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Disfagias Orofaríngeas
Parte 2
Prof.ª Viviane Marques
Fonoaudióloga, Neurofisiologista,
Mestre em Fonoaudiologia e
Doutora em Psicanálise e Saúde
Estimulação Passiva
Estimulação
oromiofuncional, objetivo
melhorar o tônus
muscular.
Parte da ponto móvel de
inserção do músculo para
o ponto fixo de inserção
muscular.
Estimulação Passiva
Manobras para
alongar a musculatura.
Partem do ponto fixo de
inserção muscular
ponto móvel de inserção do
músculo . Para obter
alongamento adequado deve
se realizar a manobra pelo
mínimo de 20 segundos em
cada músculo.
Faringe
Manobra de Masako:
objetiva aumentar a
movimentação da parede
posterior da faringe durante a
deglutição.
Depois que o bolo foi introduzido
na cavidade oral, o paciente deve
protrair a língua, o mais
confortavelmente possível,
prender entre os incisivos
centrais e engolir.
Os músculos constritores da
faringe
1 Músculo Constritor
Superior
2 Músculo Constritor Médio
3 Músculo Constritor Inferior
é o mais espesso dos
constritores, e consiste em 2
partes: o
M. Tirofaríngeo (“propulsão”)
eo
M. Cricofaríngeo
(“relaxamento).
Alterações no mecanismo de fechamento
laríngeo são encontradas principalmente
em AVE de tronco encefálico.
Deglutições múltiplas ou sobra de
resíduos na cavidade oral após a deglutição
Isto ocorre muitas vezes por flacidez da língua, dos músculos supra-
hióideos ou do bucinador. As repetidas deglutições ou a sobra de
alimentos na parte anterior da boca ocorrem mais pelas alterações de
tônus da língua e dos músculos supra-hióideos. A sobra de alimento nos
vestíbulos laterais se deve a alteração de mobilidade ou à flacidez dos
bucinadores. Se a contração do bucinador não é eficiente, podemos
observar a sobra de alimentos nas laterais da boca após a deglutição. Para
a melhora do rendimento muscular trabalhamos com força, velocidade,
resistência, mobilidade e coordenação do músculo alterado. O
rendimento muscular é extremamente dependente da mobilidade,
resistência e força e nos casos de alterações da deglutição estes três
componentes têmMarchesan
que IQ,ser desenvolvidos.
Furkim AM. Manobras utilizadas na reabilitação da deglutição. In: Costa M,
Castro LP. Tópicos em deglutição e disfagia. Rio de Janeiro: Medsi; 2003. p.375-84
Manobra em Músculos Digástricos – Ventre Anterior
Musculatura Velofaríngea
Dia 1 sem eletrofonoterapia Dia 1 após eletrofonoterapia
Voz Deglutição
Faringe e Laringe
• O mecanismo de alongamento da faringe e a
medialização de suas paredes, que ocorrem devido a
contração dos músculos constritores superiores, médio
e inferiores, aumentam a pressão na câmara faríngea,
empurrando dinamicamente o bolo alimentar em
direção ao esôfago. Sendo assim, deve se realizar
exercícios os quais auxiliem nesta mobilidade,
favorecendo posteriormente uma movimentação mais
adequada e ágil do paciente, ao engolir.
• A fonação vocal “i “em intensidade média-alta e aguda,
e a manobra de interposição de língua durante a
deglutição, medializam as paredes da faringe.
Incentivadores Respiratórios
São exercitadores respiratórios que têm como objetivo
a reexpansão pulmonar, o aumento da permeabilidade
das vias aéreas e o fortalecimento da musculatura
respiratória.
Os Incentivadores tem o potencial de
promover a elevação da intensidade sem
demandar esse ajuste para a laringe e
previne atrito entre as pregas vocais e
consequentes edemas e lesões.
Estudos associando o uso de incentivadores
inspiratórios aos distúrbios de deglutição são
encontrados na literatura, mostrando que frente a
esses transtornos o uso dos incentivadores tem como
objetivo o aumento da capacidade pulmonar total, de
forma a manter a pressão subglótica nos seus valores
máximos. A pressão é um dos mecanismos de defesa
da laringe, e o uso de incentivadores respiratórios
auxilia no aumento da capacidade de armazenamento
de ar, uma vez que geram uma maior ativação do
diafragma com a prática dos exercícios.
https://www.youtube.com/watch?v=Nfu_aDDjnV8
Manobras voluntárias de deglutição:
a) Deglutição de esforço: objetiva aumentar a força muscular
das estruturas envolvidas, otimizando o envio e passando do
bolo pela orofaringe. O paciente deve ser instruído a imprimir
força durante a deglutição com bolo.
b) Deglutição múltipla ou seca: objetiva retirar o bolo alimentar
retido em cavidade oral e recessos faringeais. O paciente deve
deglutir várias vezes consecutivas o mesmo volume de bolo
ingerido.
c) Deglutição supraglótica: objetiva proteger a via aérea
maximizando o fechamento das pregas vocais. O paciente
deve inspirar, segurar a inspiração, deglutir e tossir após a
deglutição.
