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Semiologia/semiotécnica

Técnicas de Enfermagem
Referência no Grau de
dependência para os cuidados
A B C
Mínimo Médio Máximo

Independente Semi- Independência Dependência total

Alimentação Alimentação Dieta por cateteres


Higiene pessoal Higiene pessoal Banho
Eliminações fisiológicas Eliminações fisiológicas
Mobilidade Mobilidade c/ auxilio
Deambulação Deambulação c/ ajuda
Referência no Grau de
atendimento
Riscos Características
Alto Caracterizado por situações clínicas de emergência, com risco
iminente de morte que necessitam de atendimento imediato
independente da ordem de chegada e idade.
Médio MédioCaracterizado por situações clínicas de urgência que
necessitam de atendimento prioritário

Baixo Caracterizado por situações clínicas com alterações dos sinais


vitais, mas que não necessitam de atendimento urgente. A
prioridade depende da gravidade
Muito Baixo Caracterizado pela ausência de alterações nos sinais vitais.
Depende da ordem de chegada

Obs: O atendimento ao idoso pode ser considerado de alto risco.


PASSAGEM DE PLANTÃO

• Participantes: Enfermeiros; Técnicos e


Auxiliares de Enfermagem.
• Ocorre entre o final de um plantão e o
inicio de outro, é feita verbalmente no
posto de enfermagem ou beira leito, com
a finalidade de dar continuidade no
atendimento ao cliente/paciente.
CONTROLE DE INFECÇÃO

CONTROLE DE INFECÇÃO
a) Assepsia (para material): É o processo pelo qual se
consegue afastar os germes patogênicos de
determinado local ou objeto. (Ministério da Saúde).
Exemplo: Lavagem do material

b) Assepsia Cirúrgica: Consiste no processamento e no


manuseio do material, de modo a evitar o contato do
paciente com qualquer organismo vivo. O material
deverá ser esterilizado, ou seja, deverá haver a
destruição de todas as formas de microorganismos.
Exemplo: Abertura do material estéril
c) Assepsia Médica: Consiste na utilização de técnicas
que visam à redução de microorganismos patogênicos
e à diminuição dos riscos de transmissão de pessoa a
pessoa. Exemplo: Uso de luvas

d) Antissepsia (para pele): É um conjunto de meio para


impedir a multiplicação bacteriana em tecidos vivos.
Exemplo: Higienização da área cirúrgica antes do
procedimento.

e) Desinfecção ou Descontaminação: É o processo de


eliminação de formas vegetativas, existentes em
superfícies inanimadas/inertes, mediante a aplicação
de agentes químicos e/ou físicos.
Exemplo: Limpeza com álcool em bancadas.
f) Desinfestação: É o processo de destruição de
microorganismos vivos, existentes no ser humano, nos
animais ou no meio ambiente, mediante a aplicação
de agentes físicos e/ou químicos. Exemplo: Aplicação
de produto para eliminar pediculose.

g) Esterilização: É a destruição de todas as formas de


microorganismos por meio de agentes físico-químicos.
Exemplos: Autoclave (calor úmido); Estufa (calor
seco); Óxido de etileno (gás); Ácido peracético
(líquido).

h) Higienização: É todo processo de limpeza que visa


remover resíduos e reduzir microorganismos a níveis
recomendados pelos códigos sanitários. Exemplo:
Banho.
i) Infecção: É a invasão e multiplicação microbiana nos tecidos e
órgãos de um hospedeiro, levando a uma inflamação. Exemplo:
Herpes labial

J) Inflamação: resposta do tecido vascularizado a uma agressão


local causando dor rubor e calor. Exemplo: Ferida.

k) Precauções Universais ou Padrões:


