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Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ

Curso de Fisioterapia
Estágio em Fisioterapia I

TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS
NO AMBIENTE HOSPITALAR
Princípios Fisiológicos das Técnicas de Expansão Pulmonar

VOLUMES PULMONARES ESTÁTICOS

VC (volume corrente): volume de ar inspirado e expirado a cada


ciclo respiratório (500 mL).

VRI (volume de reserva inspiratório): máximo de volume de ar


inspirado a partir do nível de repouso respiratório (3,0L).

VRE (volume de reserva expiratório): máximo de volume de


ar expirado a partir do nível de repouso respiratório (1,2L).

VR (volume residual): volume de ar que permanece nos


pulmões após uma expiração máxima (1,2 L).
Princípios Fisiológicos das Técnicas de Expansão Pulmonar
CAPACIDADES PULMONARES
É a soma de dois ou mais volumes pulmonares
• Capacidade inspiratória (CI) – é a quantidade de ar que pode ser
inspirada a partir do volume pulmonar expiratório normal e
distendendo ao máximo os pulmões (3,6 L).
• Capacidade residual funcional (CRF) – quantidade de ar que
permanece nos pulmões ao final da expiração normal (2,4L).
•Capacidade vital (CV): é a quantidade de ar que pode ser expirada
pelos pulmões, após uma inspiração máxima seguida de expiração
máxima. Maior volume de ar mobilizado, podendo ser medido tanto
na inspiração quanto na expiração (4,5L; 75% da CPT).
• Capacidade pulmonar total (CPT) – volume máximo que os
pulmões podem alcançar com o maior esforço possível (7 L).
Técnicas e Recursos para expansão pulmonar
Técnicas e Recursos para expansão pulmonar
TÉCNICAS E RECURSOS DEPENDENTES DA
REDUÇÃO DA PRESSÃO PLEURAL

NÃO INSTRUMENTAIS
FRENO LABIAL

Consiste em realizar a expiração suave contra a


resistência imposta pelos lábios ou dentes semifechados, podendo
o tempo expiratório (Te) ser curto ou longo.

OBS: Expiração não deve ser forçada e não muito prolongada


mantendo relação tempo inspiratório para tempo expiratório
(Ti:Te) fisiológica.

Objetivo: a melhora do padrão


respiratório com diminuição da FR,
se o Te for prolongado, aumenta
volume corrente (VC) com
consequente redução do trabalho
respiratório.
EXERCÍCIO DIAFRAGMÁTICO
Realizado aplicando estímulo manual na região
abdominal com leve compressão, solicitando-se inspiração nasal
de forma suave e profunda com deslocamento anterior da região
abdominal.

Objetivo: melhorar a ventilação pulmonar, sobretudo


em regiões basais pelo aumento da excursão do músculo
diafragma.
Reduz o trabalho da respiração e melhora a
ventilação pulmonar e a dispneia.
SUSPIROS INSPIRATÓRIOS

Consiste em inspirações nasais breves, sucessivas e rápidas até


atingir a capacidade inspiratória máxima, podendo ser associadas a
colocação das mãos na região abdominal ou torácica inferior.

A expiração deve ser realizada de forma suave e prolongada, com


resistência labial e leve compressão na região estimulada.

OBJETIVO: melhorar força e endurance


muscular ventilatória, aumentar a SpO2 e os
volumes pulmonares e distribui
homogeneamente a ventilação.
A inspiração fracionada com volumes
pulmonares altos aumenta a CPT, sendo usado
para pacientes portadores de doença pulmonar
restritiva
INSPIRAÇÃO EM TEMPOS
Variação do exercício respiratório do tipo soluços/suspiros
inspiratórios, no qual é introduzida uma pausa inspiratória entre
os volumes inspirados.
A inspiração é nasal, suave e curta, fracionando o tempo
inspiratório total com pausas intermediárias.
A expiração é lenta e suave, podendo ser associada ao freno
labial.

OBJETIVO: visa melhorar a complacência


do tórax e dos pulmões e aumentar a
capacidade inspiratória.

Pode ser associada com o movimento de MsSs.


EXPIRAÇÃO ABREVIADA

entre os lábios

O estímulo manual deve exercer


leve compressão na região
durante a fase expiratória.
EXPIRAÇÃO ABREVIADA

Objetivos:
INSPIRAÇÃO ABREVIADA

O uso desse padrão interrompe o ciclo expiratório contínuo


ao seu nível máximo por uma pequena inspiração, tornando
possível criar condições biomecânicas e ventilatórias que ajudem a
desinsuflar os pulmões e melhora da elasticidade (DPOC).
INSPIRAÇÃO ABREVIADA
Etapas:

1ª fase: inspiração nasal, lenta suave e uniforme até CI máxima;

2ª fase: apneia pós-inspiração;

3ª fase: expiração oral com freno labial não forçada até VRE médio;

4ª fase: inspiração nasal até volume corrente;

5ª fase: expiração oral com freno labial até VRE médio;

6ª fase: inspiração nasal até volume corrente;

7ª fase: expiração oral com freno labial não forçada até VRE médio;

8ª fase: inspiração nasal, lenta e suave até CI máxima;

9ª fase: repouso expiratório.


EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO INTERCOSTAL

A inspiração é A fase expiratória


nasal deve ser nasal para
Paciente na aumentar a atividade
posição enfatizando o
deslocamento da musculatura
sentado ou torácica em
semi- da região
superior do contraposição a
recostado expiração oral, que
tórax, seguido
de expiração promoveria maior
atividade
passiva.
diafragmática.
EXERCÍCIO RESP. DESDE O VOLUME RESIDUAL

OBJETIVO: melhorar a ventilação nas regiões pulmonares apicais


EXERCÍCIO RESP. DESDE O VOLUME RESIDUAL
INSPIRAÇÃO MÁXIMA
Consiste na colocação associando uma
das mãos na região inspiração nasal lenta e
torácica inferior ou na suave até a capacidade
região abdominal inspiratória máxima

na sequência outra inspiração máxima,


faz-se uma seguida de uma expiração
expiração de breve e uma última
pequeno
inspiração máxima.
volume,

Pacientes no pós-operatório
Ao final do exercício, de cirurgia cardíaca,
faz-se uma expiração 5 a 10x pulmonar e abdominal alta,
labial suave até a CRF. com a finalidade de recuperar
o volume pulmonar.
INSPIRAÇÃO MÁXIMA SUSTENTADA

Realizada com um
esforço inspiratório Mantém-se a
máximo, nasal e lento, inspiração máxima por
até atingir capacidade cerca de 3 segundos...
inspiratória máxima

Após, uma expiração


entre os lábios sem
esforço.
OBJETIVO: Aumentar o volume pulmonar em
indivíduos com dor e desvantagem mecânica por
redução da complacência pulmonar e/ou de caixa
torácica ou aumento da resistência, resultando
em desequilíbrio da relação V/Q.
COMPRESSÃO E DESCOMPRESSÃO TORÁCICA

No início da fase
Consiste na Solicita-se a inspiratória,
realização de realização de uma realiza-se uma
pressão manual na expiração resistência com as
região torácica prolongada e, em mãos, a qual é
acometida, em seguida, uma retirada
geral, a região inspiração nasal abruptamente,
torácica inferior profunda promovendo uma
descompressão
local.
EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO DE EXPANSÃO
TORÁCICA
Estão associados ao posicionamento corporal adequado com à
expansão de um segmento pulmonar específico e principalmente,
ao estímulo tátil sobre a região do tórax, no qual recebem
denominações diferentes:

• Expansão torácica inferior unilateral;

• Expansão torácica inferior bilateral;

• Expansão apical;

• Expansão torácica inferior posterior.


EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO DE EXPANSÃO
TORÁCICA

Contudo, até o momento não há comprovação eletromiográfica


da ativação seletiva de músculos respiratórios por meio de técnicas
manuais.

Na maioria dos estudos que avaliaram a distribuição da


ventilação em pacientes submetidos a exercícios de expansão
localizada, não foi observado aumento da ventilação nas áreas
estimuladas manualmente.

Apenas, em 1999, Tucker et al. Publicaram um estudo


demonstrando que, em indivíduos treinados, a ventilação pode ser
direcionada para o hemitórax estimulado.

Sarmento, G.J.V. Fisioterapia Respiratória de A a Z, 2016.


• Expansão torácica inferior unilateral
- Realizado com a aplicação do estímulo manual na região inferior de
um dos hemitórax, região que compreende as 7º, 8º e 9º costelas.
- Orienta-se a realização de uma inspiração profunda nasal, expandindo
a região na qual está posicionada a mão, que deve exercer uma leve
compressão no início desta fase.
- A expiração pode ser associada ao freno labial enquanto uma
compressão leve e firme da mão, na área apoiada é exercida,
contribuindo para a depressão das costelas.

• Expansão torácica inferior bilateral


- A aplicação do estímulo manual na região das costelas inferiores.
- O paciente deve realizar uma inspiração nasal e profunda, atingindo a
CPT, e as mãos exercem suave compressão no início do movimento,
sentindo as costelas expandindo fortemente.
- A expiração pode ser associada com freno labial enquanto uma
compressão é exercida sobre o tórax bilateral no sentido de
desinsuflação pulmonar.
• Expansão torácica inferior posterior
- O estímulo manual ocorre na região posterior do tórax, em um
dos lados, sobre as costelas inferiores.
- Orienta-se ao paciente, na posição sentado, a inclinar-se à frente
mantendo a coluna ereta.
- O paciente deve realizar uma inspiração nasal e profunda,
atingindo a CPT, e as mãos exercem suave compressão no início do
movimento, sentindo as costelas expandindo fortemente.
- A expiração pode ser associada com freno labial enquanto uma
compressão é exercida sobre o tórax no sentido de desinsuflação
pulmonar.

