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Agradecimentos!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Epílogo
Redes Sociais
Livros da Série
Agradecimentos!
— Sr. Victor? Sr. Victor? Draga! Mas que merda! — Pego ele
no colo chamando por ele mas o mesmo não responde.
Destravo o carro e o coloco no banco de trás, entro no carro
em seguida e dou a partida acelerando para sair dali.
— Mas que inferno! — Esbravejo socando o volante por
passar por isso no meu primeiro dia de trabalho.
Como eu iria imaginar que aquela algazarra era alguém
tentando estuprar o filho do meu chefe? Eu pensei que fosse uma
brincadeira de amigos, já que o Sr. Victor até queria vir para
faculdade com esse tal de Thiago, merda! Com certeza eu serei
mandado embora no meu primeiro dia de trabalho, eu esperei tanto
por uma oportunidade com essa e acontece isso?
Pego o celular que Demétrio me deu para contato direto com
ele, disco o número já respirando fundo e espero ele atender
enquanto coloco no viva voz, no quarto toque ele atende.
— Fala, novato? Como está se saindo? Está tudo
tranquilo?— Pergunta animado.
— Me desculpe, Sr. Demétrio,mas eu não tenho boas
notícias.Preciso que avise aos patrõesque estou levando o Sr.
Victorpara o hospital.
Eleestavacom o amigodeleno banheiro,um
talde Thiagoe o mesmo tentouviolentá-lo,
eu imobilizei
o indivíduo
e ele será encaminhadopara delegacia.— Conto sem rodeios e a
linha fica muda por um tempo.
— Puta que pariu!Merda! Cacete!— Ouço sua voz alterada
mais distante e sei que isso não é bom. — Ok! Vou avisaraos
patrões,assimque eleschegarem no hospitalvocê me encontrana
delegacia.Como eleestá?O Sr. Victorestáferido?— Pergunta em
um tom preocupado.
— Elenão estámachucado, mas não seidizerse elechegou
a ser violentad
o, ele estava muitoabalado e acabou desmaiando,
ele ainda está desacordado... Eu pedi ao Bryan para levara Srta.
Emma para casa, eles devem chegar aí em alguns minutos . —
Informo ainda prevendo a minha demissão eminente.
— Ok, leveo rapaz para o hospital do centro,nos vemos em
poucos minutos.— Orienta-me antes de encerrar a chamada e eu
xingo um palavrão.
Concentro-me no trânsito e acelero rumo ao hospital do
centro. Em menos de dez minutos estou estacionando na porta da
emergência, saio do carro e pego o Sr. Victor no banco de trás,
apressando-me para entrar na emergência.
— Por favor!Eu preciso de ajuda! — Entro corredor adentro e
um enfermeiro vem ao meu encontro.
— O que houve com ele? O que ele tem? — Ele guia-me pelo
corredor e entramos em uma sala onde coloco o rapaz em uma
maca.
— Tentaram estuprá-lo, não sei se o ato foicometido mas ele
estava muito abalado, acabou desmaiando e é isso. — Conto
admirando o rapaz na maca e sua expressão tão suave não mostra
o que acabou de acontecer.
— Certo! Eu vou pedir para que o senhor aguarde do lado de
fora, se precisar eu mesmo chamo-o de volta. — Pede examinando
o rapaz e um médico entra na sala perguntando o que houve.
Saio da sala mas permaneço ali na porta preocupado, uma
das recepcionistas aparece para me chamar para fazer a ficha do
rapaz mas eu não me movo do lugar, aviso que sou o guarda-costas
do rapaz e não sei nada além do nome e sobrenome, aviso que os
pais dele está a caminho e ela concorda em esperar por eles.
Pouquíssimos minutos depois vejo os meus patrões entrarem
na emergência correndo indo até a recepção, não saio do meu
posto e aguardo por eles aqui, logo eles estão vindo apressados e
eu respiro fundo.
