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CONTROLE

DE INFECÇÕES

Prof. Marlon Amorim


(Biomédico)
Infecções Hospitalares:
O que são?
 Definidas como aquelas adquiridas após a admissão do paciente ao
hospital, que se manifestam durante a internação ou após a alta. E
podem ser relacionadas com a internação ou procedimentos
hospitalares.
Dados Estatísticos:
 A infecções hospitalares atingem o mundo todo e representam
uma das maiores causas de morte em pacientes hospitalizados.

 No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a taxa média de


infecções hospitalares é de cerca 15%, ao passo que nos EUA e na
Europa é de 10%.

 Cabe lembrar, que o índice de infecção hospitalar varia


significativamente, pois está diretamente relacionado com o nível
de atendimento e complexidade de cada hospital.
(Infecções do Trato Urinário)
1° Grupo de Importância Médica
 O grupo de patógenos que se destaca nas infecções hospitalares
é o das BACTÉRIAS que constituem a flora humana e que
normalmente não trazem risco a indivíduos saudáveis devido sua
baixa virulência, mas que podem causar infecções em indivíduos
com estado clínico comprometido – denominadas assim de
bactérias oportunistas.
2° Grupo de Importância Médica
 O segundo grupo de importância médica nas infecções
hospitalares são os FUNGOS, sendo o Candida albicans e o
Aspergillus os patógenos mais freqüentes. Os fungos são
responsáveis por aproximadamente 8% das infecções hospitalares.
3° Grupo de Importância Médica
 O segundo grupo de importância médica nas infecções
hospitalares são os VÍRUS. Dentre as viroses, o vírus da hepatite B
e C, enteroviroses e viroses associadas com pneumonia hospitalar
são comumente registrados. As viroses representam por volta de
5% das infecções.
Principais Sítios de Infecção:
Geralmente os sítios de infecção hospitalar,
mais frequentemente, atingidos são:

 Trato urinário.
 Feridas cirúrgicas.
 Trato respiratório.
Ambiente Contaminado:
 O ambiente hospitalar é inevitavelmente um grande reservatório
de patógenos virulentos e oportunistas, de modo que as infecções
hospitalares podem ser adquiridas não apenas por pacientes, que
apresentam maior susceptibilidade, mas também, embora menos
freqüentemente, por visitantes e funcionários do próprio hospital.
Meios de Transmissão:
Via endógena:
 A própria flora do paciente.

Via exógena:
 Mãos.
 Secreção salivar.
 Fluidos corpóreos.
 Ar.
 Materiais contaminados.
 Equipamentos e instrumentos utilizados em procedimentos médicos.

Obs.: Muitos destes procedimentos são invasivos, isto é, penetram as barreiras de


proteção do corpo humano, de modo a elevar o risco de infecção.’
Fatores de Risco:
 Status imunológico.
 Idade (recém-nascidos e idosos são mais vulneráveis).
 Uso abusivo de antibióticos.
 Procedimentos médicos, em particular, os invasivos.
 Imunossupressão.
 Falhas nos procedimentos de controle de infecção.
Prevenção de Infecções:
 TODOS os profissionais que atuam diretamente na assistência ao
paciente, devem seguir as recomendações básicas para a
prevenção e o controle de infecções.
Lavagem Correta das Mãos:
Uso dos EPI’s:
Manter Cabelos Presos ou Curtos:
Outras Formas de Prevenção:
Não fazer uso de joias ou qualquer outro adorno.
Manter as unhas limpas, curtas e sem esmalte.
Não se alimentar no posto de serviço.
 Não usar chinelos e sandálias, apenas sapato fechado.
Avisar aos superiores se estiver resfriado, com diarreia e com
feridas abertas.
Não transitar pelo local de serviço com alimentos (cafés, pacotes
de bolacha, chás, pães, etc.)
C.C.I.H. – Histórico:
 Uma das primeiras medidas de controle dessas infecções foi a
criação de Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), em
1958, sob a recomendação da American Hospital Association.
 OBJETIVO: Prover os hospitais americanos de um sistema que lhes
permitisse apurar as causas das infecções neles adquiridas e dotá-los de
instrumentos necessários contra possíveis ações legais movidas pela clientela.

 No Brasil, a preocupação com o controle de infecções hospitalares


surge na década de 60 através de publicações dos primeiros relatos
sobre o tema.
 A primeira iniciativa para criação de uma CCIH, no Brasil,
data de 1963, no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto
Alegre-RS.

 A criação de comissões multidisciplinares, vinculadas a


hospitais universitários, surgiram a partir da década de 70.
 Em 1997, foi publicada, no Diário Oficial da União, a Lei nº
9431/97, que em seu artigo 1º fala da obrigatoriedade dos
hospitais manterem um Programa de Infecções Hospitalares
(PCIH) e no artigo 2º preconiza a criação de Comissão de
Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) para execução deste
controle.

 Essa legislação determina que a CCIH é responsável pela


implementação da política de prevenção e controle de agravos
infecciosos à saúde de pacientes e profissionais no ambiente
hospitalar.
Quem constitui a C.C.I.H.?
 Enfermeiro;
Técnico em Radiologia;
 Biomédico;
 Técnico de Enfermagem;
Técnico em Análises Clínicas
 Técnicos em Atividades Administrativas.
OBJETIVOS DA C.C.I.H.:
 Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios
de diagnósticos previamente estabelecidos.

 Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas


no serviço e definir se a ocorrência destes episódios de
infecção está dentro de parâmetros aceitáveis.

 Elaborar normas de padronização para que os procedimentos


realizados na instituição sigam uma técnica asséptica.

 Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde


no que se refere à prevenção e controle das infecções
hospitalares.
OBJETIVOS DA C.C.I.H.:
 Recomendar as medidas de isolamento de doenças
transmissíveis, quando se trata de pacientes hospitalizados.

 Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a


aquisição correta de materiais e equipamentos e para o
planejamento adequado da área física das unidades de saúde.
 É preciso haver uma interação maior do setor de CCIH
com os demais setores do hospital, para que haja
melhor desenvolvimento das atividades e uma assistência de
qualidade oferecida aos pacientes.

 É necessário um entendimento do que significa infecção


hospitalar por parte dos profissionais que estão diretamente
desempenhando suas funções assistenciais, pois um controle
de infecção hospitalar eficiente gera:
 Redução nos gastos hospitalares em decorrência da redução do tempo de
internação hospitalar e retorno dos clientes à instituição em virtude de um
processo infeccioso.
Definição

Mapas de risco:
Medidas
Riscos Nível do Risco de
proteção

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