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que dedico a todos vocês, obrigada por acompanhar essa obra até o
Acordo com uma baita dor de cabeça por ter chorado tanto,
viro a cabeça de um lado para o outro tentando abrir os olhos mas
não consigo, minhas pálpebras estão pesadas demais e sinto
alguém segurar a minha mão.
— Você está bem? Está sentindo alguma coisa? — Ouço
uma voz pouco conhecida e forço-me a abrir os olhos.
Me deparo com o Sr. Patterson em pé ao lado da minha
cama em um hospital, ele está atento a mim mas parece
preocupado, estou surpreso.
— Sr. Patterson...? O que faz aqui? Como eu vim parar no
hospital? O que aconteceu comigo? — Pergunto espantado
soltando a sua mão e tento me ajeitar na cama, mas sinto algo no
meu braço doer.
— Não se mexe tanto! Ou o acesso no seu braço vai sair. —
Alerta-me ainda atento a mim. — Vou resumir para a história não
ficar muito longa. Você atravessou a rua sem olhar para os lados e
eu quase te atropelei, e você escapou por um triz, garoto... Você
parecia transtornado, chorava muito e acabou desmaiando, não tive
outra opção a não ser te fazer para o hospital, afinal eu não sabia o
que estava acontecendo com você, então, aqui estamos nós. —
Explica dando a volta na cama com as mãos nos bolsos, um gesto
tão sexy que me deixa aéreo.
— Me desculpa por ter te dado tanto trabalho, nunca me viu
na vida e já está me ajudando... Obrigado... Eu preciso sair daqui,
eu quero ir embora. — Tento me levantar mas ele põe a mão no
meu peito impedindo-me de me mover.
— Fica quietinho aí, garoto! São ordens médica! —
Repreende-me em um tom firme e sério, fazendo-me estremecer. —
O médico que te examinou disse que você está muito fraco, tem se
alimentado direito? A quanto tempo você não come algo? —
Pergunta ainda com um olhar sério como se me investigasse.
— Eu... É que... Não importa, eu só preciso sair daqui, eu
preciso ir pra casa pensar em como vou ajudar a minha mãe. —
Mudo de assunto pensativo.
Sinto os meus olhos se encherem d'água e vejo-o respirar
fundo, antes de se sentar na beira da minha cama.
— O médico que te atendeu te conhece, ele me explicou
sobre o caso da sua mãe e também me disse que você está tendo
dificuldade para conseguir os remédios... Bom, eu deixei com ele
uma quantia para que a sua mãe receba a medicação por dois
meses, depois veremos se ela precisará de mais pois se ela
melhorar, os remédios não serão mais necessários... São palavras
do médico. — Explica tranquilamente deixando-me de boca aberta e
os olhos arregalados.
— Mas... Mas Sr. Patterson... Meu Deus obrigado, eu não sei
como vou conseguir te pagar mas eu prometo que vou pagar, nem
que eu divida em oitenta vezes mas eu vou te pagar, eu prometo...!
O senhor não imagina o quanto a minha mãe é importante para
mim, eu não posso perdê-la e sou muito grato pela sua ajuda... Eu
vou trabalhar dia e noite para pagar cada centavo que o senhor
gastou com ela, e... — Agradeço eufórico tentando me levantar, mas
minha cabeça dói ainda mais depois dessa notícia, ele me
interrompe com um sorriso lindo.
— Ei! Relaxa, eu fiz isso com o maior prazer para te ajudar,
mas eu sei como você vai poder me pagar. — Ela se levanta com
um sorriso de lado que me deixa pasmo e ao mesmo tempo
confuso. — Eu mandei que ligassem para que você fosse me ver
amanhã na empresa porque queria conversar com você, bom, a
vaga de secretária já foi preenchida e você não foi o escolhido. —
Diz com aquele mesmo sorriso de canto.
Sinto o meu coração doer por saber que não vou conseguir o
trabalho, abaixo a cabeça me segurando para não chorar
novamente na frente dele.
— A partir de segunda feira você será o meu assistente
pessoal! Vai trabalhar diretamente comigo e terá uma mesa na
minha sala, o seu salário será o suficiente para cobrir as suas
despesas e as da sua mãe no hospital... Já vou deixando bem claro
que não gosto de atrasos, faltas ou desculpas para sair do trabalho
mais cedo, então pode pedir demissão do seu atual emprego pois
não quero você dormindo no trabalho porque não conseguiu
descansar a noite, estamos entendidos, Sr. Bennet? — Diz naquele
tom firme olhando-me de um jeito que me deixa tenso.
