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CCIH - Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

Introdução:
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) desempenha um papel
fundamental na promoção da segurança do paciente e na prevenção de
infecções nosocomiais em instituições de saúde. Esta apostila destina-se a
fornecer uma visão abrangente sobre o que é a CCIH, seu objetivo, estrutura,
responsabilidades e importância na gestão hospitalar.
1. O que é a CCIH?
A CCIH é uma comissão multidisciplinar composta por profissionais de saúde
responsáveis por coordenar e implementar medidas de prevenção, controle e
monitoramento de infecções hospitalares.
2. Objetivo da CCIH:
O principal objetivo da CCIH é reduzir a incidência de infecções associadas à
assistência à saúde (IAAS) e promover um ambiente seguro para pacientes,
visitantes e profissionais de saúde.
3. Estrutura da CCIH:
A CCIH geralmente é composta por profissionais de diferentes áreas da saúde,
incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos, microbiologistas e outros
especialistas.
Pode haver um coordenador designado responsável por liderar as atividades
da CCIH e garantir a implementação eficaz das medidas de controle de
infecções.
4. Funções da CCIH:
1. Vigilância Epidemiológica: Monitoramento de dados sobre infecções
hospitalares.
2. Educação Continuada: Capacitação de profissionais de saúde sobre
medidas de prevenção.
3. Controle de Infecções: Implementação de protocolos e medidas para
reduzir infecções.
4. Investigação de Surto: Ação rápida em caso de surtos de infecções
hospitalares.
5. Auditoria e Feedback: Verificação da adesão às práticas de prevenção
e fornecimento de feedback.
5. Medidas de Prevenção:
1. Higienização das Mãos: Fundamental para evitar a transmissão de
micro-organismos.
2. Uso Adequado de EPIs: Equipamentos de Proteção Individual devem
ser utilizados conforme orientação.
3. Antibioticoterapia Adequada: Uso racional de antibióticos para evitar
resistência bacteriana.
4. Limpeza e Desinfecção: Manter ambientes e equipamentos sempre
limpos e desinfetados.
6. Importância da CCIH:
 Redução de infecções hospitalares.
 Melhoria na segurança do paciente.
 Redução de custos hospitalares com tratamento de infecções.
 Melhoria na qualidade dos serviços de saúde.
Conclusão:
A atuação da CCIH é essencial para garantir a segurança e a qualidade dos
serviços de saúde, contribuindo para a prevenção de infecções. O trabalho em
equipe e a dedicação dos profissionais são fundamentais para o sucesso das
ações da CCIH.

Casos reais de infecções hospitalares que destacam a importância do


cumprimento das medidas de prevenção e o papel dos profissionais de
saúde na promoção de um ambiente seguro:
1. Surto de MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina):
 Um hospital enfrentou um surto de infecções por MRSA em sua
unidade de terapia intensiva. Investigação revelou que a
transmissão ocorreu principalmente devido à falta de higiene das
mãos por parte dos profissionais de saúde. Isso destacou a
importância da lavagem das mãos frequente e correta, bem como
do uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs)
para prevenir a disseminação de infecções nosocomiais.
2. Infecção por Clostridium difficile (CDI):
 Em uma enfermaria de um hospital, ocorreu um aumento
repentino de casos de infecção por Clostridium difficile entre os
pacientes. A investigação revelou que a má limpeza e
desinfecção de equipamentos e superfícies, juntamente com a
prescrição indiscriminada de antibióticos, contribuíram para a
disseminação da bactéria. Este caso destacou a importância da
limpeza rigorosa e da prescrição responsável de antibióticos para
prevenir a propagação de infecções hospitalares.
3. Infecção por Acinetobacter baumannii multirresistente:
 Um hospital relatou vários casos de infecção por Acinetobacter
baumannii multirresistente em sua unidade de queimados. A
investigação revelou que a contaminação ocorreu devido à má
prática de limpeza e desinfecção de equipamentos e superfícies,
bem como à falta de protocolos adequados para o isolamento de
pacientes infectados. Isso ressaltou a importância da
implementação de medidas de controle de infecção rigorosas,
incluindo a limpeza e desinfecção adequadas e o isolamento
eficaz de pacientes infectados.
4. Surtos de infecções respiratórias nosocomiais:
 Durante a temporada de gripe, vários hospitais relataram surtos
de infecções respiratórias nosocomiais em suas unidades de
internação. A investigação revelou que a falta de adesão às
práticas de higiene respiratória, como a etiqueta da tosse e o uso
de máscaras cirúrgicas, contribuiu para a disseminação do vírus
entre os pacientes e profissionais de saúde. Isso destacou a
importância do cumprimento das medidas de prevenção, como a
higiene das mãos e a prática de etiqueta respiratória, para
controlar a propagação de infecções respiratórias nosocomiais.
Esses casos reais demonstram como o cumprimento das medidas de
prevenção, incluindo a higiene das mãos, a limpeza e desinfecção adequadas,
o uso de EPIs e a prescrição responsável de antibióticos, é crucial para
prevenir infecções hospitalares e garantir um ambiente seguro para pacientes e
profissionais de saúde. Cada profissional de saúde desempenha um papel
fundamental na promoção da segurança do paciente, seguindo rigorosamente
os protocolos de controle de infecção e trabalhando em conjunto para
minimizar os riscos de infecções nosocomiais.

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