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CONTOS NADA EM COMUM

MOISÉS LOBO
Sobre o autor

Paulistano nascido em 22 de fevereiro de 1984, escritor desde que aprendeu a escrever.

Sinopse

Contos com personagens diversificados. O leitor irá se deparar com um homem exótico, um
psicopata, um revolucionário, um mago, entre outros. Fortes contrastes entre as histórias, porém
nenhuma que não chame a atenção do leitor. Feito para libertar a mente.

Agradecimentos
Agradeço a todos que me desejaram e me desejam o bem e o mal, agradeço familiares, amigos,
conhecidos e ao universo, obrigado, Deus!
Moisés Lobo

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Uma chance para a lagarta

Existem contos baseados em fatos reais? Se não existem começarão a existir... Hoje
amanheceu um lindo dia onde o céu azul estava quase completamente limpo e o Sol muito radiante.
Como a rotina anda em minha irmã e eu acordarmos atrasados para o meu semanal ponto de
encontro, hoje não foi diferente... Enquanto esperava minha irmã tomar banho, tinha o privilégio de
tomar um bom café e fumar conversando com uma Deusa chamada Estelita, a melhor das mães...
Isto tudo eu diante da porta da cozinha, o corredor como sempre repleto de plantas, em uma destas,
pendurada na parede, especificamente uma samambaia, avistei o que aos meus olhos foi agradável,
uma lagarta verde de porte mediano camuflada entre as folhas... Fui obrigado a parar a agradável
conversa com a minha mãe, assuntos religiosos mas graças a Deus nada voltado ao radicalismo e
fanatismo...
- Mãe, olha a lagarta! - E apontei meu dedo indicador da mão direita para a criatura.
- Nossa Junior, tira ela, vai matar minha plantinha! - Disse Estelita assustada... Em seguida
querendo precaver seu filho de queimaduras ou algo do tipo, a saudosa mãe passou um papel toalha
para que assim sanasse qualquer fator maligno...
- Tome filho, pegue ela e jogue no lixo!
- Mas mãe, dessa forma estaria eu matando a bichinha! - Respondi.
Minha mãe tentou indagar o mal que a lagarta faz as plantas... Então gentilmente e educadamente
retruquei que apesar desta verdade, outro momento esta se tornaria uma borboleta e dessa forma
faria o inverso, ajudaria na reprodução das mesmas, ou seja, equilíbrio do ecossistema... Estaria eu a
jogar a linda lagarta verde no lixo tirando a oportunidade de mudanças, privaria a mesma da chance
de evoluir...
- Mas filho, não quero ela comendo as minhas plantas! - Disse a linda Estelita.
Então disse para ela aguardar pois resolveria a situação... mesmo descabelado e trajando apenas
uma bermuda azul bem surrada, com o papel toalha e a verde lagarta, subi as escadas, abri o portão
de entrada, atravessei a rua, e na calçada próximo de uma guia onde capim crescia a deixei...
Pronto, a chance foi dada, torço por sua evolução...
O “infeliz”

Feliz era quando tinha liberdade para soltar minha fera, vocês bem sabem do que estou falando,
aquela força sentida acompanhada de pesos nos pulmões, onde tudo desejado se chama destruição...
Agora me encontro aqui, tudo é sem graça, no entanto confesso, o erro foi todo meu, por sorte só
sabem de um dos meus muitos afazeres feitos, dessa forma mais cedo saio, angustia para esse dia
chegar, pois aqui a rotina é chata, incomoda...
Tudo começou 1 ano atrás, voltando da faculdade, frio como agora, cansado, noite, ônibus pego,
enfim, apenas desejava cochilar no caminho que dura quase 2 horas... Ônibus quase vazio, contando
comigo sentado no banco da frente, mais cobrador e motorista, haviam mais três passageiros no
fundão; Sortudo que sou não conseguia dormir, fica difícil exercer o mesmo quando três quase
moleques acendem um baseado e escutam seus funk's no celular sem fones de ouvidos; Como de
costume uma situação já repetida inúmeras vezes em outras ocasiões, pois bem, inexplicavelmente
me surgiu a vontade de somente dessa vez fazer diferente, ao invés de assistir tudo como de
costume sendo um mero espectador, decidi baixar minha touca preta até cobrir meu queixo, com as
mãos mesmo fiz dois furos para enxergar o que decidi fazer, abri minha mochila, peguei três
canetas, coloquei na mão direita como uma espécie de soco inglês e me levantei em direção aos
sujeitos; Lembro até da música ambiente: “Late, late, late que eu tô passando...”, mas o não
lembrado que é fundamental é se as canetas estavam destampadas ou não, um dos três estava de pé
em meio ao corredor e gargalhou ao me ver da forma descrita anteriormente, ao menos ele morreu
sorrindo, acho!
Dei três socos em seu pescoço, sangue jorrou em minha direção, o liquido vermelho e quente
escorrendo em minha mão foi uma sensação surpreendente, resolvi repetir com os outros dois
paralisados pela morte do seu amigo, mais essa paralisação durou pouco, segundos depois ambos
acompanharam o primeiro, em um precisei de sete furos no pescoço para acabar com tudo, já o
outro não lutou muito, talvez pelo susto, apenas duas canetadas foram suficientes para sua eterna
queda... O cobrador e o motorista pararam o ônibus; - Só um instante senhores! Disse enquanto
pegava minha mochila e nesta pegava meu caderno, usando minha mão esquerda e uma das canetas
usadas em minha salvação escrevi: “-Exitem fones, usem-nos... não se pode fumar dentro do
ônibus!”, arranquei a folha e coloquei na boca do primeiro morto... - Senhores, tem como abrirem a
porta para que eu desça? Pedido realizado... Enquanto descia agradeci e desejei um ótimo serviço
para eles, bem sabem o quanto é estressante esses cargos...
Dessa vez não foi azar, começou a cair um temporal, joguei a toca no lixo e a chuva tirou o sangue
manchado em meu corpo; Havia uma banca de jornal aberta, não somente me abriguei nesta como
fiz amizade com o simpático senhor jornaleiro... 10 minutos depois a chuva parou, fui ao ponto de
ônibus e logicamente peguei um ônibus, estava ensopado, na verdade não sei porque estou sendo
tão detalhista, enfim, o que mais me impressionei é o fato de não sentir medo, peso na consciência,
nada, nada além de prazer, precisava fazer isso mais vezes; Voltei a pegar meu caderno, comecei
uma linda lista do que preciso para meu agrado:
Matar estuprador
Matar pedófilo
Matar maltratador de idosos, crianças e animais
Espancar pessoas que fazem questão de esbarrar e não pedem desculpas
Espancar mal educados
Matar racista
Peitar todos que me afrontarem
Exceções: Nada fazer com mulheres e crianças, no mais agressão verbal
Comprar facas, espadas, canivetes, estiletes, toucas e etc's
Nome: Feliz Agora
Por que: Realizar sonhos

Pronto, agora, a principio foi um bom começo, restava usar da minha inteligência, cansado em casa,
“- Boa noite pai, boa noite mãe!” com a roupa do corpo molhada, entrei em meu quarto, joguei a
mochila no chão, tirei o tênis, desmaiei na cama...
Acordei, nasci novamente, agradeci a Deus por mais um dia de vida, tomei um bom banho e em
seguida um bom café feito pela melhor das mães mulheres, minha mãe... Tenho visita... Depois
continuo...
Lapa é um bom lugar para procurar emprego nessa maravilhosa cidade de São Paulo, usava uma
camisa social preta, calça jeans acinzentada e um sapato preto e reluzente de tamanho fora a forma
no qual estava engraxado, tudo no fim combinava com minha altura mediana, pele morena e
grandes cabelos ondulados...
- Bom dia gostaria de deixar um currículo com vocês! Disse educadamente e sorridente ao jovem da
primeira agência de empregos que entrei.
- Não está vendo no papel que não estamos aceitando currículos?

Momentaneamente não estamos aceitando currículos devido excesso de vagas com entrevistas
já marcadas!
Atenciosamente Direção
- Certo, desculpe! Respondi contendo minha natural ignorância e nervosismo.
- As pessoas desatenciosas são as primeiras descartadas! Ouvi como resposta
Não resisti e retornei, com minha mada mão direita peguei a nuca do sujeito e fortemente bati três
vezes sua face no balcão que nos separava, o “pobre coitado” assustado começou a chorar enquanto
jorrava sangue do nariz.
- Os mal educados são os primeiros que tenho confrontado! Sai de lá orgulhoso e orando para que
minha lição sirva futuramente para o engomadinho prepotente não ser mais assim.
Esse foi o segundo ato exercido no qual muito me senti bem, no mesmo dia existiu o terceiro,
depois da cansativa entrega de currículos estava indo ao banco, não vou citar seu nome pois
somente promovo o Feliz Agora e isso faço de graça e orgulhoso...
Um sujeitinho todo playboy saindo de seu carrão estacionado em uma vaga para idosos e
deficientes...
- Por favor, você acompanha algum idoso ou deficiente? Humildemente perguntei.
- Vai se foder! Respondeu o riquinho.
- Vou sim! Lembrei de um clássico dos vídeos games onde entre uma fase e outra existia a
possibilidade de quebrar um carro, comecei a imitar, voltei à minha infância enquanto chutava a
porta do motorista, no segundo chute a porta estava amassada, no quinto a janela arrancada... O
louco com tudo na minha direção perguntou se eu era louco, desviei do seu soco e bati sua cabeça
no capô até ele desmaiar, subi no capô e comecei a chutar o vidro frontal, logo o arranquei... O
jovenzinho desmaiado, quebrei a maioria dos seus dedos das mãos, assim iria demorar para errar
novamente, arranquei o possível que dava do cambio do carro e penetrei no ânus do desmaiado, os
para-brisas coloquei horizontalmente em sua boca...
Que dia produtivo, antes de repousar nada melhor do que uma cerveja bem gelada, faculdade
pensava se continuaria ou não...
Sabem o que fiz no dia seguinte?
Saberão, nada, nada além de ficar na cama pensando nos atos que faria e bebendo cerveja, somente
levantava para ir ao banheiro e pegar mais cerveja. Nessa onda de pensar e beber, lembrei que um
senhor, o João da doceria já havia sido acusado umas três vezes de dar doces gratuitamente para
umas crianças em troca de certos favores, pois bem, a sorte estava ao meu lado.
- Bom dia jovem! Disse me o velho safado com sorriso chegando as orelhas.
- Bom dia Seu João, quero uma tubaína bem gelada! Respondi com um falso sorriso
Aproveitei o local vazio, assim que o velho sorridente virou-se para pegar meu pedido lhe dei uma
marretada bem servida na nuca, foi o suficiente para o lixo desmaiar, fechei a doceria, “Fechado
para almoço!” estava escrito, levei o velho para os fundos da sua casa, para confirmar que o lixo era
lixo, vasculhei seu computador e pertences, era tudo verdade... O safado acordou, com a boca cheia
de meia e fita nada podia falar, deitado em sua cama com as mãos amarradas atrás das costas,
amarradas com uma calcinha, e usando apenas um fraldão, o calo na nuca estava enorme, achei
exagero da minha marretada, pois por enquanto desejava o velho vivo... Certo, nem havia começado
e o velho já chorava feito uma criança, fez tantas maldades com estas e ainda desejava imitá-las...
Apenas havia arrancado todas suas unhas e jogado sal, chega de enrolação, comecei realmente a
efetuar a tortura, arranquei o fraldão todo cagado expressando medo e introduzi diversas vezes no
cu cagado um pirulito grande e cilíndrico, cansado resolvi deixar de vez no velho o pirulito...
Com uma faca bem afiada achada em sua cozinha, abri sua barriga e entupi de diversos doces,
estava aloprado e sem mais ideias, fui até seu lindo quintal e deixei o velho agonizado em cima de
um grande formigueiro, antes de ir embora graças a Deus o safado ainda estava vivo, adorei ver sua
face clamando por misericórdia. Até pensei em usar luvas e touca, mas pensei, ele não é rico e
estamos em São Paulo e não no “grande” Estados Unidos, logo foda-se ter digitais ou não... O dia
prometia...
Não sabia se estava sendo um assassino em série ou um herói, ao meu ver os dois, era eu o Feliz
Agora.
Preguiça de ir para a faculdade, fui ao puteiro, chegando lá escolhi a que achei mais linda, 1,65m,
pele branca, bunda grande e definida, seios médios, cabelos pretos e lisos até a cintura, olhos azuis
supostamente chamava-se Aline, estando no quarto ela quase estranhou se não fosse a primeira vez,
queria apenas conversar, até fez uma expressão facial de decepção, para isso com certeza ela
somente ou na maioria das vezes trepava com aqueles tiozinhos barrigudos, peludos, transpirando
bebida e cigarro... Como não sou fã do catolicismo e derivados, preferi me confessar a ela ao invés
de um padre, e para a minha surpresa, ela teve para comigo admiração, até revelou o verdadeiro
nome, Vânia, mesmo eu contando os episódios do ônibus, agência de emprego, e da doceria, ela me
teve admiração, disse que tinha eu grande senso de justiça, até desejou me dar de graça, nada de
preconceito, mas não sou viado, ainda assim precisava terminar a noite com chave de ouro, deixei
meu número de celular com ela e fui, foi amor meu à primeira vista... Cheguei em um bar e pedi
uma dose bem servida de vodka sem gelo, paguei e na saída acendi um filtro vermelho...
- Me arranja um cigarro jão! Disse um nóia alemão de seus 30 anos.
Comecei a socá-lo até desmaiar, joguei uns três cigarros no seu corpo e disse:
- O jão te arranja!
O pessoal do bar não se espantaram, salvo por dois ou três caras, estavam acostumados a ver tal
coisa. Vê se pode, é muita folga, além de me pedir cigarro fui chamado de vacilão...
Entrei em um táxi, este me deixou próximo ao cemitério, lá perto tinha um bar, comprei uma
garrafa de vinho seco, foi meu avô que me fez adorar essa bebida, bons tempos de xadrez, derramei
um pouco no tumulo do vô Carlo e bebi o restante e fumei alguns cigarros, chorei por 5 minutos,
bons tempos...
Acordei deita em cima do tumulo do vovô, 5 ligações perdidas, duas vindas de casa e três
desconhecia, já me achando pensei, deve ser a Vânia... 09:00, terei muito que fazer hoje...
No mesmo bar que comprei vinho, lavei meu rosto e tomei um bom café acompanhado de um
gostoso pão na chapa, café puro sem açúcar... Um sujeito com uma 38 tentou roubar o caixa quando
estava eu pagando o que comi e bebi, consegui desarmá-lo, eu mais três funcionários espancamos o
sujeito, ele desmaiou, não precisei pagar a conta, chamaram a polícia para prendê-lo, não mais
estava presente neste momento...
- Pai, mãe, está é minha namorada! Vânia ficou sem voz, foi muito bem recebida por eles...
- Luciano, você é louco? Me perguntou baixinho no ouvido e sorridente.
- Sim, sou sim! E a beijei.
Em meu quarto transamos, foi muito bom, até arrisco em dizer que somente não transamos e sim
fizemos amor...
- Te amo! Disse bem baixo em meu ouvido quando gozei pela terceira vez.
- Posso me arrepender, mas também te amo seu louco! Respondeu ela sorrindo, disse que teve uns
quinze orgasmos...
Ela queria que eu lhe apresentasse meus amigos, respondi que fiz recentemente algumas amizades
no cursos de história mas meus dois verdadeiros amigos morreram, um de overdose e o outro por
não ter pago o pó, isso me fez lembrar algo, matar traficantes, principalmente o que matou meu
grande amigo Toni, comentei a Vânia, ela me pediu ajoelhada de pé junto que desejaria ver, devido
a insistência deixei...
No mesmo bairro, com uma faca no bolso e de mãos dadas com minha linda namorada entrei em
uma viela, lá estava meu safado xará que matará meu amigo... O cumprimentei e pedi dois pinos,
quando ele virou para pegar tais em um furos de uma parede tirei a faca...
- Aqui! Foi a ultima coisa que o safado Luciano disse, passei a faca na sua garganta, o decapitei, no
peito dele escrevi com a ponta da arma branca, Feliz Agora, com essa mesma faca, pela língua
pendurei a cabeça do safado na parede, os dois pinos de pó introduzi no nariz do rapaz... Havia
esquecido da Vânia, ela olhava o corpo sem cabeça sorrindo... Peguei ela pela mão e levei até uma
loja de roupas de uma vizinha amiga da minha mãe, Vânia não era mais prostituta, a linda era
vendedora...
No dia matei mais dois traficantes e fiz parecido com o que fiz ao Luciano... A noite transei gostoso
com Vânia, bebemos cerveja e dormimos de conchinha na minha cama...
Vânia foi trabalhar e eu fui matar, matei mais três traficantes de outras regiões, estavam pensando
que eram policiais os autores dos crimes, até parece, eles não matariam seu ganha pão...
No período da tarde vi um flanelinha ameaçando riscar o carro de uma linda mulher, esperei ela sair
para não se chocar com a cena, depois quebrei um tijolo na cabeça do machão e como eles fazem
nas latarias dos carros fiz em sua face, deixei toda arranhada, marcada com uma chave, apostava
que iria se assustar quando acordasse.
Estava com cede, fui em um bar na galeria do rock, depois de tomar sozinho 9 garrafas de cerveja
perguntei gritando: - Tem alguém aqui que é racista? Um branco careca se manifestou sorrindo –
Cala boca seu cor de bosta! Quebrei uma das garrafas vazias ao meio e enfie tal no pescoço dele,
retirei novamente e introduzi no olho direito, depois retirei novamente e finquei perto do coração,
até hoje não sei se o racista imbecil sobreviveu; tomei o restante da nona garrafa e fui embora, já
havia deixado tudo pago, gritei três vezes enquanto saia “São Paulo está caótica!”,
A cerveja me deu sono, sorte que havia um ônibus no Largo do Paissandú, este me deixaria próximo
de casa, dormi a maioria do percurso, somente acordei pois uma pobre donzela gritou sobre a
existência de um tarado mostrando o pinto, além da minha pessoa mais dois bondosos homens
espancaram até o safado desmaiar o jogamos da janela, ele bateu a cabeça, eis outro que desconheço
se sobreviveu, mesmo lendo jornal com frequência nada li à respeito...
Ajudei um catador de papelão a puxar carroça por uns cinco quilômetros, isso ajudou a transpirar o
álcool que havia consumido, fiz uma boa amizade...
Em casa tomei um bom banho e um bom café, mais gostoso ainda foi a sobremesa que me esperava
em minha cama, Vânia de lingerie vermelha, depois de fartos, dormimos agarrados...
Ainda “bem”, quero dizer, infelizmente nossa polícia é “burra”, somente levam à sério casos
envolvendo ricos e famosos, do contrário já estaria eu preso, preciso ser preso, mas como seria
preso? Deixa, quem procura acha...
Lembrei de um padre nos tempos de adolescência que tentou me molestar, aproveitei ter acordado
cedo e fui até essa igreja, era um bairro vizinho, eram 05:30, certamente o velho que lá estava ainda
dormia, derramei dois galões de gasolina por sobre todo o terreno e ateei fogo, lá havia câmera, mas
usava touca, o velho morreu tostado, me arrependi de ter escondido a face, como iria ser preso? Mas
o universo estava ao meu favor...
A noite, eu e Vânia fomos curtir uma balada rock, 03:00 ela muito havia bebido e não conseguia
manter-se acordada, paguei um táxi para levá-la até meu lar, certamente meus pais a receberiam
bem como sempre. Disse ao taxista: - Caso aconteça algo com minha amada eu te mato, conheço
seu ponto, não vai ser difícil!. Ele me olhou assustado e se foi...
Eu desejava voltar a pé, minha amiga era uma garrafa de conhaque já pela metade, lembro-me de
andar em zigue-zague, a polícia me parou...
Ambos eram altos, um negro e outro albino, o negro me batia pedindo para jogar minha bebida fora,
dizia eu não, era maior de idade, não roubei a bebida e não pratiquei vandalismo, meus argumentos
não funcionavam,a cada cacetada obviamente vinda de um cassetete eu sorria com a boca
sangrando, isso fazia o negão me bater ainda mais, o mais importante era apanhar e continuar
bebendo, e por isso ainda mais levava, quando estava prestes a desmaiar, o albino que não havia
encostado um dedo em mim, cheio de compaixão pediu para seu parceiro parar, nesse momento
quebrei a garrafa vazia na cabeça do meu torturador, levei um tiro na coxa esquerda vindo da arma
do albino, ele apenas fez mais que sua obrigação... Um momento, tenho visita... Pronto, enfim estou
pouco mais de um ano preso por agressão ao policial, somente por isso, nada sabem do que fiz lá
fora, bem menos dos feitos aqui dentro, matei 23 estupradores, apenas contarei como matei o
sétimo, durante o banho com uma gilete consegui decapitar ele, foram 10 minutos árduos, presos e
policiais fizeram vistas grossas... Daqui três dias estarei livre, poderei recomeçar com maior
liberdade os feitos do Feliz Agora, até então não capturado, Vânia espera um filho nosso, 7 meses, a
barriga dela está maravilhosa, ganhei dela um livro muito bom, uma ideia quase perfeita, talvez pare
de matar, não é certeza, mas este livro me mostrou outros caminhos, se for prazeroso como matar,
talvez pare...
Agora deixo um recado para todos meus seguidores:
1º Sigam à lista que havia eu feito depois de matar três idiotas
2º Recomendo que usem nomes como Agora Feliz nº3, 4, 5... o nº2 já existe, também podem criar
seu próprio nome de herói justiceiro
3º Somente matem quem merece morrer, vamos cortar o mal pela raiz, dessa forma o mundo será
mais pacifico
4º Boa sorte
5º Se vacilar eu mesmo te mato

