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Fisioterapia em UTI

FISIOTERAPIA EM UTI
Aula 2: Introdução e estrutura da unidade
de terapia intensiva - UTI

AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI


Fisioterapia em UTI

1. TEMA: Conceito de UTI


a) Infecções no ambiente de UTI;
b) Controle de Infecções – Papel do CCIH;
c) SEPSE e SDOM.

2. OBJETIVOS:
a) Classificar as infecções;
b) Identificar as principais infecções hospitalares dentro do ambiente de UTI;
c) Identificar os mecanismos facilitadores das infecções na UTI;
d) Explicar o papel do CCIH dentro do hospital;
e) Identificar cuidados na prescrição dos antibióticos frente as Infecções
Hospitalares.

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Caracterização dos serviços de tratamento intensivo

• A infecção hospitalar é uma das grandes preocupações encontradas dentro das unidades hospitalares,
em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). São as mais frequentes e importantes
complicações ocorridas em pacientes hospitalizados (ROCHA E LEME, 2010).

• Segundo Oliveira e Maruyama (2008), há muito tempo tem sido motivo de preocupação entre os
órgãos governamentais e, embora a sua regulamentação tenha ocorrido na década de 1980, a
problemática no país continua ainda sendo negligenciada.

• A preocupação em manter o controle das infecções hospitalares no Brasil surgiu na década de 1960,
surgindo também as primeiras publicações e relatos relacionados ao tema. Em 1963, no Hospital
Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, RS, começou a implantação da primeira Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH) brasileira, e outras comissões multidisciplinares começaram a surgir a partir
da década de 1970 (ROCHA & LEME 2010).

FONTE:
OLIVEIRA; Rosangela, MARUYAMA; Sônia Ayako Tao. Controle de Infecção Hospitalar: Histórico e Papel do Estado. Rev. Eletr. Enf. [Internet].2008;10(3):775-83. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n3/v10n3a23.htm.
ROCHA; Lorena Ferreira, LEME Natália Alves; BRASILEIRO; Marislei Espíndula: A Atuação da Comissão de Controle de Infecção em Serviços de Saúde na Unidade 15 de Terapia Intensiva: O que fazer?. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos
de Enfermagem e Nutrição. [Serial online] 2010 Jan-Jul 1 (1) 1-16.Available from:http://www.ceen.com.br/revistaeletrônica.

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Caracterização dos serviços de tratamento intensivo

• A incidência de infecções hospitalares varia de acordo com as características de cada UTI (infraestrutura,
especialidade, educação continuada e recursos humanos).

• O controle de infecções em UTI é um assunto complexo e de extrema importância para o bom


funcionamento da unidade, evidenciando-se, portanto, a necessidade da proteção, tanto individual
quanto dos pacientes, bem como a realização de técnicas e procedimentos adequados a fim de evitar
qualquer prejuízo para o paciente (PINHEIRO et al, 2008).

• Um fator de extrema relevância é a infecção relacionada à assistência hospitalar, que afeta um número
expressivo de pacientes, aumentando o tempo de internação, o risco de mortalidade e os custos
socioeconômicos; cerca de 30% dos casos de infecções relacionados à assistência são considerados
preveníveis. Medidas simples, como a lavagem correta das mãos pelos profissionais de saúde é a mais
efetiva delas. São as mãos que transportam o maior número de microorganismos aos pacientes, por
meio contato direto ou através de objetos (MARTINEZ, CAMPOS e NOGUEIRA, 2008).

FONTE:
MARTINEZ; Mariana Reclusa, CAMPOS; Luiz Alexandre A. F., NOGUEIRA; Paulo Cesar K. Adesão à Técnica de Lavagem de Mãos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. Paul Pediatr. 2009;27(2):179-85.
PINHEIRO; Monica de Souza, NICOLETTI; Christiane; BOSZCZOWSK; Icaro PUCCINI; Dilma Mineko, RAMOS; Sonia Regina. Infecção hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: há influência do local de nascimento. Rev Paul Pediatr. 2008;27(1):6-
14.