— Cadê o meu filho? Eu espero que tenha pelo menos
quebrado as pernas daquele infeliz, ou você será demitido! —
Questiona enquanto se aproxima e eu me sinto tenso.
— Serve algumas costelas, senhor? Eu não podia matá-lo
dentro da faculdade,me desculpe por isso, fizo meu melhor dentro
dos limites permitidos. — Respondo na minha postura profissional e
ele encara a porta a minha frente.
— O meu filho está aqui? Eu quero vê-lo agora mesmo! —
Pergunta já invadindo o consultório médico com o seu marido ao
lado e eu permaneço no meu posto.
— Desembucha, Matthew! Quero saber o que houve nos
mimos detalhes, onde você estava quando tudo aconteceu? — Vejo
Demétrio vir na minha direção, sério.
Conto a ele tudo que aconteceu e explico que estava fazendo
a ronda na área do campus quando o sinal do intervalo tocou,
imediatamente eu fui ao encontro do Sr. Victor e cheguei bem na
hora em que uma algazarra acontecia no banheiro masculino, ouvi
os gritos do Sr. Victor e entrei no mesmo instante para ajudá-lo, ou
seja, eu não tive culpa de nada.
— Tudo bem, vamos esperar os Sres. Patterson saírem do
consultório, então nós vamos até a delegacia para você dá o seu
depoimento... Aquele bastardo já está detido...
— Cadê o meu irmão? Eu quero ver o meu irmão! —
Surpreendo-me com um cara aproximando-se correndo, mas
Demétrio entra na sua frente.
— Fica calmo, Sr. David! O seu irmão está sendo atendido e
seus pais estão com ele, eles não devem demorar para saírem. —
Demétrio o tranquiliza e vejo que o cara parece bastante alterado.
— Eu avisei ao Victor para não dá ideias para aquele
delinquente! Onde ele está? Vocês pegaram aquele rato de esgoto?
Se vocês não o pegarem eu mesmo vou pegar! — Avisa entre
dentes então me aproximo um pouco mais deles.
— Eu dei uma boa surra nele, senhor, só não o matei pois
estávamos dentro da faculdade, mas ele já está detido...
— E você quem é? O guarda-costas dele? Você não devia
protegê-lo? Onde você estava quando aquele desgraçado quase...
— Questiona alterado mas ouço a voz do Sr. Victor o
interrompendo.
— David! Não desconta a sua raiva nele, ele não teve culpa...
Você tinha razão, eu errei por não ter me afastadodaquele canalha,
então o único culpado sou eu...! Eu não quero mais colocar os pés
naquela faculdade... Não quero mais estudar! — Vejo-o segurar o
choro mas ele cede as suas lágrimas.
— Não ficaassim, meu filho? Isso vai passar, você não está
sozinho... — Sr. Scott abraça o filho sentado em uma cadeira de
rodas, mas o Sr. David o interrompe.
— Você vai parar a sua vida por causa daquele monstro?
Você não vai fazer isso porque eu não vou deixar! Eu vou acabar
com aquele miserável...
— Se acalma, filho! Não vai adiantar você fazer nenhuma
besteira, deixa esse assunto que eu resolvo! — Contesta em um
tom firme e o filho respira fundo. — Seu irmão vai precisar ficarem
observação por algumas horas, eu preciso ir à delegacia com
Matthew e Demétrio... Fica com o seu pai e seu irmão? Por favor?
Eu não vou me demorar, sua irmã deve estar preocupada por estar
sozinha em casa sem saber de nada. — Explica pensativo. —
Victor! Fica bem, filho, nós estamos aqui com você, ouviu...? Isso
não vai ficar assim, eu prometo...! Vamos Demétrio! Matthew! Os
seguranças que vieram conosco vão ficarno hospital para fazerem
a segurança deles. — Sr. Patterson abaixa-se na frente do filho que
limpa o rosto ainda chorando em silêncio.
