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Recursos fisioterapêuticos para a prova prática

ELTGOL (Expiração lenta total com a glote aberta em infralateral)

● Definição: foi proposta com o objetivo de arrastar a secreção das vias aéreas distais
do lado do tórax que fica apoiado (pulmão gravitacionalmente dependente). Esse
aumento do fluxo aéreo na periferia do pulmão e o consequente arraste da secreção
se dá com o aumento da desinflação, obtido com expiração lenta até o volume de
reserva expiratório. O favorecimento da expiração é feito com a assistência manual
do terapeuta, que comprime com uma mão as costelas inferiores do pulmão
infralateral, com o antebraço, o conteúdo abdominal, e com a outra mão apoia as
costelas inferiores do pulmão supralateral.
● Indicações: pct hipersecretivos.
● Contra-indicações: não está indicada na drenagem de abscessos ou em obstruções
intracavitárias e procedimentos cirúrgicos recentes sobre o tórax e abdome, nos
quais o contato da mão do terapeuta, além de provocar dor, pode deslocar drenos.
● Técnica: Pct com em decúbito lateral com o lado do pulmão a ser tratado para baixo.
Fisioterapeuta posiciona atrás do paciente. Paciente em DL, pulmão acometido
infralateral, perna infralateral dobrada e supralateral estendida, coluna alinhada. O
favorecimento da expiração é feito com a assistência manual do terapeuta, que
comprime com uma mão as costelas inferiores do pulmão infralateral, com o
antebraço, o conteúdo abdominal e com a outra mão apoia as costelas inferiores do
pulmão supralateral

EDIC (exercício com fluxo inspiratório controlado)


● Definição: uma técnica inspiratória lenta e profunda em decúbito lateral, com a
região a ser tratada em posição supralateral (para cima). Possui o objetivo de
reexpansão pulmonar passiva obtida pela hiperinsuflação do pulmão supralateral e o
aumento do diâmetro transversal do tórax com a inspiração profunda. A posição a
ser tomada depende da área a ser tratada.
● Indicações: pct colaborativos acima de 3 anos. Indicado na presença de estertores
pulmonares e respiração com ruído brônquico (soprosa), como é comum ocorrer
nos casos de pneumonia e atelectasia.
● Contra-indicações: se houver falta de cooperação e entendimento da técnica, dor de
origem pleural, hiper-reatividade brônquica e pneumectomia

Técnica

EDIC póstero-basal
- EDIC ântero-basal (lobo medio)

-
Técnica: corpo girado para trás e pelve perpendicular à maca. Paciente com a mão
atrás da nuca, o terapeuta com o antebraço apoiado no braço do paciente e realiza
um movimento diagonal com a mão cefálica apoiada ou na região inferior das
costelas ou no quadril para estabilizá-lo. O movimento deve ser oblíquo, posterior e
superior ao mesmo tempo em que solicita que o paciente realize uma inspiração
lenta até a CPT.

EDIC póstero-basal.

Técnica: rpo girado para frente e pelve perpendicular à maca. A região do antebraço
cefálico do terapeuta deve apoiar na escápula (cuidado com o ombro) e empurrar girando o
tronco lentamente ao mesmo tempo que apoia sua mão caudal no quadril do paciente. O
movimento deve ser oblíquo, anterior e superior ao mesmo tempo em que solicita que o
paciente realize uma inspiração lenta até a CPT.