Este exercício e o de expansão torácica inferior unilateral, podem ser


realizados com ajuda de faixas ou cintos elásticos que envolvam o
tórax inferior produzindo resistência à inspiração.

Cintos: 5 a 7 cm de largura e 2 metros de comprimento.


• Expansão apical

- Consiste no apoio da mão ou dos dedos na região abaixo da


clavícula.

- O paciente deve realizar uma inspiração nasal e profunda,


atingindo a CPT, e as mãos exercem suave compressão no
início do movimento.

- A expiração pode ser associada com freno labial enquanto


uma compressão é exercida sobre a região da clavícula.
TÉCNICAS E RECURSOS DEPENDENTES DA
REDUÇÃO DA PRESSÃO PLEURAL

INSTRUMENTAIS
Terapia incentivador inspiratória
A espirometria de incentivo (EI) é realizada utilizando-se
dispositivos que podem ser orientados a fluxo ou a volume.
Técnica expansiva que utiliza a redução da pressão pleural.
Apresentam um biofeedback visual ao paciente, ao realizar a
inspiração sustentada máxima.
Espirometria de Incentivo à fluxo
São aparelhos que apresentam esferas dentro de um ou
mais cilindros, as quais são elevadas e sustentadas de acordo
com o fluxo do inspiratório do paciente.
O paciente deverá fazer uma inspiração profunda e
lenta partindo da CRF até atingir sua CPT, seguida de uma
pausa pós-inspiratória de 2 a 3 segundos.

A elevação da 1º esfera corresponde ao fluxo de: 600ml/segundo;


A elevação da 2º esfera corresponde ao fluxo de 900ml/segundo;
A elevação da 3º esfera não é recomendada (1200ml,segundo), pois seria
necessária uma velocidade de fluxo inspiratório muito alto.
Prescrição Respiron® ou TRIFLO® II
Medir a PImax e a partir dai estabelecer uma carga de 50% do
valor da PImax.
Protocolos mais eficazes: 30 respirações 2x ao dia, 7 dias por
semana.
TRIBALL®

Confeccionado em plástico rígido transparente, composto


por 3 câmaras graduadas, sendo respectivamente 600, 900 e
1200 com esferas em cores diferentes no seu interior, filtro de
proteção na entrada do tubo flexível e bocal, local para alojar o
bocal, peso 113g.
CLINIFLO®

O equipamento não permite que o paciente utilize a


musculatura acessória, pois trabalha com baixos fluxos entre 100
e 600 mL/s.
O paciente deve inalar lenta e profundamente, mantendo o
indicador amarelo redondo atrás da “face feliz”, entre as setas.
Há uma entrada para oxigenoterapia.
Contraindicações
Indicações
Nível de consciência

Pacientes idosos; insuficiente para realizar


exercícios voluntários;
Pacientes em PO de
diversas cirurgias com risco Alteração cognitiva que limita a
de complicação pulmonar; realização de exercícios
Atelectasias, pneumonias; voluntários;

Pessoas com quadros Trauma de face;


restritivos por dor ou
Pneumotórax hipertensivo ou
ausência de força muscular;
não drenado;

Crise aguda de broncoespasmo.


Espirometria de Incentivo à volume

Tem indicadores de qualidade do fluxo inspiratório.


Apresentam uma escala que demarcam a capacidade
inspiratória alcançada, representando o volume máximo de ar
inspirado após uma expiração normal, demonstrando a capacidade de
expansão pulmonar.
Voldyne
Esse dispositivo possui um orientador de
fluxo e um cilindro com um disco que se eleva
durante a inspiração de forma contínua em uma
escala de 250 a 2500 ou 5000 mL.

VOLDYNE® INFANTIL
modelo pediátrico: coluna graduada (2500 ml)
SPIROBALL®
Confeccionado em plástico rígido
transparente, composto por uma câmara graduada de
0 a 4000 ml transparente com êmbolo para
mensuração de volume e outra câmara com uma
esfera para controle de fluxo, tubo flexível e bocal,
local para alojar o bocal, peso 176 g.

RESPIREX

Esse incentivador de volume é o único que


permite a desmontagem total para assepsia e
conforme orientação do fabricante permite fazer a
avaliação da capacidade volumétrica pulmonar.
COACH®

Usado em pacientes adultos com


volumes até 4000ml.
A válvula unidirecional assegura aos
pacientes a inspiração ao invés da expiração.
Possui duas colunas demarcadas
sendo uma para o incentivo visual e outra
para demarcação da evolução do paciente,
inclui entrada de O2.
Indicações Contraindicações

atelectasia;
Paciente com falta de
Derrame pleural; cooperação ou incapacidade;

Pneumonias; Crianças com menos de 4 anos;

Cirurgia abdominal alta e Hiperinsuflação pulmonar;

torácicas. Taquipnéia.
TÉCNICAS E RECURSOS DEPENDENTES DO
AUMENTO DA PRESSÃO ALVEOLAR
Técnica de Air Stacking ou empilhamento aéreo

São insuflações que são adicionadas aos pulmões, de forma a


expandi-los até sua capacidade máxima.

