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UM ROMANCE DE GREENELLY
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Agradecimento
Capítulo 1
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
— Por favor! Quando foi a última vez que foi a uma boate? —
Emma implora.
Se eu achava Damon a pessoa mais insistente do mundo, com
toda certeza não tinha visto Emma Carson decidida. E nesse
momento minha cara amiga de cabelos azuis está obstinada a me
arrastar para a inauguração de uma boate. Não seria nada de mais se
hoje não fosse uma segunda-feira e se meu chefe não fosse meu
noivo, sem contar o fato de que eu odeio lugares lotados e me sentir
sufocada no mar de pessoas cheirando a álcool e testosterona.
— O que te faz pensar que eu iria a uma boate em plena
segunda-feira?
Aliás, que tipo de pessoas vão à festas em plena semana útil?
— Pessoas como Emma — no mínimo alguém com empregos
iniciados após o meio-dia ou chefes que não precisam acordar cedo.
— Vai ser a melhor festa do ano! Lia, você tem 23 anos! —
diz, dramaticamente e para na minha frente. — Pode levar o babaca
do seu noivo!
Olho em volta à procura de alguém que tenha ouvido a ofensa
em alto e bom som de Emma no meio dos corredores da Imperion.
— Não pira, Emma! Eu não gosto de baladas e tenho trabalho
amanhã, caso não se lembre! — rejeito seu pedido e continuo meu
caminho até o elevador.
— Se você pedir com jeitinho o babaca te deixa livre na parte
da manhã… E como é meu dia de folga, não teremos problemas! —
conta seu plano mirabolante.
— Eu não vou pedir privilégios só porque estou com o dono
da empresa! — digo, ofendida.
Se me recuso a vir para o trabalho juntos, pedir uma “folga” é
a última coisa que faria. Mesmo que no último mês eu esteja
praticamente morando no apartamento de Damon, já disse que não
quero ser tratada com mais privilégios que os outros funcionários.
— Eu sei que não! Mas não estará pedindo pra acrescentar seu
nome na logotipo da empresa, é só uma folga! — diz mais
calmamente.
— Damon não me dará folga, eu sou sua secretária!
— Noiva!
— Não inventa, Emma…
— O Carter não vai te negar uma folguinha… Qual é?! Está
estampado na cara de idiota dele que não consegue te dizer não!
— Você diz isso como se Damon fosse um namorado bobo e
iludido! — digo, sarcástica.
Mal sabe ela que eu e Damon vivemos em pé de guerra, e
mesmo amando aquele babaca, ele está longe de ser um homem que
se deixa ser comandado. Principalmente por mim.
— Mas ele é um babaca apaixonado! — diz como se fosse um
fato óbvio.
Iria responder que Damon não é o tipo de cara que abaixa a
cabeça, mas sou interrompida por uma tosse forçada bem atrás de
mim. Conhecendo meu nível de má sorte, posso imaginar de quem
seja.
— Quem é babaca apaixonado? — Sua voz rouca só
concretiza o que eu já sabia.
Emma abre a boca para responder, mas não deixo.
— Ninguém! — digo primeiro e lanço um olhar mortal para
ela. —Boa noite, Emma!
Como eu achei que a Smurf personificada fosse me dar
ouvidos?
—Carter eu e Lia estávamos discutindo sobre a vontade de ir a
uma inauguração de uma boate hoje, mas ela precisaria de uma
folga… — diz com sua melhor cara de fingimento.
— Quer que eu dê folga para Lia? — Damon pergunta, calmo
demais para minha surpresa.
— Exatamente! — Emma sorri como se estivesse ganhando
um enorme pedaço de chocolate.
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Damon Carter
Lia Harper
Damon Carter
— E se ela disser não? — pergunto apavorado.
Falta dez minutos para buscar Harper e simplesmente perdi a
capacidade de controlar minha respiração. Ela vai perceber de cara
que estou aprontando algo, isso se já não percebeu. Passei o resto do
dia organizando tudo no “nosso” apartamento, flores, velas e tudo
que Dominic achou de romântico.
Tudo que preciso fazer é criar coragem e fazer o pedido.
Talvez devesse ter tomado uma bebida. Ou duas.
— Se ela negar, eu posso ficar com as velas? — Ethan grita do
outro lado do telefone.
— Óbvio que não, eu comprei, portanto minhas velas — Dom
responde.
Meu nível de desespero é tanto que deixei esses dois idiotas
organizarem meu pedido de namoro.
— Ninguém toca nas velas!
Se ela negar, terei um instrumento para queimar aquele
apartamento.
Dramático?
Nunca disse que não era.
— Damon, você irá se atrasar! Quer morrer antes do sim? —
Dom debocha.
— Estou pronto! — minto.
— Está tremendo feito um marica, não está? Dominic eu disse
pra irmos com ele!
— Calem a boca!
Grito e desligo ao som da risada de Ethan.