Não tive problemas na prisão, como sabiam de algumas partes do meu histórico, fui respeitado,
existiram uns certos conflitos devido desejarem minha participação em certas facções, mas sem
chance, não quero rabo preso com ninguém...
Ontem foi meu ultimo dia preso, fizeram uma linda festa de despedida, até me emocionei, meus
cabelos já estavam novamente compridos...
Na saída, me esperavam Vânia e meus pais, em breve o netinho deles vai nascer, Lúcio será bem
vindo... Daqui uma semana começo um bom emprego, graças ao meu pai serei colunista de um
importante jornal, comentarei sobre o cotidiano, mesmo preso conclui a distância o curso de
história, bom assim com superior completo caso seja preso novamente terei cela especial, mas
talvez não seja mais preso, talvez siga o tal livro, Uma ideia de vida quase perfeita... Enquanto não
possuem alguma, sigam a minha... até.
A mulher da janela

- Olha ela, olha ela! Dizia uma mulher ao seu marido quando via sua vizinha através de sua janela.
- Deixe ela, deixe ela! Dizia o marido ao ver sua mulher julgando na janela. - Cuidemos de nós e
não dela, não vá espiar nossa vizinha pela nossa janela!
- Mas como pode? Isso não pode! Dizia a mulher ao seu marido quando via sua vizinha estendendo
um lençol branco no varal que se quer era na casa dela.
- Deixa ela, deixa ela, se o lençol está sujo é um problema exclusivamente dela! Dizia sempre o
marido que via sua mulher espiando na janela.
- Mas como pode? - Isso não pode, o lençol sempre está sujo e isto é algo muito sujo que vejo vindo
dela! Dizia a mulher ao marido quando espiava a vizinha através da janela.

A tal janela dela sempre estava fechada, porém por ser de vidro tudo do quintal da vizinha a mulher
avistava.

- Olha ela, suja é ela, sempre vejo nossa vizinha estendendo o lençol sujo dela!
- Não olhe ela, deixe ela, não julgue o próximo pelo que vê através de nossa janela! Dizia sempre o
marido que via sua mulher vendo a vizinha pela janela.
- Julgo ela, suja é ela, sempre com esse lençol encardido que vejo através da nossa linda janela!
- Deixe ela, esqueça ela, se o lençol da vizinha está sujo ou limpo nada temos de ver com a vida
dela, por favor minha mulher saia dessa janela!

Mas não adiantava, nada mudava, quanto mais o marido suplicava mais a sua mulher na janela a sua
vizinha julgava, espiava e observava. Mas não mudava, nada adiantava, sempre o marido pedia mas
sua mulher na janela ficava.
Por fim o marido cansara, não mais aguentava sua mulher que da janela sempre julgava, sorrateiro e
silencioso acordara de madrugada e cometeu um ato que enfim tudo mudaria.

- Olha ela, vem ver ela! Dizia a mulher ao marido logo de manhã com um sorriso estampado na face
que qualquer um notaria olhando do lado de fora para sua janela.
- Vem ver ela, olha ela! Dizia sorrindo ao marido ao ver que o lençol da vizinha estava tão branco
igual rosas brancas das mais bela das primaveras.
- Olha então, veja então! Dizia contente ao marido ao ver que o lençol da vizinha estava mais
branco que as nuvens mais brancas que surgem no verão.
- Deixe ela, esqueça ela, o lençol da vizinha sempre foi branco devido a limpeza dela, sempre foi
branco igual rosas brancas que surgem na primavera! Foi isso que disse o marido a sua mulher que
ficava sorrindo na janela.
- Não proteja ela, pois isto não era, somente hoje o lençol está limpo e tão branco como rosas
brancas que surgem na primavera, suja ela era, portanto jamais proteja ela! Disse a mulher enquanto
não desgrudava de sua linda janela.
- Deixe ela, pois suja ela jamais era, a verdadeira culpa você via através da nossa janela! Disse o
marido a sua mulher que olhava espantada para ele apoiando-se em sua bela janela.
- Como era? - Suja ela não era? Perguntou espantada a mulher ao marido enquanto se apoiava na
janela. - Como não era? Por que a culpa seria desta bela janela? Perguntou a mulher indignada ao
marido.
- Sim mulher, a culpa verdadeira vinha da nossa “janela”! Levantei-me de madrugada e resolvi
limpar os vidros dela, a sujeira que via na verdade não vinha do lençol da vizinha, a sujeira que via
na verdade vinha dos vidros da nossa janela de onde você olhava o lençol da vizinha, portanto ao
invés de espiar se o lençol da vizinha era sujo ou não, procure limpar sua própria janela, portanto ao
invés de julgar se sua vizinha era suja ou não era, preocupe-se em limpar sua linda janela, deixe ela,
esqueça ela!

Então a mulher da janela calou-se e saiu da janela, pois de tanto julgar esqueceu de cuidar da
própria vida dela.
Conto do karma

- O que estou fazendo aqui?


- Não consigo enxergar nada!
- Está tão escuro!
- Estou preso em algo!
- Mas o que é isso?
- Tento flexionar as pernas mas meus joelhos batem em alguma espécie de teto forrado!
- Está tão quente e abafado aqui, mal consigo respirar!
- Onde estão meus amigos?
- Onde esta minha família?
- Mãe, pai, onde vocês estão?
- Espere, pessoas estão chorando por cima de mim, o que está acontecendo?
- Há pessoas que chamam meu nome, estou aqui, me ajudem!
- Que brincadeira é essa?
- Quem me prendeu nessa caixa?
- Meu Deus, por favor me ajude, estou sem ar, estou aqui, alguém me prendeu!
- Socorro, socorro, alguém me tire daqui!
- O que?
- Algo está entrando aqui!
- É terra úmida, não, não pode ser, fui enterrado, não estou morto, alguém me ajude, por favor,
socorro, estou sem ar, vou desmaiar, tenho que ficar acord...
- Que luz é essa?
- Que lugar é esse?
- Estou tão leve, tão livre, estou vivo, vivo!
- Quem é aquele ser alvo?
- Está se aproximando, ele transborda paz e amor, ele vai me dizer algo!
- Seu julgamento está próximo! Disse o ser.
- Pelo o que estou sendo julgado?
Então ele olhou-me e disse: “- Pelos seus atos, esses dirão se você terá que resolver alguma
pendência, ou se evoluirá!”
- Hoje sofro!
- Será que eternamente?
- Porque já me arrependi, o arrependimento leva ao alivio!
- Que luz é essa?
- Quem são esses seres mascarados que trajam uma espécie de túnicas?
- Espere, estou lembrando, são minha pendências, é minha chance, minha chance de redimir!
- Lembrei da minha vida espiritual!
- Como sofri, mas sofri por meus próprios atos!
- Causei tantas dores em pessoas, e destas, tinham as que me perdoaram e que não perdoaram,
também sofriam, me causou dor!
- Mas agora tenho a chance, a chance de redimir-me, conforme minha carne crescer vou brotar e
resplandecer, ou então continuarei na tolice de sofrer, sofrimentos do meu livre arbítrio!
- Que luz é essa?
Paulo, o escritor e seus ideais – O Porta-voz

Paulo, o escritor e seus ideais Cap. I

- Droga! Disse Paulo enquanto arrancava outra das suas folhas de caderno fazendo-as em formato
de bola para logo em seguida arremessá-las no cesto de lixo. Já eram 03:00 de uma noite fria em
São Paulo, noite fria para muitos cidadãos, mas não para Paulo que tinha como cia uma garrafa de
vodka e cigarros...
Sujeito de altura mediana, esbelto, negro, cabelos raspados e olhos de um preto bem penetrante,
muito brilhante... Naquele quarto fechado que mais parecia um nevoeiro por tantos cigarros já
acesos e bebida tomada, não seria naquele ambiente onde um jovem de 25 anos passaria frio...
- Preciso de uma pausa! Derramou mais dois dedos do líquido quente e transparente em um copo,
foi até sua janela e a abriu, notava que apesar do horário, ainda muitos carros transitavam por sobre
a avenida, chegava a ser irritante os sons desnecessários de tantas buzinas.
- Meu Deus, preciso ajudar vocês! Pensou enquanto irritado acendia outro cigarro, bloqueio mental
era tudo pelo qual Paulo menos precisava neste momento... Retornou à sua cama, sob a luz de um
abajur no criado mudo recomeçou a ler no caderno depositado nas coxas o que até então havia
escrito...

O Porta-voz Cap. I

Irmão e irmãs, venho por meio desta apresentar-me, se hoje estou vivo, se hoje cresço, são frutos de
meus ideais, sou o Porta-voz, sou a voz que precisavam, e desde já me tenho como grato, já que
sem vocês eu não existiria, sem vocês pregadores do verdadeiro respeito e liberdade hoje eu não
estava aqui como forma de escrita, e em breve sei que crescerei, muros derrubarei, não somente
escrita, mas uma alma viva alimentada por todos que clamam por justiça e paz. Sou o ser nascido de
vocês, por favor não se confundam, nem mesmo se precipitem, adiante com minhas explicações me
entenderão melhor e saberão como ser eu ainda mais forte do que sou, o herói que todos
precisavam, das telhas eu sou o telhado, sou a árvore das raízes, o fruto da imaginação que criou
vida. Por vocês tenho vida, por vocês representarei a verdade, uma verdade onde o expressado
chama-se respeito e justiça, onde o mal não poderá mais se alastrar, pois ao se iniciar estarei eu de
prontidão para cortar o mal pela raiz. Todas as vezes que tentarem impor regras, sempre que houver
um início de princípios de ditadura, quando forçarem estabelecer uma verdade absoluta, surgirei e
nada de mal deixarei manifestar-se, pois sou os seus quereres de um mundo melhor, por vocês com
a força de vocês que me alimentam serei o dissipador. Eu sou a representação de todos, eu sou a
força de vontade de todos, eu sou o herói criado pronto para proteger todos exigentes por respeito,
paz, amor e alegria. Sou aquele no qual sempre poderão exercer o livre arbítrio sem receio de um
sistema manipulador e opressor tentar ditar regras sobre o certo e errado. Eu sou vocês, vocês
almejadores de um mundo melhor onde se pode pensar sem falecer, onde se pode fazer sem temer,
sem morrer. Não prego o anarquismo, pois impossível todos iguais já que somos diferentes por
essência, prego a liberdade de expressão, prego a liberdade de poder respeitar e exercer costumes
culturais, religiosos e similares, prego a liberdade e respeito, prego algo que é de todos por direito.
Sou o Porta-voz, alimentem-me com seus ideais.

Paulo, o escritor e seus ideais Cap. II

Mais dois dedos de vodca naquele copo que reluzia as luzes da cidade adentrando sua janela, mais
outro cigarro aceso, mais fumaça mo ar, mais inspiração Paulo desejava ao efetuar a pequena pausa,
pensamentos diversos passavam como um raio por sua mente, segurá-los não era tarefa fácil, exigia
calma, cautela, tudo muito difícil quando a ansiedade faz parte da sua natureza, ainda assim estava
bem, havia começado inicialmente bem a plantação da semente pela qual anseia seu crescimento,

sonhava acordado ao mentalizar a vida que se faz vida devido outras vidas, um representante de um
mesmo propósito...
- Enfim serei alguém, farei parte de outro alguém, o alguém que por muito vive, que por muitos faz,
que por muitos sensatos vai crescer cada vez mais! Paulo retornou ao local de origem onde exercia
sua escrita e prosseguiu...

O Porta-voz Cap. II

Existem diversas maneiras em se opor ao sistema, greves, manifestações, protestos, todas dignas de
respeito, no entanto devido a distância de uma para com a outra os danos ao “governo” são
menores, infelizmente não passam de pequenos arranhões nos tanques de guerra. E é por isso o
nascimento da minha existência, me usem, façam valer à pena suas crenças, exteriorizem os sempre
desejados até então guardados. O tempo de espera acabou, me usem, deixem ser eu o salvador de
todos, sou a força do povo, não sou chefe, sou o herói precisado e criado, soa a exteriorização do
todo.
Exemplos citarei sobre minha capacidade e sobre o poder de ser ainda mais adiante dependendo de
vocês para representar vocês. Sou, serei a segurança pela qual todos precisam, bem sabem o risco
de se expor, temos familiares, amigos e etc's, bater de frente com um sistema radical é perigo
mortal, sou serei o escudo, receberei as balas por vocês, ninguém mais morrerá, sou o eterno por
vocês criado, a vontade estabelecida pelos mesmos ideais, sou vocês eterno, sou a eterna
exteriorização da verdadeira liberdade. Juntos temos a força necessária de destronar toda e qualquer
imposição. Serei o escudo, a proteção, sou o escudo necessitado, dessa forma ninguém mais
morrerá, morrerei por vocês, renascerei por vocês, muitas e muitas vezes, morrerei protegendo,
renascerei vingando, pois a ideia viva pode ser eterna, basta saber como alimentar.
Serei, sou o ataque comandado por vocês, invadirei todo e qualquer sistema, destronarei todo e
qualquer rei maltratante do povo. Serei vossa espada, mortal e afiada, sem misericórdia dissiparei
toda e qualquer discórdia, sou o ataque em massa, a massa transformada nesse meu único ser, farei
justiça por todos vocês, todo mal cairá, a liberdade sempre triunfará, pois sou vocês, vocês repletos
de sonhos de um mesmo ideal, sou a espada representante da liberdade, respeito e justiça.

Paulo, o escritor e seus ideais Cap. III

- No terceiro capítulo pretendo finalizar as intenções do Porta-voz, quando publicar estas


certamente teremos um mundo melhor, bem, ao menos essa é minha intenção, meu ideal! Após tal
pensamento como segue o ritual, Paulo tomou mais uma dose de vodca foi até sua janela, fumou
dois cigarros, retornou à cama, pegou seu caderno e continuou...

O Porta-voz Cap. III – Final

Diante de tamanhas e tantas apresentações, creio ter suficientemente me apresentado, certamente os


iniciais princípios foram passados, portanto, adiante explicarei de uma forma mais complexa e
dessa forma finalizarei meu propósito de com gosto e honra devidamente ser bem utilizado por
vocês.
Imaginem diversos hackers e programadores sensatos juntos por um mesmo ideal de justiça, paz,
liberdade e respeito. Imaginem escritores sensatos, criativos e idealistas incluídos nestes. Imaginem
divulgadores com fácil acesso nas diversas formas de mídia também incluídos nestes mesmos
ideais. Imaginem produtores, diretores, taxistas, donas de casa, vendedores, estudantes, todos,
imaginem todos com força de vontade em ajudar por um mesmo ideal. Imaginem, eu sou a força da
imaginação, sou o sonho que se torna real, sou o Porta-voz de todos vocês, sejam as telhas do Eu
telhado, sejam as raízes do Eu árvore, logo, sou eu a prova viva da existência de todos vocês
idealizadores de um bem maior regado de paz, respeito, justiça e liberdade. Fui criado, o ideal se fez
vida, resta vocês me crescerem, resta ser eu o Porta-voz, o herói do povo, me façam cada vez mais,
pois retribuirei à altura, serei os olhos, as vozes, a proteção e ataque de todos, serei e sou. Me
alimentem que em troca sempre serei vocês em manifestação total, a luz que dissipa a escuridão, o
tudo criado por todos. Me façam ser vocês, sou vocês.
Uma última mensagem, dispenso participações do ato em me alimentar de grupos supostamente à
favor do povo, pois estes fingem estufar o peito em proteção ao povo, mas tudo que almejam na
verdade não passa de fama e glória a custa dos demais, usam o povo para atingir determinado
objetivo e depois descartam como papel higiênico defecado. Irmãos criadores de mim, não caiam na
lábia desses usurpadores e manipuladores que pouco se diferem do sistema, por estes fui rejeitado,
provavelmente adiante tentaram usar-me, logo não conseguirão, pois a verdadeira ideia viva vive
nos corações dos verdadeiros idealizadores, vocês.
Muito obrigado por me criarem, sem mais desejando mais paz, liberdade, respeito e justiça, o Porta-
voz de vocês.

