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O QUE É BIOSSEGURANÇA?
Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e
dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do
homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos;
Tipos de Risco
Classe de risco 1 (baixo Inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças no
risco individual e para a homem ou nos animais adultos sadios, como: o Lactobacillus spp e o
comunidade) Bacillus subtilis.
Classe de risco 2 Inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos
(moderado risco individual animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação
e limitado risco para a no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas
comunidade) e profiláticas eficazes. Ex.: Schistosoma mansoni e vírus rubéola.
CONCEITOS
• ANTISSEPSIA: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou
removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos
antissépticos ou desinfetantes.
• Área Semicrítica: possui menor risco de infecção, são ocupadas por pacientes que não exigem
cuidados intensivos ou de isolamento. Ex.: Enfermarias, Apartamentos e Ambulatórios.
• Área não crítica: não ocupadas por pacientes e aquelas destinadas a exames de pacientes. Ex.:
Escritórios, Almoxarifado, Setor de Radiologia e Consultórios.
• Artigos semicríticos: entram em contato com a pele não íntegra, porém, restrito às camadas da
pele ou com mucosas íntegras são chamados de artigos semicríticos e requerem desinfecção de
médio ou de alto nível ou esterilização. Ex. cânula endotraqueal, equipamento respiratório,
espéculo vaginal, sonda nasogástrica, etc.
• Artigos não críticos: destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não entram em
contato direto com o paciente; requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível,
dependendo do uso a que se destinam ou do último uso realizado. Ex. termômetro, materiais
usados em banho de leito como bacias, cuba rim, estetoscópio, roupas de cama do paciente, etc.
- Possui formatos e dimensões variadas, devendo ter profundidade suficiente para que o
profissional de saúde lave as mãos sem encostá-las nas paredes laterais ou bordas da peça e
tampouco na torneira.
- Possui profundidade suficiente para permitir a lavagem do antebraço sem que o mesmo toque
no equipamento.
- Lavabos com uma única torneira devem ter dimensões mínimas iguais a 50 cm de largura, 100
cm de comprimento e 50 cm de profundidade.
LUVAS
As luvas devem ser utilizadas por 3 motivos:
• Proteção individual: sempre que houver a possibilidade de entrar em contato com sangue, fluidos
corpóreos, secreções e excreções, mucosas, pele não integra e qualquer item contaminado por parte
dos profissionais de saúde.
- Trocar de paciente
• LUVA DE PROCEDIMENTO: uso único; são para procedimentos não cirúrgicos em situações
clínicas, quando existe a possibilidade de contato direto ou indireto com sangue, secreções,
excreções e objetos sujos com fluidos corporais.
• LUVA DE TOQUE: uso único; utilizada para realizar toque vaginal em gestantes, para evitar a
contaminação do feto e assim o risco de morte do mesmo; para realizar aspiração endotraqueal.
SÃO ESTÉREIS.
AVENTAL OU CAPOTE
• Ele deve ser utilizado pelos profissionais de saúde para proteção individual nas situações em que
há risco de contaminação com sangue e líquidos corpóreos.
- Deve ser limpo. Não há necessidade de ser estéril quando utilizado apenas para precaução de
contato
- Deve ser trocado a cada 12 horas, na presença de sujidade ou se o mesmo estiver molhado –
contaminação
MÁSCARA CIRÚRGICA
Visa proteger contra risco de contaminação de mucosa oral e nasal por respingos de sangue e
fluidos corpóreos e contra a inalação de grandes partículas lançadas à distância de até 1 metro,
características das doenças infecciosas transmitidas por gotículas. Devem ser utilizadas seguindo as
seguintes recomendações:
• Uso individual
• Pode ser colocada dentro da unidade de internação do paciente a uma distância de 1 metro ou
mais
• Máscara com filtro N-95: capaz de filtrar partículas de tamanho menor ou igual 5 micras,
características das doenças infecciosas transmitidas por aerossol.
• Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores
estão, ou poderão estar, expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente.
• O empregador deve fazer o controle da eficácia da vacinação sempre que for recomendado pelo
Ministério da Saúde e seus órgãos.
• O empregador deve assegurar que os trabalhadores sejam informados das vantagens e dos efeitos
colaterais, assim como dos riscos a que estarão expostos por falta ou recusa de vacinação,
devendo, nestes casos, guardar documento comprobatório e mantê-lo disponível à inspeção do
trabalho.
• A vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do trabalhador, previsto na NR-07.
• Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica
(o uso de antisséptico não é contraindicado).
• Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes e
injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também
está contraindicada.
• Exposições em pele não-íntegra: por exemplo: contato com pele com dermatite, feridas abertas,
mordeduras humanas consideradas como exposição de risco, quando envolverem a presença de
sangue. Nesses casos, tanto o indivíduo que provocou a lesão, quanto aquele que foi lesado,
devem ser avaliados.
• HIV: sangue, líquido orgânico contendo sangue visível e líquidos orgânicos potencialmente
infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor e líquidos peritoneal, pleural, sinovial, pericárdico e
aminiótico).
- HIV: fezes, secreção nasal, saliva, escarro, suor, lágrima, urina e vômitos, exceto se tiver
sangue
Status sorológico:
• Caso a fonte seja conhecida, mas sem informação de seu status sorológico, é necessário orientar
o profissional acidentado sobre a importância da realização dos exames HBsAg, Anti-HBc , Anti-
HCV e Anti-HIV (exames de detecção viral não são recomendados para triagem).
- Indicação da PEP: deve ser iniciada o mais rápido possível, idealmente nas primeiras 2h após
o acidente. Recomenda-se que o prazo máximo, para início da PEP, seja de até 72h após o
acidente. Nos casos em que o atendimento ocorrer 72 horas depois da exposição, a PEP não é
mais indicada por não trazer benefícios
Os acidentados cuja fonte for HBs Ag positiva, Anti-HBc Total positiva ou desconhecida e
não estiverem imunizados para hepatite B, devem entrar em protocolo de seguimento
realizando HBs Ag, três e seis meses após o acidente.
Após obter-se uma dosagem de Anti-HBs Ag >10 UI/l não estão indicadas dosagens
posteriores.
REFÊNCIAS:
1. NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. Disponível em: URL: https://www.gov.br/trabalho-
e-emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/comissao-tripartite-
partitaria-permanente/normas-regulamentadora/normas-regulamentadoras-vigentes/norma-regulamentadora-no-
32-nr-32. Acesso em 08 dez, 2023.
2. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Exposição a Materiais Biológicos. Brasília: Ministério da
Saúde; 2006.
3. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós-exposição (PEP) de risco à
infecção pelo HIV, IST e Hepatites virais. 1ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2021.