Inspiração em tempos com pausa

● Definição: paciente que realize sucessivos volumes inspiratórios intercalados com


uma pausa inspiratória com duração mínima de 6 segundos, tempo necessário para
a distribuição do ar no interior dos pulmões. Durante essa aplicação, visa-se
proporcionar a melhora da complacência torácica e pulmonar, bem como a
otimização da capacidade inspiratória.
● Técnica: paciente é orientado a realizar inspirações nasais de forma suave e curta,
intercalando com um curto período de apneia após cada inspiração. A fase
inspiratória pode ser fracionada em até seis tempos, a depender da capacidade
inspiratória do paciente. Quanto maior o tempo inspiratório e a pausa ou apnéia
pós-inspiratória, melhor será a distribuição de ar nos pulmões, pois a ventilação
colateral, mecanismo que auxilia no recrutamento das unidades alveolares, se
tornará mais ativa. A expiração é realizada de forma oral e suave, também podendo
ser associada ao freno labial.
● Contra-indicação: falta de cooperação e entendimento da técnica, dor de origem
pleural, hiper-reatividade brônquica e pneumectomia. No caso específico da
pneumectomia, pode haver risco de torção ou desequilíbrio mediastinal com a
postura lateral nos primeiros dias após a cirurgia. Hiperinsuflação.
● Indicações: crianças e adultos cooperativos em caso hipoventilação e/ou
atelectasias em diversos graus, levando a uma ventilação heterogênea.

Inspiração em tempos sem pausa


● Definição: O paciente deve inspirar pequenos e sucessivos volumes de ar até que
se alcance a capacidade inspiratória máxima. O principal objetivo é proporcionar o
aumento da ventilação nas zonas basais, com elevação da capacidade e do tempo
inspiratório.
● Técnica: deve posicionar o paciente preferencialmente em posição sentada, com
inclinação de 45o, e suas mãos podem ser colocadas sobre a região abdominal ou
torácica inferior do paciente, para conscientização do movimento a ser realizado.
Após a adequação postural, solicita-se a realização de inspirações nasais curtas e
sucessivas até que se atinja a capacidade inspiratória máxima. A expiração deve ser
oral e suave, podendo ser associada ao freno labial
● Indicação:
● Contra-indicação: pct hiperinsuflados

Expiração abreviada

● Definição: paciente é orientado a realizar inspirações fracionadas e


intercaladas por breves expirações, até que se atinja a capacidade pulmonar
total (CPT). O objetivo dessa aplicação é aumentar o volume pulmonar,
tempo inspiratório e promover a reexpansão pulmonar.
● Técnica: O paciente deve inspirar através do nariz e, em seguida, expirar
uma pequena quantidade de ar, de forma oral, e após isso deve voltar a
inspirar; essa manobra deve se repetir por quantas vezes forem necessárias
até que se alcance a capacidade inspiratória máxima. Em seguida a
expiração é realizada de forma oral, suave, podendo ser associada a técnica
de freno labial.
● Indicações
● Contra-indicações: pct Hiperinsuflados.

AFE (aumento do fluxo expiratório)


Como fazer: O fisioterapeuta deve se posicionar em pé, lateralmente ao pct, com os
cotovelos semifletidos, transmitindo o AFE sem utilizar o peso de seu corpo. O
paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal ou elevado a 30°. A mão torácica
é colocada entre a fúrcula esternal e a linha intermamária, envolvendo, de forma
anterior e lateral, o tórax da criança. A mão abdominal posiciona-se sobre o umbigo
e as últimas costelas. As mãos torácica e abdominal movem-se de maneira
sincronizada e ativa, para uma manobra mais intensa. A pressão/mobilização
torácica deve seguir rigorosamente as curvaturas costais, não ultrapassando a
fisiologia articular nem os limites de elasticidade costa. Deve-se provocar uma
expiração prolongada passiva, que provoque uma inspiração próxima ao volume de
reserva inspiratório.
AFER (rápido): objetivo promover a progressão das secreções dos brônquios de
médio para os de grande calibre.
AFEL (lento): tem por objetivo mobilizar as secreções dos pequenos brônquios até
as vias aéreas proximais, por meio de uma expiração lenta e prolongada, gerando
baixo fluxo e baixo volume pulmonar, para permitir a eliminação de secreções mais
distais
Contra-indicações: AFE rapido pode gerar colapso das vias aéreas na asma,
enfisema ou traqueobrônquica. Tbm é contraindicado no desconforto agudo
respiratório agudo, insuficiência respiratória grave, coqueluche, cardiopatias
congênitas graves e osteogênese imperfeita.