Ele está me contratando como seu assistente pessoal? É
sério isso? Abro um imenso sorriso ainda não acreditando que
estou sendo contratado pelo próprio Sr. Patterson, em um quarto de
hospital
— Me desculpe senhor, mas, eu peguei alguns
adiantamentos no meu atual emprego e preciso pagá-los com
trabalho, enquanto não receber o meu primeiro...
— Eu vou pagar o que você deve nesse emprego, mas não
se preocupe pois será descontado do seu salário quando você tiver
quitado as despesas da sua mãe... Agora melhore logo pois na
segunda você começa a trabalhar. — Ele novamente me olha
daquele jeito intenso e eu sorrio por finalmente ter conseguido um
emprego que vá me ajudar.
— Muito obrigado, Sr. Patterson... De coração muito
obrigado, eu serei grato pelo resto da minha vida. Farei tudo que
estiver ao meu alcance para fazer um trabalho impecável, o senhor
não terá reclamações minhas, eu prometo! — Finalmente consigo
me sentar e sorrio pegando a sua mão com carinho.
Ele lança-me novamente aquele sorriso de lado que me deixa
sem foco e encara a minha boca. Não tem como não encarar a sua
boca também, meu Deus o que está acontecendo aqui? Será que
ele é mesmo gay? Ou eu estou vendo coisa onde não tem?
Ele morde o lábio inferior ainda encarando a minha boca e eu
solto a sua mão, desfazendo aos poucos o sorriso de satisfação em
meu rosto. O que esse homem tem? Meu Deus porque ele me olha
assim? Porque ele tinha que ser tão lindo?
— Não me agradeça ainda, faça isso se dedicando ao
trabalho, está bem? Está em dívida comigo, rapaz, espero
realmente que não me decepcione. — Ele se levanta respirando
fundo, parece inquieto com alguma coisa.
— Não vou decepciona-lo, Sr. Patterson! Se eu fizer isso o
senhor pode me demitir e eu vou aceitar a sua decisão... Não tenho
palavras para descrever o quão valiosa é essa oportunidade que o
senhor está me dando, eu vou fazer valer a pena... Pelo senhor, por
ser um homem de coração tão bondoso, e pela minha mãezinha que
não merecia estar nesse hospital... — Afirmo atento a ele mas
emociono-me deixando as minhas lágrimas caírem sem a minha
permissão, ele parece surpreso com isso.
— Está bem, já chega de agradecimento... Não chore mais, a
sua mãe terá os remédios que ela precisa e você o trabalho que
merece, fico feliz em poder ajudar, Scott Bennet... Bom, o médico
disse que você precisará ficar no soro por algumas horas, está
muito fraco porque não tem se alimentado direito, mas espero que
isso mude, ouviu? — Seus olhos penetrantes em cima de mim me
faz corar e eu desvio os meus olhos dele. — Preciso ir agora, nos
vemos na segunda... E Sr. Bennet...? Seja pontual, eu fui claro?
Agora descansa, você está precisando disso... Até segunda! — Ele
aproxima-se mais com aquele sorriso de canto que faz o ar sumir
dos meus pulmões.
Ofego tentando não babar por ele e vejo-o sorrir ainda mais,
droga! Ele já percebeu o quanto me deixa tenso.
— Nos vemos na segunda... Sr. Patterson... — Engulo em
seco desviando os meus olhos dele para o acesso no meu braço.
— Nos vemos na segunda... Scott... — Concorda em um tom
rouco chamando a minha atenção de volta para os seus olhos.
Sua mão toca os meus cabelos suavemente e desce até o
meu rosto, seus olhos acompanha os movimentos dos seus dedos
até parar na minha boca entreaberta, o vejo trincar o maxilar e me
encarar duramente deixando-me confuso como nunca estive antes,
o que esse cara tem?
— Desejo que melhore logo, Sr. Bennet... Tenha uma boa
noite e descanse. — Ele vai em direção a porta e sai sem esperar
eu dizer nada.
— O que deu nele...? Que cara louco. — Questiono a mim
mesmo acomodo-me novamente na cama.
