Você está na página 1de 25

Infecção hospitalar e

Procedimentos invasivos nos


diferentes sectores do hospital
.
Introdução

O controle e a prevenção de infecção hospitalar (IH) constituem grande


preocupação da equipe de saúde, em especial da equipe de
enfermagem que, além de prestar assistência direta e de forma
contínua ao paciente, é ainda responsável pelos processos de
desinfecção e esterilização de materiais, tendo como uma de suas
funções promover um ambiente seguro.
Para se ter uma assistência de enfermagem segura e de qualidade, faz-
se necessário o conhecimento detalhado dos mecanismos de
transmissão de infecção e dos principais elementos envolvidos nesse
processo.
lnfecção Hospitalar
Infecção
É a penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infecioso, o qual
pode ser, por exemplo, vírus, bactérias, protozoários ou fungos.
“Segundo o Ministério da Saúde, a infecção hospitalar é definida como aquela
adquirida após a internação do paciente e se manifesta durante a internação ou
mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou
procedimentos hospitalares” (Brasil, 1998).
Segundo Pereira (2005) “A grande maioria das infecções hospitalares é causada por
um desequilíbrio da relação existente entre a microbiota humana normal e os
mecanismos de defesa do hospedeiro. Isso pode ocorrer devido à própria patologia
de base do paciente, procedimentos invasivos e alterações da população
microbiana, geralmente induzida pelo uso de antibióticos”
Fatores que interferem na defesa do
organismo humano
Antecedentes pessoais: Indivíduos com diabetes, hipertensão arterial, neoplasias,
cardiopatias, asma, fumadores.
Idade: Os indivíduos com uma determinada idade encontram-se mais predispostos.
Nomeadamente as crianças que não adquiriram a totalidade das suas defesas e os idosos
devido a uma diminuição destas mesmas defesas.
Condições ambientais e nutricionais: Um estado de subnutrição acarreta um estado
imunitário deficiente, diminuindo a capacidade de resposta à infecção, assim como um
ambiente propício ao desenvolvimento de agentes patogênicos.
Traumatismos e medicação: Qualquer ferida se torna uma porta de entrada para os
microorganismos, certos medicamentos provocam uma resistência por parte das bactérias
e diminuição da produção de anticorpos. Assim como certas intervenções por parte dos
profissionais de saúde, mesmo necessárias, como feridas cirúrgicas, biopsias e
cateterismos.
Infecções hospitalares mais frequentes
Infecções respiratórias
As suas causas são a flora nosocomial e a flora patogénica do doente. A
principal incidência é nos doentes com faixa etária compreendida entre
os 53 e os 64 anos de idade. São agravadas pelo estado físico, mobilidade
do doente, idade avançada. Muitos destes casos resultam em morte.
Infecções por cateter (flebite)
Consideram atos invasivos todos os procedimentos que rompem a
barreira natural de proteção (pele), no entanto podem ser minimizados
com um correto procedimento. Podem aparecer devido à flebite,
infecção relacionada e obstrução do cateter.
Cont.
Infecção urinária
A propagação de microorganismos deve-se em grande parte a uma técnica de
assepsia incorreta, utilização indiscriminado e abusivo do cateterismo, trauma
durante e após o processo entre outros. A utilização de gel urológico permite
um melhor cateterismo auxilia na prevenção destes traumas diminuindo o
risco de infecções.
Infecção da sutura
Podem ocorrer devido a utilização de produtos químicos para assepsia da pele
e má técnica de sutura e realização do curativo. Podem ser agravadas por pela
existência anterior de cirurgias e pelos fatores anteriormente descrito.
Medidas de biossegurança
A análise das medidas de biossegurança pressupõe uma apreciação quanto aos princípios
fundamentais para o manuseio de materiais e equipamentos dentro do ambiente hospitalar,
incluindo diversos aspectos que podem minimizar o risco dos profissionais de saúde
acidentarem-se ao exercerem suas atividades laborais. Para isso, é primordial que tenham
máxima atenção durante o desempenho de seu exercício profissional como, por exemplo,
não usando os próprios dedos como anteparo, bem como não realizando o reencapamento
ou retirada de seringas com as próprias mãos
Mesmo com o uso de material estéril, este precisa ser descartado em recipientes próprios
com resistência elevada à perfuração e com fechamento adequado, pois esta é uma das
principais formas de prevenir a infecção dos profissionais, além da propagação da doença
dentro do ambiente hospitalar, o descarte é uma etapa fundamental enquanto medida
preventiva. Outra medida elementar é que esses recipientes somente podem ter 2/3 de sua
capacidade total utilizada, a fim de evitar possíveis vazamentos e a consequente
contaminação do ar ou das pessoas que manipularem esses invólucros
Cont.
Mas, quando o acidente não puder ser evitado, o profissional de saúde deve
adotar medidas que objetivem a redução do risco de infecção,
procedimentos simples, como a lavagem exaustiva da área externa com água
e sabão, bem como o uso de soluções antissépticasdegermantes, a realização
de exames que detectem possíveis problemas ou doenças que possam ser
desenvolvidas, a ingestão da medicação adequada a cada caso, a vacinação
se for esta a recomendação ou tomar a atitude necessária a cada caso. Em
caso de exposição de mucosas, é preciso que o local seja lavado com água ou
com solução fisiológica. No entanto, precisa ser evitada a exposição da área
afetada a outros possíveis danos, pois assim o risco do ataque de outras
possíveis infecções hospitalares é reduzido, praticamente eliminado
Causas das infecções hospitalares
O que causa as infecções hospitalares são bactérias, fungos vírus e
protozoários. Esses microrganismos podem estar presentes no
ambiente hospitalar ou no próprio organismo do paciente.