Paulo, o escritor e seus ideais Cap. IV – Final

- Bom, resta publicar! Orgulhoso, Paulo beijou seu finalizado texto, bebeu vodca, fumou e dormiu...
07:00 acordou com o som da campainha, era sua linda namorada japonesa. Sakura o beijou
calorosamente, após, seu namorado empolgado contou ter finalizado o projeto Porta-voz, projeto no
qual Sakura estava ciente. Como prometido em outro determinado momento Sakura digitou e
imprimiu diversas cópias de seus textos, logo estes foram enviados para diversas editoras, e de
muitas uma gostou do que estava escrito, 1 mês depois o que mais se falava era da excelente
publicação vendida em diversas livrarias e bancas de jornais, mas 2 meses começaram as primeiras
manifestações do Porta-voz em defesa dos povos, a ideia tornou-se viva...
40 anos depois o Porta-voz tudo protegia, a paz se estabelecera e Paulo já falecido muito era
aclamado e respeitado.
Obrigado Porta-voz, obrigado Paulo.
Despertar

Outrora sonhei, e neste mundo um ser que apenas não denomino de indescritível por ter forma
humana estava comigo em uma sala de quatro paredes, sendo que estas eram alvas como a neve, em
minha retaguarda havia uma porta totalmente preta, e na minha frente havia algo na parede que
julgava ser um quadro devido seu retangular formato, porém ainda não possuía certeza do que
realmente era devido tal estar encoberto por um pano preto como um céu noturno sem estrelas ou
nuvens. O ser se apresentou à minha pessoa como sendo uma parte de mim que ainda não tinha eu
visão suficiente para enxergar, este ser inominável ficou entre meu ser e o objeto que estava
encoberto e disse: “- Quando eu retirar o pano você ficará frente a frente com aquele responsável
por suas maiores aflições, angustias, medos, inseguranças e fraquezas diversas!”
Da mesma forma quando discutimos com alguém, conversamos com amigos entre outras ações,
tudo aquilo parecia ser bem real, mesmo estando em uma sala com paredes brancas cuja em uma
delas tivesse uma porta preta e na outra algo que julgava ser um quadro escondido com pano
também preto e uma criatura quase indescritível que alegara ser minha pessoa, ainda convicto
ficava da realidade que me encontrava. Dos poucos segundos que me separavam da revelação pois o
ser inominável estava indo em direção ao pano para enfim puxá-lo, tive pensamentos que
aparentaram terem durado horas devido a ansiedade que me pegara por logo querer saber quem ou o
que tanto já perturbou-me até atual caminho trilhado da minha existência. Ora senti raiva à ponto de
imaginar-me estraçalhando este inimigo, outrora senti medo de que o inimigo fosse uma grande
aberração à ponto de minhas alternativas seria fugir para sobreviver ou morrer de susto ao ver
alguma horrenda imagem, também em outros momentos senti que poderia ser um mero inseto do
tipo fácil de se esmagar com o pé e por isso mesmo tal era tão grande inimigo já que poderia eu ter
feito julgamentos premeditados devido sua frágil e asquerosa aparência deixando de lado uma frase
que já anteriormente ouvira e agora estava armazenada em minha memória: “O verdadeiro poder
vem do interior!”. Inclusive ainda tive tempo de pensar enquanto o pano se deslizava da forma
retangular que logo me seria revelada que, esses meus pensamentos muito se assemelharam com
dois ou três momentos na minha vida que por pouco não morri de afogamento, briga ou
atropelamento onde minha vida toda foi recordada em poucos segundos antes do suposto fim, a
única diferença fora que ao invés de recordações tive diversos pensamentos de deduções de quem
era meu maior inimigo, ainda assim diante de tantos pensamentos ocorridos não fui capaz de sequer
chegar perto da resposta que visualizei à minha frente. Lá estava a revelação que antes estava
encoberta por um simples tecido que agora situava-se nas mãos do inominável ser, não era um
quadro como primeiramente eu havia deduzido, a única semelhança que tal tinha para com este era
uma moldura de prata ou algo similar, independente disso o inimigo revelado assustara-me até mais
do que anteriores pensamentos sentidos e por sorte não morri de susto apesar de ter sido de efeito
mais impactante que a visão de uma aberração. Meu reflexo, diante de mim enxergava o meu
reflexo, o objeto retangular com moldura de “prata” era um espelho. Involuntariamente meus olhos
começaram a se encher de lágrimas e estas logo percorreram meu rosto como altas quedas de
cachoeiras que jamais cessam, não sei descrever ao certo os sentimentos que me apossaram naquele
momento, mesmo assim arrisco-me à dizer que era um misto de tristeza e alegria, alegria por ter a
resposta que pode me libertar e triste por jamais ter imaginado que seria capaz de ser o causador
principal das tempestades que me seguem, porém agora me sentia aliviado. Aos poucos tudo aquilo
foi sumindo como que em um passe de mágica e retornei ao nosso mundo despertando do sono,
notei que haviam vestígios de um líquido semelhante a água em minha face e estes só poderiam ser
lágrimas, me sentindo revigorado pensei: “- Ao menos agora conheço meu pior inimigo, basta
enfrentá-lo!”
O Lobo-guará

Para Marcos estava uma noite chata na cidade de São Paulo, havia se separado recentemente de sua
namorada que tanto amava ainda por razões não tão aceitáveis ao seu ponto de vista, emprego, não
seria a primeira vez que ficava sem e bem menos seria a última que não conseguisse arranjar algo.
Pensavam para um homem de 25 anos morado sozinho em um apartamento adquirido por suor
próprio, desgarrado dos pais a quase três anos, carro 0km, enfim, o que mais Mônica desejava?
Comprometimento, afeto, atenção, fidelidade ela tinha, até em filhos já havia cogitado outras vezes,
além de tudo, também casamento cogitou, enfim, o que mais desejava Mônica? Mulheres, quando
você menos espera, quando imagina conhecer ao menos a que ama, ocorre alguma coisa estranha.
Com o valor obtido da demissão, poderia viajar para assim tentar dissipar o sofrimento e frustração,
poderia ficar tranquilo, dinheiro, ao menos dinheiro não era um problema em sua vida.
- Alô, primo? - Tudo em paz? É o Marcos!
- Salve primo, o que conta de bom? Perguntou Leandro na outra linha.
- Por enquanto nada, mas pode começar, estou pensando em te fazer uma visita, acho que novos
ares vão me dar uma relaxada na mente!
- É Marcos, fiquei sabendo pelo seu status na internet sobre a Mônica, agora você é solteiro, não é?
- Sinto muito! - Evidente que sua visita será muito bem vinda, estamos com saudades, sem falar que
só você mesmo sabe como me deixar na cara do gol aqui no campinho!
- Algum problema se eu chegar ai amanhã de manhã? - Estou quase surtando, e aquele futebol
certamente vai me fazer bem!
- Claro que não Marcos, é só chegar, ficarei te esperando com um bom café que só minha mãe sabe
fazer!
- Saudades desse café, então vou preparar a bagagem e zarpar daqui a pouco!
- Certo meu irmão, então ficaremos esperando!
- Beleza Leandro, então até logo, um abraço!
- Abraço Marcão, fica na paz!

De imediato Marcos já foi separando as coisas e socando em sua mochila, quanto mais ficasse
naquele apartamento mais sofreria pelas boas lembranças com “sua”, não mais sua Mônica...
Explicou ao zelador sobre sua pequena viagem e com seu lindo carro vermelhou pegou a estrada,
nada que uma bela cidadezinha do interior nesse momento... No caminho lembrava da boa infância
tida por aqueles lados, era uma gritaria das mães e vizinhança por causa das tantas artes feitas pela
conhecida dupla dinâmica Marcos e Leandro, até amizade com garotos de uma pequena tribo
indígena da região tiveram, lembrava como se fosse ontem os jovens indiozinhos ensinando a arte
da caça e pesca, era quase indescritível a sensação boa causada em manusear um arco e flecha, triste
foi quando em sua adolescência teve de mudar para cidade grande, acontece. Essas lembranças
acompanhadas de um bom rock clássico tocando em seu carro estavam ajudando à esquecer um
pouco a dor de não ter o que se ama, outras distrações bem vindas eram os enfileirados postes de luz
incessantes e as tartarugas tão brilhantes que separavam as faixas da estrada, estava um tráfego
calmo, quando Marcos notava a ausência de radares até pisava um pouco mais no acelerador, nesse
ritmo, mesmo antes do céu clarear estaria chegando à casa de seu primo.
- Meu Deus será que Fogo está vivo? Pensou alto o jovem. Fogo era um órfão filhote de lobo-guará
encontrado por Marcos e seu primo pouco antes da sua forçada viagem definitiva para São Paulo,
como obviamente os pais de Marcos não permitiram o adolescente levar um animal selvagem destes
para a cidade, sobrou para sua tia mãe de Leandro o cargo de criar Fogo igual um cachorro, o mais
interessante foi que deu certo, não havia quem não se admirasse com a esperteza e afeto de Fogo
com todos da redondeza. Como com quase 17 anos o rapaz havia se mudado para a cidade,
certamente caso não tivesse ocorrido nenhuma fatalidade, Fogo estaria vivo, a expectativa desse
reencontro era grande, até pisou ainda mais no acelerador. A cidadezinha cada vez mais estava
próxima e o céu ainda permanecia escuro e estrelado, sem falar da Lua, cheia e linda, até então tudo

na viagem ocorria bem, sabia Marcos que cada vez mais se aproximava, pois a estrada começará a
ser apenas de terra vermelha e sem postes de luz, terra vermelha que desde os seus tempos de
adolescência falsamente prefeitos prometiam asfaltar. Não somente os postes haviam cessado como
para substitui-los verdes e mais verdes de matos e árvores surgiam nas laterais da estrada, mais uma
vez lembrou da infância, o cheiro gostoso de um misto do orvalho nas plantas era algo que sempre
havia admirado. Marcos esta admirando tudo, somente não admirou o sucedido logo em seguida a
sua apreciação a natureza, um enorme cavalo preto de olhos amarelos certamente devido o fato de
refletir a luz dos faróis de seu carro estava bem no centro da estrada, a velocidade do veículo era
muita, foi necessário um desvio brusco à direita, o não conhecido era que ao jogar o carro em meio
ao matagal logo em seguida havia um barranco, o carro desceu e somente parou devido um choque
frontal em uma enorme rocha encontrada no chão que sinalizava o fim da descida, muita poeira e
fumaça subia diante dos olhos do rapaz, esforçado para não perder a consciência mesmo diante de
tanto esforço foi impossível seu pretendido, sua porta se abrirá, devia ser a ajuda, ao virar à
esquerda na tentativa de entender o que estava havendo viu uma forma humana com algo na mão,
era um pé-de-cabra, ferramente usada como arma para agredi-lo, após duas fortes pancadas sentidas
na cabeça Marcos desmaiou, atrás do agressor havia um segundo homem, pegaram tudo de valor no
carro e bagagens, subiram o barranco, montaram no preto cavalo e seguiram na mesma direção que
antes o veículo batido fazia...
Marcos abriu os olhos, não fazia ideia onde se encontrava, tentava se mexer mas era em vão, assim
como falar também era, sabia estar deitado em uma espécie de cama de madeira com a barriga para
cima, o teto que enxergava não era plano com de costume, mas parecia estar dentro de uma casca de
ovo, mas feita de palha ou coisa parecida, sentia cheiro de fumaça, além de ver a mesma subindo
bem próximo a sua cabeça, o ambiente era pouco iluminado, esse ambiente lhe era familiar,
entretanto mesmo mediante grande esforço mental não conseguia se lembrar, sentiu frio e sensação
de molhado na região do peito, em seguida uma linda face sorridente surgiu em seu campo de visão,
era uma linda índia, sentiu vergonha ao perceber que estava nu, pois se sentiu a mesma sensação do
peito em seu pênis era sinal disso, percebeu enfim, estava sendo banhado, tentou permanecer
consciente, entretanto suas vistas escureceram...
- Entendeu Leandro? - Do contrário Marcos vai morrer!
- Entendi, vou buscar fogo!
Marcos acordou assustado, como não acordaria dessa forma ao ouvir tal diálogo? Se auto
questionava: “- por que querem me queimar?”. E novamente suas vistas mesmo sem sua vontade
escureceram...
Seus olhos se abriram, pela terceira vez se assustará, acordar e enxergar um lobo-guará deitado
sobre si do nada é desconfortável, ainda mais quando sua única possibilidade se resume em apenas
olhar, passando alguns segundos do choque Marcos sorriu internamente por matar a saudade e por
alívio, não iriam lhe atear fogo e sim iriam por algum motivo deixar Fogo o antes filhote de lobo-
guará em cima dele, achou estranho tudo até então observado, mas achar ou não seria indiferente na
situação encontrada. Era prazerosa a sensação de calor dada pelo lobo adormecido em seu peito,
prazeroso não foi lembrar de um enorme cavalo, uma grande queda e duas fortes pancadas na
cabeça, pancadas inclusive ainda muito dolorosas, mas mais que isso tudo, desejava Mônica
segurando sua mão, e alguém fez isso, era o rapaz outrora ouvido por Marcos conversar com seu
primo Leandro, primeiro pegou a mão direita e deixou sobre as costas do Fogo, em seguida fez o
mesmo na mão esquerda, assim Marcos abraçava Fogo, prestando atenção notou já ter visto o rapaz
que o auxiliava, era um índio antes pequeno que brincava com a dupla dinâmica, estava bem
diferente, alto e forte, apenas não lembrava seu nome, Sol da Tarde, pelo visto agora um tipo de
pajé. O índio com uma espécie de faca fez um corte no ombro e por mais estranho que pareça
Marcos não sentiu dor alguma, “- Melhor assim!” pensou o jovem. Fogo até então adormecido
despertou de imediato deixando as orelhas em pé, seus olhos arregalados demonstravam o quão
curioso estava para averiguar mais de perto o corte no ombro do rapaz, sobre o corpo de Marcos
ficou de pé com suas quatro patas e com estas deu poucos passos à frente, seu focinho logo estava
inspecionando o corte que lentamente ia escorrendo sangue, como um cão sedento o lobo começou
a beber o sangue que agora jorrava. Marcos muito temeu levar uma mordida, mas isto não ocorreu,
além do mais adiante com seus pensamentos deduziu o fato de que, se o corte feito a faca foi
indolor logo mordidas também poderiam ser, somente não se tranquilizou devido a situação em que
se encontrava, no mais a única coisa a restar era com seus olhos observar, passado meia hora não
mais saía sangue do seu corte, então fizeram algo similar com Fogo que por sinal parecia estar
entorpecido em um estado de êxtase, enquanto seu dono o segurava, o jovem índio fez um pequeno
corte em uma região inferior próxima ao pescoço do animal, a índia assistente que em momentos
anteriores ajudará Marcos lavando-o estava segurando uma espécie de tigela de barro e nesta
aumentava o volume de sangue extraído do lobo, o índio achando suficiente a coleta adquirida
passou um pano em volta do pescoço do animal e dera ele aos cuidados de seu dono que por sua vez
deixou-o em um local ao chão dando algo para sua alimentação. A tigela de sangue agora
encontrava-se nas mãos do Sol da Tarde, este levantou a tigela em direção aos céus e começou a
falar palavras em algum idioma desconhecido, após o término desta ação a linda índia
cuidadosamente levantou a cabeça do enfermo colocando uma das suas mãos na nuca e com a outra
colocou uma espécie de travesseiro servindo de apoio para manter a cabeça do rapaz na forma
desejada, com cautela abriu a boca de Marcos, pego a tigela em seus cuidados e vagarosamente fez-
se derramar aquele sangue no boquiaberto Marcos, este teve uma sensação prazerosa ao sentir o
sangue escorrer por sua garganta, como anteriormente, o jovem começou sentir certa sonolência,
passado algum tempo seus olhos se fecharam...
- Ahhhh! Marcos acordou com um surpreendente grito vindo das entranhas, olhou em volta e notou
estar em um lindo campo com linda vegetação, árvores e flores tão belas nunca vistas pelo rapaz,
mas à frente do seu campo de visão avistara um rio de límpida água, neste podia se ver claramente
como um espelho o reflexo de um céu também límpido com um Sol esplendoroso, próximo a
margem também avistava diversos animais, onças, araras, divertidos e agitados macacos de porte
pequeno, lobos-guará e muitas outras espécies desconhecidas ao menos por ele, cada tipo de animal
ao menos possuía cinco como representantes de sua espécie, o mais surpreendente e belo era o fato
de todos estarem em comunhão. Mesmo “assustado” sem entender onde estava, por que estava,
onde suas roupas estavam, Marcos se sentia aliviado, podia falar, ouvir, ver e graças à tudo que há
de mais sagrado podia andar, andando foi em direção ao rio, nenhum animal demonstrava alguma
reação arisca devido sua presença, notou que o rio era raso, certamente o ponto mais fundo bateria
em seus joelhos, olhava no fundo destas águas lindas e via lindas pedras, muitas delas preciosas
apesar de não saber nomes e valores, por algum motivo seu corpo estava muito quente, notando ao
se agachar e utilizando uma das mãos descobriu o quão estava a temperatura da água, nem quentem
nem muito fria, logo Marcos sem delongas estava a se banhar no centro do rio, era uma sensação
muito boa de purificação, olhando seu ombro notava a cicatriz do corte, estava devidamente tratada.
Após certo tempo deslumbrado em meio de tamanha beleza, os cinco lobos-guará começaram a
entrar no rio indo em sua direção, o mais estranho era ao invés destes afundarem, caminhavam por
sobre as águas, sendo pertinente ou não, Marcos presenciando tal ação disse em voz baixa “-
Jesus!”. Mesmo achando esquisito o rapaz não sentia medo, os lobos fizeram um círculo em sua
volta, olhavam fixamente para os olhos do rapaz e começaram em sentido horário em uma sincronia
perfeita a andar, seus olhos somente deixavam de se encontrarem com os olhos dos jovem nos
momentos em que dar as costas para o mesmo era inevitável. Poucos segundos depois, algo que já
se tornara cansativo voltou ocorrer, houve sonolência e os olhos de Marcos se fecharam...
- Ahhhh! Novamente com tal grito emitido Marcos despertou, desta vez no local de origem, na
cama feita de uma espécie de madeira, para seu alívio não mais estava nu, usava uma bermuda
preta, mas alívio que isso foi perceber que se sentia muito bem e seu corpo estava como de costume,
excelente, podia se locomover, logo levantou-se, no ambiente agora claro pois havia amanhecido,
Marcos avistou Fogo em um canto encolhido e adormecido, não havia mais pano algum em torno
do seu pescoço, decidiu não acordar o animal, fora Fogo, nenhum outro ser vivo era presente no
local, decidiu sair do local, que agora havia percebido ser uma espécie de oca, lá fora viu mais umas