Trata-se de um conjunto de medidas que devem ser utilizadas no
atendimento de todos os pacientes hospitalizados, independente
do seu diagnóstico ou estado infeccioso e a manipulação de
equipamentos e artigos contaminados ou se houver possibilidade
de respingos e contaminação. Exemplo: Uso de Equipamentos
de Proteção Individual (máscara, óculos, luvas, avental, touca,
botas e capacete).
• Texto PDF ANVISA
DISPOSITIVOS E MATERIAIS =
PERIODICIDADE DE TROCA
(somente para leitura)
a) Equipos gotas ou microgotas = a cada 72 horas

b) Equipo de sangue ou hemoderivados = a cada 24 horas ou a cada


troca de frasco

c) Equipo de infusão contínua = a cada 24 horas

d) Equipo de dietas = a cada 24 horas

e) Seringas para preparo de medicação = a cada


medicação preparada

f) Seringa para bomba de infusão = a cada 24 horas


g) Buretas = a cada 24 horas

h) Dânulas ou polifix = a cada 72 horas

i) Cateter nasogástrico/nasoenteral = trocar em caso de obstrução ou


deslocamento

j) Cateter vesical e sistema = trocar em caso de obstrução ou grande


quantidade de sedimentos

k) Cateter de duplo, triplo ou intracath = na presença de sinais


flogísticos

l) Cateter umbilical venoso = remover no máximo em 14 dias

m) Cateter umbilical arterial = remover no máximo em 5 dias

n) Cateter tipo flebotomia = remover no máximo até 5 dias


o) Cateter vascular periférico = a cada 72 horas

p) Sonda de aspiração = descartável, a cada


procedimento

q) Máscaras e inaladores = a cada 24 horas

r) Umidificador e nebulizador = a cada 24 horas


com água e a cada 7 dias quando seco
TÉCNICAS BÁSICAS

Conjunto de procedimentos que tem o


objetivo de obter um determinado
resultado, as técnicas existem para que
seja realizado de forma mais correta o
atendimento ao cliente/paciente e
familiares, oferecendo uma maior
segurança aos profissionais da área da
saúde.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

História

Foi o médico Húngaro Ignaz Philip Semmelweis que em


1846 comprovou a íntima relação da febre puerperal
com os cuidados médicos. Ele notou que os médicos
que iam diretamente da sala de autópsia/necropsia para
a de obstetrícia tinham odor desagradável, pressupôs
que a febre puerperal fosse causada por “partículas
cadavéricas”, por volta de maio de 1847, ele insistiu que
estudantes e médicos lavassem sua mão com solução
clorada após as autópsias/necropsias e antes de
examinar as pacientes. No mês seguinte após esta
intervenção, a taxa de mortalidade caiu de 12,2% para
1,2%.
Conceito

Conceito

É a medida individual mais simples e menos


dispendiosa para prevenir a propagação das
infecções relacionadas à assistência à saúde.
Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi
substituído por “higienização das mãos” devido
à maior abrangência deste procedimento. O
termo engloba a higienização simples, a
higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e
a anti-sepsia cirúrgica das mãos, que serão
abordadas mais adiante
Por que fazer?

Por que fazer?


As mãos constituem a principal via de
transmissão de microrganismos durante a
assistência prestada aos pacientes, pois a pele
é um possível reservatório de diversos
microrganismos, que podem se transferir de
uma superfície para outra, por meio de contato
direto (pele com pele), ou indireto, através do
contato com objetos e superfícies
contaminados.
Para que higienizar ar mãos?
Para que higienizar ar mãos?

- Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células


descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a
transmissão de infecções veiculadas ao contato;

- Prevenção e redução das infecções causadas pelas


transmissões cruzadas.

- O que utilizar?
a) Uso de água e sabão
Indicações

• Indicações
• Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou
contaminadas com sangue e outros fluidos corporais.
• Ao iniciar o turno de trabalho.
• Após ir ao banheiro.
• Antes e depois das refeições.
• Antes de preparo de alimentos.
• Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
• Nas situações descritas a seguir para preparação
alcoólica.
Uso de preparação alcoólica

b) Uso de preparação alcoólica


• Indicações
Higienizar as mãos com preparação alcoólica
quando estas não estiverem visivelmente
sujas, em todas as situações descritas a
seguir:
• Antes de contato com o paciente
Objetivo: Proteção do paciente, evitando a
transmissão de microrganismos oriundos das
mãos do profissional de saúde.
• Depois do contato com o paciente
Objetivo: Proteção do profissional e das superfícies e objetos
imediatamente próxi­mos ao paciente, evitando a transmissão
de microrganismos do próprio paciente.