Segundo o ministério da saúde, é a penetração e desenvolvimento ou


multiplicação de um agente infeccioso no organismo do homem ou
outro animal. Quando o infecção gera sinais e sintomas, temos um caso
de doença infeciosa.
Cont.
As principais causas de infecção hospitalar são:
• Falta de higienização das mãos
• Uso de medicamentos
• Pouca disponibilidade de funcionários
• Estrutura hospitalar deficiente ou mal planejada
• Regras para visitas
• Noemas de limpeza.
Vias de transmissão
• De pessoa-a-pessoa vai mãos dos profissionais de saúde e dos
visitantes dos pacientes;
• Equipamento pessoal (estetoscópios, aparelhos digitais pessoas, e
roupas);
• Transmissão por via aérea;
• Contaminação ambiental;
• Contaminação de equipamentos (cateteres);
• Funcionários do hospital portadores de infecção.
Prevenção de infecção hospitalar
Lavar as mãos com frequência
A rotina em um hospital envolve o contato com superfícies, produtos, secreções e
demais componentes que podem apresentar contaminação. Por esse motivo, é
muito importante higienizar as mãos com frequência, já que essa prática diminui de
maneira considerável os níveis de doenças infectocontagiosas e demais problemas.
É importante ter em mente que as mãos são bastante usadas pelos profissionais da
saúde durante o atendimento. Sendo assim, a qualidade do serviço e a segurança
dos funcionários e dos pacientes dependem da sua assepsia constante. Nesse caso,
é possível usar sabonete degermante, álcool 70% ou outra substância capaz de
evitar a contaminação por germes, bactérias e demais microrganismos. Além disso,
é preciso calçar as luvas com cuidado para assegurar o máximo de proteção.
Usar equipamento de proteção de
individual adequados
O ambiente hospitalar envolve vários riscos, principalmente os
biológicos, provocados pelo contato com fungos, bactérias e demais
agentes capazes de provocar infecção. O dia a dia também envolve
riscos ocasionados pela manipulação de produtos químicos, fluídos
corporais e contato com pessoas infectadas.
Sendo assim, no momento de prestar os cuidados aos pacientes e fazer
demais funções, é imprescindível o uso de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI). Entre os mais usados em uma unidade hospitalar
estão:
Cont.
Máscaras: usar quando entrar em contato com os pacientes, para diversos tipos de
procedimentos. Devem ser descartadas depois do uso;
Luvas: devem ser usadas em procedimentos gerais e também precisam ser
descartadas;
Óculos de proteção: devem ser usados com a finalidade de proteger os olhos dos
funcionários contra secreções ao longo dos procedimentos. Devem ser higienizados e
esterilizados após o uso;
Aventais: o uso de vestimentas apropriadas assegura o colaborador de respingos e
substâncias contaminantes. Precisam ser descartadas ou higienizadas depois do uso;
Toucas: entre as suas principais finalidades está a de proteger contra agentes
contaminantes e evitar que cabelos caiam durante a execução de procedimentos.
Também devem ser descartadas.
Esterilizar os Materiais a Cada Uso
Bem como a lavagem das mãos é uma prática fundamental, a
esterilização dos materiais também deve ser feita. Isso porque não
adianta nada limpar bem as mãos e descuidar dos materiais que serão
usados ao longo dos procedimentos, independentemente de quais
sejam.