Porque ele me olhava daquele jeito tão intenso? Parecia
olhar-me com desejo mas isso não é possível, esse cara não é gay,
eu já o vi inúmeras vezes em revistas de fofocas na companhia de
mulheres lindas aos beijos, ele até tem um filho com uma mulher
exuberante de tão linda.
Eu estou realmente mal, estou vendo coisas onde não tem,
um homem absurdamente lindo como ele não é gay, ele não tem
pinta de gay, ele parece bem másculo e muito menos se interessaria
por um pobretão como eu, aff! Eu só quero começar a trabalhar logo
para pagar a ele tudo que já estou devendo, ainda não acredito que
eu conseguir um emprego melhor do que eu queria, ao invés de
secretário eu vou ser o assistente pessoal de Gael Patterson, se
estou feliz? Mais que ponto no lixo, vou fazer de tudo para
permanecer nesse emprego e depois de pagar as dívidas que eu fiz,
vou poder finalmente dar uma vida melhor a minha mãezinha, estou
ansioso para começar a trabalhar.
Capítulo 04
UM MÊS DEPOIS...
UM MÊS DEPOIS...
Encaro Scott atentamente mas ele está tão distraído, está tão
focado no seu trabalho que não percebe que estou o admirando
com um sorriso bobo nos lábios. Eu o amo demais, Scott tem sido
para mim tudo que eu precisava e ainda preciso, ele é o melhor de
mim.
Não parece mas já faz seis anos que nos casamos e estamos
vivendo intensamente desde o nosso primeiro beijo, tudo está
perfeito e na medida certa, tudo está como sempre desejamos e a
nossa felicidade não para por aí.
Há três anos eu e Scott tivemos uma conversa séria e
tomamos uma decisão importante, decidimos ter um filho nosso e
por isso optamos pela reprodução assistida, mas é claro que a
mulher que gerou o nosso filho foi muito bem escolhida, foi
investigada e preparada para o processo. Buscamos por uma clínica
especializada nesse assunto e tudo foi feito legalmente, através dos
nossos advogados e a clínica de fertilização, todo o processo foi
monitorado e acompanhado de perto para garantir que tudo desse
certo, e quando meu filho nasceu ele saiu da maternidade conosco
direto para nossa casa.
Hoje o nosso filho tem um aninho e meio e é a coisa mais
lindo desse mundo, não tenho dúvidas de que ele é filho biológico
de Scott, a pele branca e os olhos claros é do meu marido, mas os
cabelos e o temperamento lembra muito a mim mesmo. Os nossos
material colhido foram misturados para fazer a fertilização com os
óvulos de uma doadora anônima, mas de um jeito ou de outro,
Victor é o nosso filho mas também é o xodó da avó, minha sogra
não tem olhos para mais ninguém além de Victor e David.
Scott quis trazer o nosso filho para o trabalho por diversas
vezes, mas minha sogra não deixou, nem a babá consegue fazer o
serviço dela pois dona Adelaide não desgruda do neto, mas eu
gosto disso, eu a amo como amei a minha mãe e qualquer decisão
dela com os cuidados do meu filho é muito bem aceito. A nossa vida
está perfeita pois estamos vivendo exatamente como planejamos,
ou melhor, como desejamos.
Ouço duas batidas na porta mas antes que eu peça para
entrar, Scott se levanta apressado indo até a porta, assim que ele
abre minha sogra entra com Victor no colo.
— Meu Deus, mamãe! Porque demorou tanto? Eu estava à
beira de um ataque cardíaco de tanta saudade do meu filho. —
Resmunga dando um beijo na mãe antes de rouba o nosso filho do
colo da avó, o enchendo de beijos.
Sorrio abertamente e me levanto indo até eles, mas Scott
vem na minha direção com o nosso bebê.
— Me desculpe pela demora, filho, mas Victor estava
dormindo e eu não iria acordá-lo para sair de casa. Não gosto de
interromper a sonequinha do meu neto. — Rebate dona Adelaide
vindo me dá um beijo e eu retribuo abraçando-a carinhosamente.
— Não se preocupe, minha sogra, a senhora fez o certo.
Apesar de estarmos morrendo de saudades dele, sabemos que
devemos seguir a rotina de Victor, e a nossa também pois temos
muito trabalho. — Dou um beijo no meu filho e acaricio as suas
bochechas rosadas.
— Papa... Papa... — Victor estende a mãozinha para mim e
eu sorrio por ele já estar falando as suas primeiras palavrinhas.
