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Resumo (Prevenção e Controle de Infecções)

Surgimento

Documentos chegam até o ano de 3000 a.C com os egípcios, usavam carne fresca no local,
seguida da aplicação de mel ou soluções à base de sais de cobre e ervas.

Em 460 a.C, Hipócrates observou a importância da higiene das mãos antes de realizar cirurgias,
além da lavagem das feridas com água fervida e vinho.

Hipócrates – PAI da Medicina.

Antigamente os pacientes eram atendidos em suas casas.

Os hospitais tinham caráter caritativo, eram locais para assistência aos pobres, inválidos,
peregrinos e doentes, não sendo locais para tratamento terapêutico.

O Renascimento 1300 – 1650

Importantes transformações para a compreensão do processo SAÚDE – DOENÇA.

O Italiano Hieronymus Francastorius, descreveu as doenças epidêmicas, abrangendo as etapas


de contágio entre as pessoas.

Mecanismos de transmissão:

- por contato direto

- por contato indireto

- sem contato direto e indireto

Por volta do ano 1500, consideravam a separação dos pacientes graves e menos graves.

Precursores do Controle de Infecções

Oliver Wendel Holmes, Médico obstetra, foi o responsável por salvar muitas mães e filhos
depois do parto.

Florence Nightingale, Enfermeira, Conhecida como a “dama da lâmpada”, ficou famosa por
cuidar de feridos da Guerra da Crimeia (1854-1856).

William Stewart Halsted, Cirurgião norte-americano, Ele foi considerado o médico pioneiro na
área cirúrgica nos Estados Unidos.

Louis Pasteur, Cientista francês, Pasteur foi um grande estudioso dosprocessos biológicos dos
micro-organismos.

Joseph Lister, Médico cirurgião britânico, Suas pesquisas descobriram uma poderosa
substância antisséptica.

Introdução

Infecções são doenças causadas por microorganismos que entram no corpo do ser humano, ou
outro animal, causando sérias complicações.

- Vírus - Bactérias - Fungos - Vermes

Conhecidos também como parasitas.

Resumo da história da IH

- Durante séculos, os doentes foram tratados sem serem separados e/ou isolados quanto a
classificação da doença.

- No início do séculos XIX, na Inglaterra, é iniciado o isolamento de algumas doenças, como ex a


varicela.

Em 1863, Florence Nigthingale, descreveu uma série de cuidados referente aos pacientes e ao
meio, com o objetivo de diminuir o risco de IH.

Infecção relacionada a Assistência à saúde. (IRAS)

É uma infecção que vai ocorrer no período de internação do paciente.

As infecções são diagnosticadas a partir de 48 horas após a internação. Podem afetar pacientes
em qualquer tipo de ambiente em que recebam cuidados de saúde, incluindo procedimentos
ambulatoriais e cuidados domiciliares, podendo aparecer até mesmo após a alta.

A Portaria GM/MS 2.616/19981 (Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares.)

-A IH pode ser atribuída às condições próprias do paciente com dificuldade em conviver com as
bactérias colonizantes.

-Nem sempre é possível afirmar que o hospital ou sua equipe tenha cometido um erro na
assistência prestada ao paciente.

As IrAS são diagnosticadas depois de transcorridas 72 horas da internação ou mesmo depois da


alta hospitalar, quando o paciente já está em casa, mas nesse caso, a infecção deve ter relação
com algum procedimento realizado no estabelecimento de saúde.
Se a infecção ocorrer antes do período de 72 horas, só será considerada hospitalar se tiver
relação com algum procedimento diagnóstico e/ou terapêutico, realizados durante este
período de internação.

- As infecções podem estar presentes no organismos do paciente e estar associado por


múltiplos fatores, como: procedimentos hospitalares invasivos e tratamentos médicos aos quais
o paciente é submetido.

Fatores que aumentam o risco de contrair infecção.