quinze muito semelhantes com a qual antes estava, no centro do que certamente era a vila principal
da tribo, viu seu primo Leandro, mais os índios que o auxiliaram durante todo o momento difícil,
próximo deles havia uma linda Pick-Up preta, veículo muito útil para a região. Deu forte abraço
acompanhado de um sorriso aberto em seu primo e aos índios fizera semelhante mas ao invés de
abraçar os cumprimentou com um gesto feito por sua cabeça, um pequeno índio surgiu e entregou-
lhe uma tigela contendo alguma bebida, parecia ao paladar do rapaz uma espécie de chá feito de
ervas fortes e amargas e isso lhe agradou.
- Mas o que aconteceu comigo? Perguntou sorrindo com um semblante de gratidão. Então
contaram, “acidente” que durante o decorrer do diálogo perceberam ter sido cilada, Marcos devido
o acidente perdera muito sangue, grande risco de morte, hospitais sem médicos, último recurso,
ritual indígena, troca de sangue com Fogo, dois dias, manhã, Marcos acordando bem, Necessitando
porém de repouso como período de recuperação, no mínimo 15 dias.
Após cumprimentar diversas vezes os índios que o auxiliaram como forma de agradecimento pelo
modo como foi tratado, Marcos se despediu da tribo e junto ao Fogo e seu primo Leandro foram
embora, No caminho descobriu que durante os dois dias que havia ficado naquele estado, seu carro
foi guinchado pela prefeitura e dado como perca total, no mesmo não sobrara nenhum de seus
pertences a única coisa que tinha era uma bermuda preta que não fazia ideia de quem já foi.
Chegando na casa da sua preocupada tia foi muito bem recebido com um café que tanto adoravam
com um quarto e roupas antes usadas por Leandro.
Marcos havia decidido não ir até a delegacia prestar qualquer queixa, aos seus olhos seria em vão.
Cansado e aconchegado em uma boa cama decidiu dormir cedo, além do mais por mais que se
sentisse bem, lhe recomendaram ao menos 15 dias de repouso, antes de adormecer teve tempo de
brincar com Fogo que depois também dormiu ao pé da sua cama. Manhã seguinte, dia lindo, com
café da manhã, reencontrou-se com alguns conhecidos e mesmo com a insistência de sua tia,
Marcos e Leandro foram ao boteco ali perto e Fogo seguiu os mesmos. Passaram à tarde toda
tomando cerveja, relembrando, gargalhando sobre a infância que tiveram.
No fim da tarde dois sujeitos vistos pela aparência que eram irmãos, apareceram no local e pediram
alguma coisa para beber, Marcos não somente notou que eram fortes e altos homens negros que
aparentavam ter seus 30 anos, como também notou suas vestes, eram muito semelhantes às suas
roupas que estavam na bagagem e foram roubadas no dia do “acidente”, inquieto com a situação
sem prestar contas ao seu primo foi educadamente tirar satisfações com os sujeitos. Estes quase
gargalhando disseram que não passava de pura coincidência, pois as roupas eram deles já fazia certo
tempo. Marcos mesmo não acreditando ainda mais percebendo o quanto estas estavam em bom
estado, resolveu retornar à sua mesa enquanto ouvia risos daqueles que ele muito estava
desconfiado. Leandro contou sobre os sujeitos, moravam ali há poucos meses e já haviam se metido
em bastantes discussões com o pessoal, pareciam, se comportavam como donos do lugar, até no
futebol onda as coisas sempre foram pacificas houve briga recente causada por eles, situação
apaziguada com a chegada da polícia.
Uma camiseta foi jogada na face de Marcos, quando o mesmo a tirou de seu rosto avistou um dos
sujeitos sem camisa dizendo: - Não precisa mendigar seu branquelo, eu te dou minha roupa! Marcos
levantou-se de sua cadeira e assim como em socos somente vistos em filmes golpeou o rosto do
rapaz que foi ao chão desmaiado, Fogo que estava perto tentou morder o desmaiado mas Leandro
conseguiu impedir à tempo, o que não dava tempo era proteger Marcos do outro irmão que corria
como um touro em sua direção, quando próximo levou um chute bem no centro do peito, o mesmo
foi arremessado a quase 3 metros e também desmaiou.
- Marcos filho de Deus, vai embora vai! Disse Seu Gilberto dono do boteco assustado com toda
aquela bagunça. Mesmo eufórico, Marcos obedecera e junto com seu primo e Fogo retornaram
nervosos para o lar.
Co m medo da reação da sua tia resolveram nada contar do ocorrido, após jantarem os primos foram
até o quintal e conversaram melhor sobre a situação, mesmo parecendo perigosos Leandro achou
que não seriam ousados à ponto de aparecerem para tirar qualquer satisfação. Mas o que mais os

deixaram surpresos foi como Marcos facilmente havia derrubado homens fortes apenas com um
golpe em cada, na infância tiveram suas brigas com outros moleques da mesma idade ou até mais,
ambos eram bons de briga mas não para tanto. - Foram os filmes do Bruce Lee! Disse Marcos
brincando, ambos sorriram e foram dormir, e assim como na noite anterior, Fogo dormiu ao pé da
cama de Marcos.
Durante a madrugada para variar o jovem acordou assustado, era Fogo “suavemente” mordendo
seus pés, para isso algo estranho estava acontecendo, olhou para a janela do seu quarto aberta
devido forte calor e vindo desta ouvia-se um barulho de alguém ou alguma coisa mexendo na cerca,
Marcos sem demora pulou a janela e lá próximo da cerca que ouviu o barulho, pelo lado de dentro
do quintal estava o primeiro dos sujeitos nocauteados no dia anterior segurando um grande
machado, inconscientemente Marcos pulou em sua direção com a boca aberta rumo ao pescoço do
homem e o conseguiu morder, não somente mordeu como continuou mordendo, ainda o segurando
pela boca em um só pulo sem encostar na cerca estava do lado de fora do quintal, em questões de
minutos ainda segurando pela boca um corpo falecido, estava Marcos em um lago que muito
utilizava na infância, na beira deste viu seu reflexo nas águas destroçando o corpulento homem,
parou de imediato e muito se assustou com a figura que se apresentava diante de si, era Fogo em
tamanho gigante, Marcos havia se transformado em um enorme lobo-guará, a única diferença era
conseguir manter-se ereto assim como um homem, olhou o corpo ali em sua frente já quase
decapitado, como testemunha havia somente a Lua Cheia que também era vista refletida sob as
águas do lago. Assustado, correu o mais rápido que pode e realmente rápido já estava deitado em
sua cama ainda na forma de animal. “- Só pode ser um sonho!” e dormiu.
Marcos acordou e de imediato foi diante do espelho, para seu desespero tudo aquilo não foi um
pesadelo, nada em forma de lobo havia em sua face, entretanto sua boca estava ensanguentada, não
tinha explicação e muito menos para onde correr, Leandro entrou sem bater com uma toalha nas
mãos. Durante o banho seu primo contou ao rapaz que havia dado sumiço no machado encontrado
no quintal pela manhã, também que um corpo quase decapitado encontrado no lago estava sendo
atração da pequena cidade, diziam ter sido obra de urso ou coisa do tipo, não existem ursos no
nosso ecossistema, a não ser que tenha fugido de um circo, o que os policiais não faziam o ano
inteiro estavam fazendo desta vez. Marcos contou sua versão da história, por sua vez Leandro
acreditara, pois comentou um risco antes tido apenas como lenda pelos indígenas, a possibilidade do
rapaz tornar-se um lobo após o ritual de cura, não crendo nisso, de prontidão aceitou que o ritual
fosse feito, ainda mais sabendo do risco de perder a vida do seu primo. Não havia tempo para
ficarem perplexos, Marcos ali mesmo tentou e conseguiu se transformar e voltar ao estado natural
por três vezes, era uma transição dolorosa porém suportável.
- Você sabe onde fica a casa do outro irmão? Perguntou Marcos com ar de seriedade.
- Mas Marcos... Leandro foi interrompido, Marcos não gostaria de ser tachado de assassino, mas
sabia que o outro irmão em certo momento iria procurar por eles.
Chegaram no local, lá havia um enorme cavalo preto, tal foi solto por Leandro, Fogo ficou trancado
na Pick-Up, e Marcos já transformado, transformação que levava pouco menos de 5 segundos,
invadiu a casa pela porta da frente.
- Depois eu cuido de vocês! Disse o grandalhão apontando para o chão, quando se virou perdeu a
cabeça com um só golpe vindo das garras da pata direita de Marcos, notou que ao chão havia uma
pequena espécie de porta e após a abertura desta havia um porão com dois pequeninos índios, talvez
acostumados com “lendas” não se assustaram e abraçaram Marcos, ali certamente haviam sido mal
tratadas. Marcos não conseguia falar, apenas rosnar em seu estado atual, então tornou-se a ser
homem, sorte que a bermuda não se rasgava durante os momentos de transformação. Todos no carro
rumaram até a tribo, foram recebidos como salvadores, as crianças haviam sumido à quase 2 meses.
Foi sugerido que Marcos ficasse um tempo na tribo, primeiramente 6 meses, agora para sempre,
havia se casado com a índia que antes o tinha ajudado.
A polícia sem solucionar as tragédias varreu o lixo para debaixo do tapete, caso não solucionado.
Marcos era tido como atração sigilosa pelos membros da tribo, além de ser muito respeitado,

mantinha contato com seu primo durante os jogos no campinho, tomava sempre o bom café de sua
tia e Fogo foi adotado por Marcos.
Certo dia Mônica apareceu, mentira seria dizer que nada de amor ainda nutria Marcos por ela,
contou que poderia casar-se com quantas mulheres desejasse se assim elas também aceitassem seus
pedidos, se ela tinha intenção de algo com ele essa seria a única forma de viver ao seu lado, junto da
tribo, deixando de lado tudo que passou ou passava em São Paulo. Por incrível que pareça Mônica
aceitou, restava apenas contar um segredo, era noite, em sua oca diante da moça efetuou sua
transformação, Mônica gritou histericamente, já os membros das outras ocas histericamente
gargalharam.
Passado o choque, também passou o tempo, Marcos teve duas filhas com sua primeira mulher a Lua
Cheia, sendo que uma delas apresentou as mesmas características do pai, também se transformava
em lobo, Mônica sua segunda mulher obteve um menino, aparentemente nada de “anormal” com a
criança ocorreu, aparentemente...
Aprisionado no quarto

- Lama, simplesmente estou na pura lama, começou pelos pés hoje alcança meu pescoço, em breve
talvez, afogarei! - Lendo poderão pensar ser eu idoso, engano, chegando na casa dos 30, mas já me
sinto mais bem mais que um velho de 80 anos, sequer sei como ainda há vida em mim! - Nem
lembro como começou, mas começou tão suavemente, desapercebido fui pego de vez nessa
armadilha que agora não saio mais! - Meu quarto não só sujo pela bondade da minha mãe em
invadir o mesmo e empregar boas vassouradas e esfregões, do contrário seria um lixão, na minha
cama já não há solução, ela deve aproveitar as raras vezes que me levanto para não cagar nas calças,
meus banhos quando muito sou forçado a tomar são feitos por panos molhados com qualquer
solução que desconheço mas lembra desinfetante! - Meu lazer favorito consiste em olhar o teto e
sabe se lá o que imagino quando me deparo com esse, é tão estranho querer morrer mas não se
matar! - Como disse outro momento, não me lembro ao certo quando tudo começou, mas sei que
está começado e me vejo como um condenado! - Não pense que me faço de vitima ou coisa assim,
melhor seria se fosse isso, apenas não vejo razão para continuar, cansa viver! - Como porque sou
obrigado, e no máximo uma ou duas bolachas por dia, desconheço a força que me impede de sentir
dores no corpo, pois deitar-se sempre, não comer, nada fazer, algum mal ao corpo deve fazer! - Pior
são meus vícios, meu pai diariamente deixa cigarro ao lado do meu criado mudo, infelizmente não
deixa também uma boa bebida, fumo, mas fumo tanto, fumo demais, sequer fico tossindo, e olha
que não é breve esse meu estado, poderia estar acabado já há um bom tempo, alguma força que
impede tudo isso e confesso que nada gosto dessa força, essa força me impede de ir de vez para
onde preciso, o caixão! - Se me pergunto quem é o culpado disso tudo, logo vejo a resposta nas
poucas vezes que olho no espelho! - Pouco vejo minha face, tal é encoberta por uma barba que se
não tirada pelos outros não será tirada por mim, cansa! - Há quem diga, quem pense que não passo
de um vagabundo, antes fosse, assim o tempo que levo sem nada fazer por falta de vontade poderia
ser substituído por qualquer outra coisa que me fizesse algum sentido! - Salvo pelos meus
familiares, detesto a raça humana, principalmente esse homem que agora escreve em uma cama,
não sei como mas tive forças para segurar uma caneta e escrever em um papel, quem sabe seja as
últimas forças de um moribundo, uma carta de despedida ou qualquer bosta do tipo! - Familiares, o
único motivo que me faz sofrer é saber o quanto de sofrimento exerço neles, talvez seja até o único
motivo pelo qual não passo uma faca em meu pescoço ou tomo uns 50 comprimidos de uma vez,
nos olhos deles apesar de sofrimento, também vejo esperança, me dói saber que eles ainda nutrem
algo do tipo por mim, somente aceito visita destes, minhas duas irmãs, coitadas, fazem de tudo,
conversam de tudo, tentam de tudo para que me desperte, simplesmente não sei se não quero ou se
não consigo!
- Detesto a raça humana, detesto tudo, me detesto muito, detesto saber que se estou assim agora são
pelos frutos do que próprio plantei, e não importa quando nem quanto, importa que sou ferrado por
meus próprios atos! - E de que adianta reclamar? - Em nada adianta, por isso sempre me calo, pouco
faço, fico estagnado, salvo por esse momento onde irritadamente escrevo essa carta!
- A escuridão me conforta, detesto a luz, é ruim ter de se levantar para sentar o rabo em um vaso
sanitário para defecar pouco mais que gramas de um bolo asqueroso, melhor adiante, se houver
adiante, deixar um pinico debaixo da cama, assim a ação que me incomoda não fará mais tanto
drama! - Odeio barulhos, odeio tudo, odeio não ter coragem de acabar de vez com tudo isso, eu
odeio você mesmo sem lhe conhecer, por mim você poderia se fuder, poderia chegar em um estado
igual ou pior que o meu! - Não vejo salvação em nada, nem por Cristo me levantaria hoje dessa
cama que mesmo sobre os cuidados da minha linda mãe fede a mofo, de tudo tenho nojo, me sinto
na lama, banhado no esgoto! - Vão todos à merda, nem sei porque fui começar esse lixo, perder
tempo em escrever algo nada construtivo, vai saber, existem ações impossíveis de prever, talvez
lendo isso consigo afastar o mal de você, ou então se deseja se danar, basta me copiar!
- Minhas irmãs chegarão, irão começar os apelos tudo novamente, coitadas, desejam levar luz para
um ser que nada enxerga!
O ROQUEIRO – CAPÍTULO I

