normal = prontidão dos músculos para
que possamos agir contra a gravidade e reagir a
diferentes bases de suporte;
2. Inervação recíproca = sincronia dos músculos
agonistas e antagonistas. Auxilia na execução tanto
dos movimentos finos, quanto do controle
postural;
3. Feedback e Feedforward;
4. Reações de equilíbrio, retificação e proteção;
5. Propriedades biomecânicas dos músculos e
articulações.
APLICAÇÃO PRÁTICA DO MÉTODO
BOBATH
 Pontos-chaves
 Técnicas de inibição e facilitação
 Técnicas de estimulação tátil e proprioceptiva
PONTOS-CHAVES
 Pontos-chave: modulam o tônus e facilitam o
movimento
 Articulações
 Esperar a reação
 Viabilizam a execução de técnicas de inibição e
facilitação
 Quanto mais proximal, mais há a facilitação do
movimento. Quanto mais distal, mais autonomia para o
paciente.
 Objetivos: posturas e trocas posturais
Cabeça
 Cabeça em extensão: inibe a espasticidade flexora e
facilita a extensão do resto do corpo, usa-se esse ponto
chave para adaptar a criança quando em prono,
sentada e em pé, associado a isso pode trabalhar com a
extensão da cintura escapular
 Cabeça em flexão: inibe a espasticidade extensora e
espasmos extensores e facilita a flexão do resto do
corpo, associado a isso pode trabalhar com a flexão da
cintura escapular
Membros superiores e cintura
escapular
 Rotação Interna de ombro→ usa-se para diminuir o tônus extensor.
 Abdução horizontal dos braços com rotação externa → usa-se com o
braço elevado ou abdução horizontal, supinação e extensão de cotovelo.
Pela mão você faz a rotação externa, tônus flexor inibido e facilitado o
extensor. Associado à elevação dos braços em rotação externa inibe o
padrão flexor e facilita extensão da cabeça, tronco e quadril,
conseguindo estender o resto do corpo da criança. A abdução
horizontal com cotovelo estendido e rotação externa, facilita a extensão
do punho e abertura espontânea da mão, facilita a extensão do tronco
ao nível e músculo peitoral.
 Abdução do Polegar com punho em extensão e em supinação→ facilita
a abertura dos outros dedos, inibindo o tônus flexor da mão, recurso
usado para a abertura das mãos.
Membros inferiores e cintura
pélvica
 Flexão de perna → flexionar a articulação coxo-
femural e o joelho, facilita a abdução com a rotação
externa do membro inferior e a dorsiflexão.
 Rotação externa com extensão → facilita a abdução e a
dorsiflexão (joelho estendido).
Sequência neuroevolutiva de
movimento
 Controle de cabeça
 Controle de tronco
 Rolar
 Sentar (long sitting, side sitting)
 Arrastar
 Engatinhar
 Ajoelhado
 Semi-ajoelhado
 Ortostase
 Marcha lateral
 Marcha anterior
Técnicas de estimulação tátil e
proprioceptiva
 Técnicas para aumentar o tônus postural
 Ataxia, atetose, hipotonia
1) Placing (colocação): adaptação automática dos
músculos às mudanças de postura.
2) Holding (manutenção): habilidade de manter o
segmento.
3) Tapping: uma forma de atingir o placing. Pode ser de
inibição, pressão, deslizamento ou alternado.
4) Transferência de peso: modula tônus.
Sugestões de manuseios

Facilitação da extensão do tronco e dos membros inferiores em prono.


Facilitação da extensão do tronco em long sitting.
Side sitting.
Postura ajoelhada. Atividades de membros superiores facilitam a
contração da musculatura posterior de tronco. Transferências de peso
lateralmente ou antero-posterior. Rotações de tronco facilitam reações de
balance (equilíbrio, endireitamento e proteção).
Facilitação do sentar com transferência de peso anterior e utilização do
ponto-chave cintura escapular.
Dicas para o espástico
 Controle ativo do alinhamento e equilíbrio
 Transferências de peso
 Rotações (dissociações)
 Diplegias: mobilidade pélvica e ganho de extensão de tronco e
quadril
 Hemiparéticas: linha média
 Mais movimento
Dicas para atetose/ataxia
 Estabilidade
 Atividades de simetria e alinhamento
 Reações de balance
 Mais postura
Importante!
 Alongamentos
 Posicionamentos Modulam tônus

 Órteses

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