Bastardo. Deveria ter ficado em Roma.
Não preciso de mais dois motivos para me estressar. É agora
ou nunca.
Lia Harper
Namorar.
Sorrio por pensar em como isso me surpreendeu.
— Lia, estou esperando sua resposta. Amor?
Ele de joelhos é tão lindo que quero beijar.
— Sim, claro que sim!
Ele suspira aliviado e com delicadeza põe o anel prateado em
meu dedo anelar junto com o meu anel de noivado. Rio com a
atitude. Terei uma coleção de anéis no meu relacionamento com
Carter.
— Ótimo! O próximo anel no seu dedo será nossa aliança —-
diz e dá aquele sorriso que tanto amo.
— Espero que não haja lavanda na próxima.
— Eu mato Dominic.
Olho ao redor e sorrio ao ver o quão magnífico ficou a
decoração.
— Ficou tudo lindo.
Ele me puxa para si e me envolve num abraço apertado. São
essas pequenas demonstrações de carinho que me fazem o amar
ainda mais.
— Eu te amo, Harper. — sussurra em meu ouvido e distribui
beijos em meu rosto. —-Namorada.
Me perco na sensação agradável de ter Carter tão próximo e
me deixo ser guiada escada acima em direção ao quarto.
— Me promete uma coisa?
Interrompo o beijo e o encaro.
— Tudo que quiser, amor.
— Sem mais desconfianças.
— Eu prometo, Damon.
Tinha que ser tão sexy?
— Acabou de me pedir em namoro e já quer me levar pra
cama?
— Exatamente.
Rio e dou um gritinho quando ele me joga na cama.
— Que romântico!
— Não sou bom em ser romântico — diz sorrindo,
maliciosamente. — Mas se isso melhora as coisas — ele se deita por
cima de mim e olha fixamente para meus olhos —, eu vou te foder
com todo amor do mundo.
Dou risada e ele rasga meu vestido.
— Eu espero que sim.
Seus beijos descem pelo meu corpo e chegam até minha
calcinha de renda. Ele sorri e a puxa.
— Não está rindo agora, secretária?
Quando estou totalmente nua e ele ainda em seu terno, seus
dedos traçam caminho pela curva do meu corpo. Em um único
puxão ele me vira de bruços e prende meus braços atrás das costas.
— Eu vou te lembrar por que sou o chefe.
Sinto minha nádega direita arder.
— Damon!
— Estou aqui namorada, estou aqui.
Capítulo 18
Lia Harper
Ethan White.
Lia Harper
4:52 AM
— Quem pode ser? — Damon resmunga se levantando.
Raramente é um bom sinal quando alguém bate na sua porta
durante a madrugada. Acompanho Carter até o andar de baixo e
espero que ele abra a porta.
— Dominic? — ele diz espantado.
Dom entra na sala com o rosto cheio de hematomas e com um
corte no lábio inferior, mas junto a ele está um homem que está
igualmente ferido.
— Meu Deus! O que aconteceu? — grito preocupada e
Dominic só dá de ombros.
Dominic olha para o estranho e depois para o primo. E pelo
olhar mortal de Damon, chuto que já conhece essa pessoa.
— Esse é Allan Seller, PAI do filho da Anabela — Dom diz e
minha boca se abre em choque.
Mas que merda é essa?
— Oi, Dammy! — o tal Allan diz. — Sentiu saudades?
— Filho da puta! — Damon grita e é impedido por Dom de
socar o intruso.
Eu estou perdida… De onde esse cara surgiu?
— Eu já bati nele o suficiente.
— Eu vou matar esse filho da puta!
Allan parece estar gostando da cena e até ajeita o cabelo.
— Quanta violência, irmãozinho… Não vai me apresentar sua
noiva?
Irmão?
— Quem é ele, Damon? — pergunto e ele me encara. —Você
não tem irmãos.
Seller ri com gosto e começo a ficar perdida.
— Escondendo a família, que feio, Dammy, papai ficaria
chateado.
— CALA A SUA BOCA! VOCÊ NÃO É MEU IRMÃO! —
Carter grita, mas Allan não perde o sorriso.
— Damon! — chamo.
Meu namorado me olha e penso sobre se conheço mesmo meu
par.
Allan Seller é mesmo irmão de Carter.
— Parece que nosso pai não te deu educação! — zomba e olha
para mim. — Olá, Lia Harper, sou seu cunhado.
Quantas mentiras Damon ainda me esconde?
— Eu quero uma explicação para isso, Damon! — digo, séria
e ele desvia o olhar.
— Vou te explicar! Lia, por favor, não pense demais, é
complicado.
— Adoro reuniões de família! — Allan diz rindo e se
acomodando no sofá. — Tem uísque?
— Três pessoas nesta sala querem te matar, Seller! Cala a
merda da boca! — Dominic ruge.
Allan levanta os braços, mas o sorriso debochado permanece.