O paciente deve expirar até o volume residual, o FST solicita


que o paciente inspire a cada insuflação do ambú e esse volume de ar
se mantém por meio do fechamento da glote. A expiração é passiva
ou o paciente pode realizar uma tosse.

Vídeo
EPAP (Pressão Positiva Expiratória)
Aparelho que consiste no uso de uma máscara facial acoplada a
uma válvula unidirecional em que resistores expiratórios podem ser
ajustados com a função de manter pressão positiva em toda a fase
expiratória.
Um manômetro determina o nível de pressão positiva nas vias
aéreas (PEP) correto entre a válvula e o resistor. Durante a inspiração, a
válvula unidirecional abre-se, de forma que não há resistência, enquanto
na expiração a válvula fecha-se e a saída do ar fica limitada a válvula de
PEEP, que gera uma resistência expiratória.
EPAP (Pressão Positiva Expiratória)
INDICAÇÕES

 Desobstrução Brônquica
 Otimização do uso de broncodilatadores
 Redução de auto PEEP na DPOC
 Prevenção ou tratamento de atelectasias
 Realização de exercícios respiratórios
 Redistribuição do líquido extravascular

CONTRAINDICAÇÕES

o Sinusite aguda e otite média


o Náuseas
o Cirurgias de esôfago
o Pneumotórax não tratado
o Hemoptise e epistaxe
o Pressão intracraniana elevada (> 20 mmHg)
o Aumento do trabalho respiratório (DPOC, asma descompensada)
EPAP (Pressão Positiva Expiratória)
A literatura recomenda, para evitar fadiga da musculatura respiratória;
A evolução gradual e lenta de nível pressórico iniciado em 5 a 20 cmH2O

A sessão deve durar de 15 a 20 minutos. A PEP aumenta a oxigenação e a


capacidade residual funcional, melhora a complacência pulmonar,
diminui o shunt pulmonar e auxilia na higiene brônquica.

Mantendo-se uma FR durante a terapia na relação de 1:3 ou 1:4, de


acordo com a necessidade e a tolerância do paciente.
Pressão positiva contínua - CPAP
Mantém uma pressão positiva constante durante o ciclo
respiratório (insp e exp). A oferta ao paciente ocorre por meio de
máscara facial, nasal ou total e bucal. Pode-se ofertar de maneira
invasiva, por meio de cânula de TQT ou TOT

Pressão positiva em dois níveis - BILEVEL


Consiste na aplicação de dois níveis diferentes de pressão: uma
sobre a inspiração (IPAP) e outra sobre a expiração (EPAP).
TÉCNICAS E DISPOSITIVOS PARA
HIGIÊNE BRONQUICA
TÉCNICAS DE DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA

A desobstrução brônquica é realizada através de técnicas de


remoção de secreção brônquica. É composta de etapas a fim de
obter-se o melhor resultado. Dentre elas podemos citar:

• Descolamento da secreção;

• Deslocamento da secreção;

• Eliminação da secreção.
TÉCNICAS DE DESCOLAMENTO
Vibração Manual

A vibração é definida como movimentos oscilatórios aplicados


manualmente por meio da tetanização dos músculos agonistas e
antagonistas do antebraço, trabalhando em sinergia com a palma da mão
ou com a polpa dos dedos, colocados perpendicularmente sobre o tórax.

Objetivo é deixar o muco brônquico mais fluido e com baixa


viscoelasticidade, pela constante agitação mecânica.

A vibração manual é aplicada preferencialmente, na fase


expiratória e o fisioterapeuta deve colocar as mãos na região selecionada
pela ausculta pulmonar.
Vibração Manual

Consiste em movimentos rítmicos, rápidos, com uma intensidade


em torno de 20 a 25 Hz ou 3 a 75Hz capaz de causar vibração em
nível bronquial.

Cuidados: essa técnica pode aumentar o processo de infecção de


pele, dificultar a cicatrização, aumentar o enfisema subcutâneo,
bem como provocar interferências em marca-passo cardíaco.

Indicações: Indivíduos com presença de secreção.

Contra-indicações: Indivíduos que apresentam um tórax rígido ou


doloroso, fratura de costelas, osteoporose avançada, pós-operatório
de cirurgia torácica ou cardíaca.
Vibração Mecânica e colete de Higiene Brônquica

Atualidades
TÉCNICAS DE DESCOLAMENTO
Drenagem Postural
Técnicas de alteração de fluxo

Após a secreção estar descolada há necessidade de


deslocamento da mesma para vias aéreas proximais a fim de
eliminação através do trato respiratório.

A alteração de fluxo contribui para a remoção da


secreção passando de fluxo laminar para turbulento gerando
uma onda mecânica que permite a remoção da secreção.
ALTERAÇÃO DE FLUXO

Utilização de técnicas e equipamentos para a alteração de fluxo aéreo:

 Drenagem autógena

 Ciclo Ativo das Técnicas Respiratórias

 Aumento do Fluxo Expiratório (AFE)

 Compressão torácica

 Expiração Lenta Total com a Glote Aberta em Decúbito Infralateral


(ELTGOL)

 Exercícios de Fluxo Expiratório Controlado (EDIC)

 Tosse
Drenagem Autógena

• É uma técnica de desobstrução brônquica.