Encaro o filho mais velho e ele parece transtornado de raiva,
mas se controla por ver o irmão tão abalado.
— Me deixa ir com vocês, papai? Eu quero dois minutos com
aquele verme peçonhento, eu juro que dois minutos é o suficiente
para... — Pede Sr. David esperançoso mas novamente é
interrompido.
— Não, David! Nem pense nisso! Deixe que o seu pai resolva
isso do jeito dele, mas eu quero você em casa com o seu irmão, ele
vai precisar do seu apoio e sua mãe não vai gostar de saber que
você está se metendo em... — Contesta o Sr. Scott mas também é
interrompido.
— Não, papai Scott! Eu só quero defendero meu irmão como
eu defenderia qualquer um da minha família, então não me peça
isso...! Eu avisei que aquele merda não prestava! Então me deixem
dar um fim nele! O que fizeram com o meu irmão foi um ato de
crueldade e eu não vou deixar isso de lado, então não me peça isso!
Eu não vou obedecer! — Esbraveja indignado e vai em direção a
saída do corredor.
— David! Por favor...? Eu estou te pedindo...? Se acontecer
alguma coisa com você eu não vou me perdoar, eu me não quero
me sentir culpado então por favor...? Se cuida? Não faz nada de
cabeça quente? Dos nossos irmãos você é o mais racional então
por favor...? Eu não vou pedir para você ficar pois sei que não vai
me ouvir, mas eu poço pedir para você ir me ver em casa...? Você
vai estar bem para ir me vê? — Sr. Victor se leva abraçado ao Sr.
Scott, vejo David voltar na nossa direção.
— Eu prometo que vou ficar bem se você também me
prometer o mesmo...? Eu posso contar com isso? Você vai ficar
bem? — Ele abraça o irmão apertado e Victor chora ainda mais.
Porra! Eu não imaginava que ele fosse tão sensível, mas
também depois de tudo que passou hoje, não é para menos.
— Eu vou ficar bem, eu prometo! — Ele se solta do irmão
envergonhado e abraça o pai novamente.
David apenas encara Victor atento e sai indo em direção a
saída do corredor, eu sigo logo atrás com Demétrio e o Sr.
Patterson.
Capítulo 07
UM MÊS DEPOIS...
Não sei de onde tirei tanta ousadia para fazer isso, mas eu
não podia deixá-lo ir sem antes conversarmos. Quando passei pelos
meus pais correndo e os vi tranquilo, tive a certeza de que isso era
um bom sinal, levando em conta que meu pai havia ido conversar
com Matthew, depois de nos flagrar em um momento bem íntimo,
pensei que meu pai fosse colocar a casa abaixo por isso mas me
surpreendi, eu preciso confiar mais nas minhas intuições.
Apenas perguntei onde Matthew estava e meu pai Gael
suspirou fundo apontando em direção a porta, não dei tempo para
eles me contestarem e sai apressado atrás do meu guarda-costas.
Não vou negar, me surpreendi quando ele disse que meus pais
também não aceitaram a sua demissão, isso fez o meu coração
disparar de alegria.
Quando saímos da mansão eu os vi parados na porta de
casa, e mesmo me vendo sair de moto com Matthew, eles pareciam
tranquilos com isso. O que será que aconteceu quando eles
conversaram?
Chegamos novamente no apartamento de Matthew e ele
estaciona na mesma vaga de hoje cedo, ele me dá a mão para me
ajudar a descer e assim o faço, ele desce em seguida encarando-
me de um jeito que não sei explicar, sua expressão é neutra e isso
me confunde.
— Você deve estar me achando um tolo pelo que fiz,mas eu
precisava falar com você longe dos meus pais e...
— Vamos subir! Conversaremos melhor lá em cima. — Ele
me indica o elevador ainda sério, no entanto, seguimos lado a lado.
Será que errei em vir com ele? Será que ele ainda tem
interesse em mim? O que ele conversou com os meus pais? Será
que ele ainda vai querer se afastar de mim?
