POP NO:

PROCEDIMENTO OPERACIONAL 02
PADRÃO
Páginas: 08
AGÊNCIA TRANSFUSIONAL Revisado:
09/01/2024

TÍTULO: HIGIENE PESSOAL E BIOSSEGURANÇA DOS COLABORADORES

1. Introdução

1.1. Lavagem das mãos

A higienização das mãos, essa é uma medida SIMPLES, ECONÔMICA E EFICAZ na

prevenção de doenças e infecções é um importante colaborador para a Saúde Individual e
Comunitária.
A higiene das mãos na Agência Transfusional é uma das mais importantes medidas de
prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência a saúde, promovendo a
segurança de pacientes, profissionais e usuários dos serviços de saúde e mais ainda,
promovendo mais saúde para toda a população.
As mãos carreiam os mais diferentes agentes biológicos e o contato desses agentes em
mucosas, alimentos e outros pontos vulneráveis potencializam a inoculação, disseminação, a
reação cruzada e a inseminação desses agentes no organismo humano.

1.2. Biossegurança

Estas normas abrangem todos os níveis, desde laboratórios básicos, incluindo os

bancos de sangues, até laboratórios de segurança e confinamentos máximos, os quais
manipulam patógenos perigosos como os laboratórios de biotecnologia. Estas normas práticas
gerais são baseadas em critérios publicados por instituições internacionais como: OMS
(Organização Mundial da Saúde), Comunidade Europeia, CDC Atlanta/ USA (Centers for
Disease Control and Prevention) e abordam bons procedimentos e normas de comportamentos
tais como: uso de uniformes, cabelos, sapatos, joias/ bijuterias, maquiagem/ perfume, unhas e
EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

Segundo a Norma Regulamentadora 6 (NR6), os Equipamentos de Proteção Individual

(EPI) são produtos ou dispositivos utilizados por trabalhadores para a proteção aos riscos de
ameaça à segurança e saúde no trabalho. São equipamentos de uso individual, empregados
para proteger os trabalhadores do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos a fim
de evitar a contaminação. Eles só podem ser comercializados e utilizados com a indicação do
Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente relacionado à
segurança e saúde no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). É regulamentado pela Portaria
nº485, de 11 de novembro de 2005, que aprova a NR 32 (Segurança no Trabalho em
Estabelecimentos de Saúde) do Ministério do Trabalho e Emprego, competindo ao profissional
a sua utilização e conservação.

Os EPI´s são necessários e obrigatórios conforme o procedimento operacional a ser

executado (antes da execução do trabalho, checar os EPI´s obrigatórios e se estão
1
disponíveis). No caso de impossibilidade por falta de EPI´s, comunicar a chefia imediata e a
mesma deverá providenciar os EPI´s necessários para execução do serviço.

2. Objetivo

Diminuir o número de microrganismos, eliminar sujidades, substâncias tóxicas e

medicamentosas, evitar a disseminação de doenças e principalmente proteger a saúde dos
profissionais.

3. Departamentos envolvidos

São de responsabilidade compartilhada pelo médico, farmacêutico, biomédico e

enfermeiro, assegurando além da higiene, qualidade e segurança.

4. Procedimento de lavagem das mãos

Deve ser realizada antes de iniciar qualquer atividade de trabalho, na presença de

sujeira visível, após a utilização do banheiro, manipulação de material sujo ou contaminado,
retorno de outros setores, ou seja, depois de quaisquer situações nas quais a contaminação
microbiana das mãos provavelmente ocorreu.

4.1. Técnica de lavagem das mãos padronizada pela CCIH

 Retirar acessórios como pulseiras, anéis e relógios;

 Abrir a torneira sem encostar o corpo na pia;
 Molhar as mãos;
 Acionar o sabão líquido;
 Ensaboar as mãos e a torneira;
 Friccionar as palmas das mãos;
 Friccionar o dorso da mão direita;
 Friccionar os espaços interdigitais da mão direita (envolvendo cada dedo) deslizando
uma mão sobre a outra;
 Friccionar o polegar da mão direita;
 Friccionar as unhas e as extremidades dos dedos da mão direita;
 Friccionar o punho da mão direita;
 Repetir os mesmos passos para a mão esquerda;
 Enxaguar as mãos e a torneira, removendo totalmente o sabão;
 Enxugar fazendo apenas movimentos de pressão com o papel-toalha;
 Fechar a torneira usando papel-toalha para não recontaminar as mãos;
 Aplicar álcool em gel 70% nas mãos e antebraços;
 Desprezar o papel no lixo destinado à papel;
 Anexo I (Ilustrativa).