Marchesan IQ, Furkim AM. Manobras utilizadas na reabilitação da deglutição. In: Costa M,
Castro LP. Tópicos em deglutição e disfagia. Rio de Janeiro: Medsi; 2003. p.375-84
Manobras voluntárias de deglutição:
d) Deglutição super-supraglótica: seu conceito entende que se
denomina super-supraglótica, pois nela pode-se aumentar
os comandos da supraglótica visando melhorar mais aspectos
da fisiopatologia da deglutição. Assim, se é dado um comando
além da supraglótica, já pode ser chamada de super-
supraglótica. Em geral, objetiva proteger a via aérea
maximizando o fechamento das pregas vocais e pregas
ariepiglóticas. O paciente deve realizar uma inspiração
forçada, segurar a inspiração, deglutir e tossir após a
deglutição.
Marchesan IQ, Furkim AM. Manobras utilizadas na reabilitação da deglutição. In: Costa M,
Castro LP. Tópicos em deglutição e disfagia. Rio de Janeiro: Medsi; 2003. p.375-84
Manobras voluntárias de deglutição:
e) Manobra de Mendelshon: objetiva maximizar a elevação da
laringe e a abertura da transição faringo-esofágica durante a
deglutição. O paciente deve ser instruído, sempre com
modelo do terapeuta, a manter voluntariamente por alguns
segundos a elevação da laringe no seu ponto mais alto,
durante a deglutição.
f) Alternância de consistência durante a deglutição: objetiva
auxiliar na ejeção do bolo alimentar e retirar restos
alimentares retidos em cavidade oral e recessos faringeais.
Durante a refeição o paciente deve alternar a ingestão de
consistências pastosas ou sólidas com líquidas.
Marchesan IQ, Furkim AM. Manobras utilizadas na reabilitação da deglutição. In: Costa M,
Castro LP. Tópicos em deglutição e disfagia. Rio de Janeiro: Medsi; 2003. p.375-84
Exercício para melhorar a elevação da laringe:
A musculatura extrínseca da laringe deve ser trabalhada para
melhora de força e elevação com a manobra de Shaker. Este
exercício propicia a melhor elevação, anteriorização e
estabilização do conjunto hióide laringe, o que pretende
otimizar o fechamento da região supraglótica, aumentando a
eficiência dos mecanismos de proteção das vias aéreas. Nesta
manobra o paciente deitado sem travesseiro deve levantar a
cabeça e olhar os próprios pés sem tirar os ombros da cama.
Marchesan IQ, Furkim AM. Manobras utilizadas na reabilitação da deglutição. In: Costa M,
Castro LP. Tópicos em deglutição e disfagia. Rio de Janeiro: Medsi; 2003. p.375-84
https://www.youtube.com/watch?v=fuxfkZnMRIU https://www.youtube.com/watch?v=Ii_NLM3KsKU
Condutas que podem
minimizar o impacto do uso
da traqueostomia
Volume de dieta
Consistência
Escala Funcional de Ingestão por Via Oral – Functional Oral Intake Scale – FOIS
Nível 1: Nada por via oral ( )
Nível 2: Dependente de via alternativa e mínima via oral de algum alimento ou
líquido ( )
Nível 3: Dependente de via alternativa com consistente via oral de alimento ou
líquido ( )
Nível 4: Via oral total de uma única consistência ( )
Nível 5: Via oral total com múltiplas consistências, porém com necessidade de
preparo especial ou
compensações ( )
Nível 6: Via oral total com múltiplas consistências, porém sem necessidade de
preparo especial ou
compensações, porém com restrições alimentares ( )
Nível 7: Via oral total sem restrições ( )
Que possamos multiplicar o conhecimento.
Juntos somos mais fortes!
Somente juntos a Fonoaudiologia
será mais forte!
Profª Viviane Marques
Muito obrigada
pela confiança e atenção!
www.fonovim.com.br
@vivianemarquesfono
@fonovim
Profª Viviane Marques