— O que é a família sem uma boa dose de intrigas, não é?
Priminho querido!
Tenho medo do que essa conversa vai revelar. Robert Carter
possui um filho bastardo?
— Comecem a contar! Se omitirem uma palavra eu nunca
mais olho pra nenhum de vocês!
— Gostei dela.
—CALA A BOCA, SELLER! — gritam os dois juntos.
Allan revira os olhos e dá de ombros.
— Bem-vinda ao lado sombrio da família, cunhadinha!
Respiro fundo e espero as respostas.
Chega de ser a última a saber de tudo.
— Quem é ele, e por que existe um irmão bastardo?
Capítulo 21
Lia Harper
Emma Carson
Damon Carter.
Não pode ser verdade! Meu pai jamais iria ser tão cruel a
ponto de negar ajuda ao próprio filho! Não o homem que me criou,
que me deu amor e me ensinou a andar de bicicleta. Existe uma boa
explicação para tudo isso.
E ele se chama Allan.
Ter um irmão sempre foi um sonho, mas para minha total
surpresa, no meu aniversário de 15 anos, um cara humilde surgiu na
minha festa com um olhar admirado e dizia ser meu irmão mais
velho. Eu não acreditei, obviamente, era um moleque egoísta e
mimado que acabou por mandar o próprio sangue para prisão. Meu
pai admitiu ter conhecido a mãe de Allan e depois de muitos testes
foi provado a paternidade. Tarde demais!
Allan realmente criou um ódio mortal sobre minha família e
em parte o compreendo, foi humilhado e ignorado pela família. Mas
isso não prova seu lado da história, não acredito que meu pai era
ciente da sua existência antes dos 18 anos. Não é possível.
— Acho melhor eu dirigir… — Escuto Allan ao meu lado e
me viro. — Você não está prestando atenção na estrada.
Realmente. Preciso de foco para o que estou prestes a fazer!
— Eu sei dirigir! — resmungo.
— Eu percebi! — ironiza e olha pela janela. — A casa está
maior.
Entro na propriedade e Allan se remexe no banco.
Provavelmente sua primeira vinda aqui não lhe traz boas
lembranças.
— Ninguém vai te maltratar — informo.
Acima de tudo ele é meu irmão e mesmo se não fosse,
ninguém merece ser humilhado.
— Não tenho muita credulidade nisso… Sua mãe não é minha
fã.
— Aquele foi um dia de surpresa pra todo mundo, Allan, não é
sempre que se descobre que o marido tem outro filho! — defendo.
Saímos do carro e o nervosismo me invade. Deus queira que
Allan esteja errado. Sigo para casa com meu irmão bem atrás
admirando tudo. Não é justo ele não usufruir da fortuna que o
pertence.
Ando a passos rápidos até o escritório do meu pai, ele sempre
está por lá.
— Damon? — Minha mãe surge no corredor sorrindo. —
Filho que surpresa agradável!
Olho para trás e vejo Allan olhando para o teto. Superdiscreto.
— Mãe, viemos falar com o meu pai.
Ela percebe a presença do meu irmão e seu sorriso morre.
— Allan? — diz, surpresa e ele a encara. — Está tão
diferente…
E lá está o sorriso debochado que tenho a leve impressão de
ser idêntico ao meu, ele se aproxima e continua a olhar minha mãe.
— Não pareço o garoto humilde que você humilhou?
Merda!
— Eu não quis lhe ofender, querido…
— Querido? Guarde suas desculpas pra você, Marta, me poupe
das suas palavras.
Não posso o julgar, nada no mundo se compara com a dor que
o fizemos sentir. Se tudo fosse diferente, gostaria de ter um irmão
mais velho.
— Allan, vamos! — peço e ele obedece. — Mãe, depois falo
com você.
— Tudo bem, filho, ele tem todo direito de me odiar.
— Linda reunião de família, mas dá pra agilizar, Damon? —
ele reclama e reviro os olhos.
Ando até o fim do corredor e entro no escritório sem bater,
hoje é um péssimo dia para formalidades. Meu pai está lendo alguns
papéis e logo levanta o olhar para nós.
— Filho… — Ele para de falar assim que vê Allan. — Você!
Meu irmão sorri irônico e se acomoda sem ser convidado.
Folgado!
— Pai, temos que conversar! — digo, sério e me sento ao lado
de Allan. — Sobre ele.
Meu pai fica pálido e olha com ódio para Allan. Como é?
— Nada do que ele disse é verídico! — ele diz, grosso.
— Está com medo? Vai chamar seu advogado agora e pedir
para me esconder de novo, paizinho? — ironiza.
— O que você quer, Allan? Mais dinheiro?
Estou perdido. Dinheiro?
Meu irmão ri em deboche e nega com a cabeça.
— Eu nunca usei um centavo do seu dinheiro, Robert! O seu
tão precioso dinheiro! — zomba e me olha. — E não vou.