Quando ele falou papai pela primeira vez Scott não sabia se
sorria ou se chorava de tão emocionado que ficou, eu fiquei com um
sorriso largo pregado no rosto por horas, nem sentia mais o meu
maxilar de tanto que doía, mas é um dos melhores momentos da
paternidade, quando o nosso filho começa a dizer as primeiras
palavrinhas, e já estou ansioso para vê-lo das os primeiros
passinhos.
— Estamos trabalhando demais, Gael, você anda muito tenso
e eu não gosto de te ver assim, amor. — Scott reclama enquanto eu
pego o nosso filho dos seus braços.
— Eu sei, vida, não se preocupe, eu vou resolver essa
questão ainda essa semana. Ainda não comemoramos o nosso
aniversário de casamento, então pensei em uma viagem para
passarmos um tempo juntos, na verdade eu pensei em umas férias
para nós, o que acha? — Comento enquanto sigo para perto da
janela admirando o rostinho lindo do meu filho.
— De quanto tempo estamos falando quando você diz tirar
férias? Vamos só nós nessa viagem? — Pergunta ao meu lado
atento a mim, Scott beija e acaricia as costas do nosso filho ainda
no meu colo.
— Bom, eu pensei em duas ou três semanas, o que acha...?
O nosso filho vai com a gente então a avó dele tem que ir também,
se ela quiser, é claro. — Viro-me para ele mas encaro a minha sogra
sentada na poltrona um pouco mais a diante.
— Confesso que seria demais para mim ter que ficar tanto
tempo longe do meu neto, mas não quero de modo algum atrapalhar
o momento de vocês... Se quiserem passar um tempo junto, a sós,
por mim tudo bem, mas vocês terão que me ligar pelo menos três
vezes ao dia para eu ver o meu netinho, ou eu vou morrer de tanta
saudade. — Ela sorrir nos admirando de longe mas Scott vai a seu
encontro se sentando ao seu lado.
— Eu também não quero ficar tanto tempo longe de você,
mamãe, então por favor? Viaja conosco? O seu neto não é o único
que vai precisar da avó, eu também vou precisar da minha mãe...
Gael já disse que não se incomoda de você vir conosco, então
aceita, vai? — Ele implora a abraçando forte e ela sorrir respirando
fundo.
— Tudo bem, não precisa insistir mais, você já me
convenceu, filho... Eu viajo com vocês, mas vou sentir muita falta de
David por ficar tanto tempo longe dele, de todo jeito eu vou sentir
falta de alguém especial. — Ela sorrir antes de ficar pensativa.
— Talvez eu possa resolver isso, dona Adelaide... Vou
conversar com Nath e tentar levar David conosco. Nathalia está
perto de dar à luz a mais uma menina, e cuidar de um recém-
nascido e mais duas crianças correndo pela casa não deve ser fácil,
então vou pedir a ela para deixar David comigo por umas semanas,
acho que ela não vai se opor. — Explico pensativo me lembrando da
festinha de aniversário de Victor e David.
Por coincidência eles fazem aniversário no mesmo mês, um
no início do mês e o outro no final, então fizemos uma festa única
para os dois e David adorou, meus dois filhos estavam lindos e
radiantes com a festa, Victor ainda é novinho e não entende muito,
mas adorou brincar com o irmão nos brinquedos.
— Sendo assim, eu vou amar viajar com vocês, já estou até
ansiosa por isso. — Ela comenta nos fazendo gargalhar.
— Então se prepara, mamãe! Pois vamos viajar na próxima
semana... Mas para onde vamos, amor? Já decidiu para onde
vamos? — Scott se empolga e eu vou até ele me sentando ao seu
lado.
Victor se joga para o colo do pai esfregando os olhinhos, ele
ainda está com sono.
— Pensei em voltarmos para o Havaí, ou podemos ir para
Tailândia, o que me diz? Para onde você prefere ir? — Acaricio o
rosto do meu marido com carinho e ele me dá aquele bendito sorriso
encantador.
— Desde que estejamos juntos eu vou para onde você
quiser, mas não vou negar, eu gosto desses dois lugares, fomos
para o Havaí na nossa lua de mel e fomos para Tailândia nos
nossos dois primeiros aniversários de casamento. Então acho que
podemos voltar ao Havaí, eu também amo aquele lugar e acho que
vamos ter mais privacidade por termos uma casa lá, ao invés de
ficarmos em um hotel. — Ele se encosta em meu peito com Victor
deitado em seus braços, ainda esfregando os olhinhos.