Minha primeira transa foi cedo, tinha 16 anos, claro que para a época em que vivemos 16 anos é
uma idade tarda para isso, nos tempos de escola, conheci uma linda garota da mesma idade,
estudávamos em salas diferentes, Juliana, impossível esquecer, baixinha, branca, cabelos longos e
pretos, olhos castanhos escuros, lindo corpo, linda face, o uniforme usado não tirava sua beleza,
calça vinho e camiseta branca. Foi em um destes intervalos que a conheci, não lembro ao certo
como tudo começou, mas a iniciativa de conversar partiu dela já que esperando de mim um sujeito
até então vergonhoso só teria um contato com maior afinco para com uma mulher muito mais tarde,
se bem que minha memória recorda de momentos infantis onde eu aprontava algumas, como ficar
de baixo da cama com minhas vizinhas nos tateando, conhecendo mais sobre anatomia sexual,
fingir que estava com medo dos filmes “A Hora do Pesadelo” para poder dormir na mesma cama
com elas e então tentar fazer coisas que ainda não sabíamos como fazer, foi onde “aprendi” beijar,
provável que eu tinha meus 8 anos e a menina loira 10 anos, me sentia importante nessas ocasiões,
era interessante o prazer que sentia ao ser tocado bem na área onde normalmente um homem tem
maior prazer, com outras vizinhas havia a famosa brincadeira de médico e até de casinha que
porventura eu muito gostava, era bom ser um marido correspondido no amor, recebia beijos,
abraços entre outras coisas mais...
Ficando por volta já de 3 meses com a Juliana e após certos momentos de conversas decidimos que
eramos feitos um para o outro que casaríamos e teríamos filhos, para isso seria necessário fazer
sexo ou amor, a uma diferença não tão distante como se pensa entre esses dois, mas o melhor
mesmo é sexo com amor, apaixonados decidimos então que o momento de transarmos iria
acontecer, ela morava sozinha com o pai e este pai trabalhando chegava tarde em seu lar, bom
motivo para cabularmos aulas e irmos para sua casa, na primeira vez que fizemos isso foi excelente,
só teve uma pequena preocupação, meu corpo ainda não estava completamente formado à ponto de
receber uma camisinha sem que a mesma ficasse folgada em meu pênis, o jeito era que nossa
primeira vez fosse sem camisinha portanto, foi o que ocorreu, para se ter maior ousadia fizemos o
ato na cama do pai dela que apesar de separado mantinha a cama de casal como local de dormida,
normal isso acontecer, cama de casal é excelente para se dormir tendo ou não alguém ao seu lado,
ficamos muito envergonhados no momento de tirarmos um a roupa do outro, mas isso não era
motivo de disfarçar minha excitação em forma de ereção, nossas pupilas estavam dilatadas, nos
beijávamos, abraçávamos, estava tudo, era tudo muito bom, eu sabia que faria bem meu papel, pois
de tantos filmes eróticos que já havia assistido enquanto me masturbava ficará fácil depois exercer
as mesmas ações, claro que esses filmes são pura fantasia mas deu certo comigo, depois de uma boa
preliminar onde mesmo totalmente sem experiência alguma fiz questão de praticar sexo oral em
Juliana que por sinal teve seu primeiro orgasmo na vida já que nunca havia se masturbado, ocorreu
a penetração, foi um tanto que difícil mas ocorreu e tentei não causar dor a adorável o máximo
possível, e isto deu certo, enquanto fazia os básicos movimentos estando nela penetrado, a beijava,
acariciava seu corpo, chupava seus seios, tudo isso amenizava a dor que a mesma sentia, e ao
contrário do que ocorre com muitos garotos, não gozei rápido como dizem que sempre ocorre na
primeira vez, talvez porque não só vivi de filmes mas também sempre gostei de leitura e em uma
destas descobri que se masturbar em um tempo de ao menos 15 minutos antes de ejacular poderia
ajudar bastante não ocorrer a aceleração no orgasmo do homem pois o corpo estaria acostumado a
praticar uma relação com um tempo de vida mais prolongado, dito e feito, durou por volta de 20
minutos, foi o tempo que aguentei antes de retirar o meu pênis e ejacular por sobre a barriga da
minha até então linda namorada, seu hímen havia rompido, havia sangue no lençol, isso nos
assustou mas por incrível que pareça a máquina de lavar desempenhou bem seu papel, infelizmente
nesta primeira vez não tinha conseguido ter feito a Juliana ter orgasmo, por sorte que no sexo oral
antes da relação que houve penetração eu tinha conseguido, isso ajudava um pouco a relaxar, no
mesmo dia, na terceira vez que fizemos sexo enfim todo orgulhoso consegui fazer a gata tocar com
suas mãos os céus, foi maravilhoso e lembro até hoje depois de tanto tempo passado os gemidos de
prazer que saiam de sua boca, foi épico, desde cedo nunca fui egoísta, só fico feliz se proporcionar
orgasmos às minhas parceiras de alguma forma, do contrário nem faço questão de transar, após o
término da terceira relação do dia, tomamos Coca-Cola ao som de Legião Urbana, era só o começo
da minha formação de gosto musical, já havia escutando outras bandas antes e apesar de ter gostado
não me sentia tão atraído o quanto senti ao escutar ao lado de Juliana, uma coisa ajudou a outra,
desde então mesmo escutando momento ou outro outros estilos musicais, o rock é o que me define
realmente... Foram bons tempos, por pouco não repetimos de ano por tanto cabular as aulas para
podermos transar bem transado, porém houve o dia terrível que quase gerou trauma, o pai de Juliana
havia chegado mais cedo em casa, tive que as pressas pegar minhas roupas e ir para de baixo da
cama, foi horrível, via as pernas do pai dela, via perfeitamente seu calcanhar, com sinal de cansado
tirava vagarosamente os sapatos como que para relaxar após um dia tenso de serviço, e eu mais
tenso ainda estava, tinha medo até de ouvir a própria respiração, para Juliana foi mais fácil,
enquanto eu estava escondido na cama ela correu para o banheiro fingindo, fingindo não, para
tomar banho, isto disfarçou bem as coisas, enquanto o pai de Juliana por algum motivo foi para a
cozinha ou sala, consegui me vestir mesmo estando deitado, transpirava frio, adrenalina, sentimento
de terror ao ser pego, coração acelerado, só desejo isso para certas pessoas, foi no momento que seu
pai entrou no banheiro que corri, sumi de vista, Juliana abriu a porta e o portão e ainda me deu um
beijo de despedida sorrindo apesar da situação eletrizante que tivemos... No fim, sem saber ao certo,
pouco antes de completar 17 anos nos separamos, até hoje creio que a culpa mesmo foram de suas
amigas, mas hoje isso não mais importa, o que foi importante mesmo é a experiência que adquiri
transando e queria mostrar isso para o máximo possível de mulheres que encontrasse, não só isso,
tão fissurado que fiquei pelo rock nacional que tive a felicidade de conhecer com a minha real
primeira namorada, também queria apresentar esse durante o sexo que praticava com as mulheres, e
deu certo, era a situação perfeita, sexo, drogas e rock and roll, não havia as drogas nesta época mas
não desmerecia a ideologia de qualquer forma. Época boa essa, jamais esquecerei, após a Juliana
devo ter transando com umas sete garotas até completar 18 anos, não fiz este cálculo como forma de
troféu de quanto um homem é capaz de somar em suas aventuras sexuais, e sim como forma de
estar ciente de quanto aprendi e aprenderia com cada uma das experiências que iriam surgir, creio
ter cumprido meu papel neste período, até então não ouvi reclamações.
Meu cabelo estava crescendo, passando da altura dos ombros, em breve precisaria me alistar no
Exército, queria ter servido, apesar de estar gostando do meu cabelo, ficaria feliz em cortar para me
tornar um soldado, mas o “destino” não quis assim, fui liberado por excesso de contingente, nem sei
ao certo se é assim que se diz, mas enfim, este foi o motivo pelo qual não servi a pátria,
“engraçado” foi que no primeiro dia que estava no local de alistamento usava uma calça jeans
rasgada e toda surrada e uma camiseta do Metallica do álbum Ride The Lightning, mas não vem ao
caso, apenas não passou de uma observação ou distração ao invés de contar os pontos mais
importantes da minha história estranha e provavelmente chata.
O ROQUEIRO – CAPÍTULO II

Aos 18, já mais experiente sobre o que era rock e o que era transar, também aprendi o feio ato de
fumar, vício que sustento até hoje, sei dos seus males, dispenso julgamentos, nesta época também
comecei me envolver com o álcool, e foi tenso, por pouco não me tornei um alcoólatra, dormia na
rua, vomitava em qualquer lugar, tinham que me dar banho de tanto passar mal e quase ou entrar em
comas alcoólicos, e meus pais, sequer faziam ideia dos meus feitos, pois apesar de desastrosos eram
bem feitos, talvez tudo isso ocorreu por conta da idade onde sequer mostrar para todos o quanto é
rebelde e responsável ao mesmo tempo, no fim aprendi controlar a bebedeira, fora cigarros e
bebidas já fumei maconha umas três vezes e nessas vezes em nenhuma gostei, melhor assim, gasto
menos, e nestes tempos conheci um “amigo” que pensava ser meu melhor “amigo”, tal nem merece
ter seu nome escrito nesta história. Tudo acabou quando em uma noite de bebedeira escutando
bandas de rock em bairros de periferia presenciei algo horrível vindo dele, em um escadão escuro,
sujo e molhado pela chuva que antes tinha ocorrido, lá estava ele tentando abusar de uma moça,
moça totalmente embriagada, até tentava pedir socorro mas sua voz era fraca, sorte foi que apareci
no momento, se não me engano estava procurando um lugar para mijar, o sujeito já com a calça
baixa estava tirando a calcinha dela, ao meu ver teve ainda a coragem de dizer para que eu
participasse dessa covardia, minha ação foi dar uma voadora em seu peito, lembro que a marca do
meu coturno adquirido com o dinheiro fruto do meu trabalho ficou marcado em sua camiseta na
altura do peito, antes que levantasse comecei a pisar em sua cabeça e lhe chutar a barriga, foi o
suficiente para ele desmaiar. Assustada começando a entender o que havia ocorrido a moça até
então sem nome que descobri se chamar Karina começou chorar devido talvez o estado de choque
em que se encontrava, a confortei com palavras, carreguei ela no colo, levei para minha casa, dei
banho, coloquei em minha cama e a vesti com uma bermuda minha e uma camiseta do Nirvana
também minha, Karina dormiu bem, ao acordar, tarde por sinal, estava eu sentado ao seu lado com
um copo de água mais um Dorflex e um Dramin, após tomar também tomou um café forte que eu
havia feito, comer, ela não poderia comer nada, se fizesse vomitaria, mesmo que já tivesse feito isso
e muito durante o banho. Nem preciso dizer que ela ficou com vergonha do ocorrido na noite
anterior mas mais que isso muito feliz com o dito por ela, um ato de nobreza vindo de mim, disse
que só fiz meu papel de um verdadeiro homem, ela se apaixonou por mim, eu disse que isso foi por
tudo que passou e queria de uma forma ou de outra me agradecer, depois de semanas insistindo para
que eu transasse com ela acabei fazendo isso, foi muito bom, excelente mesmo, mas mal sabia o que
me esperava, se antes estava apaixonada, agora estava completamente, doentiamente apaixonada,
transamos e transamos muitas vezes mas eu não queria namorar, pelo menos não agora, e isso a
deixou muito irritada mesmo, não sabia eu que ela frequentava um centro de umbanda e neste fez a
chamada amarração do amor usando um dos meus fios de cabelo que provavelmente havia pegado
enquanto dormia após sexo, mas enfim, não deu certo, parece estranho, mas justamente através de
um sonho que descobri o que ela havia feito, foi o estopim para nunca mais querer vê-la, só arrumei
para minha cabeça, foi complicado, mas muito complicado mesmo para que ela sumisse da minha
vida, mas no fim diplomaticamente consegui, porventura, Karina era linda, pouco menor do que eu,
loira tingida, corpo escultural, tudo que um homem desejaria se não fosse suas maluquices, de
qualquer forma não me arrependo e ajudaria novamente qualquer mulher que encontrasse nesta
situação, o estranho é que dizem certas religiões e afins, que o se faz volta, achei estranho, pois
modéstia parte tinha feito uma boa ação e só me voltara dores de cabeça, mas ainda assim não me
arrependo. E meu “amigo”, o safado ainda teve a coragem de me procurar por duas vezes e nestas
outra vez apanhou mas não chegou a desmaiar, quando pessoas do bairro descobriram o que ele
havia tentado fazer foi espancado diversas vezes, foi uma pena que Karina não desejou prestar
queixa na delegacia, mas consigo entender, essas coisas são difíceis de fazer. Além das boas transas
que tive com ela, outra boa lembrança é quando tocava Seek and Destroy no violão, sua cara de
admiração era linda, espero que ela esteja bem aonde estiver.

O ROQUEIRO – CAPÍTULO III

Todas sextas-feiras após a saída do trabalho, meus companheiros do mesmo saíamos para beber
cerveja dentre outras bebidas, e em uma dessas ocasiões foi sugerido irmos a uma casa de
prostituição, a chamada no dito popular de puteiro, mesmo estando muito embriagado custou para
que me fizessem ir, mas fui, ambiente horrível, luz vermelha ao som de forró, garotas quase nuas
oferecendo seus serviços, sinceramente achava tudo aquilo lastimável, minha intenção era apenas
ficar bebendo minhas doses de vodka, doses que por sinal faziam minha cabeça e visão girarem e
girarem, muitas se ofereceram para transar comigo, mas não queria, gosto de transar por prazer não
vindo só de mim mas também da parceira, esse lance de pagar por sexo, a mulher fingir que está
adorando, não é minha praia, sem falar de sempre ter de certa forma o sentimento de pena para com
estas, 90% não gostam do que fazem e se fazem é por dinheiro. Devido tanta insistência dos meus
colegas que fizeram questão de pagar para que deitasse com alguma delas pois dinheiro de mim não
sairia, resolvi ir, uma linda jovem baixa de pele parda entrou em um quarto comigo, não me
perguntem o nome dela, pois na altura do campeonato em meio a tanta bebedeira havia esquecido
até meu próprio nome e de qualquer forma essas mulheres nunca falam seus nomes verdadeiros por
motivos obvies, foi tudo muito mecânico, nos despimos, nem sei como estava tendo uma ereção
mesmo estando desmotivado e louco de vodka, mas tive, deu trabalho colocar a camisinha, pois
humildemente digo que meu pênis é um tanto grosso, não ficarei me gabando ao dizer que ele é
enorme pois não é, mas também não é pequeno, só sei que como em outras vezes foi doloroso essa
operação, mas era necessário, ainda mais na situação que me encontrava, local e pessoal totalmente
desfavoráveis para não usar proteção, ela pode ter mentido, mas segundo ela, gostou muito de ter
transado comigo, disse que foi o único da noite até então que fez ela realmente sentir prazer, não sei
se importam com o que direi, mas quando ejaculei foi em sua boca, ela que me rasgava elogios,
dizia que minha namorada tinha muita sorte de ter um homem como eu, eu então dizia que era
solteiro, ela não acreditava, eu retrucava dizendo que se fosse comprometido jamais estaria em um
lugar como aquele, ela não acreditou, de qualquer forma, foda-se, muitos pensam, não tem homem
que nunca traiu, eu nunca trai, agora acreditarem nisso ou não pouco importa para minha pessoa, só
acho certo tratar sua parceira como merece, longe estou de ser santo, mas se tem algo que não me
pesa na consciência é a traição. Apesar da rasgação de elogios, creio que a moça realmente havia
gostado de mim já que até o número do meu celular havia pedido, não passei.
Houve uma segunda vez que em situação parecida apareci no mesmo local e da mesma forma que
antes pagaram para que eu transasse, e fui, linda mulher, magra, branca, quase minha altura, cabelos
tão negros como uma noite sem luar, confesso que não curto esses lugares por diversos motivos
antes dito, mas sinceramente, mesmo ao som de forró, bebido muito e estar prestes a transar
mecanicamente, era inevitável não ter uma ereção ao ver os seios dessa garota de programa, ainda
mais quando ela me fez sexo oral, quase gozei nesta preliminar, e ocorreu semelhante a prostituta
anterior, o diferencial foi que esta acreditou que eu não namorava e não me pediu nenhum número
de telefone, o mais “engraçado” fora que ambas antes de transarem comigo ficaram assustadas com
minha expressão facial, cara fechada, pensavam que eu era um ogro que destruiria, partiria seus
corpos ao meio, tudo tem seu momento, há momentos de sexo selvagem assim como momentos
mais suaves de contemplação da junção dos corpos, no meus caso não sei explicar que momento
exerci pois as vodkas não ajudam, de qualquer forma não fui nenhum monstro segundo elas, só sei
que essas foram as últimas vezes que eu passaria por isso novamente, não tem jeito, não gosto desse
tipo de sexo pago e minha mente hoje em dia não é mais influenciada para demonstrar o quanto
tenho que provar que sou um homem viril para as demais pessoas, se for para provar alguma coisa
que seja para mim mesmo, aprendi isso com a idade vinda com maturidade que é o mais importante.
O ROQUEIRO – CAPÍTULO IV

Mexendo na internet, ocioso, resolvi entrar em uma dessas salas de bate-papo, seu tema era, São
Paulo -SP 18 a 30 anos, após conversas com diversas garotas, encontrei uma que aparentava ser
especial e realmente foi, Karen, linda japonesa, teclamos muito, falamos muito por telefone e o
primeiro encontro foi em um Shopping, foi muito bom, após comermos na praça de alimentação e
conversado bastante e logicamente nos beijado também bastante estava na hora de ir embora,
entretanto Karen me chamou para que a acompanhasse até seu carro e eu “frustrado” por se quer ter
tirado a habilitação, abriu a porta do motorista e sentou-se e em uma atitude inesperada por mim
que estava de pé com a cintura na altura de sua face, ela abriu meu zíper e começou a me chupar, foi
magnifico, confesso que poderia ter durado mais, mas foi tanto tesão que logo gozei em sua boca
que sorria para mim, notei que seguranças estavam se aproximando, rapidamente abotoei a calça e
fechei o zíper e sem pestanejar entrei no carro junto a ela, fomos embora, certamente todo o ato
estava sendo transmitido por câmeras de segurança instaladas no estacionamento, já era noite,
paramos em uma rua escura sem movimentação e transamos muito, umas cinco vezes em um
período de duas horas, e tudo sem camisinha, por precaução evidente que nunca gozava na vagina
dela, não que isso pudesse impedir de outros perigos, ela era literalmente o elemento fogo, não
perguntei mas certamente era do signo de escorpião, como era selvagem, era difícil se controlar e
não gozar rápido, nunca havia visto uma oriental com o corpo tão delicioso, gostosa mesmo. Tudo
estava certo para que eu a pedisse em namoro mas a vida pregou-me uma peça, seus pais
preconceituosos que eram não aceitavam de forma alguma um homem ao lado dela que não fosse
também japonês, anteriormente ela namorava um loiro bonito de olhos azuis bem sucedido e ainda
assim tal foi rejeitado pela família, imaginem eu, rockeiro, cabeludo, pardo, sem chances, não estou
sendo preconceituoso, jamais, apenas retratando o que infelizmente os preconceituosos tem em
mente quando se fala de pessoas com pele escura, mas enfim, meu quase cunhado ainda criança de
seus 11 anos chegou chorar ao saber que não poderia namorar sua irmã, “Faz parte da arte!”, disse
eu, obviamente que fiquei frustrado e furioso com tamanho ato de preconceito que vemos ainda nos
tempos atuais, mas é a vida, um dia muda. Antes da despedida final, continuamos a transar e transar
até não aguentarmos mais, tudo era tão bom, sua família sabendo que Karen ainda se encontrava
comigo a mandou para o Japão, foi a última vez que a ví. Por um bom tempo ao escutar Linkin Park
quase chorava lembrando dela, era nossa banda favorita enquanto transávamos, queria ter realmente
namorado sério com ela, mas já era, acabara, o futuro teria mais coisas para me apresentar.
O ROQUEIRO – CAPÍTULO V