Subimos em silêncio e logo estamos entrando no seu
apartamento, olho em direção a varanda fechada e sorrio ao me
lembrar da loucura que fizemos hoje.
— Eu gosto disso... De te ver sorrindo. — Ele para na minha
frente atento a mim.
— O que você conversou com os meus pais? Porque você
disse que eles não aceitaram a sua demissão...? Porque precisava
ficar sozinho para pensar sobre o que conversaram? — Pergunto
curioso e vejo-o respirar fundo.
— Vem! Vamos nos sentar. — Ele me pega pela mão me
levando para o sofá, nos sentamos lado a lado. — Em primeiro
lugar, a conversa com o seu pai foimais tranquila do que eu poderia
imaginar. Em segundo lugar, eles não aceitaram a minha demissão
por tudo que eu já fiz e sempre vou fazer por você e sua família...
Em terceiro lugar, eu precisava ficar sozinho para pensar em tudo
que está acontecendo, para pensar em tudo que ouvi dos seus pais.
— Seus olhos estão fixos nos meus mas me levanto abruptamente.
— Olha, eu não sei o que os meus pais te disseram para te
deixar assim tão pensativo, mas coisa boa parece que não foi...
Matthew! Vou afirmar o que eu disse mais cedo, ainda não estou
pronto para me envolver com ninguém agora, mas eu quero te
conhecer melhor, eu... Eu estou confuso, ao mesmo tempo que
tenho medo de me deixar envolver, eu quero estar perto de você,
não quero que se afaste de mim... Cacete! Você disse estar
apaixonado por mim e confesso que não esperava por isso. Não sei
ao certo o que sinto por você, mas... Meu pai Scott afirma que eu
também me apaixonei por você... Eu não sei explicar, eu nunca senti
isso antes, nem mesmo por aquele canalha do Thiago...
Me sinto aflito, me sinto eufórico mas também me sinto
amedrontado e tímido como nunca me senti antes.
— Não fala o nome daquele desgraçado! Não suporto ouvir
esse nome saindo da sua boca. — Repreende-me em um tom sério
também se levantando. — Eu vou dizer sobre o que eu conversei
com os seus pais, e vou dizer a resposta que tive.
Ele aproxima-se mais me olhando dentro dos olhos e a sua
aproximação me estremece, me deixa tenso como ninguém mais
deixou antes. Engulo em seco.
— Eu falei a verdade a eles, contei que não posso te proteger
porque me apaixonei por você e reconheci o meu erro, eu não devia
ter deixado isso acontecer. — Suas palavras me causam um aperto
no peito e minhas lágrimas aparecem rapidamente, mas me seguro
para não chorar. — Eu pedi demissão para me afastar de você,
mesmo não sendo esse o meu desejo, porque não sei como seria
para mim não poder te ver mais. — Sinto seus dedos tocarem o
meu rosto e minhas lágrimas descem sem a minha permissão. —
Mas graças a Deus, os seus pais me deram permissão para me
aproximar de você, pois eles também já perceberam que nos
gostamos, que somos correspondidos um pelo outro... E eu quero
você, Victor Bennet Patterson! Estou louco por você. — Ele me puxa
para o seu corpo e eu vou de bom grado, sentido um imenso sorriso
crescer em meu rosto. — Estou ciente de que preciso ir devagar,
que preciso merecer a sua confiança, e... Eu também quero te
conhecer melhor. Mas nesse momento, eu daria tudo por um beijo
seu... Quero sentir os seus lábios doces e macios mais uma vez. —
Ele sorrir vagando os seus dedos pelo meu rosto e eu abraço o seu
pescoço.
— Compartilhamos o mesmo desejo... Matthew Ragazzi. —
Minha voz trêmula não me impede de puxá-lo pela nuca e beijá-lo
ardentemente.
