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TREINAMENTO BIOSSEGURANÇA

ROBSON FERREIRA
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Higiene em ambiente hospitalar

A higiene dos hospitais é alcançada mediante os


procedimentos de descontaminação, desinfecção
e/ou limpeza. LIMPEZA: É a remoção de toda
sujidade de qualquer superfície ou ambiente (piso,
paredes, teto, mobiliário e equipamentos). O
processo deve ser realizado com água, detergente e
ação mecânica manual.
Qual a importância da higiene no ambiente
hospitalar?

HIGIENE HOSPITALAR: A IMPORTÂNCIA DA LIMPEZA NA


PREVENÇÃO DE INFECÇÕES. A limpeza e a desinfecção de
superfícies são elementos que convergem para a sensação
de bem estar, segurança e conforto dos pacientes,
profissionais e familiares nos serviços de saúde.
A Limpeza e Higienização Hospitalar é um dos principais fatores na
prevenção de infecções e doenças contagiosas no setor de saúde. De
acordo com a ANVISA, o ambiente é apontado como importante
reservatório de microrganismos nos serviços de saúde,
especialmente os multirresistentes. Logo, seguir os direcionamentos
do órgãos responsáveis e as boas práticas de limpeza é fundamental
para a segurança dos pacientes e dos colaboradores de hospitais e
clínicas.

Dessa forma, é essencial que a limpeza de cada ambiente seja


realizada da forma correta, com uso de técnicas e de produtos
específicos para evitar a disseminação de infecções nos ambientes de
assistência à saúde.
Conheça abaixo os 7 tipos de higienização no setor hospitalar:
1. Descontaminação
Esse tipo de limpeza tem como objetivo proteger a equipe ou os profissionais que irão realizar a limpeza de algum ambiente ou objeto
que contenha matéria orgânica. Dessa forma, é utilizada quando são removidos urinas, fezes, vômitos, entre outros.

2. Desinfecção
Nesse procedimento é possível eliminar a maioria dos micro-organismos que podem estar nos ambientes hospitalares. Essa
eliminação é feita por agentes químicos ou físicos, no entanto, não elimina esporos bacterianos de superfícies inanimadas.

3. Limpeza Concorrente
Esse é um procedimento diário e essencial. Trata-se da limpeza realizada enquanto o paciente está internado nas dependências do
hospital ou da clínica. São higienizadas superfícies como pisos, mesas, pias, maçanetas das portas, interruptores de luz, entre outros.
Faz parte desse procedimento também o recolhimento de lixo e a reposição de materiais de uso diário, como papel higiênico, papel
toalha e sabonete líquido.

4. Limpeza Terminal
Após a saída do paciente, que pode ocorrer por transferência, alta ou óbito, é realizada esta limpeza específica. Quando há pacientes
internados em um período maior que 15 dias, é essencial que essa limpeza seja realizada de acordo com os riscos de contaminação
das superfícies destes locais. Essa limpeza mais ampla inclui pisos, paredes, janelas, portas, interruptores, luminárias, móveis e tudo
que compõe o ambiente. Após a limpeza terminal também é realizada a desinfecção.

5. Limpeza Especial
Trata-se da desinfecção diária de todos os equipamentos e materiais que estão a uma distância de até 1m do leito do paciente
infectado e/ou colonizado com bactérias fortes ou caso exista fatores de riscos de contaminação das superfícies do quarto. Os
equipamentos incluem monitores, grades da cama, respirador, bomba de infusão, suportes de soro, entre outros.

6. Limpeza Preparatória
Procedimento feito diariamente e antes da utilização dos quartos ou ambientes. São removidas partículas depositadas nas superfícies
horizontais como ultrassonografia, raios X, endoscopia e outros.

7. Limpeza Mecanizada de Piso


Tipo de limpeza que elimina a sujidade do piso com a ajuda de uma máquina de lavar similar a uma enceradeira ou lavadora
automática, onde é utilizado desinfetante ou detergente hospitalar.
Medidas de prevenção de acidentes
com perfuro-cortantes

A obrigatoriedade de implementação do Plano de Prevenção de Riscos


de Acidentes com Materiais Perfuro-cortantes, foi instituída pela
Portaria nº 1.748, de 30 de agosto de 2011, a qual altera a redação da
NR 32, através do Ministro do Trabalho e Emprego.
Item 32.2.4.16 O empregador deve elaborar e implementar Plano de
Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro-cortantes,
conforme as diretrizes estabelecidas no Anexo III desta Norma
Regulamentadora
Cuidados com materiais perfuro-cortantes:

Recomendações especificas devem ser seguidas durante a realização de procedimentos que


envolvam a manipulação de material perfuro-cortante.
Máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que
envolvam materiais perfuro-cortantes;
As agulhas não devem ser reencapadas , entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com
as mãos;
Não utilizar agulhas para fixar papéis;
Todo material perfuro-cortante (agulhas, seringas, scalp , laminas de bisturi, vidrarias, entre
outros), mesmo que esterilizados, devem ser desprezados em recipientes resistentes à
perfuração e com tampa;
Os recipientes específicos para descarte de materiais não devem ser preenchidos acima do
limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde
é realizado o procedimento.
Tive um acidente com perfuro-cortante: o que
fazer?
O primeiro passo que o acidentado deve tomar após a exposição ao material possivelmente contaminado
é lavar a região de maneira hiperativa com água e sabão.
Em seguida, o profissional deverá reportar o ocorrido ao seu superior imediato explicando exatamente
como se procedeu o acidente. Esse superior deverá fazer uma notificação ao Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar (SCHI), que irá estipular quais serão as ações tomadas daquele momento em diante,
como exames a serem feitos. Por ser considerado um acidente de trabalho, uma comunicação oficial
deverá ser encaminhada à Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
O profissional acidentado deverá também comentar o ocorrido com o paciente-fonte e pedir sua
autorização para que sejam feitos exames que mostrem se o mesmo possui doenças transmissíveis pelo
sangue. É importante lembrar que esse paciente não tem obrigatoriedade em consentir com os testes.
Após o acidente, o SCHI deverá recolher amostras de sangue do acidentado para ser realizada sorologia
para HIV e Hepatite B e C. O material recolhido deverá ser codificado, preservando assim o sigilo do
profissional de saúde. Em seguida, será investigado o histórico de vacinas de Hepatite B do acidentado e,
caso o mesma esteja incompleto, será necessário um encaminhamento para que o mesmo possa tomar as
restantes. Caso os resultados dos exames do paciente-fonte deem negativo, o profissional de saúde
poderá deve continuar seguindo sua jornada de trabalho normalmente e continuar o acompanhamento
por 6 meses. Caso contrário, ele será considerado um caso de risco e precisará ser encaminhado a um
seguimento equivalente ao diagnóstico recebido a partir dos exames.
Para que todo esse estresse não ocorra dentro dos hospitais, é necessário que os mesmos
possuam materiais com dispositivos de segurança, que irão preservar a saúde de seus profissionais e
evitar transtornos futuros.
Descarte de Resíduos do Grupo E
Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de dezembro de
2004,os resíduos do grupo E são constituídos por materiais perfuro-cortantes como objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou
protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou perfurar.

Podemos exemplificá-los: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas
de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório
(pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

Os materiais perfuro-cortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de
descarte, em recipientes de paredes rígidas, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, resistentes ao processo de esterilização, com tampa,
devidamente identificados com o símbolo internacional de risco biológico , acrescido da inscrição de “PERFURO-CORTANTE” e os riscos
adicionais, químico ou radiológico.

É expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas
juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.
Os recipientes coletores têm capacidade que varia de 3 a 13 litros, são confeccionados em material resistente (papelão couro), especialmente
desenvolvido para utilização em serviços de saúde e, de preferência, possuir válvula desconectadora de agulhas.

O volume dos recipientes coletores, ou de acondicionamento, deve ser compatível com a geração diária deste tipo de resíduo.
Estes recipientes só devem ser preenchidos até os 2/3 de sua capacidade, ou o nível de preenchimento ficar a 5 (cinco) cm de distância da
boca do recipiente. Devem estar localizados tão próximo quanto possíveis da área de uso destes materiais .

O armazenamento temporário, o transporte interno e o armazenamento externo destes resíduos podem ser feitos nos mesmos recipientes
utilizados para o Grupo A.

Os resíduos perfuro-cortantes devem ser tratados a partir de uma avaliação de risco prévia, dos agentes de risco que posam conter.
Os materiais perfuro-cortantes contaminados com radionuclídeos devem ser submetidos ao mesmo tempo de decaimento do material que o
contaminou.
MUITO OBRIGADO!!!

ROBSON FERREIRA
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

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