Próximo a Estação de Metrô Barra-Funda havia um lugar agora extinto chamado ZADOQUE,
aparecia todos os sábados lá, neste tocava rock gospel, de preferência trash metal, isso mesmo que
leram, para os meio desantenados desde dos anos 80 isto existe e talvez até antes, lembro das
tentativas que tentaram me converter ao Senhor Jesus Cristo, bobagem, isto já havia ocorrido, da
minha forma mas já. Foi uma época engraçada, para mim sim, mas não para meus amigos que
precisavam cuidar de mim após tanta bebedeira que fazia em bares ao redor, mas quando não estava
vomitando estava com uma garota por perto, e quando não estava fazendo isso, estava normalmente
ainda com uma garota ambos vomitando. Em uma dessas visitas a ZADOQUE conheci uma linda
verdadeiramente loira, como de costume era baixa, tinha seios lindos, bunda instigante de tamanho
que era seu tamanho, ou seja estava felizardo, ainda mais que quando a conheci ela usava uma mini
blusa da Janis Joplin, isso só aumentava sua beleza, conversamos por quase dez minutos e logo
estávamos nos beijando, sem demora saímos do local e fomos para um bar ficar mais à vontade, ela
bebia vinha tinto suave, bebida que detesto devido traumas não contatos até então e talvez não
contados até o final, eu bebia uma dose de conhaque, o que não havíamos percebidos devido não
olhar nada ao nosso redor a não ser nossas faces sorridentes de quase apaixonados, é que haviam
três carecas provavelmente do ABC neste bar, quando levantei de onde estava para ir ao banheiro e
passei perto deles, um dos citados me chamou de cor de bosta, foi o fim, sou agressivo, nervoso,
ignorante, mas normalmente sou assim só com quem merece, olhei que havia uma garrafa de
cerveja por perto, tive a frieza de em segundos olhar se a mesma estava vazia pois não iria
desperdiçar algo tão precioso, parti ela ao meio e rasguei o ventre de um deles como se eu estivesse
portando uma daquelas espadas ninjas, de imediato seu intestino saltou, ele aterrorizado tentava
segurar e colocar esse órgão aonde não deveria ter saído se não me provocassem, os outros dois
ficaram com tanto medo da minha reação que decidiram não agir contra minha pessoa, o dono do
bar que viu tudo, apesar de ter achado exagerado da minha parte, ficou ao meu lado por também não
ter gostado do palavreado que fui obrigado escutar e pediu para que eu sumisse de lá, peguei a mão
de Samara e a passos rápidos sumi do local. Só Deus sabe que fim levou esse rapaz que de pobre
homem não tinha nada, estando longe notei que Samara estava muito assustada, mal sabia ela que
aquilo era corriqueiro na minha estrada, consegui fazer ela ficar calma e logo estávamos em uma
calçada escuro e sem movimentação que ainda havia um grande caminhão que ajuda a tampar a
visão do que acontecia no local, nos beijamos muito e Samara resolveu me presentear se ajoelhando
e começando a me chupar, estava tudo maravilhosamente bom, exceto que infelizmente devido
nossas bebedeiras Samara havia ficado enjoada e ainda mais com meu pênis diversas vezes
encostando em sua garganta acabou vomitando na minha calça, foi chato mais acontece, fomos para
outro bar, entrei no banheiro, me limpei ao máximo que era possível, paguei caro em uma garrafa
de conhaque, ela bebeu pouco comigo e se despediu pois logo os ônibus sairiam de circulação.
Depois destes dois acontecimentos que me levaram a adrenalina percorrer meu corpo, faltava ir a pé
para casa, e também se não me engado havia gastado a passagem do ônibus na bebedeira, na metade
do trajeto com a garrafa de conhaque quase no fim apareceu um carro da PM e me parou, coloquei a
garrafa no chão e de costas fiquei com as mãos na parede e grosseiramente um dos dois policiais me
revistou, RG, cigarro e celular, era o que eu tinha além da garrafa que estava louco para esvaziar,
mesmo checando no sistema que eu não devia nada, do nada esse policial que me revistara começou
a me dar socos e ponta pés, me chamava de vagabundo, que não era hora de alguém decente estar
na rua e falou muito e muito mais que não lembro agora, o que lembro é que a cada ofensa e surra
eu dava risada, isso o deixava ainda mais louco, disse para que eu jogasse o que sobrara do
conhaque fora, que despejasse na rua, disse que o pedido dele era uma ordem e comecei a beber na
frente dele, foi quase o fim, tal pegou seu cassetete e bateu feio em minha cabeça, quase desmaiei
mas continuei rindo, quando estava prestes a me dar mais uma cacetada seu parceiro impediu e
disse para me deixar embora, depois de uma discussão entre eles de cinco minutos mais ou menos
eu fui liberado e enquanto estavam conversando eu já havia esvaziado o conhaque da garrafa,
demorei chegar até em casa, não consegui colocar a chave no portão, sentei em frente dele e dormi.

O ROQUEIRO – CAPÍTULO VI

Resolvi ir ao Madame Satã, mas antes disso precisava depois de um certo tempo ficando com a
Samara me despedir já que havia saturado dessa relação, liguei para o celular dela e expliquei tudo,
que iria parar de ficar com ela, que estava indo em um lugar e certamente ficaria com alguém e que
para meus princípios para ficar com alguém eu tinha que estar sem ninguém, ouvi diversas palavras
de baixo calão e depois o desligar a ligação na minha cara, posso ter sido severo mas ao menos fui
honesto. Adentrando no local gostei, ambiente escuro, open bar de cerveja até determinado horário,
músicas até que legais apesar de não fazerem meu tipo, lindas mulheres em maioria góticas, poucos
homens e a maioria gays, fumadores de maconha em um canto, pista de dança em outro, não sei
dançar, até preferi ficar brisado de tabela com a fumaça da erva, indo ao banheiro dos homens que
ficava ao lado do das mulheres fui puxado por um monte delas que me agarram, me beijaram, era
interessante essa experiência que tive em um banheiro feminino, uma delas até me mastubara, gozei
em suas coxas, a segurança de lá fazia vistas grossas e isso era bom, só agiam se houvessem brigas
e isso também era bom, no fim acabei mijando no banheiro das meninas mesmo. Nesta noite já
havia tirado a sorte grande mas ainda haveria de ter mais, eu que não reclamaria, conheci uma linda
negra chamada Amanda, pensem em um corpo do tipo que o homem chama de gostosona, era bem
isso mesmo, usava coturno, meia-calça roxa, saia curta que mostrava bem suas deliciosas coxas e
uma camiseta feminina da banda Smiths, mulher linda demais, me chamou para dançar, implorei
que não, que era horrível, no fim fui, e acabou ela rindo muito de mim, levei na esportiva pois ela
gargalhava não querendo me humilhar mas sim por achar cômico demais, falou que eu já poderia
parar e acreditava que realmente eu não sabia dançar, o bom era que esta mesma pista de dança era
bem escura, aproveitando disso a encostei na parede, levantei sua perna esquerda, rasguei a meia-
calça na altura da sua virilha, abaixei meu zíper e à penetrei, transávamos no ritmo da música, era
instigante e perigoso, pois em uma música acelerada poderia eu gozar facilmente, mas tive a sorte
de ficar alí por mais ou menos meia hora, é um bom tempo para quem faz algo do tipo “escondido”,
prestes em ejacular levantei sua camisa e fiz tal em sua barriga linda que tinha um piercing no
umbigo, sem falar nos piercings que ela tinha no nariz, orelhas, boca, ela era diferente, isso me
atraia, por incrível que pareça não trocamos telefone, ou melhor, ela até me passou um que eu me
lembre, mas ao tentar ligar dava como número inexistente, ou ela passou sem querer o número
errado por estar embriagada assim como eu ou simplesmente passou errado justamente para que eu
não a perturbasse futuramente, não importa, o importante é que foi bom e melhor ainda é que
novamente indo ao banheiro as mulheres me puxaram para os delas e novamente recomeçou o que
outrora havia ocorrido, foi uma noite que não tinha do que reclamar, exceto que não havia nem
ônibus ou metrô funcionando quando fui embora, mas com tantos motivos para comemorar a
madrugada isso não foi nada, esperei pacientemente dar o horário de retorno de seus
funcionamentos, chegando em casa tomei um bom banho, tomei um café amargo, fumei uns sete
cigarros lembrando todo contente dos acontecimentos e resolvi dormir e mais feliz ainda foi que
sonhei com o retrospecto que havia passado na madrugada, acordei tarde e feliz, será que o futuro
ainda guardava mais coisas boas para mim?
O ROQUEIRO – CAPÍTULO VII

Pobre mãe evangélica, quanto tentou me fazer seguir os caminhos do Senhor, mas como penso, não
é a religião que define você e sim sua espiritualidade, apesar de certos contados me arrisco a afirmar
com prioridade que minha espiritualidade vai muito bem obrigado. De tanto insistir para que eu
participasse da escola dominical enfim fui e até que valeu à pena, devido meu estereótipo diferente,
chamou a atenção de muitas mulheres no grupo que eu estava, grupo que porventura havia apenas
mais dois homens além de mim, e a professora, esta era linda, morena, cabelo na altura dos ombros,
par de coxas desejadas, seios fartos, uma musa. Durante duas horas ficou alí falando sobre Deus e
Jesus, coisas muito bonitas por sinal, porém nem tudo é o que parece, além das moças não tirarem
os olhos do meu ser, também percebia que a própria professora fazia o mesmo, mulher madura, com
seus 35 anos enquanto eu, bem, eu provavelmente 21 anos, lições e mais lições que prendiam a
atenção e acabou a aula, precisava ir ao banheiro e fui, e foi interessante, a porta “infelizmente” não
fechava e nisto senti tal sendo forçada para ser aberta enquanto eu a prendia com um dos pés, disse
que estava ocupado, a outra voz disse que era a professora “...” e precisava falar comigo, pedi um
instante, após ter mijado e lavado as mãos abri a porta por completo, ela adentrou no banheiro me
empurrando e em seguida usando suas costas para que a porta não fosse aberta, “Eu quero você!”
dizia ela, vem cá gostoso, e eu meio sem jeito ainda tentando entender o que ocorria de fato fui,
enfim teria em minhas mãos os seios que tanto desejei, fui abrindo aceleradamente os botões de sua
blusa azul enquanto nos beijávamos ofegantes, que seios lindos, comecei chupar, beijar, esfregar
meu rosto com vontade neles e ela até soltou um riso pois sentiu cócegas devido minha barba estar
crescendo, não resisti e mordi seus bicos, mas não foi brusco, só fez aumentar o fogo da professora,
ela se ajoelhou e começou a me chupar de uma forma que arrisco a dizer que talvez tenha sido a
melhor até hoje, ela esfregava meu pênis em seus seios o colocava no meio deles e me masturbava
usando eles enquanto passava a língua no mesmo, simplesmente demais, estava quase gozando,
vem aqui gostosa, e a fiz levantar, precisava de alguns segundos para não estragar a festa boa que
mal havia começado, ela levantada retornei a beijá-la, apertava sua bunda com vontade, voltava a
brincar com seus seios, ela ficou de costas para mim, teve que tirar seus sapatos salto alto para o
que viria acontecer, aquela bunda empinada em minha direção, não conseguia resistir, me agachei e
mordi bem gostoso, ela quase gritou, mas foi de tesão, levantei novamente, abaixei sua linda
calcinha vermelha que até então estava encoberta por sua saia azul, a penetrei, o gemido dela teve
que ser contido por minha mão, estava ela com muito tesão, sua lubrificação estava muito
acentuada, foi um processo fácil e gostoso penetrar, após uns cinco minutos ela implorou para que
eu colocasse meu pênis em seu ânus, sequer pensei duas vezes, com cuidado e aos poucos ele
entrou, e novamente tive que tampar sua boca devido os gemidos, era tão apertado e gostoso, pena
não poder ter tanto tempo, as pessoas iriam começar a estranhar nossa ausência, principalmente
minha mãe que provavelmente me aguardava para irmos embora, pouco mais de cinco minutos
levantei a saia dela e vi por completo aquela bunda enorme, foi o fim, não resisti, era impossível
resistir, tirei meu pênis de seu ânus, bati umas cinco vezes em sua linda e volumosa bunda, me
masturbei, em segundos ejaculei naqueles montes, “Safada!”, foi o que disse, ela confirmou que era
mesmo, se limpou com papel, me beijou e saiu do banheiro. Olhei se tinha alguém observando e a
resposta foi não, então sai do banheiro, sem perceber esbarrei com uma das alunas que não parava
de me olhar quando estávamos tendo a aula, aparentemente possuía a mesma idade que a minha,
linda, não tanto quanto a professora, mas também linda, ela sorriu quando eu pedi desculpas e de
repente sua mão estava em minha nuca e sua língua em minha boca, que beijo, desculpas aceitas,
ela me disse. Encontrei minha mãe no portão que era a saída da igreja, ela me perguntou onde eu
estava, disse a verdade, que estava no banheiro, estando no ponto de ônibus minha mãe perguntou
se eu tinha gostado da aula e da professora, respondi que com certeza, feliz da vida minha mãe
então disse que a professora era mulher do pastor e era magnifica, uma mulher de Deus, sei, pensei,
sem falar que me senti assustado, porra, ajudei uma mulher a trair seu conjugue, e assim foi a última
vez que coloquei meus pés naquela igreja.

O ROQUEIRO – CAPÍTULO VIII

Tomei um banho, vesti minha camisa do Sepultura e estava decidido a ir ao cemitério, da minha
casa até lá eram 15 minutos de ônibus, porventura estava pegando o último ônibus do dia, chegando
na entrada percebi que atravessando a rua havia um bar, resolver entrar em tal antes da aventura,
pedi uma dose de Red Label e notei que próximo de mim havia um casal de góticos, eles me
olhavam e riam, pensei que estavam tirando uma com a minha cara, porém adiante descobri que
não, eles pediram uma garrafa de vinho tinto suave e começaram a bebê-lo, sorrisos em minha
direção que achei estranho, a menina não parava de olhar e sorrir, e que menina, longos cabelos
vermelhos, baixa, corpo lindo, saia preta e curta, meia calça também preta e um belo coturno
reluzente de tanto que fora engraxado, também usava uma mini blusa do Lacrimosa, mas além dos
cabelos o que mais me chamou a atenção foi seus lábios carnudos cobertos por um batom vermelho
sangue, ela me mandou um beijo e seu parceiro sorriu, eu retribui o beijo em forma de sorriso, disse
ao dono do bar que pagaria o vinho daquele casal, ao saberem me convidaram para sentar-se a
mesa, meio sem jeito fui, o rapaz foi objetivo, eles eram casados e tinham lá seus fetiches e o de
hoje era transarem no cemitério, interessante pensei, mas o mais interessante era que me pediram
para participar desta empreitada, minhas condições foram que eu só tivesse contato físico com a
Valéria, o pedido foi aceito, todos empolgados rumamos a casa dos mortos, estando lá encontramos
uma bela árvore em um solo de gramado baixo, lugar ideal para cometer o ato, e então começou,
queria muito ver seus seios, portanto logo tirei sua mini blusa, Gerson apenas olhava o que eu fazia
enquanto se masturbava, comecei a chupar seus gostosos seios, mas queria sua vagina, abaixei a
meia calça, comecei chupando, beijando suas virilhas para dar aquele tesão que as mulheres e os
homens mais espertos entendem e depois de um certo ritual minha língua foi para o local que mais
queria, estava tudo muito bom, para mim era uma fruta saborosa que merecia ser degustada e era o
que fazia, antes mesmo de colocar o terceiro dedo dentro dela, Valéria teve um orgasmo, e que
orgasmo, o corpo gostoso se tremeu todo, e seu gemido foi muito agradável, seu marido continuava
se masturbar, estava com bastante tesão, notei isso em suas pupilas dilatadas, mas não mais do que
as de Valéria, pedi para que ficasse de quatro, quando estava pronto para penetrar Gerson ousou
tentar colocar a mão no meu pênis, dei um tapa e disse que isso não fazia parte das condições, ele
constrangido pediu desculpas, notei que certamente ele era bissexual, não sou preconceituoso mas
também não seria por isso que permitiria certas coisas, respeitar é uma coisa, fazer parte do que se
respeita é outra, ao menos nesse dia o azar fora de Gerson com seu fetiche maluco que eu estava
bem gostando, peguei-a de quatro e foi maravilhoso, era um vai e vem incessante, parecia uma
orquestra das mais lindas o som da bunda da Valéria encostando e desencostando freneticamente em
meu corpo, queria ejacular mas não, não iria ejacular, ela ficou em pé de frente a minha pessoa, a
suspendi segurando suas partes de trás das coxas e a penetrei novamente, estava ela suspendida
entre meus braços, eu fazia o movimento de subir e descer no ritmo que bem entendesse e ela
gostava, gemia muito, teve outro orgasmo, sei porque ela não fingiria, além de que meu pênis
tremeu dentro dela, a coloquei no chão de joelhos, ela começou a me chupar e em poucos minutos
ejaculei naquele rosto lindo, de imediato Gerson beijou Valéria, achei estranho com todo aquele
esperma em sua face ele a beijá-la com tanto gosto, cada um com sua loucura. Após ficamos
filosofando sobre a vida, eu com uma garrafa de vinho tinto seco e eles com uma suave, trocamos
números e até hoje mantemos contato e eu gosto.
O ROQUEIRO – CAPÍTULO IX

Minha irmã havia resolvido comemorar seu aniversário em uma boate GLS, após o serviço me
encontrei na mesma, com ela estavam diversos amigos e amigas de seu trabalho, e uma delas me
chamou a atenção, Mônica, notei que ela me olhava bastante, não sabia se é porque estava me
achando feio ou se era porque estava usando a camiseta do Álbum Garage do Metallica, talvez ela
gostasse, ao ir no banheiro confesso que senti medo, muitos homens me olhavam, fora do banheiro
também, será que Mônica era lésbica? Não, não era, estava eu na companhia de uma prima que logo
minha irmã esperta que só disse para Mônica que não era minha namorada e sim prima, não sei a
forma como ela disse, mas disse e isso era o mais importante, minutos se passaram e uma amiga de
Mônica disse que a mesma também gostava de rock, foi o motivo que faltava para eu me aproximar,
pois os olhares já eram fortes o bastante, era momento de partir para a investida, e deu certo,
conversamos e conversamos e no fim estávamos lá se beijando, foi reprovação para alguns, mas não
para nós, na boate havia locais mais privados e em um destes bons lugares nos ajeitamos em um
sofá e fizemos quase de tudo em tal, menos transar logicamente, a noite estava ótima mas era
momento de todos irem embora, trocamos telefone e na semana seguinte ela ligou querendo me
encontrar em um dos Shoppings presentes na Avenida Paulista, de lá fomos sair com uns amigos
dela, fomos para um bom local aberto onde tocava rock e reggae, não sei se ainda existe mas creio
que sim, ficava nas mediações de Mairiporã, a noite estava ótima e iria ficar ainda melhor, seus
amigos que eram um casal também eram bem legais, bebemos, rimos, o rapaz perguntou se eu já
havia ido ao Morrison Rock Bar, respondi que evidente, e o contentamento foi de ambos que já
tiveram o privilégio de estar neste lugar, ainda mais vendo a banda cover do The Doors, a banda que
mais gosto, bebi muito choconhaque, até demais, estava meio que descontrolado, não parava de
agarrar a Mônica, mas também era difícil, como não agarrar aquela linda mulher de cabelos longos
e pretos, magra, de pele pálida, sorriso encantador, com seus 33 anos e eu provavelmente com 24
anos, ela era ainda por cima mineira, tudo tão perfeito, aos poucos ela conseguiu que me controlasse
e pediu com ciúmes para parar de olhar as loiras que estavam ao nosso redor, loiras, não estava
vendo nenhuma loira, após a noite boa ela me convidou para ir até sua casa, dormir lá, evidente que
aceitei, me perguntou se queria dormir na mesma cama com ela ou em camas separadas, o riso que
dei já havia respondido a pergunta, apenas esperamos o casal de amigos se deitarem no outro quarto
que a festa começou, “afobado”, ofegante assim como ela, já estávamos nus, beijei todo seu corpo
lindo de modelo, me admirava com a cor de pele dela, parecia neve e ela também gostou da minha,
dizia ser um lindo bronzeado permanente, ainda me elogiou dizendo que mesmo magro eu tinha um
corpo bem definido que as roupas escondiam, certamente, trabalhando carregando peso ao menos
isso eu deveria ter, corpo definido, quando fui chupar ela a mesma rejeitou, achei estranho, só
porque modéstia parte sou bom nisso e adoro fazer isso o pedido me foi negado, depois descobri
que ela estava perto de menstruar e por isso tentou evitar algum constrangimento, desta vez usei
camisinha, fizemos tantas posições sexuais que até perdi as contas, e nenhuma forçada todas fluíam
naturalmente, foram mais de quatro horas de sexo com amor, ela teve orgasmo umas sete vezes ou
mais e eu ejaculei uma única vez no final, foi demais, jamais esquecerei, infelizmente após ações
tão lindas a pobre Mônica começou a ter cólicas horríveis, sorte que entendo um pouco sobre
massagens e isto ajudou muito a dissipar a dor, estava tudo indo muito bem, até pensei em pedir ela
em namoro depois de momentos ótimos que tivemos outras vezes, mas como nem tudo são flores,
talvez pela idade dela, estava obcecada em casar, ficamos mais algumas vezes mas, acabou.