Matthew retribui com a mesma intensidade me apertando
contra o seu corpo, como se quisesse nos fundir um ao outro. Suas
mãos me apalpam e me acariciam, sinto que ele já está excitado e
ofego na sua boca. Ele me ergue em seus braços e eu enlaço as
minhas pernas na sua cintura, sinto quando ele se senta no sofá
comigo em seu colo e geme na minha boca, quando me sento no
seu colo pressionando a sua ereção. Meu corpo inteiro se arrepia
com as suas mãos subindo por baixo da minha blusa, acariciando
as minhas costas.
— Eu quero tanto você... Ahh eu quero muito, Victor...
Caralho... — Sussurra deitando-me no sofá pondo-se sobre mim e
isso me assusta.
— Vamos com calma...? Por favor...? — Peço tão ofegante
que mal consigo respirar.
Matthew encara a minha boca e volta a encarar os meus
olhos, ele se ergue voltando a se sentar no sofáe eu façoo mesmo.
— Me desculpa? Eu não queria me descontrolar com você,
mas é que... Porra você me deixa louco... Essa boquinha
vermelhinha é tentação demais para eu conseguir resistir. — Vejo-o
se levantar angustiado mas ele para me olhando daquele mesmo
jeito intenso.
— Que tal pedirmos comida...? Ou podemos sair para
almoçar em algum lugar... Estou com fome... — Me levanto me
sentindo tenso com os seus olhares sobre mim.
— É melhor pedirmos algo para comermos aqui mesmo. Não
quero ficar tão à vontade e acabar me descuidando da sua
segurança, não vou me perdoar se eu cometer esse erro. Seus pais
estão confiando em mim e acredite, ainda estou surpreso por eles
permitirem que eu me aproxime de você emocionalmente, jamais
imaginei que isso fosse possível, e digo mais, eu pensei que seria
expulso da mansão a ponta pés pelo meu atrevimento de me
apaixonar por você... — Sorrio pelo seu jeito engraçado de falar,
quando dou por mim já estou as gargalhadas. — Não ria! Eu estou
falando sério... Quer dizer, ria... Eu adoro ver você sorrindo, você
fica ainda mais lindo assim... Jamais imaginei que um garoto tão
lindo, rico, tão doce e gentil fosse capaz de se interessar por um
simples guarda-costas, jamais imaginei que você pudesse me olhar
dessa forma... Com carinho, com desejo. — Ele aproxima-se me
admirando de um jeito diferente, não sei explicar, será que é mesmo
paixão?
— Quando eu me interesso por alguém, não olho a classe
social, não olho o status financeiro,não olho beleza mas não posso
negar... Você é lindo e seus olhos azuis intensos me deixam
nervoso... Me faz ofegar como agora... Eu... Eu sinto que quero
você, mas ainda tenho receios, ainda não me sinto pronto para
isso... — Ele me puxa para o seu corpo me deixando ainda mais
ofegante que antes.
— Relaxa! Será tudo no seu tempo, eu jamais vou te forçar
ou te obrigar a nada que você não queira... Mas quero que me
perdoe caso eu não resista e passe um pouco dos seus limites, se
isso acontecer, é só pedir para eu parar e eu o faço,você me ouviu?
— Seu sorriso se abre mais aqui pertinho do meu rosto, me
deixando mole e de pernas bambas. Eu apenas concordo.
— Ok... Tudo bem... Obrigado pela compreensão... — Aperto
os seus braços fortes me sentindo trêmulo por ele sorrir tão
abertamente para mim.
— Posso te fazer uma pergunta? Se não quiser responder
não tem problema, eu vou entender. — Suas mãos grandes apertam
sutilmente a minha cintura e eu engulo em seco. — Eu fiquei muito
aliviado quando soube que aquele canalha não conseguiu cometer o
ato contra você, você não merecia ter passado por aquilo, mas...
Estou curioso para saber se ainda é virgem? Se já teve alguém...?