— Pai, me explica o que está acontecendo!
— Ele está te fazendo ficar contra mim, Damon! Ele não se
importa com você!
Será?
—NÃO OUSE DIZER QUE ESTOU USANDO MEU
IRMÃO! — Allan grita e se levanta irritado. — Foi por ele, durante
todos esses anos que eu nunca apareci! Foi pra não deixar meu
irmão perder um pai!
— Não minta, Allan!
Olho para meu irmão e vejo o ódio nítido em seu olhar. Allan
está certo!
Deus, meu pai é um monstro!
— Mentir? Quer mesmo dizer que estou mentindo? — Ri
irônico e me olha. — Seu pai me ofereceu milhões para deixar você
e sua família feliz pra trás! Conta pra ele, Robert! Conta que me
deixou em um orfanato para não sujar sua imagem!
Olho para meu pai que está chorando. Eu não conheço esse
homem na minha frente.
— Você é um monstro! — digo com raiva.
— Foi pela nossa família, Damon! Por nós…
— Família? Você deixou seu próprio filho sofrer pra manter
uma imagem idiota! — grito e ele chora com força. — Ele não tinha
culpa da sua traição!
— Filho…
— Não me chame assim! Sabe quantas vezes eu quis um
irmão? Quantas vezes eu brinquei sozinho? — grito e ele não
responde. — Você não sabe ser pai…
Olho para Allan e sinto sua dor mil vezes mais forte. Que
culpa ele tem?
— Ele engravidou sua mulher, Damon! É essa a família que
quer?
Olhamos sérios para meu pai e ele percebe a burrice que fez.
Esse tempo todo ele soube da traição de Anabela.
— COMO SABE SOBRE ISSO? — questiono e ele se cala.
— CONTA LOGO! COMO SABE?
— Aquela mulher queria fazer parte da família… Eu não iria
deixar! Te mandei para Roma! — diz e abaixa a cabeça.
— Então, eu fui o Carter perfeito para uma gravidez… —
Allan diz, sério e o seguro. —VOCÊ MATOU MEU FILHO, SEU
MONSTRO! SEU NETO!
— Ela se matou… Eu me arrependo de não ter ouvido as
ameaças… Não quis! — diz chorando.
— ISSO NÃO TRAZ MEU FILHO DE VOLTA, SEU
CRÁPULA! — Allan grita e chora. — Meu filho…
Isso não pode estar acontecendo! Meu pai é muito pior do que
pensei!
— ESQUEÇA QUE POSSUÍ FILHOS! — digo, ríspido e olho
para Allan. — Vamos…
— Só mais uma coisa! — Allan retira um papel do bolso e
joga sobre a mesa. — Aqui está todo o dinheiro que você me deu
durante toda minha vida!
— Como se manteve? — meu pai questiona, surpreso.
— Trabalhando! — diz, orgulhoso. — Meu diploma foi por
esforço!
— Allan… — meu pai chama, mas ele o corta.
— Pra você, é Doutor Allan! — diz e se vira para mim. —
Vamos, irmão, a única coisa boa que aquele crápula fez pra mim foi
você!
Sorrio de canto e dou as costas para o homem que perdeu
qualquer sentimento que um dia já nutri.
— Doutor Allan? — pergunto rindo.
— Sempre quis dizer isso a ele! — admite e ri. — Como está?
Péssimo.
— Vou ficar bem! E você?
— Com fome, o desgraçado do Dominic foi me tirar da cama
às 3h da manhã.
— Vamos comer alguma coisa, ainda tenho que preparar meu
psicológico para ouvir Ethan contar sobre Emma…
Mais problemas! Espero que pelo menos um de nós tenha tido
um dia bom.
— Aliás, Lia parece uma boa garota — diz, sincero e sorrio,
— Cuida dela.
Ela é o meu mundo.
— Eu amo aquela loira! — admito e ele sorri. — Sabia que ela
é minha secretária?
Allan solta uma gargalhada e me dá um tapa satisfeito.
— Sexo no escritório? Bom garoto!
— E você nunca aproveitou seu consultório? — implico e ele
sorri de canto.
— Me respeita, garoto! Sou mais velho! E cuido de crianças!
— diz, sério, mas logo sorri maliciosamente. — E algumas mães…
Dou risada e nego com a cabeça. Acho que tenho um irmão
para não ficar sozinho.
— Não conta isso pra Lia!
— Tenho amor a vida! — debocha e entra no carro. — Vamos!
Vamos!
Posso superar tudo isso! Tenho uma namorada que me ama,
dois amigos exagerados e um irmão que é mais leal do que meu
próprio pai. Vou sobreviver.
Capítulo 24
Lia Harper
Damon Carter.
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Lia Harper
Se a vida lhe dar limões, faça uma limonada. Mas nem todos
gostam de limonada.
Eu mesmo prefiro torta.