4.1.a. Material Necessário

2
  Sabão líquido;
 Álcool em gel 70%;
 Água corrente;
 Toalhas de papel.

5. Procedimento de Biossegurança

 Uniformes: trajar vestimentas totalmente brancas e obrigatoriamente protegidas com

avental de mangas longas, fechado na frente e longo (abaixo dos joelhos) e trocá-lo
sempre que estiver sujo e/ou contaminado;
 Cabelos: permanentemente presos na sua totalidade, o uso de gorro é obrigatório;
 Os cabelos longos utilizar coque ao invés de rabo de cavalo;
 Cabelos com franja utilizar grampo, faixa ou touca durante o procedimento.
 Sapatos: exclusivamente fechados e antiderrapantes. Não deve ser permitido o uso de
sandálias dentro de áreas hospitalares e laboratoriais;
 Se caso for utilizar um sapato com salto deve ser até 3cm para evitar acidentes de
trabalho não sendo permitido o uso de sapatos de tecido, lona ou que apresente furos;
 Entende-se por sapato aberto aquele que proporciona exposição da região do calcâneo
(calcanhar), do dorso (peito) ou das laterais do pé;
 Entende-se por calçado impermeável aquele que protege o funcionário de contato com
qualquer agente líquido em caso de exposição acidental;
 Dar preferência para calçados antiderrapantes, evitando o risco com quedas em
acidentes ocasional por derramamento de líquido.
 Joias e Bijuterias: proibido o uso de adornos: aliança, anel, pulseiras, relógios, brincos
e colares;
 Proibido piercings.
 Maquiagem e Perfume: a maquiagem é uma grande fonte de partículas na área
laboratorial e hospitalar, partículas estas que significam perigo. As maquiagens liberam
milhares de partículas, na maior parte aderente, pois contém glicerina, mica, titânio,
entre outras coisas. Entre as maquiagens, o excesso de batom e rímel significam, sem
dúvida, um dos maiores problemas, assim como laquê.
 Não utilizar maquiagem, autorizado somente protetor labial;
 Os perfumes devem ser evitados em ambientes técnicos por inúmeros motivos: são
poluentes ambientais, muitos pacientes têm intolerância a odores, em função de seu
estado de saúde e outros em função dos medicamentos que fazem (quimioterapia e
radioterapia), e podem impregnar ambientes fechados que contenham filtros em ar
condicionado, agravando o estado de saúde de muitos alérgicos.
 Unhas: devem ser curtas e bem cuidadas. Não podem ultrapassar a “ponta dos dedos”.
Preferencialmente sem conter esmalte, principalmente nas áreas de isolamento reverso
e laboratórios de Cultura Celular. O esmalte libera partículas por micro fraturas.
 Caso a colaboradora utilize esmalte este deve estar íntegro, sem desenhos artísticos e
micro faturas.
 EPIs: o equipamento de proteção individual é um instrumento de uso pessoal cuja
finalidade é neutralizar ou diminuir a ação de certos agentes causadores de acidentes
nos locais de trabalho.

3
 Os funcionários habilitados a circularem no setor devem estar corretamente uniformizados
com:

Roupas Protetoras: avental exclusivamente de manga longa permanentemente fechado.

Deve ser usado no interior do laboratório e deve permanecer no vestuário técnico. Não
devendo ser usados em outros setores.

Roupas Protetoras (Jalecos de TNT): são utilizados em cima dos jalecos que já utilizamos
quando precisar realizar alguma transfusão para paciente Covid-19 positivo, após esse jaleco é
descartado no lugar apropriado.

Face Shield: Um escudo facial, um item de equipamento de proteção individual, visa proteger
o rosto inteiro do usuário de riscos como objetos voadores e detritos da estrada, respingos de
produtos químicos ou materiais potencialmente infecciosos, utilizado para o preparo de
transfusões de pacientes COVID-19 positivo.

Óculos: deve ser usado para todas as áreas de atividades de risco, como: manipulação de
produtos biológicos potencialmente contaminados, produtos químicos, além daquelas que
portam riscos de radiação e/ou iluminação (uso de óculos especiais em presença de lâmpada
U.V.).

Máscaras: devem ser usadas sempre que manipuladas substâncias químicas com alto teor de
evaporação e em áreas de alta contaminação com produtos biológicos.

Máscaras N95: O novo coronavírus é transmitido predominantemente por gotículas, expelidas

pela fala, tosse ou espirros. As gotículas têm um tamanho considerado grande (>5μ), atingem
até um metro de distância e rapidamente se depositam no chão. Alguns procedimentos
realizados dentro do hospital podem fazer com que o vírus se propague por via de aerossóis,
ou seja, partículas menores que ficam suspensas no ar por mais tempo. As máscaras
cirúrgicas não são capazes de reter essas partículas e é necessário então utilizar máscaras
especiais chamadas N95/PFF2.

Luvas: obrigatórias na manipulação de qualquer material biológico e com determinados

produtos químicos. Trocar as luvas imediatamente caso elas se contaminem com material
biológico ou apresente sinais de perfuração ou rompimento. Ao remover as luvas inverte-las
completamente, evitando que sua porção exterior entre em contato com qualquer superfície.