— Pergunta receoso e eu tento me soltar do seu aperto, mas ele
não deixa. — Ei! Relaxa? Como eu disse, se não quiser responder
não tem problemas, se é virgem ou não isso não importa, eu só
fiquei curioso. — Ele me segura pela nuca apreensivo mas consigo
me soltar dele.
— É melhor pedirmos logo a comida... Podemos conversar e
nos conhecer um pouco mais enquanto almoçamos... Ahh...
Sigo em direção a varanda mas sinto ele me puxa me
colocando contra a parede. Gemo respirando com dificuldade.
— Não foge de mim? Não vou te fazermal algum, Victor... —
Seu tom rouco mais uma vez me estremece.
— Eu ligo...? Ou você ligar...? Para pedir comida... Oh meu
Deus... Você já sabe a resposta para sua pergunta, então não me
torture...? — Pergunto em um fiode voz, mas amoleço quando sinto
os seus lábios úmidos no meu pescoço.
— Realmente... Eu sei a resposta, mas queria ouvir da sua
boca a confirmação.
Seus dedos mais uma vez tocam o meu rosto, seu corpo
pressiona o meu me fazendosentir o meu pau latejar pois não tem
como não ficarexcitado com ele assim, colado em mim me olhando
desse jeito faminto. Balanço a cabeça concordando.
Capítulo 22
— Por isso o meu medo e receio... Por isso não estou pronto.
Porque eu nunca transei antes, nunca dormi com ninguém... — Olho
nos seus olhos e vejo carinho, ternura e paixão, vejo a sua
preocupação comigo, vejo tudo que não vi com Thiago e nenhum
outro.
— Eu só perguntei para ter certeza, não quero fazer nada
que te deixe desconfortávelou com medo de mim. Vou ser paciente
e esperar o seu tempo porque eu sei que você será meu. — Sua
voz suave e tranquila me acalma, mas as suas mãos apertando a
minha cintura me faz tremer.
— Você é mais maduro e experiente que eu. Porque se
interessou por mim? Você também me acha ingênuo demais? —
Encaro a sua boca desejando beijá-lo mais uma vez, mas preciso
me controlar ou não vamos conseguir conversar.
— Eu não te acho ingênuo, você é inocente demais e não vê
a maldade das pessoas, você é puro, é doce e gentil, é meigo e
algumas pessoas se aproveitam disso para o mal... Mas eu me
apaixonei por você exatamente assim, então não mude. Se tiver que
se tornar mais forte e ser mais malicioso com as coisas do mundo,
eu vou te ensinar a ser assim, eu vou estar com você a partir de
agora. — Seus lábios aproximam dos meus lentamente e ele me
beija com calma, com doçura de um jeito diferente.
Me entrego ao prazer desse beijo sem me dar conta de que
estou gemendo na sua boca, e puxando os seus cabelos
intensificando o nosso beijo.
— Se continuar assim eu não vou resistir... Porra você me
deixa louco... Você é tão gostoso... — Sussurra entre os beijos se
esfregando em mim e eu me assusto.
— Oh meu Deus... Matthew... Pede a comida pra gente? Eu
estou com fome... Vou ao banheiro e já volto... — Solto-me dele
abruptamente e me apresso para chegar ao banheiro.
Meu Deus, esse homem me deixa forade mim, me fazquerer
coisas que ainda não me sinto preparado. Ainda não nos
conhecemos e eu já sinto esse fogo todo, esse tesão que me
enlouquece.
Jogo uma água no rosto e passo a mão molhada no pescoço
e na nuca, sinto a temperatura do meu corpo mais quente que o
normal, na verdade sinto que estou pegando fogo.
Depois de alguns minutos trancado no banheiro, eu
finalmente saio o encontrando falando ao telefone, ele conversa
bem descontraído me olhando daquele mesmo jeito intenso de
antes.
Passo por ele olhando algumas fotosna sua estante, vejo um
casal com um rapaz sorridente ao lado de Matthew, eles parecem
felizes.Olho algumas molduras na parede também de fotos com as
mesmas pessoas, será que é a família dele?