— Tudo bem, será como você quiser. Mas sugiro que comece
a arrumar as malas porque vamos antecipar a nossa viagem...
Vamos viajar amanhã depois do café da manhã. — Beijo o alto da
sua cabeça enquanto brinco com os dedinhos de Victor, mas Scott
ergue o rosto para me encarar.
— Como assim amanhã, Gael? Meu Deus tem tanta coisa
para arrumarmos antes da viagem, tem as nossas malas as bolsas
de Victor e...
— Se acalma, querido, é só ligarmos para Silvana e pedir
para ela ir arrumando as nossas malas, depois fica só as bolas do
Victor para você arrumar do jeitinho que você achar melhor... Não
precisamos sair correndo também, podemos ir depois do almoço se
você preferir, assim a gente ganha mais tempo para ajeitar tudo. —
Sorrio com esse seu desespero por ter que arrumar tudo em cima
da hora.
— Bem melhor, não gosto de sair de casa apressado pois
sempre acho que estou esquecendo alguma coisa. Sem falar que
você ainda precisa falar com a Nath e também tem que ir buscar
David se ele for mesmo viajar conosco. — Ele se deita novamente
em meu peito mas ergue a sua mão me puxando pela nuca. Me
dando um beijo pouco demorado.
— Eu não me canso de dizer o quanto vocês são lindos
juntos... São um casal mais que perfeito e ainda me deram um neto
lindo. Por falar em neto, me dê ele, Scott? estou vendo que Victor
ainda está com soninho, e também sei que ele adora dormir no colo
da avó. — Comenta minha sogra nos admirando, mas já com
segundas intenções pois ela rouba Victor de Scott na maior cara
dura.
— Que desculpa mais esfarrapada, mamãe. Victor dorme
bem no colo de qualquer um, esse preguiçoso adora colo e a culpa
é sua por colocar o meu filho mal acostumado. — Scott gargalha
escandalosamente me fazendo sorrir também.
— O que eu posso fazer se o meu neto me ama? Ele gruda
em mim feito um chicletinho, olha só...? É o amor da vida da vovó, é
a coisinha mais lindo do mundo. — Se defende dona Adelaide
enchendo meu filho de beijos e ele sorrir passando a mãozinha no
rosto da avó.
— Em uma coisa eu tenho que concordar. Não tem como não
te amar, minha sogra, por isso Victor parece um chicletinho grudado
em você. — Abraço o meu marido e admiro a avó paparicando o
neto, o pedacinho do meu mundo.
Conversamos um pouco mais mas Scott diz que já está na
hora do nosso filho ir para casa, ele adormeceu no colo da avó e
achamos melhor ela o levar. Toda vez que queremos trazer Victor
até a empresa minha sogra não deixa a babá vir com ele, ela vem
pessoalmente trazer o meu filho e fica conosco todo o tempo em
que Victor está aqui, é sempre assim, ela trás e leva meu filho
quase todos os dias só para termos mais tempo com ele, e essa sua
dedicação é surpreendente.
Descemos até a garagem e nos despedirmos do nosso filho
com muitos beijos, mesmo ele ainda dormindo. Colocamos avó e
neto no carro e o motorista sai com eles sendo seguidos pelo carro
de trás com quatro seguranças, quem olha assim diz que é exagero
ou excesso de proteção com o meu filho, mas eu não acho, pelo
contrário, todo cuidado é pouco depois de tudo que passamos a
anos atrás, não quero me descuidar com a segurança da minha
família e muito menos com os meus filhos.
Assim que os carros saem da garagem nós voltamos para o
elevador, subimos para o nosso andar abraçados e conversando
sobre a nossa viagem.
A relação de Scott com os funcionários da empresa mudou
bastante, ele está se relacionando muito bem com todos e cada um
dos nossos funcionários o aceitam e o respeitam como meu marido,
aquela palhaçada de fofocas pelos corredores passando de boca
em boca acabou, pois todo funcionário que entra aqui, antes da
contratação eu converso com cada um deles deixando as minhas
regras bem claro, e caso alguém não as sigam será demitido
imediatamente sem qualquer advertência, e não preciso dizer que
todo mundo tem medo de uma demissão.