Essa metáfora não fez tanto sentido assim, mas em um resumo
do que eu quis dizer, meus problemas só se multiplicam. Primeiro
meus pais sofrem um acidente me deixando sozinha, segundo eu
consigo um emprego como secretária de um empresário importante,
e nos próximos dois anos meu chefe me tornou uma pessoa
estressada graças ao seu incrível mau humor e sorriso irritante, e
agora, depois de todas as coisas inimagináveis, cá estou eu, noiva
novamente do homem da minha vida que por sinal ainda é meu
chefe irritante.
Destino? Ironia?
— Lia, eu não gosto quando fica em silêncio!
Olho para meu lado e encontro Damon sério.
— Tenho o direito de ficar calada.
Não me julguem, eu amo Carter com todas as minhas forças e
no entanto ele mente para mim durante semanas, mente para mim
que estava se encontrando com sua ex maluca. Sinto muito por
Carmen, ninguém merece ter sua vida arrancada, mas ela está
obviamente usando o bom samaritano de Damon ao seu favor e ele
ainda não se tocou disso.
Não irei impedi-lo de ajudar alguém, mas dói como um
inferno saber que não confiaram em mim.
— Você ainda está brava? — pergunta e o ignoro. — Amor, eu
sinto muito ter mentido pra você!
Sente muito? Como eu queria socar aquela cara de cachorro
pidão, mas se tem uma coisa na qual eu sou ótima, é saber fingir
indiferença. E Damon Carter está sendo tratado com meu melhor
lado frio.
— Vai me ignorar até quando? — Ele se aproxima de mim. —
Lia…
Tinha que ser tão lindo? Como vou concluir meu plano de
ignorá-lo se meu corpo deseja o dele?
— Até o senhor perceber que uma relação precisa de
confiança! — digo e me afasto antes que me sucumba ao desejo.
— Harper… Eu errei em ter mentido, eu sei! Mas o que faria
no meu lugar?
— Eu contaria a verdade! Porque ao contrário de você, eu
confio… Ou confiava plenamente em você! — grito.
Ele abaixa o olhar e volta a se deitar.
— Se te faz bem me ignorar… Fique à vontade para fingir que
não existo! — diz e me olha sério. — Eu só não vou te esperar para
sempre!
— Está dizendo que quer terminar?
Não preciso dizer que meu coração se apertou.
— Eu já disse que te amo e isso nunca irá mudar, mas se toda
briga que tivermos você agir dessa forma… Não teremos futuro.
Respiro fundo. Ele pode ter um pouco de razão.
— Você mentiu, Damon, me enganou por semanas e isso é
algo que não se apaga apenas com desculpas -— digo e me acomodo
na cama. -— Fingir que está tudo bem é a única coisa que aprendi na
vida.
Ele me puxa para perto e deixo todas as lágrimas que se
acumulam saírem.
— Eu te amo, nunca se esqueça disso.
— Promete que nunca mais irá me esconder nada? — Levanto
meu olhar.
Ele sorri e beija minha testa.
— Eu prometo.
— Eu não vou te perdoar novamente, Carter, por mais que te
ame — aviso.
— Eu nunca irei deixar você, Lia, isso é a única certeza que
tenho na vida.
Sorrio e me deixo relaxar no peito de Damon.
Só espero que Carter consiga cumprir sua promessa.
Capítulo 31
Damon
Lia Harper
— Eu odeio você!
Reviro os olhos e como meu sorvete de morango com batata
frita.
— Para de reclamar, Dominic… Você é um chato! — digo me
deliciando com meu sorvete.
— Chato? Eu tenho dezenas de coisas para fazer, duas
reuniões e estou em uma lanchonete com uma grávida consumista!
Que culpa eu tenho se trabalhar me deu fome.
— Deveria ter chamado o Ethan, ele é mais legal que você.
— White caiu do berço!
— Damon disse que ele é um gênio.
Dom revira os olhos e acena.
— Ele é um gênio, um nerd de grau maior, mas ele usa o
cérebro para torrar minha paciência! Pobre Emma…
— Eles se merecem! Dois loucos. Pega mais batata pra mim?
Dom me encara incrédulo, mas concorda. Carters são tão
prestativos.
Brinco com os fios do meu cabelo que precisam urgentemente
de uma hidratação até que sinto uma presença. Levanto o olhar e
paraliso com a imagem que vejo. Carmen, muito mais magra, e
dessa vez não é por culpa das dietas, seus cabelos que antes eram
brilhantes e sedosos, só restaram um por cento do que um dia já foi.
Ela está horrível.
— Olha se não é a vadia que eu subestimei! — ela grita e ri.
Ela não está bem, parece descontrolada. Meu corpo se arrepia
com a péssima sensação que senti.
— Carmen, eu sei que não está bem.
— CALA A BOCA! CALA SUA BOCA, VADIA! — ela grita
e no ato seguinte todo meu sangue congela. — É TUDO SUA
CULPA! OLHA O QUE FEZ COMIGO!