— São os meus pais, eu e meu irmão... Na minha próxima
folga vou te levar para conhecê-los, você vai gostar deles. — Me
assusto com ele me abraçando por trás, quando foi que ficamostão
íntimos assim?
— A sua família aceita o fato de você ser gay? Você já
apresentou alguém para eles antes? — Pergunto curioso enquanto
admiro a fotografia.
— Sim, todos eles aceitaram bem a minha orientação
sexual... E sim, eu já apresentei alguém a eles antes e foi super
tranquilo. — Comenta tranquilamente então me viro para encará-lo.
— Você disse que está apaixonado por mim, mas paixão
pode ser passageira... Quais são as suas reais intenções em se
aproximar de mim? Quer passar tempo? Se divertir ou algo do
tipo...? — Me deixo mover pela curiosidade e o vejo respirar fundo,
mas ele não me solta de mim.
— Se eu quisesse passar tempo ou me divertir com alguém,
não escolheria justo o filho dos meus patrões, além de colocar o
meu emprego a prêmio estaria colocando a minha vida em risco
também. A minha sorte é que os seus pais enxergaram a minha
verdade, eles sabem exatamente o que eu quero e sinto por você.
— Argumenta me olhando nos olhos e eu fico sem palavras. —
Você já se apaixonou antes por alguém? Sabe como é estar
apaixonado...? Sei que sente desejo por mim, mas além disso você
saberia me dizer o que mais sente por mim, Victor...? Você já me
disse que está confusoe eu te entendo, mas você se ver tendo um
relacionamento comigo? O seu guarda-costas? — Suas perguntas
me deixam ainda mais tenso.
— Eu pensei ter me apaixonado por aquele infeliz,você sabe
a quem me refiro, mas tudo que eu pensei estar sentindo por ele
mudou no instante em que ele me decepcionou pela primeira vez,
eu não sentia mais que pudesse ser paixão, e depois do que ele fez
tudo se transformou rapidamente em ódio e repulsa... Como eu
disse antes, não sei dizer o que sinto por você, eu só sei que
também te quero... Não quero que me deixe, não quero que se
afaste e tenho medo de me magoar, de me decepcionar mas eu
sinto que você pode ser diferente... E com certeza eu me vejo tendo
um relacionamento com o meu guarda-costas, mas ainda quero te
conhecer melhor. — Desabafo ainda em seus braços e vejo aquele
sorriso lindo se abrir aqui pertinho.
— Você não faz ideia de como é bom ouvir isso. Você não vai
se arrepender por me dar uma chance, eu te garanto... Agora vem!
Eu vou te apresentar melhor a minha casa, mais cedo você ficoutão
tenso que não tive oportunidade de te mostrar tudo. — Matthew me
dá um breve beijo e me puxa pela mão me levando até a cozinha.
Sorrio enquanto ele me mostra tudo, ele me serve um copo
de suco e fomos para os outros cômodos do apartamento, ele me
mostra o quarto de hóspedes e depois o seu quarto. Até que é bem
agradável e bem arrumado, as corres não são tão escuras mas
também não muito claras, a sua cama parece muito confortávele eu
coro ao me imaginar deitado nela.
— Está corado, porque está envergonhado...? — Sinto ele
abraçar a minha cintura por trás, e mais uma vez o seu toque me
estremece e me deixa excitado.
— Não estou envergonhado... Até que o seu apartamento é
bem aconchegante, eu gostei daqui. — Solto-me dele dando a volta
na cama e olho pela janela, tento me acalmar internamente mas
falhei.
— Se não está envergonhado, então porque está vermelho
desse jeito...? Seus lábios ficamainda mais vermelhos quando está
corado, e isso me deixa ainda mais louco para ter você. — Sua voz
rouca no pé do ouvido me faz sentir as minhas pernas bambear.