Entramos na minha sala e Scott vai direto para sua mesa, eu
propus arrumar uma sala para ele ao lado da minha, mas meu
marido me surpreendeu ao dizer que prefere ficar aqui pertinho de
mim, não preciso dizer que adorei isso pois não consigo mais ficar
longe dele, já me acostumei com a sua presença ao meu lado e o
dia que ele precisa faltar eu nem consigo trabalhar direito.
Scott já terminou a faculdade há alguns anos e está me
ajudando muito na administração da empresa, ele me apoia em
tudo, aqui dentro ele é o meu braço direito e o esquerdo também.
— Minha vida, só falta uma hora para terminar o nosso
expediente. Você sabe que não sou de fazer corpo mole para
trabalhar, mas, você se importa se eu sair um pouco mais cedo
hoje? Estou me sentindo exausto e ainda tenho que ajudar Silvana
arrumar as nossas malas... Ontem Victor chorou a madrugada
inteira enjoadinho por causa do dentinho que está nascendo, eu
passei a madrugada em claro com ele por isso ele está dormindo
tanto durante o dia. — Scott vem até a mim e se senta no meu colo
me abraçando pelo pescoço.
— É claro que eu não me importo, meu amor, você está
merecendo um descanso e é por isso que antecipei a nossa viagem.
Mas se você me esperar por cinco minutos a gente vai juntos, eu
também quero sair mais cedo hoje, quero curtir um pouco mais o
nosso filho, se ele ainda estiver acordado. — Acaricio a sua perna e
subo até a sua coxa apertando levemente.
— Então não demora, estou ansioso para ir pra casa... Eu
também quero passar mais tempo com o nosso filho. — Ele sorrir
acariciando a minha nuca e passa a língua pela minha boca antes
de me beijar, mas se levanta saindo do meu colo em seguida, me
deixando frustrado.
— Eu também quero passar mais tempo com você, amor...
Estou com saudade, ontem nem conseguimos fazer amor porque
você passou a noite no quarto do Victor, eu nem vi a hora que você
voltou pra cama... Quero sentir você, Scott. Estou morrendo de
saudade de beijar você inteirinho. — Me levanto indo atrás dele e o
abraço por trás prendendo o seu corpo ao meu.
— Eu também estou com saudade, amor... Estou com muita
saudade de você... — Ele se vira para mim abraçando o meu
pescoço me beijando com vontade, um beijo cheio de desejo.
Aperto-o contra o meu corpo descendo a minha mão até a
sua bunda e puxo-o mais para mim, porra já estamos os dois muito
excitados, eu o quero e quero agora. Ando com o meu marido de
volta para minha mesa me sentindo embriagado de desejo, mas ele
se solta de mim abruptamente me deixando desnorteado.
— Você me pediu cinco minutos para irmos embora, amor...
Vamos embora logo? Em casa a gente termina o que começamos...
— Contesta ofegante e morde o lábio inferior enquanto ajeita o seu
pau dentro da calça, mas não consigo obedecê-lo e puxo-o de volta
para mim.
— E você acha que vamos conseguir terminar o que
começamos em casa...? Scott, sabemos que não vamos conseguir
fazer isso com Victor manhoso querendo colo o tempo todo... Não
vamos conseguir dizer não a ele então não diz não para o seu
marido...? Por favor eu quero você...? Quero agora, amor... —
Encaro-o tão intensamente que sinto-o escorregar pelo meu corpo.
Prendo o seu corpo ao meu com firmeza e avanço na sua
boca, chupando a sua língua e os seus lábios carnudos e
saborosos.
— Então me deixe trancar a porta...? Não quero que nos
interrompam. — Ele se solta de mim meio aéreo e se apressa para
ir até a porta.
Sorrio satisfeito enquanto abro o meu cinto e a minha calça,
abro um pouco mais a minha camisa sentindo o meu corpo
esquentar mais que o normal. Scott volta até a mim também abrindo
a sua calça e sorrindo malicioso, seu olhar é tão sexy e provocante.
Acabo com a nossa distância indo até ele e puxo-o para mim,
avanço na sua boca beijando-o ferozmente desejando estar logo
dentro dele. Sinto Scott adentrar a sua mão na minha cueca e
segurar firme o meu pau colocando-o para fora, faço o mesmo com
ele e o sinto latejar na minha mão assim como estou latejando na
sua, gememos na boca um do outro.
— Quero chupar você... Estou desejando isso desde ontem
mas não quis te acordar. — Scott me empurra fazendo eu me sentar
na minha mesa.
