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FISIOTERAPIA EM UTI
Aula 08: Mecânica ventilatória
• A “Pct” é dada pela subtração entre a pressão intrapleural e pressão da superfície corporal (Psc) = pressão
atmosférica;
Então, Pct = Ppl – Psc.
Resistência Respiratória
• Define-se resistência respiratória como o conjunto de forças opostas ao fluxo aéreo, pode-se conceituar
resistência como a relação existente entre o gradiente de pressão e o fluxo.
Impedância pulmonar
É o somatório das forças opostas à expansão pulmonar na fase inspiratória
• A curva pressão-volume do pulmão cheio com líquido é deslocada para a esquerda da curva do pulmão cheio
com ar, em qualquer volume dado;
• O volume pulmonar em qualquer pressão dada durante a desinsuflação é maior do que durante a insuflação;
• O significado do desvio é que ele requer muito menos pressão para manter o volume pulmonar quando o
pulmão está cheio com líquido (salina) do que cheio com ar.
Distensibilidade Pulmonar
• Complacência
Termo usado para descrever a distensibilidade
pulmonar;
Reflete a facilidade com quem um objeto
pode ser deformado, enquanto elasticidade
reflete a oposição de um objeto à sua
deformação, por força externa.
• É o grau de expansão que os pulmões experimentam para cada unidade de aumento de pressão
transpulmonar;
• Ser humano adulto e normal: 200ml/cmH2O; isto é, cada vez que a pressão transpulmonar aumenta em
1cmH2O, a expansão pulmonar é de 200ml;
• Complacência descreve a distensibilidade pulmonar, ou seja, é a facilidade com que um objeto pode ser
deformado.
Pressões Pulmonares
• Pressão alveolar
Inspiração = ↓ - 3mmHg
Expiração = ↑ + 3mmHg
Elasticidade Pulmonar
• Denomina-se elasticidade a propriedade de um
determinado material (pulmão) retornar ao seu
estado morfológico de repouso após ter sofrido
deformação causada por uma força externa.
Tensão Superficial
• Fator importante no comportamento de pressão-volume do pulmão;
• As forças de atração entre moléculas adjacentes do líquido são mais fortes do que aquelas entre o líquido e o gás;
• Pulmões inflados com solução salina fisiológica têm uma complacência muito maior do que pulmões cheio de ar;
• A solução salina fisiológica neutraliza as forças de tensão superficial, mas não afeta as forças teciduais do pulmão.
Deficiência do surfactante
• Metabolismo pulmonar anormal do surfactante;
• Inativação alveolar e debrís (bactérias, debrís celular, fibrina, fluído de edema do espaço aéreo);
• Mediadores inflamatórios nos alvéolos (lesão direta no sistema surfactante).
Surfactante exógeno
• Melhora oxigenação, troca gasosa, complacência, capacidade residual funcional.
• Em volumes pulmonares muito baixos, as pressões intrapleurais são menos negativas e a pressão de base
excede a pressão atmosférica; como consequência, ocorre o fechamento das vias aéreas.
Resistência Tecidual
• Durante a respiração é necessário uma pressão para
superar as forças viscosas dentro dos tecidos;
PEEP
A pressão positiva expiratória final (PEEP) tem como objetivo melhorar a oxigenação arterial em situações
clínicas em que ocorra dificuldade nas trocas gasosas.
Seu principal efeito é a promoção de um aumento da capacidade residual funcional (CRF). Sua
implementação é gradual e lenta, sempre observando possíveis implicações na hemodinâmica do
paciente.
EFEITOS COLATERAIS
Os efeitos colaterais mais comuns são: instabilidade hemodinâmica; barotrauma e
Acidose Respiratória.
Efeitos esses ocorrem devido a aplicação indevida do aumento da PEEP, somada a principalmente a
altas frequências respiratórias, que acarretam o aparecimento de AUTO PEEP dinâmica e a soma em
série desses valores; alterando não só a dinâmica ventilatória, como também ocasionando
alterações clínicas importantes.