Geralmente, todas as unidades de saúde precisam ter um Centro de
Materiais e Esterilização (CME), que é um setor responsável por elevar a
prevenção de infecção hospitalar ao praticar técnicas de esterilização,
criando uma atuação alinhada com a equipe de enfermagem. Nesse
caso, o intuito é desinfetar os equipamentos não descartáveis de
bactérias, vírus e fungos.
Cont.
Entre as fases desse processo estão:
Encaminhamento ao expurgo: área criada para receber o material sujo;
Preparação dos equipamentos: etapa responsável por identificar,
inspecionar, selecionar e embalar para a próxima fase;
Esterilização: esse é o momento de limpar os materiais por meio do uso
de meios químicos ou físicos, respeitando o período e as classes de
agressividade de cada um;
Distribuição dos equipamentos: após serem adequadamente
higienizados, os itens devem ser enviados para os departamentos onde
serão usados.
Usar Materiais Descartáveis Durante os
Cuidados
Os materiais descartáveis reduzem de forma considerável os riscos de
contaminação hospitalar. Além disso, ajudam na proteção dos
funcionários e reduzem a disseminação de vários patógenos. Entre os
itens descartáveis mais comuns nos hospitais estão: luvas, toucas,
seringas, agulhas, gaze, máscaras, entre outros.
Além de usar itens descartáveis, é preciso estar atento à destinação
adequada após seu uso. Por esse motivo, separe materiais perfurantes
cortantes, contaminantes e demais resíduos hospitalares do lixo
comum para uma adequada destinação.
Manter precauções de contato
Da mesma forma que as medidas primárias são essenciais, manter as precauções
de contato é outro cuidado eficaz para assegurar a mitigação de infecções
hospitalares. Assim, a medida deve ser aplicada a todos os pacientes, tanto os
acomodados nos quartos quanto em isolamento.
Sendo assim, é preciso usar luvas, máscaras, aventais e vestimentas próprias.
Ainda, evitar o compartilhamento de materiais e se prevenir contra a transmissão
por gotículas expelidas pela tosse, fala, respiração, entre outros que podem
acontecer por meio de um contato mais próximo com o paciente. Nos casos mais
graves, usar máscaras PFF2, que é uma peça facial filtrante.
Em situações nas quais o paciente precisa ficar isolado, ele deve ser mantido em
quarto privado, que tenha um sistema de ventilação apropriado e, também,
manter a porta sempre fechada e usar máscaras e luvas ao entrar no local.
Respeitar os protocolos de limpeza local
Cada unidade de saúde tem um protocolo de limpeza adequado, criado
com o objetivo de proporcionar segurança aos pacientes e à equipe.
Nos dias atuais, todo colaborador ativo precisa respeitar os padrões
técnicos e éticos, como forma de assegurar que a prevenção de
infecção hospitalar alcance os resultados esperados.
Por isso, é necessário se atentar às normas de higienização, padrões de
condutas no ambiente laboral e às orientações dos gestores do
departamento. Assim, é possível manter um trabalho de qualidade e
seguro.
Controle de infeções hospitalares.
Controle e a prevenção de infecção hospitalar (IH) constituem grande
preocupação da equipe de saúde, em especial da equipe de enfermagem que,
além de prestar assistência direta e de forma contínua ao paciente, é ainda
responsável pelos processos de desinfecção e esterilização de materiais,