Carmen segura uma arma apontada diretamente para mim.
Deus, não permita que nada aconteça ao meu filho.
Olho desesperada para as pessoas que correm ao meu redor e
vejo Dominic ao telefone desesperado. DAMON.
— Abaixa a arma, Carmen… Você não quer me matar.
— Ahhh, eu quero sim! — diz, sorrindo abertamente. — E
depois eu vou ficar com o meu Damon!
Ela está fora de si.
— Por favor, abaixa a arma! Vamos conversar… — Tento
enrolar, mas ela não atende meus pedidos.
— Eu tinha tudo até você surgir! Eu ficaria com ele e seríamos
felizes… Mas ele preferiu a secretária sem sal.
— Miller, abaixa a arma! — Dom grita e ela ri ainda mais.
— Calado, Dominic! Ou eu mato você também! Aposto que
meu amor vai me agradecer por isso.
Mesmo tentando parecer forte, as lágrimas inundam meus
olhos e rezo para que nada aconteça ao meu filho.
Poxa Murphy! Precisava exagerar?
— Carmen, não precisa fazer isso! Se é o Damon que você
quer… Pode ficar! — minto e ela segura a arma mais forte. — Mas
me deixa ir!
— NÃOOOO! QUERO SEU SANGUE, LIA! MORTA
NESTE CHÃO!
E tudo ficou em câmera lenta. Carmen apertando o gatilho,
homens a imobilizando e Damon gritando algo incompreensível para
mim. Senti algo quente escorrendo no meu peito e logo o chão é
meu sustento.
O que dizem sobre a morte é verdade, em uma hora você só
deseja batata frita e outrora deseja cinco minutos com o homem da
sua vida. Nos segundos que tive antes da escuridão chegar, minha
vida passou em um flash.
“Uma Lia mais jovem se olha no vidro espelhado do grande
prédio imponente que se destaca em meio a tantos outros em NY.
Uma entrevista de emprego para secretária é mais que um sonho.
Um homem de olhar penetrante que absolutamente nunca sorri me
encara e junto está outro homem com o olhar divertido. Meus
futuros chefes?
— Meu nome é Damon Carter e este é meu sócio Ethan White
— diz, seco e lê meu currículo. — Seu currículo diz que nunca
trabalhou em uma empresa.
Boa, Lia! Para de babar no Deus Grego a sua frente e se foca
no emprego, um homem como Damon Carter jamais irá olhar para
você!
— Sou competente, senhor Carter. Irei realizar meu trabalho
com maestria.
Ele não esboça emoção alguma. Frio. Cretino!
— Senhorita Harper, sou eu quem decide se seu trabalho é
bom ou não.
Grosso.
— Sim, senhor Gross… Quer dizer, Carter. — Gafe.
Jesus.
O tal Ethan ri e estende o braço até mim.
— Está contratada, Lia, gostei de você.
Sorrio tímida e olho receosa para Carter.
— Esteja aqui às 7h de amanhã, atrase um segundo e se
arrependerá de levantar da cama — diz, rude.
Que Deus tenha misericórdia! EU CONSEGUI UM
EMPREGO.
E apago.
Capítulo 34
Damon Carter
Lia Harper
Branco.
É a primeira coisa que vejo no instante em que abro meus
olhos, um imenso teto branco. Será que eu morri?
Tento movimentar meu corpo, mas uma dor aguda no meu
peito me faz arfar. Merda! Será que nem no céu meu azar me larga?
Olho para o lado e encontro os quatro homens da minha vida
dividindo um único sofá. Seria engraçado se não fosse pelo fato de
que rir me causa dor.
Damon está sentado na beira próxima à minha cama, enquanto
Ethan está dormindo com a cabeça no ombro de Dominic. Allan…
Bom, ele está no chão que por incrível que pareça parece bem mais
confortável que o sofá. Como não amar essa família?
Meu bebê. MEU BEBÊ! AI MEU DEUS!
— Damon… — digo com a voz rouca e nenhum deles se
move. — Damon!
Ele abre os olhos rapidamente e me olha. Seja lá o que tenha
acontecido após meu desmaio, Carter não ficou nada bem.
— LIA! — grita e se levanta rápido. — Amor! Graças a Deus!
Como está se sentindo? Vou chamar o médico!
E como mágica, o caos na sala se fez presente.
— PARA DE BABAR EM MIM, PORRA!
— O QUÊ? CALA A BOCA, OXIGENADA, FOI SEU
OMBRO QUE SE ENFIOU DEBAIXO DA MINHA CABEÇA!
Dominic se levanta e sem querer pisa em Allan. Será que o
quarto tem câmeras? Eu quero guardar esse momento para sempre.
— AI, CARALHO! — Allan grita e olha com ódio para Dom.
— Porra, eu estou aqui!
Tentei não ri, mas fracassei.
— Ai… — resmungo e ponho a mão sobre o peito.