Outras recomendações/orientações são dadas pela OMS (Organização Mundial de

Saúde):

 Todo material biológico é princípio contaminado;

 Todo Material químico é por princípio prejudicial à saúde;
 As superfícies de trabalho devem ser descontaminada pelo menos uma vez ao dia e
sempre após o respingo de qualquer material, sobretudo material biológico, anotada as
limpezas em tabelas para melhor controle;
 O laboratório deve ser mantido limpo e livre de qualquer material não relacionado às
atividades nele executadas;
 Não jogar material biológico na pia descontaminada;
 Caso ocorra algum ferimento durante o trabalho, procure imediatamente o serviço
médico dos funcionários para comunicar a ocorrência e receber orientação;
 As bolsas de sangue descartadas são submetidas a métodos utilizados e especificados
na Santa Casa destinados a resíduos biológicos;
4
 Os demais materiais usados por técnicos de enfermagem e enfermeiros tais como
frascos de soros, seringas, agulhas e equipos são descartados em local apropriado;
 Evitar sentar nas macas ou nas camas dos pacientes, no chão, nas mesas ou nos
balcões presentes internamente nas dependências desta Santa Casa;
 Proibido manter pertences, bolsas, jornais, flores, casacos, ventiladores, celulares,
rádio, televisão na área técnica (somente na área de paramentação e guarda de objetos
pessoais);
 Sempre após a manipulação de material biológico, ou antes, de deixar o laboratório, os
técnicos devem lavar as mãos;
 Todos os procedimentos devem ser conduzidos com máximo cuidado, visando evitar a
formação de aerossóis;
 Todo material biológico, sólido ou líquido, deve ser descontaminado antes da lavagem
ou do descarte. O material deve ser descontaminado fora da área de atividades do
laboratório;
 As portas dos laboratórios devem conter sinais e informações indicativas do grau de
risco dos agentes manipuladores e do cuidado a ser mantido no momento da entrada
do mesmo;
 Deve ser procedido o controle de insetos e roedores nas dependências do laboratório;
 Evitar conversas paralelas principalmente com o uso de celular;
 As bancadas do laboratório devem ser impermeáveis e resistentes a ácidos, solventes
orgânicos e calor moderado. Os móveis devem ser firmes e com espaços para facilitar a
limpeza;
 Para facilitar o trabalho, os funcionários devem se manter informados sobre a
localização de material para socorro/ urgência e de extintores de incêndio;
 Trabalhar sempre em local bem ventilado, mas sem corrente de ar, e bem iluminado;
 Antes de iniciar o trabalho, os funcionários devem certificar-se de que haja água nas
torneiras;
 Na hora de ligar um aparelho, verificar a voltagem e tome o máximo cuidado durante o
uso;
 Manter a porta da Agência Transfusional sempre fechada, esta devidamente
identificada, Anexo II;
 Além disso, é expressamente proibido na área laboratorial: comer ou levar qualquer tipo
de alimento ou bebida para dentro da Agência Transfusional, beber, fumar, fazer
aplicações de cosméticos, coletar amostras de pacientes;
 Não manusear maçanetas, telefones, puxadores de armários ou outros objetivos de
uso comum por pessoas usando luvas durante a execução de atividades em que,
agentes patogênicos ou materiais (químico e/ou biológico) estejam sendo manipulado,
este também estão devidamente identificados, Anexo III;
 Celular nunca deve estar na bancada de trabalho;
 Os funcionários que não executarem as ações conforme descritos no procedimento
estarão sujeitos a sanções administrativas;
 Não executar os procedimentos sem os EPI´s obrigatórios;
 Abaixo existe uma tabela onde são registrados os EPI´s usados pelos colaboradores da
Agência Transfusional para a rastreabilidade, Anexo IV;
 Utilizar sempre os equipamentos de proteção individual citados acima.

5
 ANEXO I

ANEXO II

6
 ANEXO III

ANEXO IV

Tabela de EPI´S utilizados na Agência Transfusional

Mês: _______________
(1) Óculos de proteção (2) Touca (3) Luvas cirúrgica (4) Máscara(5) outro (6)
Data Material Marca do Validade NºLote Responsável
Material
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )

7
5. Referências Bibliográficas

Resolução nº34 de 11/11/2014

Procedimento Operacional Padrão da Farmácia A Farmacêutica- Capão Bonito.
Procedimento Operacional Padrão-Transfusão Sanguínea do Hospital Universitário Júlio
Muller-Rua Luís Philippe Pereira Leite,S/N- Jardim Alvorada
Procedimento Operacional Padrão Serviço de Farmácia da Santa Casa de Capão Bonito-
Higienização das Mãos
Manual de Normas e Rotinas do Setor Enfermagem Agência Transfusional – Capão
Bonito/2005
Apostila de Biossegurança- Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração-
Brasília/DF

Elaborado por: Drª Aliana C R Miranda D. Área Emitente: Agência Transfusional

Ferreira
Revisado por: Drª. Bruna Gonçalves Forti e Próxima Revisão: 09/01/2025
Tec. Alison Morais da Silva Guimarães.
Aprovado por: Dr.Antonio Jackson T. de Almeida Aprovado em: 04/05/2018