Suas mãos apertam a minha cintura e sinto a sua ereção
pressionar a minha bunda. Ofego e me estremeço, viro o rosto para
encará-lo mas ele me beija ardentemente, me beija com desejo e
mais uma vez me rendo, retribuo beijando-o ferozmente e me viro
para ele abraçando o seu pescoço.
Matthew abraça o meu corpo me guindo para algum lugar,
logo sinto-o me deitar na sua cama macia pondo-se sobre mim.
Sinto o quanto ele está excitado porque eu também estou, estou em
chamas, sinto o desejo me consumir me deixando fora de mim.
Sua boca desce chupando o meu pescoço enquanto suas
mãos me apertam, me faz ofegar , me deixa possuído pelo desejo.
— Você é maravilhoso... Porra eu não consigo resistir... —
Geme no meu pescoço enquanto me apalpa. Sinto ele segurar o
meu pau me acariciando.
— Matthew... Caramba... Ahh... O que está fazendo...?Ohh...
— Me descontrolo gemendo e me arqueando de tesão.
— Relaxa! Não vamos transar ainda... Eu só quero te dar um
pouquinho de prazer. — Sua mão entra na minha calça invadindo a
minha cueca e me agarra, me segurando firme.
— Estamos indo rápido demais... Não íamos nos
conhecermos primeiro...? Meu Deus... O que você está fazendo
comigo...? Porque me faz te desejar tanto...? Ahh... — Questiono
em um fio de voz sentindo que posso gozar a qualquer momento.
Mas não quero passar vergonha e sou salvo pela campainha
tocando, respiro fundo aliviado.
— Merda...! Eu esqueci da nossa comida... Ainda não
terminamos o que começamos, ouviu? — Ele me dá um breve beijo
e se levanta me deixando aqui sem reação.
Meu guarda-costas sai do quarto ajeitando a sua roupa e eu
tento me recompor. Me levanto ainda me sentindo atordoado com o
que aconteceu aqui, porra eu quase gozei na mão dele de tão
excitado que estou.
Saio do quarto e me apresso para entrar no banheiro, me
olho no espelho e estou vermelho feito um tomate, meu Deus que
louca é essa que está acontecendo aqui? Esse homem se declarou
para mim hoje e eu já estou quase me entregando a ele, porque sou
tão vulnerável com ele? Com Thiago eu não era assim e hoje
agradeço por isso, ou me arrependeria pelo resto da vida.
Depois de jogar uma água no rosto e ajeitar o cabelo, arrumo
também a minha roupa e saio do banheiro, vendo-o arrumar a mesa
com o nosso almoço, e o cheiro está divino.
— É melhor comermos antes que esfrie. — Ele espera que
eu me aproxime e puxa uma cadeira para mim.
Sento-me e ele fazo mesmo servindo dois copos com Coca-
Cola. Nos servimos e começamos a comer e ele tem os seus olhos
atentos em mim.
— Não acredito que você está aqui, almoçando comigo e
aceitou que nos conhecêssemos melhor... Você é um garoto muito
especial, Victor. — Comenta entre uma garfadae outra mas eu ergo
uma sobrancelha.
— Não sou mais um garoto, Sr. Ragazzi! Sou um homem
adulto assim como você! — Rebato com um pequeno sorriso e ele
também ergue uma sobrancelha.
— Tem razão, você não é mais um garoto... Um garoto não
me deixaria assim tão louco como você me deixa. — Seu sorriso
malicioso me faz corar violentamente, pois sei a que ele se refere.
— A comida está deliciosa... Você teve muito bom gosto na
escolha dos pratos... Me fala um pouco mais de você? A quanto
tempo trabalha como segurança? Quais são os seus gostos e
preferências? — Pergunto realmente curioso e ao mesmo tempo
tentando evitar os seus olhos maliciosos sobre mim.
Capítulo 23
UM MÊS DEPOIS...
UM MÊS DEPOIS...
UM MÊS DEPOIS...
FIM!!!
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