EFEITOS PULMONARES
• Aumento da Capacidade Residual Funcional;
• Redistribuição da água extravascular pulmonar (congestão pulmonar);
• Recrutamento alveolar;
• Aumento volume de gás alveolar;
• Diminuição do shunt intrapulmonar;
• Melhora na relação V/Q;
• Melhora na complacência pulmonar.
A AUTO-PEEP é conceituada como a persistência de uma pressão alveolar positiva, ao final da expiração, não
intencional, devido à presença de um volume pulmonar expiratório final maior do que a capacidade residual funcional
prevista.
Ocorre em pacientes submetidos a VPM, em consequência de o aparelho de ventilação mecânica iniciar uma fase
inspiratória com pressão positiva, antes que o tempo expiratório tenha sido suficiente para a exalação completa do volume
inspirado anteriormente.
O resultado deste fenômeno é um aumento progressivo do volume pulmonar e da pressão pleural a cada
respiração, elevando a pressão de retração tecidual a um nível crítico, capaz de determinar um aumento do fluxo expiratório
suficiente para abrir a via aérea e reduzir a resistência ao fluxo.
No ponto correspondente ao nível crítico, o volume pulmonar estabiliza-se, de modo que todo o volume corrente
passa a ser expirado às custas de um aumento na pressão pleural.
A AUTO-PEEP não é evidente, a menos que seja pesquisada com técnicas adequadas, podendo alterar agudamente a
dinâmica alveolar e constituir um risco reconhecido em situações que afetam o fluxo durante a expiração, levando a um
aumento desnecessário do trabalho mecânico do sistema respiratório.
Clinicamente a presença de AUTO-PEEP deve ser suspeitada em todos os pacientes com obstrução das vias aéreas,
principalmente naqueles com frequência respiratória e/ou volume corrente altos, naqueles com sibilos até o final da
expiração e naqueles com fluxo expiratório ainda presente quando do início da próxima inspiração.
Embora AUTO-PEEP e hiperinsuflação pulmonar dinâmica sejam utilizadas habitualmente como sinônimos, uma não
implica necessariamente na outra.
A AUTO-PEEP pode ser observada em pacientes sem hiperinsuflação dinâmica, devido a ajustes no aparelho de
ventilação pulmonar mecânica que elevam excessivamente o volume minuto, como pressões inspiratórias, frequências
respiratórias, volumes correntes e pressões de distensão (PEEP ou CPAP) altas, tempos inspiratórios longos ou
tempos expiratórios curtos.
• Ocluir a válvula expiratória imediatamente antes do início da inspiração: observar a elevação da PEEP. O valor
dessa elevação é o valor da AUTO-PEEP. Os respiradores mais modernos possuem uma tecla que deflagra essa
manobra, mostrando o valor da AUTO-PEEP. O paciente não pode interagir com o respirador durante essa
manobra, havendo muitas vezes necessidade de sua sedação ou até mesmo curarização;
• Medir a pressão de platô do paciente: promover uma pausa expiratória longa (30s) e repetir a medida da pressão
de platô. A diferença entre as duas medidas é o valor da AUTO-PEEP. Aqui também o paciente não pode interagir
com a ventilação;
• Medir a pressão esofágica: estima a pressão pleural. A AUTO-PEEP corresponde ao valor da pressão esofágica
gerada até que se inicie o fluxo inspiratório. Essa forma de medida da AUTO-PEEP deixa evidente o trabalho
respiratório que ela impõe ao paciente, ou seja, o paciente deve gerar uma pressão igual à AUTO-PEEP para
depois iniciar seu fluxo inspiratório ou disparar o ventilador.
Ventilação Mecânica e
correlações patológicas;
• Histórico de ventilação
mecânica;
• Definições, indicações,
objetivos;
• Parâmetros ventilatórios
e alarmes. AVANCE PARA FINALIZAR
A APRESENTAÇÃO.
AULA 08: MECÂNICA VENTILATÓRIA