• Trata-se de um método de controle da respiração que


mobiliza secreções de diferentes gerações brônquicas, por
meio da maior variação possível do fluxo expiratório, sem
provocar a compressão dinâmica das vias aéreas.

• Geralmente é realizada com o paciente sentado, ereto,


relaxado, com a cabeça posicionada em neutro e as mãos
apoiadas sobre o tórax superior para auxiliar a desinsuflação
pulmonar durante as etapas da técnica.
Drenagem Autógena
A técnica está descrita em três fases:

• Realizam-se respirações a baixos volumes pulmonares e


volume corrente reduzido, por 4 a 5 vezes, com a
Fase de expiração ocorrendo no VRE. Pausa inspiratória de 2 a 3
descolamento seg. As mãos são empregadas para restrição do volume
torácico, e os baixos volumes servem para mobilizar as
secreções localizadas na periferia.

• A respiração é realizada com VC médio, por 4 a 5X, com


Fase de expiração até VRE. Pausa insp. de 2 a 3 seg. As mãos não mais
coleta de restringem a inspiração, e os volumes pulmonares visam
muco deslocar e remover as secreções de VAs médias.

• A respiração é realizada com VC aumentado, por 4 a 5X, no


nível do VRI; a expiração ocorre no nível do VRE. Pausa
Fase da insp. de 2 a 3 seg. O paciente ao final pode realizar
eliminação expirações forçadas com a glote aberta (huffing) para eliminar
as secreções.
Drenagem Autógena
Indicações

• Adultos, adolescentes, crianças a partir dos 5 ou 6 anos com doenças

respiratórias crônicas, hipersecretivos, com retenção de secreções em VAs

periféricas;

• Pacientes cooperativos, com boa concentração e domínio da técnica;

Contraindicações

 Pacientes instáveis hemodinamicamente;

 Pós-operatório recente de toracotomia e/ou laparotomia;

 Doença respiratória aguda e/ou em indivíduos dispneicos;

 Pacientes pouco colaborativos e que controlam mal sua respiração


Ciclo Ativo da Respiração

É uma técnica desobstrutiva com a finalidade de


promover a perviedade das vias aéreas a partir da periferia
pulmonar.

Realizar no mínimo por 10 minutos.

Compõe-se de 3 fases:
• Fase 1. Controle da Respiração;
• Fase 2. Exercícios de Expansão Torácica;
• Fase 3. Técnica de Expiração Lenta.
Ciclo Ativo da Respiração
1º fase: Controle da Respiração
1 O paciente deve respirar calmamente usando o tórax inferior.
2 É realizado por meio de inspirações e expirações em nível de VC.
3 Repetir 3 a 4 vezes.
3º fase:
Técnica de Expiração Lenta
2º fase: Consiste em 1 ou 2 exp. lentas
Exercícios de Expansão Torácica realizadas a baixo volume pulmonar
Exercícios de insp. profundas: realizando:
1 Faz-se a inspiração nasal lenta 1 Inspiração nasal a VC;
em nível de VRI; 2 Expiração oral lenta com a glote
2 Pausa pós-inspiratória de 2 a 3 aberta recrutando VRE.
segundos; 3 Repetir de 2X, caso as secreções
3 Expiração oral em nível de CRF. atinjam as VAs proximais, finalizar o
ciclo com huffing ou tosse
3 Repetir de 3 a 4 vezes.
espontânea.
Ciclo Ativo da Respiração
Ciclo Ativo da Respiração
Indicações

 Pacientes idosos, jovens e crianças cooperativas e com bom


entendimento da técnica;

 Pacientes hipersecretivos e com patologias pulmonares de diversas


origens;

 Pacientes em pós-operatório;

 Pacientes com DPOC.


Contraindicações:

 Pacientes não cooperativos

 Pacientes extremamente doentes.


Aumento do Fluxo Expiratório (AFE)

 É definido como o aumento passivo, ativo-assistido ou ativo


do fluxo aéreo expiratório.

A ideia central do AFE é a modulação da expiração em função da


localização das secreções nas VAI.

Objetivo é mobilizar, carrear e eliminar as secreções


traqueobrônquicas.

A técnica portanto é variável em velocidade, fluxo e volume de ar


mobilizado, modulável em função do grau e do local da obstrução,
da doença, da quantidade e da qualidade das secreções; e adaptável
segundo a idade, a compreensão e a atenção do paciente.
Aumento do Fluxo Expiratório (AFE)

- AFER (aumento de fluxo expiratório rápido):

Promove a progressão das secreções dos brônquios de médio para os


de grande calibre, por meio do aumento do fluxo aéreo expiratório nos
primeiros troncos brônquicos e traqueia, a grande velocidade.

Indicado quando a AP evidencia secreções nas vias aéreas centrais.