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Lavagem das mãos como fator


primordial de prevenção de
infecções hospitalares.

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CONCEITOS E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES


• Infecção comunitária (IC):
É aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com
internação anterior no mesmo hospital.
• São também comunitárias:
• Infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na
admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente
sugestivos da aquisição de nova infecção;
• Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi
comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples,
toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS).

• Infecção hospitalar (IH):


É aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta,
quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.

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O diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas de:


• Evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu
prontuário;
• Resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos, a pesquisa
de antígenos, anticorpos e métodos de visualização realizados;
• Evidências de estudos com métodos de imagem;
• Endoscopia;
• Biópsia e outros.

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Critérios gerais para diagnóstico:


• Quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, foi isolado um germe
diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser
considerado como infecção hospitalar.
• Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica
e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar
toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 horas após a admissão.
• São também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas da
internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante
este período.
• As infecções dos recém-nascidos são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma
transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota superior a 24h.
• Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção são considerados
portadores de infecção hospitalar do hospital de origem. Nesses casos, o hospital de origem deverá
ser informado para computar o episódio como infecção hospitalar naquele hospital.

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Elaboração da CCIH
• Programa de Controle de Infecção Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas
deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da
gravidade das infecções hospitalares.
• Para a adequada execução do PCIH, os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução
das ações de controle de infecção hospitalar.
• A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior,
formalmente designados.
• Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores.
• O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da mesma, indicado
pela direção do hospital.

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Entre outras atribuições secundárias, a CCIH do hospital deverá:


• Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção hospitalar, adequado às
características e necessidades da instituição;
• Avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de Vigilância
Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle propostas;
• Realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar medidas
imediatas de controle;
• Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios, e comunicar, periodicamente, à autoridade máxima de
instituição e às chefias de todos os setores do hospital, a situação do controle das infecções
hospitalares, promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar;
• Elaborar, implantar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando
limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de
medidas de precaução e de isolamento.

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Causas de infecções
• As principais causas das infecções são as condições clínicas do paciente, doenças de base, números
elevados de procedimentos invasivos e falhas nas medidas e controle e prevenções das infecções
urinárias, pneumonias, feridas cirúrgicas, e os métodos invasivos, como os cateteres, a ventilação
mecânica e cateteres intravasculares são responsáveis por grande número das infecções.

• Infecção urinária: Consideram-se infecções urinárias as infecções nosocomiais, ou seja, adquiridas no


ambiente hospitalar; é uma das afecções mais frequentes na UTI, acometem 2% dos pacientes
internados, sendo responsáveis por 35% a 45% das infecções hospitalares.

• Aproximadamente 80% dos pacientes que contraem infecção urinária fazem uso de cateteres
urinários, mesmo com emprego de técnica adequada de inserção do cateter vesical e uso de
sistema de drenagem fechado, a colonização da urina na bexiga irá ocorrer em torno de 50% dos
pacientes após 10 a 14 dias de cateterização (ANVISA, 2000).

FONTE:
MARTINEZ; Mariana Reclusa, CAMPOS; Luiz Alexandre A. F., NOGUEIRA; Paulo Cesar K. Adesão à Técnica de Lavagem de Mãos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. Paul Pediatr. 2009;27(2):179-85.
PINHEIRO; Monica de Souza, NICOLETTI; Christiane; BOSZCZOWSK; Icaro PUCCINI; Dilma Mineko, RAMOS; Sonia Regina. Infecção hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: há influência do local de nascimento. Rev Paul Pediatr. 2008;27(1):6-
14.

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Causas de infecções
• Pneumonia: É a infecção hospitalar que mais comumente acomete pacientes internados em UTI,
podendo ser de origem comunitária ou nosocomial, associada à ventilação mecânica; é definida como
infecção do trato respiratório inferior, com envolvimento do parênquima pulmonar, adquirida em
ambiente hospitalar (CARRILHO et al, 2004).