O ROQUEIRO – CAPÍTULO X

História curta porém valiosa, poderia ter sido melhor se não fosse o exagero de vodka, perguntei a
uma das minhas irmãs onde poderia encontrar casais de mulheres, a mesma me disse que na Estação
de Metrô Republica, fui para lá levando comigo a camiseta Fear of The Dark do Iron Maiden, parei
em um bar agradável e pedi uma vodka, enquanto tomava notei que havia de tudo para todos os
gostos, gays, bissexuais, heterossexuais. Pensei que teria que dar uma de caçador, já havia bebido
mais de meia garrafa de vodka e me chegou um guardanapo entregue pelo garçom que recebeu uma
boa gorjeta, “Sente aqui!”, estava escrito no papel, o garçom apontou a mesa e logo desacreditei,
duas loiras lindas, à principio pensei que fossem irmãs, mas quando me sentei e me apresentei notei
que era um casal, e que casal, corpos lindos, uma com olhos verdes a outra com olhos castanhos,
pequenas, inteiramente gostosas, conversamos sobre diversas coisas até que o assunto principal
após tantos rodeios chegou, me perguntaram se eu desejava transar com elas, fomos ao
apartamento, muito belo inclusive, e lá estava uma cama de casal para três pessoas, antes fomos
tomar banho e foi um excelente banho, não houve sexo mas muitos beijos, decidimos deixar o
melhor na cama, perguntei por que eu havia sido escolhido, a principio porque me acharam bonito e
após as conversas viram que eu era inteligente, juntaram o útil ao agradável e estávamos nós na
cama, foi sensacional, nos chupávamos, ao menos uma vez com minha língua fiz as duas gozarem
gostoso e diversas vezes com meu amigo fiz elas gozarem durante as quase cinco horas que
passamos transando, uma delas perguntou se eu havia tomado Viagra, claro que não, o nome disso
era empolgação, tomamos outro banho relaxante e ainda fui prestigiado em dormir com elas, não
preciso dizer o quanto esta noite que virou dia tinha sido excelente, acordei me despedi e fui
embora, nos encontramos mais três vezes, mantivemos contato mas para minha tristeza me disseram
que era melhor pararmos pois apesar de bom tudo isso estava afetando a relação delas, tudo bem, eu
que não forçaria ninguém a nada, o importante é que continuamos amigos.
O ROQUEIRO – CAPÍTULO XI

Não vem ao caso contar em detalhes mas resumindo já tive problemas psicológicos como depressão
por fatores que omito para meu próprio bem e o de vocês também. Estando internado em um clinica
para tratamento conheci uma loira fenomenal com seus quase 40 anos, cabelos enrolados, olhos
verdes, um exemplo de mulher madura que pode fazer parte dos sonhos de muitos homens que
entendem bem sobre o tema, todos alí dividindo problemas parecidos, no fim acabamos nos
apaixonando, impossível não se apaixonar por essa onça, após certo tempo conseguia sair de casa
sozinho para ir na tal clinica, antes só conseguia acompanhado, estando “livre” nos encontramos em
um motel, foi uma noite excelente, digamos que das onze da noite até as sete da manhã ficamos
praticando o máximo que posso extrair da palavrar amor, era na cama, era no chão, eram nas
paredes e na hidromassagem, fizemos tudo bem feito, ela parou de contar após a décima primeira
vez que teve orgasmo, eu me contentei com uma vez quando ejaculei em seu corpo deitado na
cama, ela esfregava com as mãos meu esperma como se fosse um creme hidratante, estava tudo
ótimo, teve até segunda vez no motel que também foi excelente, quando a pedi em namoro ouvi um
não, me contou algo que não sabia, se relacionava com outra mulher durante 20 anos, desmoronei,
ainda mais com o que ela sugeriu, se desejasse poderíamos continuar saindo, evidente que minha
resposta foi não, ela disse que me amava e até hoje me procura, tudo em vão, sorte para meu
coração que no mesmo lugar surgiu outra paixão em minha vida e diferente da onça que era do
signo de câncer, a raposa era escorpiana, signos da água são fogo no sexo, apesar de sempre ignorar
mulheres quando tais estavam comprometidas desta vez a carne realmente foi fraca, não me
importei em saber que ela estava noiva, raposa linda dos olhos verdes, tão branca como a Mônica,
pequena, magra, lindos cabelos curtos e vermelhos, uma verdadeira deusa, perdi a conta de quantas
vezes fomos a motéis, transamos muito, muito mesmo, e a cada transa nos descobriamos cada vez
mais, estava prestes a virar amor, a onça percebendo tudo ficou possessa, estava novamente
apaixonado, simplesmente ignorava-a, quando comecei a ficar com a linda escorpiana era
justamente em seu aniversário, meu presente foi um beijo roubado e depois devolvido, era tudo
excelente, mas... outrora, em uma das vezes que nos encontramos, passamos no mercado Pão de
Açúcar, compramos uma boa vodka e uma caneca e ficamos de bobeira na rua bebendo, se
divertindo, rindo, estava feliz, boa bebida, boa mulher e ainda eu com uma camiseta do Jimi
Hendrix, o que poderia ser melhor? Transar. E foi o que fizemos, pegamos um táxi, motel, cardápio,
frango exótico, brincando perguntei a ela se seria um frango usando maiô, ela sorriu muito, ligou a
hidromassagem que tinha regulagem de temperatura e a água aquecia, antes de pedir alguma coisa
queríamos a melhor parte, que era transar, e foi dito e feito, a chupei a até gozar, depois de certa
dificuldade para ter uma ereção devido os malditos remédios antidepressivos que tomava na época
enfim meu amigo despertara e graças a isso fui imponente, fiquei orgulhoso, fazer as parceiras
terem orgasmos é tudo que desejo em uma relação, e foi o que aconteceu, seu corpo era lindo, tão
frágil, dava medo de quebrar devido tamanha delicadeza, após boas transas abri o frigo bar e lá
havia uma latinha de refrigerante cola justamente com o nome de um dos nossos amigos que
gostávamos bastante, vamos beber e dar para ele como lembrança, falei, ela concordou sorridente,
comemos algo que não lembro e quando fui experimentar a hidromassagem pois queria transar
também nela, quase morri, a água estava fervendo, não encostei na mesma mas somente seu vapor
já estava quase queimando a minha pele, nas pontas dos pés me equilibrando fora dela consegui
desligar tudo, ela ria muito, “Está querendo me matar?, Só pode, quer me cozinhar?”, ela riu mais
ainda, gargalhou, voltei para a cama, transamos mais uma vez, o tempo estava esgotando, quando
transávamos ela gostou muito de uma técnica que desenvolvi onde me untava de óleo corporal e me
esfregava em seu corpo todo como forma de massagem sexual, era tudo muito excitante. Mas nem
tudo são flores, não só eu tinha problemas, mas ela também, não foi à toa que a conheci na clinica
onde me tratava, bipolaridade e costumes de se cortar, é triste mas acontece, a paixão era tanta que
ela estava prestes a desmanchar o noivado para namorarmos, mas nem sempre a vida me agraciou,
se fosse assim não estaria contando sobre problemas psicológicos, houve boatos fortes de que
estava tendo um relacionamento na clinica e isso era restritamente proibido, o psiquiatra esperto que
só me deu alta antes do momento certo para se desfazer do problema antes que o problema o
engolisse, sabendo como a raposa iria se comportar decidi não contar de imediato sobre a alta, após
a saída da clinica fomos a uma espécie de belo parque, enfim decidi contar o que havia ocorrido,
pensei que era o momento certo, mas não foi, cabisbaixa, com ar tristonho, foi ao banheiro, a
demora foi grande, se aproximando de mim meio que cambaleando e falando difícil percebi que
havia tomado grande dosagem de remédios que a deixaram assim, fui olhar seus braços e estavam
horríveis, todos com profundos cortes feitos com um estilete que ela guardava na bolsa, arremessei
aquele demônio longe, tirei minha camiseta que desta vez não era de banda alguma, molhei com
água e comecei a limpar seus ferimentos, ela ficava linda, ainda mais linda quando usava a camiseta
do Titãs, me disse que havia ligado para seu noivo e ele estava à caminho, perguntei porque ela
havia feito tudo isso, ela não respondia, apenas chorava, não poderia deixá-la naquela situação, ela
poderia se matar e seu noivo enfurecido estava chegando, me restou encarar a fúria dele, ele
chegou, perguntou o que eu era dela, respondi que amigo e queria namorar com ela, então ele
começou perguntar-me aos berros o que ela achava que escolheria, eu ou Jeová, fiquei meio que
sem entender por misero três segundos mas me veio a mente do que se tratava, vocês também
devem ter percebido, com medo da fúria dele disse que ele jamais sairia com ela no estado que
ambos se encontravam, ela dopada aos prantos e ele soltando fogo pelas ventas, ele não me ouviu,
pegou ela no colo e começou a sair, foi quando agarrei-o por trás no pescoço com meu braço
direito, e dei um rodo com a perna direita para que o mesmo caísse, e caiu, para amortecer a queda
da moça, usei minha mãe esquerda para segurá-la e funcionou, outrora eu havia dito para ela que
um encontro meu com seu noivo seria o mesmo que colocar um tigre e um leão na mesma jaula e
foi o que aconteceu, eu levava inteira vantagem no noivo imobilizado, dava joelhadas em suas
costas, como bom “brigador”, briga de “homens”, ele resolveu puxar meus cabelos, inclusive
arrancou alguns tufos, os seguranças chegaram, eu disse que o largaria, e foi o que fiz, quando fiz
levei uma mordida do mesmo, não sairíamos de lá até chegar a Policia Militar, chegaram dois
policiais, cada um contou sua versão da história e fomos os três para a delegacia, ele prestou queixa
como agressão física e tentativa de morte, se eu quisesse isso mesmo certamente ele não estaria
vivo, a família dela apareceu, a mãe nervosa disse para dar um beijo de despedida nela e que nunca
mais nos veríamos, beijei, abracei bem forte, o lado bom da história é que a ajudei desmanchar o
noivado, ele conseguia ser mais louco do que eu, sabia disso devido as conversas que tive com ela e
depois de ter presenciado aos berros a questão sobre quem ela deveria escolher, eu ou Jeová, fui
com um amigo fazer algo como corpo de delito mostrando a mordida que levei, poderia servir de
prova que não foi só meu ser que havia agredido alguém, no fim não deu em nada, por algum
motivo ele, o louco retirou a queixa, suspeito que foi por convencimento da família dela... nunca
mais a encontrei, e hoje, bem, doeu, doeu mas passou, hoje continuo vivendo...
O ROQUEIRO – CAPÍTULO XII – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitos devem estar se perguntando se estas histórias são reais, bem, a vida que imita a arte ou
a arte que imita a vida? Tirem suas próprias conclusões. Eu ficarei bebendo, fumando e
escutando meu rock and roll...
O PEQUENO SALVADOR