• Antes de realizar procedimentos assistenciais e


manipular dispositivos invasivos
Objetivo: Proteção do paciente, evitando a transmissão de
microrganismos oriundos das mãos do profissional de saúde.

• Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos


invasivos que não requeiram preparo cirúrgico
Objetivo: Proteção do paciente, evitando a transmissão de
microrganismos oriundos das mãos do profissional de saúde.
• Após risco de exposição a fluidos corporais
Objetivo: Proteção do profissional e das superfícies e
objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a
transmissão de microrganismos do paciente a outros
profissionais ou pacientes.

• Ao mudar de um sítio corporal contaminado para


outro, limpo, durante o cuidado ao paciente

Objetivo: Proteção do paciente, evitando a transmissão


de microrganismos de uma determinada área para
outras áreas de seu corpo.
• Após contato com objetos inanimados e superfícies
imediatamente próximas ao paciente
Objetivo: Proteção do profissional e das superfícies e
objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a
transmissão de microrganismos do paciente a outros
profissionais ou pacientes.

• Antes e após remoção de luvas (sem talco)


Objetivo: Proteção do profissional e das superfícies e
objetos imediatamente próxi­mos ao paciente, evitando a
transmissão de microrganismos do paciente a outros
profissionais ou pacientes.
Uso de anti-sépticos
Uso de anti-sépticos
Estes produtos associam detergentes com antissépticos
e se destinam à higienização antisséptica das mãos e
degermação da pele.

Indicações

Higienização antisséptica das mãos


Nos casos de precaução de contato
recomendados para pacientes portadores de
microrganismos multirresistentes.
Nos casos de surtos.
Degermação da pele
• No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico
(indicado para toda equipe cirúrgica).
Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos:
inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de
cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e
outros.

Tipos:

• Higienização simples
• Higienização anti-séptica
• Fricção de anti-séptico
• Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré operatório
Como fazer?
Higienização simples

Finalidade: Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele


(suor, oleosidades e células mortas), retirando a sujidade propícia à permanência
e à proliferação de microrganismos.

Duração: de 40 a 60 segundos

Materiais: Água, sabonete líquido comum e papel toalha descartável

Técnica:

1. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se a pia


2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir
toda superfície da mão
3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si
4. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os
dedos, e vice-versa
5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais
6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta,
segurando os dedos, com movimentos de vai e vem e vice-versa

7. Esfregar o polegar direito com auxilio da palma da mão esquerda, realizando


movimento circular, e vice-versa

8. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da


mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular, e vice-versa.

9. Esfregar o punho esquerdo com auxilio da mão direita, realizando


movimento circular, e vice-versa

10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato


direto das mãos ensaboadas com a torneira

11. Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mão e
seguindo pelos punhos. No caso de torneiras com contato manual para
fechamento, sempre utilizar papel toalha.
Higienização antisséptica

• Higienização antisséptica

• Finalidade: Promover a remoção de sujidade e de


microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com
auxilio de um anti-séptico.

• Duração: de 40 a 60 segundos

• Materiais: Água, sabonete líquido anti-séptico e papel toalha


descartável

• Técnica: É igual aquela utilizada para Higienização simples das


mãos, substituindo-se o sabonete comum associado a anti-
séptico degermante.
Fricção das mãos com anti-séptico
(preparações alcoólicas)
• Fricção das mãos com anti-séptico (preparações
alcoólicas)

• Finalidade: Reduzir a carga microbiana das mãos. A


utilização de gel alcoólico – preferencialmente a 70%,
ou solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina
pode substituir a higienização com água e sabonete
quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.

• Material: Gel alcoólico ou Solução alcoólica


• Duração: de 20 a 30 segundos
Técnica

1. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir toda a superfície das
mãos

2. Friccionar as palmas das mãos entre si

3. Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos, e
vice-versa

4. Friccionar a palma das mãos entre si, com os dedos entrelaçados

5. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, e
vice-versa

6. Friccionar o polegar direito com auxilio da palma da mão esquerda, realizando movimento
circular, e vice-versa

7. Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,
fazendo um movimento circular, e vice-versa

8. Friccionar os punhos com movimentos circulares

9. Friccionar até secar. Não utilizar papel toalha


Antissepsia cirúrgica ou preparo
pré-operatório das mãos
• Finalidade: Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota
residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional.