• É considerada precoce quando ocorre até o quarto dia e, tardia, quando tem início a partir do quinto
dia; essa classificação tem grande importância para a diferenciação do agente etiológico e para a
decisão quanto à terapêutica a ser instituída (CARRILHO et al, 2004).

• A pneumonia associada à ventilação mecânica é consequência da falta de equilíbrio entre os


mecanismos de defesa do indivíduo e o agente microbiano, devido ao tamanho do inoculo ou
virulência do microorganismo.

FONTE:
CARRILHO; Cláudia M. D. de Maio, GRION; Cintia M. C., MEDEIROS; Eduardo A. S. de, SARIDAKIS; Halha O., BELEI; Renata, BONAMETI; Ana Maria, MATSUO; Tiemi: Pneumonia em UTI: Incidência, Etiologia e Mortalidade
em Hospital Universitário. RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva. Volume 16 - Número 4 - Outubro/Dezembro 2004.

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Causas de infecções
Há quatro vias relacionadas à patogênese da pneumonia associada à ventilação mecânica:
• Aspiração do conteúdo orofaríngeo;
• Contaminação do equipamento respiratório;
• Transmissão de uma pessoa para outra;
• Disseminação hematogênica.

FONTE:
CARRILHO; Cláudia M. D. de Maio, GRION; Cintia M. C., MEDEIROS; Eduardo A. S. de, SARIDAKIS; Halha O., BELEI; Renata, BONAMETI; Ana Maria, MATSUO; Tiemi: Pneumonia em UTI: Incidência,
Etiologia e Mortalidade em Hospital Universitário. RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva. Volume 16 - Número 4 - Outubro/Dezembro 2004.

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Causas de infecções
A infecção da ferida operatória é um risco inerente ao ato cirúrgico, sendo também sua complicação mais
comum. Quase toda infecção de ferida cirúrgica é adquirida durante o ato cirúrgico, e a manifestação da
infecção da ferida operatória se dá, em média, quatro a seis dias após o procedimento, observando-se
edema, eritema e dor no sítio da incisão com drenagem de secreção de aspecto purulento (MAIA, 2009).
• Ferida cirúrgica: pode ser classificada em superficial, profunda e de órgão ou cavidade, conforme
definição;
• Superficial: é aquela que ocorre nos primeiros trinta dias do pós-operatório e envolve unicamente
pele e/ou tecido celular subcutâneo;
• Profunda: apresenta-se dentro dos primeiros trinta dias e, em caso de colocação de prótese, pode
manifestar-se até um ano após o procedimento, podendo envolver tecidos moles e mais profundos,
fáscia e músculos;
• Cavidade ou órgão: inclui qualquer sítio anatômico relacionado com o procedimento, exceto a área da
incisão cirúrgica.

FONTE:
MAIA; Regina Cláudia Furtado: Infecção Hospitalar em Pacientes no Pós Operatório de Cirurgia Cardíaca em Unidade de terapia Intensiva Pediátrica: Características e Análise de Custos. Universidade Estadual do Ceará
Curso de Mestrado Acadêmico em Saúde Pública Data da Defesa: 31/ 01 /2009.

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Causas de infecções
Métodos invasivos (Cateteres): São indispensáveis na prática da intervenção intensivista moderna,
particularmente em UTI, sendo, no entanto, importante fonte de infecção da corrente sanguínea
primária, causa mais frequente de morbimortalidade (LICHY E MARQUES, 2002).
• A troca dos cateteres periféricos a cada 48-72h se faz necessária, pois reduz o risco de colonização
e flebite.

Ventilação mecânica: Os pacientes submetidos a este procedimento estão de 6 a 21 vezes mais


propensos a desenvolverem algum tipo de enfermidade respiratória. A ocorrência de infecção
pulmonar faz aumentar o índice de morbimortalidade independente da afecção do paciente.
• Para pacientes sob ventilação invasiva, o risco de desenvolver infecção cresce em 1% a cada dia de
internação.