— Faça tudo que tiver vontade... Eu sou todo seu, se
lembra...? — Ofego atento a ele e o mesmo me dá aquele sorriso
que fode o meu raciocínio.
— Eu sei que você e todo meu. Não vou esquecer isso
jamais... — Sussurra enquanto se abaixa na minha frente e me
engole de uma só vez.
— Cacete...! Ahh... Você está tão quente... Está com febre,
amor...? Ohh Scott...
Estremeço enquanto ele me chupa me engolindo inteiro me
levando na sua garganta.
Me sinto no inferno em chamas, sua boca está mais quente
que o normal e isso me enlouquece. Scott me tira da sua boca e
passa a língua nas minhas bolas as colocando na boca enquanto
me masturba, acaricio a sua nuca vidrado na sua boquinha me
engolindo inteiro, estremeço mais uma vez sentindo o meu pau
latejar e minhas veias pulsarem, espero Scott me tirar da sua boca
mas ele não o faz.
— Amor...? Ahh isso... Me chupa, me engole inteiro, minha
vida...? Ahh cacete...
Admiro esses lábios rosados me engolindo e não resisto,
gozo com força latejando na sua garganta.
Ouço Scott ronronando feito um gatinho manhoso enquanto
ainda me chupa e engole mamando todo o meu leite, porra eu fico
fascinado quando ele faz isso, mas ainda quero entrar nele com
força como ele gosta.
— Minha vez de fazer você gozar...
Seguro o seu queixo fazendo o me encarar e ele se levanta
me beijando ferozmente.
— Vamos terminar as preliminares mais tarde... Agora me
fode! Me come com força! — Pede em um tom trêmulo e não
consigo desobedecê-lo quando ele me pede algo me olhando assim.
Ofego mas não digo nada, seguro firme a sua cintura e
inverto a nossa posição virando-o abruptamente, colando-o de
bruços na minha mesa. Me abaixo atrás dele descendo a sua calça
junto com a cueca, abro a sua bundinha pequena e percorro a
minha língua por ela, não sei o que ele faz mas ele está sempre tão
macio, tão cheiroso e isso me excita, ele sempre espera que eu faça
isso, é a única explicação para ele estar sempre preparado para
mim.
Lubrifico a sua entradinha mas sinto o meu pau latejar
novamente. Me ergo me posicionando atrás dele e me encaixo no
seu anel penetrando-o devagar, Scott geme baixinho enquanto me
instalo por completo dentro dele, seguro ele pelos ombros e começo
a estocar com força entrando rápido e fundo nele, meu marido leva
a mão na boca mordendo para abafar os seus gemidos, mas puxo
as suas mãos segurando os seus braços atrás das suas costas o
impedindo de me privar dos seus gemidos.
— Gael... Oh meu Deus vão me ouvir... Ahh isso amor...
Geme manhoso quase sem voz jogando a cabeça para trás.
— Ninguém vai nos ouvir, a sala inteira é a prova de som,
esqueceu...? Agora geme gostoso... Os seus gemidos me
enlouquecem então geme, meu amor... Geme para mim meu
gostoso...? — Dou lhe um tapa na bunda sem diminuir as estocadas
fortes e vejo-o estremecer.
Scott deita a cabeça na mesa gemendo de olhos fechados e
eu solto os seus braços, agarro a sua cintura e meto nele mais
rápido vendo as minhas veias latejando enquanto entro e saio dele.
— Porra eu vou gozar de novo... Scott!
Mal eu digo o seu nome e ele goza enquanto me enterro todo
nele. Apoio as minhas mãos na mesa ao lado do seu corpo e
diminuo um pouco os meus movimentos enquanto sinto os meus
jatos se esvair dentro dele. Gememos ofegantes mas eu abraço o
seu corpo para ergue-lo, Scott abraça o meu pescoço e vira o rosto
tomando a minha boca para si em um beijo calmo, um beijo doce
mesmo ainda gemendo na sua boca. Mordo os seus lábios
carnudos e chupo-os em seguida.
— Te amo... Amo transar com Você... Amor fazer amor com
você... — Sussurra na minha boca e eu ainda me sinto latejando
dentro dele.
— Eu amo tudo com você... Amo você, meu amor... — Beijo-
o mais profundamente e ele retribui sem hesitar.
Epílogo
DIA SEGUINTE...