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SEGURANÇA CENA

Definição:

É uma identificação rápida dos diferentes fatores


que estão relacionados com a ocorrência e que são
indispensáveis para a tomada de decisão.
Busca-se identificar fatores que podem apresentar
risco e que podem ter causado o agravo.
A avaliação deve ser permanente pois os fatores
podem alterar-se com facilidade e rapidez
BIOSSEGURANÇA

Define as condições sobre as quais os

agentes infecciosos podem ser seguramente

manipulados e contidos.
O AMBIENTE E A TRANSMISSÃO DE
INFECÇÕES

Dentre os fatores que favorecem a contaminação do ambiente dos serviços

de saúde, citam-se (GARNER, 1996; OLIVEIRA, 2005)

•Mãos dos profissionais de saúde em contato com as superfícies;


•Ausência da utilização de técnicas básicas pelos profissionais de saúde;
•Manutenção de superfícies úmidas ou molhadas;
•Manutenção de superfícies empoeiradas;
•Condições precárias de revestimentos;
•Manutenção de matéria orgânica.
O AMBIENTE E A TRANSMISSÃO
DE INFECÇÕES
Evidências:

•O rotavírus tem período de sobrevivência maior que 12 dias no meio


ambiente;

•O vírus da imunodeficiência humana (HIV) consegue sobreviver em


superfície com matéria orgânica ressequida até três dias e o vírus da
hepatite, nas mesmas condições, até uma semana;

•Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e Enterococos


resistente à vancomicina (VRE) são capazes de sobreviver dias ou até
semanas nas superfícies de ambientes de serviços de saúde.

(HINRICHSEN, 2004; BOYCE, 2007)


PARTICULARIDADES NO APH
• O diagnóstico prévio é ocasional;
• Raramente conhecemos as doenças que afetam nossos
pacientes;
• Todos os pacientes devem ser considerados potencialmente
transmissores de doenças.
Portanto é obrigatório uso de precauções padrão para todos os
pacientes

Doenças que podem ser transmitidas


• HIV
• Hepatites
• Meningites
• Influenza A H1N1
• Qualquer outra doença transmissível.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
• Paciente para o socorrista:
Sangue, respiração, saliva, vômito, fezes, urina, outras
secreções.

• Socorrista para o paciente: respiração.

• Paciente para paciente através do socorrista:


Através da ambulância ou nos acidentes com múltiplas
vítimas

• Meio ambiente ao paciente ou socorrista:


Água, esgoto, alimentos, ar, picada de insetos, ferragens.
PRECAUÇÕES PADRÃO

• Dispositivos de Barreira;

• Práticas seguras;

• Cuidados com a saúde.


DISPOSITIVOS DE BARREIRA

Uniforme fechado (mangas Bota de segurança ( FECHADA)


longas)
DISPOSITIVOS DE BARREIRA

Máscara facial Óculos de proteção Luvas de


procedimento
PRECAUÇÕES PADRÃO/PRÁTICAS
SEGURAS

Álcool 70%: após a lavagem das


Lavagem das mãos
mãos ou na impossibilidade de lavar
as mãos
PRECAUÇÕES PADRÃO/PRÁTICAS
SEGURAS

Recolher o lixo e
Cabelos presos e sem Cuidados com perfuro-
descartar em local
adornos (brincos, pulseiras, cortantes
determinado
colares, anéis, etc)
PRECAUÇÕES PADRÃO CUIDADOS
COM A SAÚDE

Vacinas obrigatórias (NR32): Ergonomia e condicionamento físico


tétano,
difteria e hepatite B.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA
UNIDADE
• Limpeza: é o processo mecânico de remoção de
sujidade, mediante o uso de água e detergente
para manter em estado de asseio os artigos e
superfícies.

• Desinfecção: processo físico ou químico que


elimina a maioria dos microorganismos
patogênicos de objetos e superfícies. A
desinfecção será necessária apenas na presença
de matéria orgânica (vômitos, sangue e outros).
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DA
UNIDADE

• Desinfecção: deverá ser realizada sempre que necessário


em que exista presença de matéria orgânica (Vômitos, sangu.
Deverá ser feita na central do SAMU.

• Limpeza Concorrente: realizada a cada 12 horas ou


sempre que necessário na Central SAMU

• Limpeza Terminal: realizada a cada 05 dias ou sempre


que necessário na Central SAMU

Vide POP’s sobre o tema


VIATURA / POP’S DE LIMPEZA

É um Importante
instrumento de
trabalho, mas
uma
grande fonte de
contaminação.
APRESENTAÇÃO DOS
POP’S DE LIMPEZA DE
VIATURAS NO SAMU
ACIDENTES COM
MATERIAL BIOLÓGICO
FLUXO DE ACIDENTE/ MATERIAL
BIOLÓGICO
✓ Lavar bem o local (água e sabão na pele/soro fisiológico nas mucosas);
✓ Comunicar a Central de Regulação (ENFERMEIRO TS via telefone);
✓ Encaminhar-se ao setor de Emergência do Hospital para o qual a vítima foi
encaminhada (Preferencialmente UPA ou HOB) e abrir uma ficha de
atendimento para profissional acidentado quando em contato com material
biológico;
✓ Encaminhar-se ao setor de Emergência da UPA ou hospital mais próximo
quando o incidente não for com material biológico;
✓ Solicitar autorização ao paciente fonte (termo de consentimento) para realização
dos exames solicitados pelo médico no laboratório da unidade;
✓ Solicitar a abertura da CAT que deverá ser encaminhada a coordenação de
enfermagem no dia do incidente.
✓ Na ausência da coordenação de enfermagem o servidor devera entregar o
comunicado ao enfermeiro do transporte sanitário.
Vide POP Acidente de Trabalho
Fique atento, para que todas essas ações
dêem certo, lembre-se:

Ninguém cuida melhor da sua saúde do


que você mesmo......
FLUXOGRAMA PARA ATENDIMENTO
Aspectos gerais de avaliação da
segurança de cena
Passo 1: Qual é a situação?
Considerar informações passadas pela Central de Regulação, por outras
equipes no local ou testemunhas:
✓tipo/natureza de evento;
✓solicitante;
✓número de pacientes;
✓veículos envolvidos;
✓situação em andamento, etc.
Ao chegar à cena, observar:
✓tipo/natureza do evento;
✓acesso (difícil?);
✓situação geral: pessoas no entorno;
✓presença de outros serviços;
✓presença de agentes de risco que comprometam a segurança: animais, fogo,
produtos perigosos, instabilidade de estruturas, fios elétricos, acesso difícil,
tráfego intenso, armamento, aglomeração de pessoas e risco de pânico em
massa, fluidos corporais, múltiplos pacientes, etc.
Passo 2: Para onde a situação pode evoluir?
Considerar as possibilidades de evolução da situação nos próximos minutos ou
horas:

✓fios energizados e soltos? choque elétrico?;


✓explosão?;
✓intoxicação por fumaça?;
✓colapso de estruturas?;
✓hostilidade e/ou violência interpessoal?;
✓vazamento de produtos?;
✓contaminação?;
✓vias intransitáveis?;
✓aumento do número de pacientes?, etc.
Passo 3: Como controlar a situação?
Considerar o acionamento de recursos de apoio e/ou especializados como:

✓equipes adicionais do SAMU;


✓corpo de bombeiros;
✓policiamento;
✓departamento de trânsito;
✓companhia de água ou de energia elétrica;
✓serviço aero médico;
✓concessionária de rodovias, etc.
✓Os acionamentos devem ser realizados pela Central de Regulação
Médica
Após avaliar os três passos, definir:

“CENA SEGURA”
Iniciar os procedimentos de aproximação e abordagem da vítima.

“CENA INSEGURA”

✓posicionar-se em local seguro e próximo (considerar ações de segurança já


realizadas ou sinalizadas por outros serviços já presentes na cena);
✓comunicar-se imediatamente com a Central de Regulação para informar
detalhes e definir solicitação de apoio;
✓se necessário considerar as ações básicas de segurança e controle da cena;
✓aguardar orientação e apoio no local seguro.
Considerar as ações de segurança e controle da CENA INSEGURA
utilizando regras básicas de posicionamento diante de riscos, tais como:

✓rede elétrica afetada...


✓presença (ou suspeita) de materiais tóxicos inaláveis ou fumaça...
✓fogo e fumaça na cena...
✓escoamento de combustível...
✓risco de inundação...
✓risco de colapso de estruturas (edificações ou vias)....
✓cenários hostis com possibilidade de violência contra a equipe.....
✓se houve evolução para um cenário hostil com a equipe já na cena...
✓se a cena já conta com presença de outras equipes ou serviços..... .
Distância do acidente para o início da sinalização

Havendo curva ou lombada, a distância deve ser iniciada após


este ponto.
Tipo de via Velocidade máxima Distancia para início Distancia para início da
permitida da sinalização sinalização(chuva,neblina,
(pista seca) fumaça ou a noite)

Via local 40 Km/h 40passos longos 80passos longos

Avenida 60 Km/h 60passos longos 120passos longos

Via de fluxo rápido 80 Km/h 80passos longos 160passos longos

Rodovia 100 Km/h 100passos longos 200passos longos

Fonte: Cartilha “Noções de Primeiros Socorros no Trânsito”


Departamento Nacional de Trânsito-DENATRAN-2005
REFERÊNCIAS

•Boyce , J.M. Environmental contamination makes an important contribution to hospital


infection. J Hosp Infect, v. 65, p.50-54, 2007.

•HINRICHSEN, S.L. et al. Limpeza Hospitalar: Importância no Controle de Infecções. In:


HINRICHSEN, S.L. Biossegurança e Controle de Infecções. Risco Sanitário Hospitalar.
Rio de Janeiro: Medsi, 2004, p. 175-203.

•GARNER, J.S. The hospital infection control practices advisory committee. Guideline for
isolation precautions in hospital. Infect. Control Hosp. Epidemiol., v.17, p. 54-80, 1996.

•OLIVEIRA, A. Infecções Hospitalares, Epidemiologia, Prevenção e Controle. Rio de


Janeiro: Medsi, 2005. p. 290.

•Portaria N.° 485, de 11 de Novembro de 2005 M T E – Norma Regulamentadora n.º 32


Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde.

•CDC Guideline for Isolation Precautions: Preventing Transmission of Infectious Agents in


Healthcare Settings 2007

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