Todos da sala me olham preocupados.
— Allan, chama o doutor! — Damon pede e o irmão obedece.
— Meu amor, como está?
— Meu bebê… Damon o que aconteceu com nosso bebê? —
pergunto aflita.
E lá surgiu o sorriso que fez todo meu corpo se aliviar, cada
um da sala sorriu em resposta.
— Nosso bebê está bem! Meu amor, eu senti tanto medo!
— Gente, a uva-passa leva um tiro na primeira semana de
existência… Imaginem com 18 anos?
— Cala a boca, Ethan! — Dom o soca e se aproxima de mim.
— Ainda quer batata frita?
Sorrio e aceno.
— Com muito sorvete.
— Tomara que ela nasça com o dom do pai para cozinhar —
Ethan diz e reviro os olhos.
Que preconceito. Eu sei cozinhar!
— Quando você for pai eu vou foder com a sua vida! —
Damon avisa e Ethan faz careta.
— Deus me livre! Emma versão fraldas não! Acho que me
mato!
— Qual é, White?! Não vai querer suas azeitonas? — Dom
provoca.
— Odeio azeitonas!
— E quem disse que gosto de uva-passa? — Damon retruca.
— Viu só, uvinha! Seu pai é um idiota — ele diz olhando para
minha barriga.
Da próxima vez que eu levar um tiro, vou me certificar que
deixem Ethan no corredor.
Damon Carter.
A pior coisa que fiz na minha vida foi contratar aquela
secretária, não que o trabalho dela é ruim, o que não é o caso,
definitivamente, já que ela resolve minha vida o tempo todo, mas eu
não consigo estar no mesmo andar que a mulher mais fodidamente
gostosa que já vi, e sendo minha secretária. Já perdi quantas vezes
desejei entrar naquela sala e fazer Lia Harper ter o melhor sexo de
sua vida, mas toda vez que penso isso me dou conta de que terei que
demiti-la e só Deus sabe quanto eu preciso de uma secretária
competente.
A mulher nunca, absolutamente nunca, deu em cima de mim,
ela não usa roupas curtas (para meu azar) ou faz comentários
maliciosos, sempre profissional e mesmo sendo desastrada, continua
competente. Agora eu só preciso de uma maneira para esquecer a
minha secretária gostosa, a mulher nunca me deu um sorriso
malicioso e já me causa tanto nervosismo, nem me reconheço.
— Damon! — Ouço meu nome ser chamado e me lembro que
estou acompanhando. — Está muito tenso, querido… Vamos
relaxar!
A loira diz na tentativa de ser sexy, mas soou como uma
matraca, me recuso a admitir que tentei usá-la para esquecer Harper.
Mas não estou tendo resultados, já que nem uma loira oxigenada
gostosa nua ao meu lado conseguiu tirar meu foco dos olhos azuis
que me rondam a mente há meses.
— Deixo pra outra hora — digo, seco e me levanto.
Eu não durmo com as mulheres que pego, já fui idiota uma vez
e não será outra mulher que se aproveitará de mim.
— Mas, Damon! E nossa noite? — Faz biquinho.
Reviro os olhos e me visto. Odeio mulheres grudentas, se em
um futuro distante eu me envolver com alguém, nunca serei como
aqueles homens idiotas que fazem de tudo por elas. Saio do
apartamento da loira que nem me dei o trabalho de decorar o nome e
entro no meu carro.
Comprei uma cobertura há alguns dias e estou me
acostumando a morar sozinho, meus pais são muito exagerados e ser
filho único não ajuda. No momento em que viro a esquina do meu
quarteirão meu celular toca. Lia.
Essa mulher vai me matar um dia.
— Carter, o que você quer, Harper?
Eu não sou rude com meus outros funcionários, mas com ela é
a única opção que tenho, ou não respondo pelos meus atos.
— A- Ah, senhor Carter, desculpe incomodar, mas o senhor
disse que seu número pessoal era pra emergências! — diz
gaguejando.
Será que ela não percebeu que eu dei MEU TELEFONE
PARA ELA?!!!!
— Diz o que aconteceu, Harper, não tenho a noite inteira.
— O Sr. White viajou para Tóquio e pediu para que avisasse
ao senhor.
Filho da puta! Como Ethan vai para o outro lado do mundo
sem me avisar? Eu mato aquele bastardo.
— Algo mais?
— Sim, ele deixou uma pasta para você… Quer dizer, senhor,
e me pediu para entregá-la hoje.
Uma chance de ir vê-la fora do escritório. Não farei isso.
— Chego aí em dez minutos. — Ou cinco.
— Mas sabe meu endereço?
— Sou seu chefe, Harper! Sei tudo sobre você!
Meu Deus! Será que eu terei que pedir ela em casamento para
ficha cair? Preciso dessa mulher na minha cama.
Lia Harper
Damon
Lia Harper
Lia Harper
Damon
Eu vou morrer.