tendo como uma de suas funções promover um ambiente seguro. Para se ter
uma assistência de enfermagem segura e de qualidade, faz-se necessário o
conhecimento detalhado dos mecanismos de transmissão de infecção e dos
principais elementos envolvidos nesse processo. A infecção hospitalar é
definida pelo Ministério da Saúde como: qualquer infecção adquirida após
admissão do paciente no hospital e que se manifeste durante a internação ou
após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou com os
procedimentos hospitalares.
Métodos de controle de infecção hospitalar
• Utilize equipamentos de proteção.
• Use materiais descartáveis nos procedimentos.
• Realize a higienização das mãos com frequência.
• Mantenha o jaleco sempre limpo.
• Esterilize os equipamentos antes de utilizar.
• Estabeleça medidas de higiene para o hospital.
Medidas de controle de infecção
Entre as ações de prevenção e controle, destacam-se a higienização das mãos,
a elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a
aplicação de medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de
antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies.
Procedimentos invasivos em diferentes sectores do hospital
Os procedimentos invasivos são aqueles que promovem uma invasão ao
organismo através de instrumentos cirúrgicos. Além disso, os procedimentos e
as cirurgias invasivas têm longa duração, são mais agressivos e envolvem
anestesia.
Os procedimentos invasivos fazem jus significado no universo da cirurgia
plástica: invasão do organismo por meio de instrumentos cirúrgicos.
Cont.
Os procedimentos invasivos cirúrgicos que atingem órgãos internos mais
procurados são:
• Cesarianas; (enfermeiros e médicos)
• Colecistectomia; (médicos)
• Cirurgia bariátrica de redução de estômago; (médicos)
• Cirurgia de laqueadura; (médicos)
• Vasectomia; (médicos)
• Reconstrução facial; (dentistas)
• Reconstrução de mama; (médicos)
Cont.
Atualmente, os procedimentos minimamente invasivos mais demandados pela população são:
• Vacinação; (todos os profissionais da saúde)
• Aplicação de soro; (enfermeiros)
• Aplicação de insulina; (o próprio paciente leigo em saúde)
• Injeções medicamentosas; (enfermeiros, dentistas, farmacêuticos e médicos)
• Coleta de sangue; (biomédicos)
• Transfusão de sangue; (biomédicos)
• Acupuntura; (todos os profissionais da saúde)
• Aplicação de toxina botulínica; (biomédicos, dentistas, enfermeiros, farmacêuticos e médicos)
• Preenchimento com ácido hialurônico; (biomédicos, dentistas, enfermeiros, farmacêuticos e médicos)
• Tatuagens; (tatuadores não profissionais da saúde)
• Maquiagens definitivas; (maquiadores não profissionais da saúde)
• Podologia (podólogos);
Conclusão
O presente trabalho da cadeira de Resíduos hospitalares concluímos que as principais
causas de infecção hospitalar são: falta de higienização das mãos, uso de
medicamentos, pouca disponibilidade de funcionários, estrutura hospitalar deficiente
ou mal planejada, regras para visitas, noemas de limpeza.
As medidas de prevenção de infecções hospitalares são:
• Lavar as mãos com frequência
• Usar equipamento de proteção de individual adequados
• Esterilizar os Materiais a Cada Uso
• Usar Materiais Descartáveis Durante os Cuidados
• Manter precauções de contato
• Respeitar os protocolos de limpeza local

Você também pode gostar