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meio bucal
De acordo com o ministério da saúde a taxa de Porta de entrada: Se tem porta de saída tem a porta
infecções hospitalar atinge 14% das internações no por onde o microrganismo entra, que pode ser a boca,
Brasil. No mundo, cerca de 234 milhões de pacientes respiração, etc.
passam por um procedimento cirúrgico por ano,
Hospedeiro susceptível: São os pacientes. Pessoas
segundo a organização mundial de saúde (OMS).
imunocomprometidas, idosos, crianças, pessoas com
Isso representa mais de 45 mil mortes de brasileiros baixa imunidade
por ano, devido a infecção hospitalar
• Os fatores a seguir contribuem para infecções:
Biossegurança em ambiente hospitalar - Defesas do paciente diminuídas: Os pacientes nos
Existe uma cadeia epidemiológica de transmissão de hospitais não são imunocopetentes, ou seja, por algum
microrganismos nos hospitais e essa cadeia busca motivo estão com a imunidade baixa (por causa de uma
explicar porque que acontece a infecção hospitalar e cirurgia, por causa de remédios fortes...)
porque o hospital, que deveria ser o lugar mais limpo - Objetos, flores e alimentos levados pelos
do mundo, acaba predispondo a mais riscos acompanhantes para os quartos/enfermarias: Pode
levar agentes infecciosos para o ambiente hospitalar
Porta de saída: É por onde os microrganismos saem, - Limitar o número de pessoas no quarto do paciente
exemplo: Via oral, saliva, sangue, através de uma mão
• Precauções padrões
não lavada, um local que não foi limpo
- Suporte administrativo: Previsão de recursos
Modo de transmissão: Direto (através do contato
financeiros, humanos e de infraestrutura que
direto. Exemplo: Saliva, ar, sangue) ou indireto (a
possibilitem assistências seguras, com
pessoa toca em uma maçaneta infectada, toca em uma
monitoramento/feedback da adesão, avaliação e
pessoa e não lava as mãos antes de tocar em outra)
correção de falhas que contribuam para a transmissão cefaleia, mal-estar, mialgia, náuseas, além de
de microrganismos coagulação de dialisador e/ou complicações a longo
prazo, como caquexia e amiloidose, contribuindo para
- Politicas e procedimentos: Descrição clara sobre
subdiálise. Por esse motivo, nesses casos, tem sido
como aplicar na prática as medidas das Precauções
usado o sistema de osmose reversa. O princípio da
Padrões, que devem estar acessíveis a todos
osmose reversa emprega a utilização de membranas
- Educação: Adesão às politicas e aos procedimentos de para separação da água, possibilitando que partículas
práticas seguras de todos profissionais, pacientes, fiquem retidas, tornando mais seguro o tratamento de
familiares e visitantes pacientes renais crônicos
O espaço físico é uma barreira de proteção. Um Ou seja, se sabemos o problema e sabemos como
hospital biosseguro que tem um projeto prevenir é implantado um plano de biossegurança
arquitetônico dentro das normas também minimizando assim os riscos.
promove saúde para as pessoas que estão ali.
• EPI x EPC
• Água e microrganismos
Vias de alimentação:
- Via oral
A pessoa come normal
- Nutrição enteral
A pessoa é alimentada através das sondas ou
ostomia e o alimento passara pelo sistema
digestório
- Nutrição paraenteral
A nutrição é feia via intravenosa
- EPI
- Água destilada
- Lesões de mucosas
- Edemas
- Linfonodos
• Passo a passo:
- Posicionar o paciente mantendo a cabeceira elevada - Passo 3: Lubrificar a região peribucal e a parte externa
(entre 30 e 45°), a menos que no prontuário conste que dos lábios, com lubrificante extrabucal.