• Materiais: Sabonete anti-séptico ou Escovas descartáveis, cerdas macias


e impregnadas ou não com anti-sépticos; toalhas ou compressas estéreis

• Duração: de 3 a 5 minutos (primeira cirurgia) e 2 a 3 minutos (cirurgias


subseqüentes)

• Técnica

1. Abrir a torneira e molhar as mãos, os antebraços e os cotovelos


2. Recolher, com as mãos em conchas, o anti-séptico e espalhar nas mãos,
antebraços e cotovelos. No caso de escova impregnada com anti-séptico,
pressionar a parte impregnada da esponja contra a pele e espalhar por
todas as partes das mãos, antebraços e cotovelos
3. Limpar sob as unhas com as cerdas da escova
PROCEDIMENTOS PARA
CALÇAR E RETIRAR LUVAS
Finalidade: Diminuir a possibilidade de
propagação de agentes infecciosos aos doentes
e de o profissional contaminar-se com produtos
orgânicos.

Tipos

Luvas de procedimento: usadas para auto-


proteção na manipulação de material
contaminado e/ou áreas de pele e mucosas
infeccionadas do paciente.
• Luvas cirúrgicas/esterilizadas: usadas para realizar os cuidados de
enfermagem que necessitam de técnica asséptica, isto é
procedimentos invasivos.

• Quando utilizar?
• Somente quando indicado

• Para proteção individual, nos casos de contato com sangue e


líquidos corporais, e contato com mucosas e pele não integra de
todos os pacientes

• Para reduzir a possibilidade de os microrganismos das mãos do


profissional contaminarem o campo operatório (luvas
cirúrgicas/estéreis)
• Para reduzir a possibilidade de transmissão de microrganismos de
um paciente para outro nas situações de precaução de contato
• Quando trocar?

• Sempre que entrar em contato com outro


paciente

• Durante o contato com o paciente se for mudar


de um sitio corporal contaminado para outro,
limpo, ou quando estas estiverem danificadas.

• Importante: Nunca tocar desnecessariamente


superfícies e matérias, tais como telefones,
maçanetas, portas, quando estiver com luvas.
Técnica para calçar luvas
esterilizadas
1. Retire todos os adornos

2. Lave as mãos

3. Abra o pacote primário das luvas de modo que os punhos fiquem voltados para a
pessoa que vai calçá-las

4. Segure nas dobras do pacote secundário abrindo-o e exponha as luvas sem tocá-las

5. Com a mão direita pegue a luva esquerda pelo lado da dobra, calce a mão direita
sem tocar na parte externa da luva

6. Com a mão direita enluvada, introduza os quatro dedos sob a dobra do punho da
luva esquerda, calce a luva na mão esquerda, atentando para não contaminar a mão
enluvada

7. Ajeite as luvas externamente com as mãos enluvadas

8. OBS: Para calçar luvas de procedimento não é necessário técnica, esta tem que ser
realizada de forma limpa.
Técnica para retirada luvas
• Com a mão direita, segure o lado externo
do punho da luva esquerda e puxe-o,
deixando a luva do avesso

• Com a mão esquerda, segure o lado


interno do punho da luva da mão direita e
puxe-o, deixando a luva do avesso.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
HOSPITALARES
• A enfermagem, em suas atividades diárias, tem a
responsabilidade de zelar pela sua segurança, do meio
ambiente e do individuo internado em uma Instituição de
saúde.

• Paciente: utilizar grades e corrimão

• Ambiente: utilizar placas de aviso, grades, travas,


corrimão, manter o local em ordem

• Materiais e Equipamentos: somente manipular se


conhecer seu funcionamento
UNIDADES DE INTERNAÇÃO

• São quartos destinados a


permanência do paciente enquanto
ele faz tratamento para
recuperação ou cura da sua
patologia.

• Tipos
• Quarto destinado a internação com
capacidade para 1 leito

• Enfermaria destinada a internação


com capacidade para 3 a 6 leitos.

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