Me chamo Lucas e tenho 6 anos, aos 4 anos aprendi com exatidão ler e escrever, provavelmente
devo isso por ser autodidata e sabedoria adquirida pelos meus pais, estamos no ano de 2019,
infelizmente meu pai separado da minha mãe encontra-se em coma induzido devido alguma doença
ainda não descoberta, seu melhor amigo, Maurício, não só é médico como acompanha e paga o
tratamento do meu pai desde que esta infelicidade aconteceu. Aos meus 4 anos foi onde meu pai
infelizmente entrou em coma, mas antes disso me deixou um baú e disse para que eu lesse o
máximo possível de coisas que há nestes, minha mãe deu pouca importância para essa história, no
baú havia repletos livros, anotações pessoais do meu pai, DVDs, aos 5 anos li e vi tudo deste baú e
sabia minha missão, hoje será o grande dia.
Minha mãe está no serviço, são 11:11, fiz o ritual maior do hexagrama maior.
- O que deseja? Perguntou o anjo Miguel.
- Primeiramente perdão por te invocar, sei que anjos não gostam disto pois são obrigados a
aparecerem sem vontade própria.
- Tudo bem, realmente não gostamos, isto quebra o equilíbrio celestial, mas já sei porque me
chamou, tive outrora uma conversa com seu pai Moisés, ajudarei no que for preciso e até onde
puder!
Miguel é lindo, mais de 2 metros de altura, usa uma armadura prateada e reluzente assim como sua
aura azul em volta do corpo, lindos cabelos longos lisos e cinzas, olhos azuis, quatro asas enormes
em suas costas e uma espada azul do tipo medieval que emite uma luz forte porém que não afeta a
visão, e sua voz, sua voz é suave e ao mesmo tempo poderosa.
- Preciso que me leve para falar com EU SOU e sei que para isso viajarei para outros mundos de
outras dimensões, poderia me levar ao primeiro?
- Sim, levarei, saia do seu corpo carnal e me acompanhe!
Neste instante meu corpo caiu levemente sobre o hexagrama onde eu estava centralizado e vi meu
verdadeiro corpo, semelhante ao carnal, porém alto, creio que 1,80, sou da cor vermelho sangue e
brilho, noto que meus chacras emitem cada um uma luz discreta porém limpa sem bloqueio algum,
talvez seja por ter poucos pecados, vícios e obsessores, nem perguntei ao anjo Miguel do porque
meu corpo espiritual é assim pois já sei que podem ser parecidos com o corpo carnal mas entretanto
em questão de altura podem ser diferentes de acordo com a evolução ou involução de vidas
passadas. O anjo Miguel pegou na minha mão direita com sua mão direita, senti uma forte energia
benéfica em meu corpo, o simbolo do hexagrama formou uma torre de luz que subia aos céus,
depois disso subimos voando com a ajuda do anjo Miguel em uma velocidade impressionante que
perdi a consciência, acordei em um jardim lindo com um gramado verde e baixo, era impecável em
beleza, haviam lindas árvores que desconheço seus nomes, o céu era lindo, azulado e sem nuvens,
não havia Sol ou alguma estrela para repor sua ausência, detrás de uma das árvores surgiu um lindo
lobo preto de olhos azuis brilhantes, tinha por volta de 2 metros de altura.
- Olá jovem! Falou ele mentalmente comigo.
- Olá, quem é você e onde está o anjo Miguel? Perguntei curioso.
- Miguel está aqui mas não pode ser visto, mas se você concentrar sentirá sua presença, me chamo
Lupo, sou o animal guardião do seu pai e também seu guardião, não lembra de ter lido sobre mim?
Perguntou Lupo fazendo expressão de questionamento.
De imediato lembrei dele, era o Lobo que protege meu pai, descobriu que Lupo era seu guardião
após um sonho lúcido e tinha certeza que era um sonho real pois desde cedo admirava lobos além
de que seu horóscopo xamânico é do signo de Lobo.
- Sim, lembrei, me desculpe!
- Por favor senhor, me acompanhe, suba em mim! Sem medo fiz o pedido e começou Lupo correr
velozmente adentrando uma floresta linda onde não se notava perigo, a sensação do vento na face
era muito refrescante e revigorante, após certo tempo considerável “demorado” chegamos em um
local onde não só haviam lobos enormes, como também alces, raposas, coiotes, águias, corujas,
búfalos, cavalos, aranhas, beija-flores dentre outras infinidades de animais, todos belos e pacíficos,
fui bem recebido, havia um monte e subimos tal, neste havia um xamã com aparência de 60 anos,
era forte, pele parda, lindas penas de diversas cores amarradas em seus cabelos longos mistos nas
cores preta e grisalho, fumava um cachimbo, de sua fumaça saia formas que não conseguia definir
ao certo, momentos em forma espiral, outras circulares, no demais não consigo detalhar.
- O que desejam Lupo? O que quer com este “jovem” ao seu lado? Perguntou o xamã com voz
grossa, de pé e braços cruzados.
- Meu senhor, peço permissão para acompanhar o “jovem” Lucas para uma odisseia que poderá
salvar a humanidade! Respondeu Lupo.
- Apesar de ingrata, ainda amo a humanidade, permissão concedida, agora vão!
Antes do “assustador” xamã mudar de ideia Lupo agradeceu, o montei novamente e rumamos até o
ponto inicial onde havia eu despertado, no caminho Lupo explicou que o Xamã é um dos senhores
da floresta, talvez o mais importante, tivemos que parar bruscamente no caminho, apareceu um ser
exótico, com seus 2 metros de altura tinha cabeça de carneiro, tronco de um homem musculoso e da
cintura para baixo fortes pernas também de carneiro assim como suas patas, sua pelagem era
marrom.
- O que quer Pã? Perguntou Lupo em um tom de agressividade.
- O que mais eu desejaria? Oferendas é óbvio, e como agradecimento toco uma música para vocês!
Respondeu a estranha criatura, de suas mãos surgiu uma linda flauta de madeira, começou tocar e
dançar, sua voz saia em espécies de berros.
- Tenho mordidas como oferenda, serve? Respondeu Lupo mostrando seus afiados e assustadores
dentes.
- Daqui não passarão! Parou de tocar sua flauta e encarou meu animal guardião.
Estava a começar uma batalha que seria desagradável e eu, bem, eu não tinha nada para oferecer,
por sorte um homem também de 2 metros surgiu dando um mortal de frente saindo dos galhos das
altas árvores, era negro e forte, sua pele brilhava lindamente como se tivesse untada de óleo,
possuía lindo cabelos pretos, longos no formato de dreads, usava uma espécie de pequena saia verde
musgo de um tecido aparentemente de coro, usava um arco com três flechas apontadas para o
flautista.
- Minhas flechas servem como oferenda? Perguntou o guerreiro caçador.
Pã se assustou de inicio porém em seguida sorriu e disse: - Uma de suas belas flechas Oxóssi,
apenas uma de suas belas flechas seria um excelente presente!
Sabia eu quem era Oxóssi, nas anotações de meu pai alegava ser um de seus outros guardiões ou
guias por assim dizer. Oxóssi com face emburrecida desarmou seu arco e lançou para Pã uma de
suas flechas, Pã sorriu e sumiu envolto em uma fumaça surgida.
- Amado Lucas, eis que ofereço meus favores, deixe-me acompanhar nesta jornada, serei de grande
utilidade, seu pai me pediu isso, por favor aceite! Disse Oxóssi ajoelhado diante de mim.
- Por favor levante-se, claro que pode nos acompanhar, certo Lupo? Lupo acenou positivamente e
disse que não poderíamos perder mais tempo, galopei no Lupo em direção ao ponto inicial de onde
acordara e Oxóssi correndo incrivelmente nos acompanhava.
- Estão prontos? Ouvimos a voz do anjo Miguel após nossa chegada, respondi que sim, em nossa
volta novamente formou-se um hexagrama de luz azul, tornou-se uma torre que atingia o céu e
acordei em uma linda praia deserta junto de Lupo e Oxóssi.
- Aqui você precisa prosseguir sozinho! Ouvi a voz de Miguel. Oxóssi e Lupo confirmaram. Com
meus pés na linda areia fui adentrando na água que me causava uma boa sensação, estando com a
água na altura surgiu andando sobre as águas alguém bela porém com um ar ameaçador, branca,
com quase 2 metros, usando um lindo vestido azul marinho assim como a cor dos seus lindos olhos,
lindos também eram seus cabelos longos até a cintura, lisos e longos.
- Você não pode prosseguir Lucas! Respondeu Iemanjá com uma voz suave.
- Por favor santa, é urgente! Implorei.
- Seu pai poderia pois é pisciano e seu ascendente é câncer, ou seja, dois signos do elemento água,
já você que também é pisciano possuí ascendente em touro, logo, um elemento diferente do
elemento água, portanto, não posso permitir! Respondeu a santa. Perguntei se poderia fazer algo
para contornar, resolver a situação.
- Se me arranjar sete rosas brancas e sete conchas aceitarei como oferenda, porém não poderei
deixar você no fundo do mar por muito tempo! Respondeu-me a Rainha dos Mares.
- Eu pego as conchas e Lupo busca as rosas! Disse Oxóssi para mim.
- Mas como? Perguntei. De imediato Lupo sumiu e Oxóssi correu por entre as margens da imensa
praia procurando conchas, de certo o anjo Miguel levara Lupo para algum lugar. Passou-se algum
tempo e Lupo ressurgiu.
- Aqui está meu senhor! E me entregou as sete rosas brancas que estavam em sua boca, deduzi que
Lupo havia voltado para seu reino e retornado até aqui após conseguir o que precisávamos.
- Pronto Lucas! E Oxóssi também me deu o que precisava, sete conchas, agradeci ambos e entreguei
as oferendas para Iemanjá.
- Não demore! Iemanjá fez surgir uma linda sereia de calda de peixe de uma reluzente cor
alaranjada, seus seios que eram lindos, mesmo encobertos por duas grandes conchas, e sua cor de
pele pálida que brilhava a luz do Sol assim como seus longos cabelos lisos e loiros que também
brilhavam devido a luz da estrela tão sublime, me olhou com seus lindos olhos verdes e sorriu.
- Vamos! Disse a sereia Lava, sorriu, me abraçou e eu gostei, tampou meu nariz, fechei a boca e
afundamos, nadando em uma velocidade surpreendentemente rápida me levou até um castelo no
fundo do mar, se despediu e disse que se eu tivesse sorte em breve ela me buscaria, era um lindo
castelo envolto numa espécia de bolha de ar inquebrável, estava na frente dos portões, dois soldados
com corpo humanoide porém com escamas de peixe da cor verde brilhante estavam cada um com
uma arma, eram afiados e dourados tridentes, expliquei que precisava falar urgentemente com
Netuno, eles riram, abriram os portões e me deram passagem, era um castelo lindo com diversos
seres humanoides porém com características de peixes diversos, caranguejos, golfinhos entre outros,
todos me olhavam curiosamente, e eu, eu prosseguia até chegar em uma bela entrada onde estava
escrito com letras enormes feitas de ouro em sua porta aberta “NETUNO”.
- Entre humano! Ouvi uma voz que assemelhava-se a um trovão. Me assustei mas entrei, paredes de
ouro, todos tipos de pedras preciosas no chão, mas o que mais me impressionou foi o que vi no
trono gigantesco feito de ouro, um homem enorme, provavelmente 10 metros, branco, forte e nu,
não possuía órgão genital, tinha uma enorme barba branca que quase chegava em seu umbigo,
longos cabelos brancos e lisos que chegavam até sua cintura e em sua mão direita um enorme
tridente aparentemente de cristal.
- A resposta é não! Respondeu Netuno com sua voz imponente.
- Por favor, só mais uma chance! Respondi suplicando.
- Poluem meu mundo, destroem meus seres, a resposta é não, em breve haverão maremotos,
tsunamis e coisas piores como monstros marinhos inimagináveis, não merecem viver! Disse-me o
Deus.
- O que deseja para dar só mais uma chance para nós? Perguntei.
- Lutaria comigo? Se vencer prolongarei o inevitável se as coisas continuarem assim! Respondeu
Netuno enquanto se levantava do seu trono, percebi então que era maior que os 10 metros de altura
que pensei que tinha, seu sorriso era ameaçador, senti medo, até então o maior medo que sentira na
vida.
- Sim, eu luto! Respondi tentando não gaguejar. Lembrei dos livros e anotações feitas por meu pai,
no plano espiritual você pode mentalizar armas para manusear, foi o que fiz após alguns segundos
de esforço, na minha mão direita surgiu uma espada de fogo de aproximadamente 1,50 m e na mão
esquerda um escudo vermelho também de fogo, era circular e de um tamanho pouco menor que a
espada.
Netuno me apontou o tridente, preparei meu escudo para defender-me, de imediato do tridente em
minha direção veio um rajada mista de água com raios, além de perder o escudo durante o golpe fui
arremessado a grandes metros de distância, não poderia ser o fim, não agora, Netuno riu e lançou
mais uma rajada, consegui esquivar para a direita e fui avançando com a espada levantada com o
intuito de atacar assim que tivesse oportunidade, outra rajada, desvie rolando para a esquerda, tudo
era muito rápido, tentava avançar, estava me cansando e só conseguia no mais desviar das rajadas
que de certo se me acertasse acabaria com minha existência, não conseguia avançar, era difícil,
mentalizei meu escudo e este rapidamente voou até chegar no meu braço esquerdo, outra rajada,
desta vez não cai, fiquei de joelhos e aos poucos recuando mais e mais, não resistiria muito tempo,
porém, lembrei de algo, os chacras, consegui ficar de pé, começaram meus chacras a iluminarem
com luzes intensas todo o ambiente, Netuno fechou os olhos de tamanha a intensidade das luzes que
não afetavam minha vista, neste breve momento sua rajada desviou-se do meu escudo, era o
momento, talvez seria o único, lancei minha espada, esta rodou pelo ar até parar com sua ponta
adentrando no olho direito do Deus, seu grito de dor estremeceu o castelo todo, rapidamente
avancei enquanto ele desesperadamente tentava após jogar seu tridente usar as duas mãos para
retirar a espada, avançando consegui subir sobre seu gigantesco corpo e com meu escudo empurrei
a espada encravando ainda mais a mesma no olho de Netuno, seu grito foi ainda maior que o
anterior, Ele caiu e fiquei em pé sobre seu peito, retirei a espada e rapidamente comecei aplicar o
Reike em seu olho perdido, em instantes havia Netuno curado do seu ferimento por completo,
estava alí novamente seu olho, ele me pegou com sua enorme mão direita, ficou de pé e me colocou
ereto frente a frente dele e me soltou,
- Parabéns, é tão corajoso quanto seu pai, prolongarei o inevitável, boa sorte, agora vá! Disse
Netuno me apontando a saída já com uma voz não tão imponente. De imediato fiz o ordenado antes
que Netuno mudasse de ideia. Na saída Lava me esperava sorridente, me beijou calorosamente, meu
primeiro beijo sério foi aos seis anos vindo de uma linda sereia, tampou meu nariz e rapidamente
me deixou na margem da praia e se despediu mergulhando no mar, Iemanjá me parabenizou, juntei-
me a Oxóssi e Lupo, um hexagrama se formou entre nós e novamente viajamos.
Que lugar horrível, tudo em escuridão, salvo por algumas velas acesas nas paredes do longo
corredor sem fim, as paredes da esquerda e da direita eram terríveis, cabeças humanas em
decomposição prontas para te morder, o chão era pura lama preta, nunca senti pior odor, sem falar
que nessa lama haviam diversos corpos se decompondo, verdadeiros zumbis tentando arrastar-nos
para a lama junto com eles, seriamos devorados vivos se eu não mentalizasse novamente minha
espada e começasse a cortar essas criaturas horrendas, Lupo e Oxóssi também faziam suas partes e
logicamente melhor do que eu, flechas voavam de um lado para o outro em uma velocidade difícil
de acompanhar, havia rosnados e corpos sendo dilacerados pelas mordidas de Lupo, não queríamos
fazer isso mas não havia outra alternativa, montei em Lupo e seguimos até a escuridão sem fim,
Oxóssi nos acompanhava em ritmo similar, estava atrás apenas para proteger nossas costas, estava
exausto, haviam se passado horas e nada de chegar ao fim, mas chegamos, estávamos imundos, com
meu chacra consegui nos limpar, paramos em outro lugar desagradável, o chão era de terra preta
repleto de velas brancas, a frente havia um enorme portão de ferro fechado com um cadeado de
madeira, entre nós e o portão havia uma caveira trajando um manto preto e estava sentado, em sua
frente havia uma mesa e um enorme livro, Tatá Caveira passou o dedo indicador sobre o livro
procurando nossos nomes.
- Não estão na lista, sumam daqui agora! Disse Tatá Caveira gritando.
- Por bem ou por mal iremos passar! Disse Oxóssi apontando sua flecha.
- Acha que os 48 não viriam se você fizer isso? Perguntou Tatá Caveira gargalhando. Lupo rosnou.
- Eu atiro minhas flechas nos 48 também! Respondeu Oxóssi sem pestanejar. Lupo já iria se atirar
sobre Tatá Caveira... - Esperem, esperem! Assim eu disse.
- Tatá Caveira, desculpem-nos por atrapalhar seu serviço, te ofereço algo!
- O que seria? Perguntou Tatá Caveira colocando a mão no queixo e “sorrindo”.
- Minha amizade eterna, te visitarei sete vezes ao ano e sempre lhe trarei algum destilado, você
aceita minha amizade?
Tatá Caveira ficou mudo, levantou-se, com sua unha grande do indicador direito abriu o cadeado de
madeira. - Vão, mas não demorem! Disse Tatá Caveira. Ao atravessarmos o portão, Oxóssi e Tatá
Caveira se encararam de uma forma assustadora. O portão foi fechado. Estávamos em outro mundo,
mundo horrível, lagos de lavas com pessoas tentando sair mas eram empurradas por demônios em
forma de homens morcegos, estes usavam lanças e sorriam sem parar, outros locais ficavam pessoas
acorrentadas em torres de pedra, subia e descia um fogo do solo que consumia as “pobres” almas,
outros locais eram fossos onde uma pessoa comia a outra, depois se regeneravam e voltavam a
comer-se, qualquer homem que tentava escapar era lançado de volta pelos demônios, haviam coisas
muito mais horríveis que temo aterrorizar os demais portanto omitirei, vez ou outra apareciam seres
iluminados que pegavam nas mãos dessas criaturas e desapareciam com as mesmas.
- Senhor Jesus Cristo, tenha misericórdia dessas almas! Disse eu com minhas mãos levantadas, de
imediato apareceram mais seres de luz e levaram ainda mais dessas almas, um ser de luz muito
sorridente apareceu em minha frente agradecendo pela prece e disse que só não faria mais pois nem
todas as almas estavam realmente arrependidas, raios e mais raios caiam e mais desses seres
apareciam e desapareciam para salvar as almas. De imediato surgiu em minha frente um lindo
homem ruivo com seus dois metros de altura e pôs suas mãos em meus ombros, Oxóssi e Lupo iam
o atacar, mas o olhar do homem os paralisou, vestia-se com um elegante terno preto, gravata cinza e
um lenço vermelho sangue no bolso.
- O que você quer garoto? Perguntou Lúcifer.
- Conversar! Respondi suando frio.
- Já não bastava seu pai através dos ensinamentos de Cipriano e Salomão chicotear meus irmãos e
agora me manda seu filho? Perguntou sorrindo.
- Só quero mais um tempo! Respondi.
- Tempo? Gargalhou
- Quem define isso é o EU SOU, só estou esperando para encarnar no corpo que cresce e que me foi
preparado!
- Tudo bem, então procurarei Deus! Respondi. Quando tentei dar as costas para ir embora tremendo
de medo, Lúcifer me impediu.
- Vocês ficam! E mais uma vez Lúcifer gargalhou. Minha espada surgiu na mão direita, mas não
conseguia me mover, tentei usar o poder dos meus chacras mas não conseguia, era o fim, tanto para
nada.
- Solte-os! Disse o anjo Miguel atrás de Lúcifer com sua espada apontando para o pescoço do anjo
caído.
- Esqueceu que aqui eu posso aparecer? Perguntou o anjo Miguel.
Em instantes, eu, Oxóssi e Lupo podíamos nos mover.
- Para onde vamos anjo Miguel? Perguntei aflito. Um hexagrama novamente nos circulou em sua
luz azul e sumimos.
Dessa vez o Anjo Miguel estava podendo ser visto, estávamos em um belo local, minha vontade era
ficar lar para sempre, lindos jardins, casas e prédios lindos e de todos os tamanhos, cada um com
sua finalidade, pessoas que emitiam luz, animais de todas espécies, até espécies não mais existentes
na Terra, tudo harmonizado.
- Esta é a principal colônia! Disse o anjo Miguel.
Chico Xavier veio nos receber sorridente, nos contou muitas coisas e me perguntou:
- Filho, tudo tem seu tempo, te pergunto, por que?
- Porque sou a esperança do verbo esperançar, sou a esperança do meu pai que ainda acredita em
mudanças! Respondi sorrindo.
- Certo, você será a segunda pessoa falar diretamente com o EU SOU, boa sorte e amém! Então
Chico beijou minha testa. Pedi para Oxóssi e Lupo me esperarem, me desejaram sorte, o anjo
Miguel colocou a mão direita no meu ombro direito, um hexagrama se formou e fui.
Estava vagando no espaço, via estrelas, planetas, buracos negros, tudo em uma infinita escuridão.
- Diga meu filho! Disse a voz mais linda e inexplicavelmente que já ouvi.
- EU SOU? Deus? Povo ver o Senhor? Perguntei chorando de emoção e alegria, meu coração
transbordava o mais puro amor.
- Você está me vendo amado filho! Respondeu EU SOU.
- Por favor Deus, só mais uma chance! Respondi ao mesmo tempo suplicando mas querendo ficar
ali eternamente, mas não poderia esquecer do meu pai, não poderia abandonar a humanidade.
- Não! Disse EU SOU.
- Mas Deus...
- Não! EU SOU cortou minha frase.
- Meu Pai? E olhei para quem ver o que era, e fiquei mais uma vez emocionado, estava ali Jesus
Cristo, chorei, ele me abraçou, eu não parava de chorar, poderia contar como Ele é, mas não irei,
poderia gerar ainda mais preconceito.
- Por favor meu Pai, permita! Disse Jesus Cristo.
- Meu filho Jesus Cristo, o tempo é agora! Respondeu EU SOU.
- Mais vinte anos meu Pai, mais vinte anos, veja o que o Lucas está fazendo por seu pai e pelo
mundo! Respondeu Jesus Cristo.
- 2039? EU SOU perguntou já sabendo a resposta.
- 2039! Respondeu Deus Jesus Cristo filho de EU SOU.
- Lucas? O que tentará para mudar a história? EU SOU me perguntou.
- Meu Deus, pretendo escrever tudo que ocorreu, essa é a minha vontade, a vontade do meu pai,
talvez lendo resolverão mudar! Respondi empolgado.
- Certo meu amado Lucas, 2039, repita que devem se amar incondicionalmente! Disse EU SOU.
- Repetirei, escreverei, dará certo, muito obrigado amado Deus EU SOU, muito obrigado meu Deus
Jesus Cristo! Chorei de alegria.
- Eu amo vocês! Disse EU SOU, Jesus Cristo colocou seu dedo indicador no centro da minha testa e
em um piscar de olhos reapareci na colônia.
- E então? Perguntou Chico Xavier sorrindo.
- 2039! Respondi.
- 2039! Gritou Chico, todos da colônia comemoraram em louvores de alegria.
Me despedi de todos chorando, Oxóssi, Lupo, Anjo Miguel, todos me abraçaram sorrindo e
disseram para me acalmar, pois com rituais sabia eu como vê-los novamente. Acordei na sala da
minha casa, eram 11:13, bem que Einstein dizia que o tempo é relativo, limpei a “sujeira” e o
telefone tocou...
- Oi priminho! Era a linda Ingrid, minha prima de segundo grau.
- Quer ir ao Parque da Água Branca?
- Vou ligar para minha mãe e te aviso se posso ir!
- Tá certo, beijo!
- Beijo!
- Mãe?
- Oi meu amor!
- Posso ir ao parque com a Ingrid?
- Pode amor, tome cuidado e não demore!
- Está bem mãe!
- Te amo!
- Te amo, tchau!
- Tchau!

Estando no parque, brincando na areia, meu smartphone toca, é o Maurício, queria saber onde eu
estava, falei e ele me disse que iria me encontrar, estava com uma voz feliz. Chegando pediu para
que eu respirasse fundo, entrasse no carro que ele iria esperar lá fora. Foi o que fiz, no banco de trás
tinha alguém escondido em um lençol, puxei, era meu pai.
- Pai, pai! Gritei de alegria chorando e o abraçando.
- Te amo meu Luquinhas, te amo muito! Não parava de me beijar e chorar.
- Como o senhor voltou?
- Você completou sua missão e o Universo teve misericórdia de mim! Disse chorando emocionado.
- Eu vou chamar a Ingrid! Disse também chorando de felicidade.
- Não, não meu filho, você é a segunda pessoa que vejo, agora verei meus pais, depois verei o
restante! Disse sorrindo.
- Tenho muito para te contar, por que o senhor ficou em coma? Perguntei.
- Fui fazer o ritual maior do hexagrama, mas minha alma não era totalmente pura, depois não
lembro de mais nada! E sorriu.
- Vamos conversar muito ainda, não vamos pai?
- Com certeza! Respondeu meu amado pai sorrindo.
E então publiquei.
FIM

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