Indicações: lactantes e crianças pequenas que com obstrução brônquica proximal ou


distal causada por estase de secreções

Ciclo ativo das técnicas de respiração


Definição: tem como objetivo aumentar a interação entre gás e líquido e melhorar o
transporte de muco nas vias aéreas. Com a participação ativa do paciente em três fases:
exercícios de expansão torácica, controle da respiração (resp. diafragmática), e TEF.
Como fazer:
01. Pct sentado é orientado a realizar 3 ou 4 respirações diafragmáticas com ou sem
apoio manual do terapeuta.
02. 3 ou 4 exercícios de expansão torácica associada ou não a inspiração sustentada.
03. Seguido de mais 3 ou 4 resp. diafragmáticas e depois seguidos de exercícios de
expansão torácica.
04. Por fim, realizar um ou dois huffs e voltar ao relaxamento e controle da respiração
Contra-indicações: DPOC e desconforto respiratório agudo.
indicações
:

Descompressão torácica abrupta localizada

Expiração lenta prolongada (ELPr)


Definição: técnica passiva de obtida por meio da pressão manual toracoabdominal
lenta, que se inicia ao final de uma expiração espontânea e prossegue até o volume
residual. Tem o objetivo de melhorar a desinsuflação pulmonar e melhorar o
transporte do muco das vias aéreas.
Como fazer: O paciente deve ser colocado em decúbito dorsal horizontal, ou elevado
a 30°, numa superfície semirrígida. Posiciona-se uma mão sobre o tórax e outra
sobre o abdome. A mão torácica deve estar localizada entre a fúrcula esternal e a
linha intermamária, com o apoio da mão do terapeuta variando de acordo com o
tamanho do tórax do paciente. A mão abdominal posiciona-se sobre o umbigo e as
últimas costelas. O fisioterapeuta exerce uma pressão manual toracoabdominal, ao
final do tempo expiratório espontâneo, prosseguindo até o volume residual. Essa
pressão é lenta, opondo-se a duas ou três tentativas inspiratórias da criança.
Indicações: lactente e crianças pequena com obstrução brônquica do lactante,
causada por estase de secreção.
Contra-indicações: pacientes em pós-operatório de atresia de esôfago, nas
malformações cardíacas e afecções neurológicas centrais, ou qualquer síndrome
abdominal não identificada.

Drenagem autógena
Definição: promover a independência na higiene brônquica em pacientes com doenças
respiratórias crônicas, na qual o pct consegue identificar o ruido da secreção e, então,
modificando o volume de ar a cada respiração, arrasta a secreção até que ela seja
eliminada pela tosse.
Técnica:
01. Deslocar: pct sentado, respirando a pequenos volumes pulmonares, iniciando no
volume de reserva expiratório com o objetivo de remover secreções das vias aéreas
mais distais.
02. Coletar: Respirando a médios volumes pulmonares, a secreção é coletada para vias
aéreas de médio calibre.
03. Eliminar: espiração a máximos volumes pulmonares e, ao final, tosse ou huffing para
remover a secreção de vias aéreas centrais.
Indicações: pacientes cooperativos e que não precisam de assistência manual do terapeuta.
Contra-indicações: pacientes não cooperativos.

Compressão

Definição: também conhecida como manobra de reexpansão pulmonar, é bastante utilizada


principalmente em paciente sob suporte ventilatório impossibilitado de colaborar durante a
terapia; consiste na compressão torácica durante a fase expiratória e descompressão
abrupta na fase inspiratória. O objetivo principal é promover a restauração da ventilação
alveolar, utilizando-se da variação de pressão pleural e alveolar

Compressão: comprime no início da ex acompanhando o movimento da caixa torácica e


libera ao final, no primeiro terço da ins. Pra melhorar o transporte de muco das vias

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