seja contraindicação
Após abordar a região peribucal: Os instrumentos
- Verificar a pressão do balonete (CUFF) necessários são as bonecas (Gaze estéril montada em
espátula abaixadora de língua, de forma “acolchoada”,
OBS.: Independente do seu nível de consciência, envolvendo completamente a ponta e o corpo de ação
explicar ao paciente e ao acompanhante (quando da espátula para evitar lesões em tecidos moles) e
presente) o procedimento de higiene bucal a ser clorexidina 0,12%
realizado
- Passo 4: Remover as sujidades das estruturas
- Realizar o exame clínico e averiguar: intrabucais. Aplicar gaze seca e/ou umedecida em água
- Alterações salivares destilada estéril ou filtrada, a depender das condições
pré-existentes de lubrificação da mucosa, com
- Mobilidade dental movimento póstero-anterior (de trás para a frente) e
de cima para baixo, sem empregar força manual. - Materiais necessários:
Realizar este passo em todas as estruturas moles e
- Escova de dentes (preferencialmente
duras presentes na boca (mucosa jugal, parte interna
descartáveis e com cerdas macias)
dos lábios, gengiva, palato, dorso da língua, dentes,
próteses fixas e tubo orotraqueal (TOT)). Se houver - Gaze
sujidades fortemente aderidas ao dorso lingual, utilizar
o lubrificante intrabucal para amolecer e facilitar a sua - Copo / recipiente descartável
soltura. Realizar este passo da arcada superior para a - Degermante de clorexidina 4%
inferior.
- Solução aquosa de digluconato de clorexidina
- Passo 5: Reduzir a carga microbiana bucal por meio da a 2%
aplicação de gaze estéril umedecida em solução
aquosa de clorexidina a 0,12% (sem excesso e sem - O momento ideal para essa higienização é após a
deixar sobrenadante em saliva) em todas as estruturas higiene perioral e antes da intrabucal
moles e duras presentes na boca (inclusive no tubo), - Remoção mecânica de sujidades com gaze estéril,
com movimentos póstero-anteriores, sem empregar escova de dentes descartável, embebida em água.
força manual. Realizar este passo da arcada superior Depois limpa com gaze estéril embebida em
para a inferior clorexidina a 4% e enxaguar
- Passo 6: Se necessário, lubrificar os tecidos Em caso de acondicionamento na UTI, as
intrabucais moles (mucosas da bochecha, parte interna próteses/protetores são removidos, limpos com
dos lábios, gengiva, palato, dorso e ventre da língua) clorexidina, embalados em gaze seca e em um
com saliva artificial ou água destilada. Aplicar sem invólucro, é guardado pela família.
excesso, sem friccionar e sem deixar sobrenadante na
salival, com movimentos póstero-anterior. Se não Obs.: Geralmente o paciente sofre emagrecimento
houver risco para o executante, o lubrificante pode ser durante o internamento e as próteses necessitam de
aplicado com as pontas dos dedos enluvadas. Realizar ajustes e reembasamentos para as funções
esse passo da arcada superior para a inferior. Para mastigatória, deglutição e fonação, sem causar lesões
lubrificação da região peribucal pode-se utilizar às estruturas bucais. As equipes devem estar
dexpantenol creme 5% ou lubrificante a base de água. devidamente treinadas para mantê-las devidamente
higienizados e adaptadas.
• Segurança
• Papeis da equipe multiprofissional
- Nas primeiras 24h da admissão, o paciente deverá
receber os cuidados necessários para a adequação do - Dentista: Avaliar as condições de saúde bucal do
meio bucal por um cirurgião dentista, visando à paciente, adequar a cavidade bucal para receber a
prevenção de bacteremias e infecções relacionadas à higiene padrão do hospital, orientar e treinar a equipe
assistência à saúde (IRAS), além de contribuir para uma para realizar a higiene oral padrão do hospital.
estratégia de excelência visando o cuidado integral do
- Enfermeiro: Avaliar as necessidades individuais dos
paciente crítico, dentre esses cuidados, destacam-se a
pacientes
remoção de focos de infecção, dentes com risco de
avulsão, de bordas cortantes, de fatores de retenção - Técnico de enfermagem: Executar a higiene bucal dos
de biofilme bucal, como cálculo dentário, aparelhos pacientes, sempre que possível antes da higiene
ortodônticos e próteses dentárias corporal. Documentar no prontuário e checar
prescrições da enfermagem.
• Higiene de próteses dentárias e protetores
bucais Em pacientes com dieta via oral, realizar a higiene 3
vezes por dia. Pacientes em ventilação mecânica,
As próteses dentárias que podem ser removidas para aplicar clorexidina 0,12% de 12/12 horas.
uma correta higienização pela equipe são as próteses
totais removíveis, PPR, sobre implante com encaixes e
a higiene das mesas devem ser fora da boca do
paciente e feita com uma escova de dente