- AFEL (aumento do fluxo expiratório lento)


Tem por objetivo mobilizar as secreções dos pequenos brônquios até
vias aéreas proximais, por meio de uma expiração lenta e prolongada,
gerando baixo fluxo e baixo volume pulmonar.
Aumento do Fluxo Expiratório (AFE)
- AFE Passivo (paciente não cooperante)

Utilizada preferencialmente em lactantes, crianças pequenas


ou paciente sem cooperação.

 O FST deve se posicionar em pé, lateralmente ao paciente, com os


cotovelos semifletidos, transmitindo o AFE sem utilizar o peso do
corpo.
 O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal ou elevado a
30°.
 A mão torácica é colocada entre a fúrcula esternal e a linha
intermamária, envolvendo, de forma anterior e lateral, o tórax da
criança.
 O apoio de faz, sobretudo, com a borda cubital da mão, mas a
superfície de contato varia de acordo com o tamanho da mão e do
tórax do paciente.
Aumento do Fluxo Expiratório (AFE)
- AFE Passivo (paciente não cooperante)
 A mão torácica movimenta-se obliquamente, de cima para baixo e de
frente para trás, simultaneamente, acompanhando o movimento
expiratório.

 A mão abdominal posiciona-se sobre o umbigo e as últimas costelas.


O polegar e o indicador devem estar em contato com com as costelas
inferiores, para melhor a medida do ritmo respiratório e “sentir” a
criança respirar sob suas mãos.
 A mão abdominal pode variar:
- As mãos torácica e abdominal movem-se de maneira sincronizada e
ativa (indicado em pacientes maiores de 2 anos);
- A mão torácica é ativa e a abdominal é passiva, funcionando como
uma cinta abdominal, em contra apoio ( indicado em lactantes);
- A mão torácica é ativa, indo ao encontro, durante a manobra da mão
abdominal, que se posiciona sobre as últimas costelas como uma
pontes.
Aumento do Fluxo Expiratório (AFE)

Com as mãos torácica e abdominal ativas


Aumento do Fluxo Expiratório (AFE)
- AFE ativo-assistido (paciente cooperante)

- Utilizado em pacientes acima de 3 anos de idade;

- Paciente pode estar na pos~ição sentada, semissentada ou deitada;

- Ensina-se o paciente a expirar com a glote aberta, imitando o som de


um “A” expirado.

- O FST acompanha a expiração, apartir do platô inspiratório, no


mesmo sentido da expiração fisiológica, diminuindo todos os
diâmetros torácicos e aumentando o fluxo de ar.
Expiração Lenta Total com a Glote Aberta em Decúbito
Infralateral (ELTGOL)
O paciente é posicionado em decúbito lateral stricto, colocando a
região a ser tratada no plano de apoio. O paciente faz inspiração nasal em
nível de VC, expiração oral com a glote aberta em nível de VR.

Fisioterapeuta deve situar se posteriormente ao paciente, posicionando uma


das mãos em região abdominal, inferiormente, e a outra no terço inferior
do tórax superior, de modo a realizar durante a expiração uma compressão
diagonal, favorecendo a desinsuflação do pulmão infralateral.
O bocal tem objetivo de manter a glote aberta.
Expiração Lenta Total com a Glote Aberta em Decúbito
Infralateral (ELTGOL)
Indicações:
• Adultos e adolescentes a partir de 10 anos cooperativos, com acúmulo
de secreções bronquiais em vias aéreas médias;
• Pacientes respiratórios crônicos que sofrem incoordenação
traqueobrônquica, pois a manutenção da glote aberta favorece o
deslocamento do ponto de igual pressão para as vias aéreas centrais;
• Exacerbação aguda da DPOC.

Contraindicações:
• Pacientes não cooperativos;
• Pacientes com de compensação cardiorrespiratória;
• Acometimento pulmonar unilateral, retenção de secreção por lesão
cavitária.
TÉCNICAS DE ELIMINAÇÃO
Técnicas para a remoção da secreção

• Tosse Dirigida que pode ser de alto ou baixo volume. É


intencional.

Método de aplicação:
1º fase: fase preparatória, é obtida pela inspiração ampla e longa;
2º fase: marcada pelo fechamento da glote e contração da
músculos abdominais, gerando com isso uma aumento da pressão
intratorácica
3º fase: o ar é expulso em alta velocidade acompanhada pela
abertura da glote e queda da pressão intratorácica.
Técnicas para a remoção da secreção

Tosse Dirigida

Indicações:
Atelectasia,
Remover secreções de vias aéreas centrais, Profilaxia contra
complicações pós-operatórias,
Fibrose cística, Bronquiectasia, Bronquite crônica, Infecção Pulmonar.

Contra indicações
• Lesão aguda instável da cabeça, pescoço ou coluna;
• Diminuição da perfusão arterial coronariana (IAM);
• Hipertensão intracraniana ou aneurisma intracraniano.
Tosse assistida

É um conjunto de recursos que o fisioterapeuta utiliza para


potencializar a tosse, caso o paciente apresente alguma dificuldade em
realizá-la.
Há diferentes manobras de tosse assistida:

Manobra sobre o tórax superior;

Manobra sobre o tórax inferior;

Manobra abdominal;

Compressão da traqueia;

Suporte de ferida cirúrgica.