- o histórico médico do paciente, ou seja, que tratamentos já fez e que medicamentos já fez
uso;

- agressões tóxicas, ou seja, se o paciente usa álcool, drogas, ou se usou algum medicamento ou
contraiu doença que causou algum dano;

- o tempo de internação do paciente;

- os hábitos de higiene dos prof de saúde.

Transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa, por gotículas de saliva ou pelo ar.

- Tricotomia com lâmina - Assepsia inadequada - Duração prolongada da cirurgia

- Contaminação abdominal microbiana - Drenos - Furos em luvas - Corpos estranhos

- Não realização de banhos/higiêne.

Importante:

- realizar a vigilância epidemiológica (frequência, distribuição, dos fatores de risco e dos agentes
causadores, etc);

- analisar o impacto sobre a morbidade e mortalidade hospitalar, devido ao aumento do tempo


de internação, aumento do custo e aumento da resistência aos antimicrobianos.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO:

Muitas delas são de baixo custo e eficazes, porém exige responsabilidade da equipe assistencial
e mudança de comportamento.

- identificação epidemiológica de IRAS;

- melhorar os sistemas de relatórios e vigilância a nível nacional;


- garantir os componentes principais para o controle de infecção estejam em vigor nos níveis
nacionais.

- implementar precauções-padrão, incluindo as melhores práticas de higiene das mãos à beira


leito;

- melhorar a educação e a responsabilização dos profissionais;

- realizar pesquisas para adaptar e validar protocolos de vigilância com base na realidade dos
países em desenvolvimento.

No entanto, podemos considerar que uma infecção relacionada à assistência à saúde, a causa
está relacionada diretamente aos procedimentos realizados durante a prestação da
assistência.

É fundamental para guiar a solicitação de exames com a finalidade de estabelecer o diagnóstico


do foco infeccioso e dos microrganismos responsáveis pela infecção.

Tipos de infecção

Infecção hospitalar: adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta durante a


internação ou após alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos
hospitalares.

Infecção comunitária: são infecções adquiridas na comunidade, constadas no momento da


admissão do paciente, podendo também ser consideradas comunitárias as infecções que
estavam em período de incubação ou aquelas que não podem ser relacionadas a
internamentos e procedimentos realizados pelo paciente anteriormente em serviços de saúde.

Tipos de Cirurgias:

- Cirurgias Limpas: são cirurgias realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de


descontaminação, Não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. ex:
cirurgia ortopedia eletiva. (min. risco de infecção)

- Cirurgias potencialmente contaminadas: cirurgias realizadas em tecidos colonizados por flora


microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, e com falhas técnicas
discretas. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação
significativa. ex: - cirurgia de intestino delgado.

- Cirurgias contaminadas: cirurgias realizadas em tecidos recentemente traumatizados e


abertos (como fraturas expostas), colonizadas por flora bacteriana abundante, cuja
descontaminação seja difícil ou impossível. Pode ocorrer inflamação aguda na incisão e
cicatrização. ex: - Cirurgias bucal, fraturas expostas, feridas traumáticas, queimaduras.

- Cirurgias infectadas: : são intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecidos ou órgão,


em presença de processo infeccioso (abcesso local) e/ou realizadas em tecidos necrótico. ex:
Cirurgia de reto e ânus com presença de pus.

Infecção de Sítio Cirúrgico

É aquela que ocorre após a cirurgia na incisão ou local do corpo onde a cirurgia foi realizada.
Algumas vezes pode ser apenas superficial, envolvendo a pele. Outras, com maior gravidade,
podem envolver tecidos mais profundos.

Para analisar as infecções de sítio cirúrgico, é recomendado avaliar o potencial de


contaminação, ou seja, o número de microrganismos presentes no tecido antes do ato
cirúrgico.

Tipos: ISC incisional superficial: envolve apenas a pele e o tecido celular subcutâneo do local da
incisão. A Infecção ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento cirúrgico.

ISC incisional profunda: pode envolver ou não os mesmos tecidos da ISC superficial, mas
envolve obrigatoriamente tecidos moles profundos. (fáscia e músculos). A infecção deve se
manifestar nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até 90 dias.