FONTE:
LICHY; Raquel de Fátima, MARQUES; Isaac Rosa: Fatores de Risco para Infecção Hospitalar em Unidades de Terapia Intensiva: Atualização e Implicações para a Enfermagem. Rev Enferm UNISA 2002; 3: 43-9

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Causas de infecções
Baixa imunidade: A terapia nutricional é peça fundamental nos cuidados dispensados ao paciente
crítico, devido às evidências científicas que comprovam que o estado nutricional interfere
diretamente na sua evolução clínica.

• A desnutrição progressiva de muitos pacientes sob cuidados intensivos, secundária à suspensão


da dieta sólida e ao aumento das demandas metabólicas decorrentes de fatores como lesões
teciduais, déficits de perfusão, febre e taquicardia resultam em diminuição da massa muscular e é
predisponente para a aquisição de infecções hospitalares (SANTOS et al, 2010).

FONTE:
SANTOS; Liara Ferreira dos, VIEIRA JUNOR; Valdir Marcelino, SANTOS; Aline Ferreira dos, ALVAREZ; Cláudia Cecília de Souza, PEREIRA; Cíntia Alves de Souza, LOPES; Fernando Aguilar, CARVALHO; Nádia Cristina
Pereira, OLIVIERA; Olcinei Alves de: Fontes Potenciais de Agentes Causadores de Infecção Hospitalar: Esparadrapos, Fitas Adesivas e Luvas de Procedimento. Ver: Panam Infectol 2010;12(3):8-12.

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Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS)


• A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) é caracterizada por sequências de eventos
fisiológicos envolvendo todas as células do corpo, desencadeada frente a uma agressão física, química ou
biológica, levando ao processo inflamatório com liberação dos mediadores químicos (FILHO et al, 2001).
• A SRIS pode ser desencadeada por inúmeras patologias como trauma, hipovolemia, peritonite,
pneumonia, torção vólvulo gástrica, neoplasia, pancreatite e procedimentos anestésicos e cirúrgicos,
justificando a importância do diagnóstico precoce.
• Com as injúrias endoteliais nos alvéolos pulmonares, edemas, hemorragia microvascular, trombose e
a perda da substância surfactante, podem ocorrer, resultando em hipoxemia profunda, denominada
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA).
• O paciente na fase aguda da SRIS caracteriza-se por sinais clínicos de metabolismo hiperdinâmico
como hipertermia, taquicardia, mucosas congestas, aumento no tempo de preenchimento capilar,
extremidades quentes, taquipneia, letargia, anorexia, vômito ou diarreia, dor generalizada ou
localizada.

FONTE:
Filho, A. B. et al. 2001. Monitorização da resposta orgânica ao trauma e à sepse. Revista Medicina Ribeirão Preto.34: 5-17.

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Sepse
• O termo sepse significa decomposição da matéria orgânica por um agente agressor (bactérias, fungos,
parasitas, vírus). Os termos infecção e sepse são geralmente utilizados de forma independente. O termo
infecção está relacionado à presença de agente agressor em uma localização (tecido, cavidade ou fluido
corporal) normalmente estéril, e o termo sepse está relacionado à consequente manifestação do hospedeiro;
isto é, a reação inflamatória desencadeada frente à uma infecção grave.
• Sepse, choque séptico e disfunção de múltiplos órgãos são as maiores causas de morte nas Unidades de
Terapia Intensiva, apesar dos recentes avanços tecnológicos.
• A causa mais comum de morte em pacientes com sepse é a disfunção de múltiplos órgãos (DMO),
caracterizada pela deterioração aguda da função de dois ou mais órgãos.
• Os órgãos habitualmente envolvidos são pulmões, rins, coração (incluindo o sistema vascular) e fígado.
• Outro órgão comumente envolvido é o sistema nervoso central, designado como encefalopatia
séptica. No entanto, sua real prevalência é desconhecida, uma vez que pacientes sépticos se
encontram, muitas vezes, sedados.

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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?

Anamnese;

Exame Físico;

Inspeção;

Palpação;

Percussão;

Ausculta pulmonar.

AVANCE PARA FINALIZAR


A APRESENTAÇÃO.
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