Técnicas para a remoção da secreção
Técnica de expiração forçada (TEF)
A técnica de expiração forçada é a combinação de uma ou duas
expirações consecutivas seguidas de uma pausa ou controle da respiração. A
eliminação das secreções dependerá do volume mobilizado.

Método de aplicação

 O paciente deve ser instruído a realizar uma inspiração


diafragmática, a médio volume, com relaxamento da cintura
escápula-umeral e com a boca e glote abertas.
 O ar é comprimido usando a força de contração dos abdominais.
 A expiração é brusca e longa o suficiente para mobilizar as
secreções mais periféricas.
Contra - indicações:
Broncoespasmo e após refeições;
Pacientes pouco colaborativos como crianças e idosos.
Compressão Torácica

Compressão passiva do gradil costal na fase expiratória,


com o objetivo de remover as secreções localizadas em brônquios
de menor calibre para os de maior calibre. Possibilita uma melhor
oxigenação pela desinsuflação. Aplicada após as outras técnicas.

Antigamente denominado TEMP.

Método de aplicação:
A pressão é realizada durante o período expiratório do paciente, portanto
deve acompanhar o movimento expiratório das costelas. A pressão pode
ser realizada com o paciente em decúbito dorsal, em Fowler (45 graus) e
em decúbitos laterais.
Compressão Torácica
Indicações:

• Pacientes hipersecretivos e hiperinsuflados.

Contra-indicações:

• Pressão exagerada pode provocar fraturas ou luxações

• Pneumotórax espontâneo;

• Derrame pleural não drenado

• Edema agudo de pulmão;

• Fraturas de costelas.
RECURSOS INSTRUMENTAIS DE
HIGIENE BRONQUICA
Remoção de secreção brônquica

Shaker/Flutter

Pode ser utilizado para promover a desobstrução dos


brônquios, facilitando a HB.
O movimento de subir e descer da esfera de aço a cada
expiração gera uma pressão oscilatória controlada. Esse
movimento oscilatório envia para a árvore brônquica, impulsos
de pressão positiva.
Funcionamento
Ao soprar no aparelho, o indivíduo encontra um sistema
ocluído pela esfera metálica.
O peso da esfera faz com que seja necessária atingir um
limiar pressórico para que se consiga mobilizá-la.
Apenas quando a esfera é deslocada ocorre um escape do ar
e se inicia um fluxo expiratório.

Posicionamento
Paciente sentado confortavelmente, deve-se orientá-lo a realizar
uma inspiração nasal lenta e profunda, posiciona-se o aparelho na boca,
vedando bem com os lábios, e realiza-se uma pausa de 2 a 3 segundos.
Exala-se até uma expiração completa no limite de conforto do
paciente.
Repete-se aproximadamente de 10 a 15 vezes.
Flutter/Shaker
O benefício atribuído aos aparelhos de pressão positiva
oscilatória (PPO) é, em teoria, proveniente de um conjunto de
fatores que ocorrem simultaneamente durante a realização do
exercício expiratório:

Fluxo expiratório
Geração pressão positiva
Oscilação do fluxo nas VAS (amplitude)
Vibração, alterando a viscoelasticidade do muco.
Indicações
A indicação principal do uso da PPO é um quadro de
hipersecreção brônquica.
Utilizado no tratamento de pacientes com fibrose cística,
bronquiectasia, asma, DPOC, em PO de cirurgias abdominais e
torácica.

Contra-Indicações
Hemoptise
Pneumotórax
Doenças cardiovasculares descompensadas
ACAPELLA
RESISTOR LINEAR TIPO “SELO D’ÁGUA”

Composto de um reservatório de plástico/vidro, tendo em


seu exterior uma escala com medidas em centímetros que
determinarão a altura da coluna d’água (cmH2O) e por conseguinte,
a PEEP a ser aplicada.
O funcionamento desse sistema de resistor é completado
com um tubo de 2,2 cm de diâmetro por 50 cm de comprimento,
imerso na coluna d’água.
Efeitos benéficos:
 Diminuição de incidência de complicações pulmonares após
cirurgias;

 Maior grau de independência em seu tratamento;

 Reexpansão pulmonar;

 Recrutamento alveolar;

 Melhora no desempenho dos músculos respiratórios;

 Aumento da capacidade vital e dos fluxos expiratórios máximos.


Técnica de ASPIRAÇÃO de vias aéreas
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

DEFINIÇÃO
• Remoção de secreções, por meio de sucção, das vias aéreas inferiores e
superiores;

• Vias aéreas superiores;

• Vias aéreas inferiores;


ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

A aspiração traqueobrônquica pode ser realizada através da:

Tubo endotraqueal ou traqueostomia


(endotraqueal).