Essa foi a primeira coisa que pensei no momento em que abri
os olhos. E Deus me ajude, Lia irá servir meu fígado em uma
bandeja de prata se me visse agora. Foi uma péssima ideia ter
aceitado ir a uma despedida de solteiro promovida por Ethan.
Me ponho de pé sentindo náuseas e uma ressaca insuportável.
Como é que vou me casar assim? Foi uma péssima ideia. Meu
celular começa a tocar e sinto meu cérebro se contrair.
— Carter… — atendo resmungando sem olhar o visor.
— Sabe a pior parte de confiar cegamente em alguém? —
Ouço a voz de Lia e meus sentidos despertam.
Olho rapidamente para o visor e vejo que são quase duas da
tarde. Eu estou muito ferrado.
— Amor… Droga, eu perdi a hora! — digo, verificando se
minhas chaves estão no bolso e corro para porta. — Sabia que não
deveria ter bebido tanto!
— Você foi a uma festa na véspera do nosso casamento,
Carter! Acordei no que era pra ser o dia mais feliz da minha vida
sozinha! — diz neutra.
Puta merda! Eu estou muito ferrado! Lia nunca é calma.
— Eu sou um idiota! Não quis te deixar sozinha, estou indo aí
pra gente conversar!
— Fique onde está, Carter, estou com muita raiva de você
agora! — avisa, e por um segundo meu mundo cai.
— Lia, eu te amo! Amo nossa filha e vamos no casar em
algumas horas! — digo, desesperado. — Não está pensando em
desistir, não é?
— Tenho que desligar, Damon.
— Estarei no altar te esperando! — digo, firme. — Não ligo se
está com raiva de mim, terei a vida inteira para te compensar!
Nada nem ninguém pode me impedir de tê-la como minha
mulher.
— Odeio quando diz essas frases bonitas e derrete meu
coração! Eu te amo, mas quero socar sua cara!
Rio aliviado.
— Não vou aguentar até a noite sem te ver…
— Problema seu! Conseguiu ficar a noite sem mim, então
consegue esperar! Agora tchau que tenho um dia de noiva à minha
espera! — diz e desliga na minha cara.
Essa mulher é louca.
Nunca imaginei que um dia estaria com meus melhores
amigos me arrumando para meu próprio casamento. Só não choro de
emoção porque Ethan usaria isso como arma durante a vida inteira.
— Cara, eu estou muito gostoso neste terno! — Ethan quebra
o silêncio.
O meu terno é cinza, o que o diferencia dos outros três. Ethan
faz meu ego parecer inseguro.
— Ninguém concorda! — Dominic retruca. — Allan, onde
está o Gabe?
— Com Robert… Na sala! — diz com desdém.
Desde que briguei com meu pai, nosso contato é baseado em
comprimentos cordiais e acenos, isso porque Lia me obriga. Mesmo
que tenha minhas diferenças, quero minha filha com o avô. Pena que
Allan não pense da mesma forma, o ódio por nosso pai é algo vivo.
— O Gabe logo, logo terá a uva-passa para brincar.
— Precisam escolher um nome logo, não suporto mais Ethan
com os apelidos! — Dom resmunga.
— Cala a boca, Loira do banheiro!
— Estive pensando em alguns nomes… Amélia… — digo
com expectativa.
— Parece nome de uma senhora idosa — Ethan diz, dando de
ombros.
— Alice! — digo outro e Dominic nega com a cabeça. — Por
que não?
— Minha ex-amante.
Ethan ri alto e Dom fecha a cara.
— Eu me lembro! Alice Vera, a santinha da escola, que você
levou pra cama… Cara, eu nunca te vi correr tanto no dia que o
irmão dela veio atrás de você!
— Ok… Charlotte?
Eles me olham e avaliam o nome.
— É bonito! — Allan diz por fim.
— Perfeito!
— Lottie… Mas vou continuar chamando-a de uva-passa.
Claro que vai.
— Bom… Agora só falta ir para o altar! — digo, nervoso.
— Ainda tem chances de fugir! — Ethan brinca.
— E a Lia nos mata e desova os corpos! — Dominic completa
e ri. — Se meteu em uma furada.
— E não me arrependo nem um pouco.
E nunca irei.
— Chega desse sentimentalismo! Vamos logo que ainda tenho
que buscar aquele anão diabólico.
— O próximo casamento será o seu! — digo e Ethan nega.
— Está amarrado! Não roga pragas! Britney, seu primo tá me
rogando pragas!
— Foda-se.
— Duvido que diz isso perto da Emma! — provoco.
— Aquela mulher é agressiva! Deus me livre!
Sorrio para meus amigos e respiro fundo. Hora de colocar o
plano mais idiota em prática.
Ela só precisa dizer sim.
Capítulo 42
Lia Harper
Damon
Lia Harper
Disponível no Wattpad.
Conta: Greenelly
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