ISC órgão ou espaço específica: envolver órgãos ou espaços profundos manipulados durante a
cirurgia, mas não necessariamente a incisão. A infecção ocorre nos primeiros 30 dias após a
cirurgia, nos casos onde haja colocação de implantes pode se manifestar em até 90 dias.

Notificação das ISC

A notificação obrigatório no Brasil de infecções de sítio cirúrgico são aquelas que ocorrem em
decorrência de cirurgia cesariana, implante de prótese mamária, implante de prótese de
quadril, infecções de órgãos ou cavidade pós revascularização do miocárdio e infecções de
órgão ou cavidade pós cirurgia.

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CCIH, devem realizar a coleta dos dados de
acordo com os critérios nacionais de infecção de sítio cirúrgico e enviá-las mensalmente. Deve
ser preenchido o formulário de indicadores nacionais de IRAS disponível na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária ANVISA.

Quais os CUIDADOS devemos ter para evitar as infecções:

-HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS -USO DE LUVA -USO DE MATERIAIS DESCARTÁVEIS


-CUIDADO NOS ATENDIMENTOS PARA NÃO TER INFECÇÃO CRUZADA

-NÃO SENTAR NO LEITO DO PACIENTE -UTILIZAÇÃO DE ALCOOL

-MANTER CABELOS PRESOS E UNHAS APARADAS.

Usos racional de antimicrobianos

O QUE SÃO ANTIMICROBIANOS?

São produtos capazes de destruir microrganismos ou de suprimir sua multiplicação ou


crescimento. A tendência atual é de denominar-se antimicrobianos como dois tipos de
produtos:

• antibióticos - antimicrobianos produzidos por microrganismos (bactérias, fungos); ex:


penicilinas

• quimioterápicos - antimicrobianos sintetizados em laboratório.

COMO DIAGNOSTICAR UM CASO DE INFECÇÃO?

O diagnóstico de um estado infeccioso fundamenta-se em resultados clínicos, epidemiológicos


e laboratoriais. Os resultados laboratoriais garantem a correção do diagnóstico e justificam o
tratamento.

A anamnese detalhada, que valoriza dados epidemiológicos, contatos e viagens - pode sugerir
causas não infecciosas como:

- neoplasias, hipersensibilidade, atelectasia, embolia, edema pulmonar, diarreias crônicas não


infecciosas como cólon irritável etc, que não requerem antibioticoterapia.

O paciente com quadro infeccioso apresenta queda do estado geral, febre e sinais de
localização. A interpretação dos resultados deve ser feita junto com a avaliação do quadro
clínico (infecção X colonização). Na dúvida, a clínica é soberana.

O QUE É ANTIBIOTICOTERAPIA?

É o tratamento de pacientes com sinais e sintomas clínicos de infecção pela administração de


antimicrobianos.

A antibioticoterapia tem a finalidade de curar uma doença infecciosa (cura clínica) ou de


combater um agente infeccioso situado em um determinado foco de infecção (cura
microbiológica).

Porque a resistência aos antimicrobianos é uma preocupação mundial?


Novos mecanismos de resistência estão surgindo e se espalhando pelo mundo, ameaçando
nossa capacidade de tratar doenças infecciosas comuns, o que resulta em doença prolongada,
incapacidade e morte.

- HÁ NECESSIDADE DE SE ISOLAR O AGENTE ETIOLÓGICO?

É recomendável o isolamento de rotina:

• em todas as infecções hospitalares;

• nas infecções comunitárias graves;

ANTES DE PRESCREVER UM ANTIMICROBIANO, O QUE SE DEVE CONHECER?

- produto a ser utilizado

- composição química e modo de ação;

- farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção);

- dose a ser prescrita;

- via, intervalo e forma de administração;

- via e forma de eliminação.

Para o direcionamento terapêutico é importante conhecer:

• idade;

• história pregressa de hipersensibilidade a antimicrobianos;

• funções hepática e renal; etc.

A ASSOCIAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS É INDICADA EM QUE CASOS?

nas infecções graves (tratamento empírico);

- na prevenção à resistência de microrganismos *por seleção e/ou por indução

• por infecção mista (abdome e pelve);

• eventualmente em outros germes.

PADRONIZAÇÃO E CONTROLE DE ANTIMICROBIANOS

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e uma Comissão de Farmácia e


Terapêutica. Estas duas comissões são as responsáveis por:

• padronizar os antimicrobianos de uso na instituição (de acordo com critérios pré


estabelecidos);

• estabelecer o controle permanente da prescrição de antimicrobianos no hospital;

Uso racional depende:

- da boa formação médica, farmácia, equipe multidisciplinar, laboratório de microbiologia e


direção do hospital.

- Implantação da farmácia clínica ou atenção farmaceutica.

Terapêutica combinada

- Infecções polimicrobianas

- Para evitar resistência bacteriana

- Necessidades de efeitos sinérgicos

- Febre – antibióticos não são antipiréticos

Antibiotioterapia não deve ser prolongada desnecessariamente. A profilaxia pré – operatória


não deve ser prolongada (normalmente, dose única pré operatória é suficiente.)

Princípios básicos para a escolha de um antimicrobiano:

- Antimicrobiano de menor espectro; - Menor toxicidade;

- Custo acessível; - Via de administração mais adequada;

- Quando possível adotar a monoterapia

- Sempre avaliar criteriosamente a efetividade e o custo das drogas de última geração;

TRATAMENTO EMPÍRICO COM ANTIMICROBIANOS

- Somente quando há urgência para o início do tratamento

- Seguir protocolos

- Coletar amostras para cultura antes do início do tratamento

- O tratamento empírico deve ser exceção, não regra.


CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO DE ANTIMICROBIANOS

- Aumento da pressão seletiva sobre os microorganismos;

- Aumento das reações adversas;

- Elevação dos custos assistenciais;

MEIOS DE CONTROLE DE USO DE ANTIMICROBIANOS EM AMBIENTE HOSPITALAR

- Educação continuada de médicos, farmacêuticos e enfermeiros;

- Restrição na padronização de medicamentos do hospital;

- Dispensação somente mediante requisição ou justificativa;

- Limitação de tempo de uso; - Reservas terapêuticas;

- Protocolos de uso;

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS BACTÉRIAS QUE CAUSAM AS INFECÇÕES HOSPITALARES?

-Staphilococcus Aureus.

-Staphilococcus Epidermidis.

-Escherichia Coli.

-Enterococcus.

-Acinobacter Baumannii.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Denifição

Vigilância Epidemiológica tem por finalidade promover a detecção e prevenção de doenças e


agravos transmissíveis à saúde e seus fatores de risco, bem como a elaboração de estudos e
normas para as ações de vigilância epidemiológica.

A VE ativa é um dos pilares do controle de infeção hospitalar, pois permite a determinação do


perfil endêmico das instituições, a identificação de eventos inesperados (surtos) e o
direcionamento das ações de prevenção e controle.

- A VE permite, também, a identificação de situações de surtos epidemiológicos antes que estes


se alastrem e se tornem mais prejudiciais, além da determinação das áreas que devem ser mais
monitoradas pela CCIH.

Vigilância por setores: focada em serviços ou especialidades nas quais a importância das IH são
expressivas, tanto pela frequência de ocorrência quanto pela gravidade das consequências. (ex:
berçários, UTI adulta e pediátrica).

Vigilância por objetivos: depende da definição inicial de um problema específico, bem como
uma estratégia para combatê-lo. Abrange, as situações de riscos específicos.

Vigilância por componentes: permite a vigilância em diferentes grupos de pacientes, e a coleta


de dados ocorre a partir de quatro protocolos: componente global, componente de unidade de
terapia intensiva de adulto e pediátrica, componente berçário de alto risco e componente
cirúrgico.

Vigilância Epidemiológica – tipos de avaliação

- Avaliação periódica – Utilizada na vigilância global por diversos hospitais, consiste em realizar
a vigilância em alguns meses por ano e estimar taxas para os meses sem a obtenção formal.