Causam desconforto para o


paciente e só devem ser realizadas
boca (orotraqueal),
quanto absolutamente necessário:
- impossibilitado de tossir de forma
produtiva,
- incapaz de eliminar as secreções
nariz (nasotraqueal) que obstruem suas vias aéreas,
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

INDICADORES NECESSIDADE ASPIRAÇÃO

• Presença de secreção visível na VA;


• Presença de ruído no tubo traqueal;
• Presença de roncos e/ou crepitações e redução dos sons pulmonares na AP;
• Desconforto respiratório;
• Queda da Spo2;
• Oscilações na curva de fluxo do ventilador.
• Tosse ineficaz, débil;
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

SISTEMAS DE ASPIRAÇÃO

• Aberto: a cada aspiração, usa-se um novo cateter, desconectando-se o paciente do


ventilador para realizar procedimento.

• Fechado: o mesmo cateter, mantido protegido por uma bainha plástica, é usado
várias vezes, não se desconecta o paciente do ventilador.
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

NÚMERO DA SONDA ASPIRAÇÃO


• Deve ser a de menor diâmetro possível para sucção adequada;
• Quanto menos calibrosa mais permite a passagem do ar – evita queda abrupta
da capacidade residual funcional, atelectasias;
• Secreções mais viscosas podem necessitar sondas mais calibrosas.
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

 Sistema aberto e fechado são igualmente eficazes na remoção de


secreções.

No entanto, o sistema fechado determina:


 Menor risco de hipoxemia, arritmias e de contaminação.
 Causa menos distúrbios fisiológicos (aumento da PA e da FC e queda da
SpO2)
 Troca a cada sete dias, ao invés de diariamente, sem aumentar o risco de
infecção respiratória.
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

CONDUTA PARA A TÉCNICA


Pré - Execução: PROCEDIMENTO ESTÉRIL
USO DE EPI
- Lavar as mãos;
- Preparar o material a ser utilizado;
- Verificar o funcionamento de toda a rede;
- Solicitar o auxílio para realização do procedimento;
- Interromper temporariamente a dieta

Execução:
- Identificar-se (quando paciente acordado)
- Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
- Posicionar adequadamente o paciente (decúbito elevado);
- Aumentar oferta de oxigênio, antes de começar o procedimento;
- Fixar o regulador da aspiração em 100 a 120 mmHg
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

Execução (continuação):
- Colocar EPIs
- Abrir o pacote contendo a sonda de aspiração, conectando-a na extensão do
frasco de aspiração mantendo o restante da sonda dentro do pacote;
- Calçar a luva estéril;
- Com a mão não dominante, ligar o aspirador e ajustar a pressão de sucção;
- Com a mão dominante retirar a sonda do pacote, sem contaminá-la;
- Se em VM, desconectar o aparelho, com a mão não dominante;
- Introduzir a sonda no tubo sem ocluir a válvula, realizando movimentos
rotatórios (o procedimento deverá ser realizado o mais rápido possível – 10 a 15
segundos);
- A instalação na via aérea de 3 a 5 ml de água estéril pode ser útil para soltar
secreções espessas PROIBIDO!
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

Execução (continuação):
- Retirar a sonda, proporcionar oxigenação adequada
- Repetir o procedimento quantas vezes forem necessárias;
- Na sequencia, aspirar a cavidade nasal e, por último a cavidade oral;
- Desconectar a sonda, fazer a limpeza da extensão do aspirador e retirar
as luvas;
- Recolher o material;
- Deixar o paciente confortável
- Manter o ambiente limpo e em ordem.
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

Pós - Execução:
- Desprezar o material utilizado no expurgo;
- Lavar as mãos;
- Avaliar as condições clínicas do cliente.

Avaliação:
- Avaliar posicionamento e fixação da cânula;
- Avaliar fluidificação da secreção;
- Avaliar permeabilidade da cânula.
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

CUIDADOS IMPORTANTES:
• Ficar atento em relação aos dados vitais do paciente - SpO2 (hipoxemia),
FR, FC (arritmias), PA;
• Sangramentos;
• Dieta enteral – parada;
• Profundidade de introdução;
• Instilação de solução fisiológica (?).
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

Resultados da aspiração
- A AP após a aspiração deve apresentar diminuição dos ruídos
adventícios.
- O RX deve mostrar evolução positiva progressiva do quadro.
- O resultado da gasometria arterial deve indicar melhora na relação
ventilação/perfusão
- O aspecto da secreção (espessa, fluída, espumosa) aspirada indica o
nível de hidratação e umidificação.
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS

Resultados da aspiração
- A cor (clara, amarela, purulenta) indicam ausência ou melhora da
infecção.
- A quantidade da secreção aspirada serve de parâmetro para
prescrever a frequência das próximas aspirações.
- A aspiração pode ser seguida de uma drenagem postural e técnicas
manuais e o treinamento respiratório.
Treinamento muscular
TREINAMENTO DA MUSCULATURA RESPIRATÓRIA
MOBILIZAÇÃO
PRECOCE

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