- Avaliação rotatória – trabalho é alternado entre os diversos serviços.

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)

Regularizada pela portaria número 2616, de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde,


considerando determinações da Lei nº 9431, 6 de janeiro de 1997.

Objetivo: Prevenir e combater as infecções hospitalares.

A CCIH apresenta muitas funções entre elas:

estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle de infecção hospitalar;


desenvolver, implementar, manter e avaliar o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).
Acompanhar e colaborar com os hospitais na execução das ações de controle de infecção
hospitalar.

Composiçao da CCIH: Profissionais de nível superior na área de saúde - membros executores:


no mínimo 2 técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 leitos, os hospitais com
número de leitos igual ou inferior a 70 precisam ter no mínimo 1 médico e 1 enfermeiro nesta
comissão.

PCIH – Programa de Controle de Infecção Hospitalar:

Visa atender princípios éticos, bioéticos, de qualidade, segurança profissional, conformidade,


racionalização e pelas necessidades econômicas.
NORMA REGULAMENTADORA

Existem 37 normas regulamentadoras no Brasil, para os profissionais da saúde a NR32 é


considerada uma das mais importântes, pois trata especificamente da segurança e saúde no
trabalho em serviços de saúde.

Por meio da NR32 que os agentes biológicos são classificados em:

- Classe de risco 1: baixo risco para o trabalhador ou coletividade de causar algumas doenças.

- Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de
disseminação para a coletividade.

- Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com a probabilidade de


disseminação de doenças.

- Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e probabilidade elevada de


disseminação para a coletividade.

NR32 abrange:

Situações de exposições à riscos para a saúde do profissional:

*Riscos biológicos

*Riscos químicos

*Radiação Ionizante

RESÍDUOS DOS ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

A Resolução nº 283 do Conama definiu resíduos de serviços de saúde como:

a) aqueles provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-


assistencial humana ou animal;

b) De centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e


saúde;

c) Medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados;

d) De necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal;

e) De barreiras sanitárias.

Gerenciamento Interno
Segregação: Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo
com as características físicas, químicas, biológicas, ou seu estado físico e os riscos envolvidos.

Acondicionamento: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou


recipientes que evitem vazamentos ou rupturas.

Identificação: Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos


contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações aos correto manejo dos RSS.

- Grupo A – resíduos com presença de agentes biológicos

- Grupo B – resíduos químicos

- Grupo C – resíduos radioativos

- Grupo D – resíduos domiciliares

- Grupo E – resíduos perfurocortantes.

Gerenciamento Externo

- Armazenamento Externo: Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da


etapa de coleta externa.

-Coleta e transporte externo: Consiste na acondicionamento dos recipientes de resíduos até a


realização da coleta e transporte externo.

Disposição Final dos resíduos:

- Aterro sanitário - Aterro de resíduos perigosos

- Lixão ou vazadouro - Aterro controlado


- Vala séptica

Descarte no saco de lixo PRETO (RDC 306)

Sobras de alimentos e frutas

Papel engordurado

Papel toalha

Panos usados

Fraldas descartáveis

Descarte no saco de lixo VERDE (RDC 306)

Embalagens de papel, plástico e alumínio vazias

Copos descartáveis

Folhas/papéis

Latas de alumínio

Embalagens pet

Descarte no saco de lixo BRANCA (RDC 306)

Curativo e gaze com sangue ou fluídos corpóreos

Luvas de procedimento

Bolsa transfusional vazia

Kits e bolsas dializadoras

ETAPAS DE DESCARTE

SEGREGAÇÃO, ACONDICINAMENTO, IDENTIFICAÇÃO

Área crítica: Ex: área de isolamento de pacientes, salas de cirurgia, salas de parto, unidade de
quimioterapia, Unidade de Terapia Intensiva.

Semicrítica: Ex: enfermaria, ambulatório, consultórios médicos, etc.

Área não-crítica: Ex: áreas administrativas, salas de reunião, auditório, banheiro/vestiário dos
funcionários.

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