DOCENTE: MAYRA MATOS TEIXEIRA SALES
DISCENTE: GEOVANA CAMPOS MOURATO
Infecção cruzada tema: 12
A infecção cruzada é a transmissão de
microrganismo de pessoa para pessoa por
meio de uma superfície contaminada ou de
instrumentos e outros objetos. Ela pode
acontecer pelo contato com sangue, saliva
algum material contaminado, etc.
Não só pacientes como profissionais da
odontologia também estão expostos a
contaminações, assim como qualquer
outro que atue na área da saúde.
Nos anos 1980, a aids chamou atenção em
todos os países, especialmente de órgãos
internacionais, que alertaram sobre a
necessidade de controlar infecções
cruzadas, inclusive na odontologia. Além
do HIV houve outras moléstias infecciosas
transmissíveis como: Mononucleose,
herpes simples I e II e tuberculose, até hoje
elas assombram os cirurgiões-Dentistas.
O que fazer para evitar riscos de infecção
para dentistas, pacientes e membros da
equipe? A palavra que responde a tudo
isso é biossegurança.
Locais de riscos:
•Hospitais
•Clínicas
•Consultórios
•Laboratórios
Na correria do dia a dia, alguns detalhes e
precauções passam batidos, seja por falta
de tempo ou por esquecimento.
Entretanto, até as situações mínimas
podem desencadear infecções e, por isso, é
crucial que cirurgiões-dentistas sigam
rigorosamente todas as recomendações de
biossegurança.
Medidas que devem ser adotadas para
evitar os riscos de infecção cruzada:
 Os cuidados de higiene pessoal e
atenção especial a cortes na pele são

importantíssimos.
Lavagem das mãos (ter o
conhecimento de como se lava as mãos
corretamente).
 Limpeza e desinfecção do ambiente
odontológico.
 Equipamentos de proteção individual
(EPIs).
 Vacinação (Covid-19, Hepatite B, Gripe,
Tétano, Difteria e Coqueluche, Varicela,
Rubéola, sarampo e Caxumba.
 Bochechos prévios ao atendimento
odontológico.
Lembrar sempre também que esse
processo de limpeza e desinfecção deve ser
feito a cada atendimento, pois seria de
suma importância a adoção de um
programa para o controle das infecções
cruzadas no serviço de saúde.
Medidas para redução da Contaminação
Aérea:
 Manter o ambiente ventilado e
arejado
 Higienizar previamente a boca do
paciente por meio de escovação
e/ou bochecho com antisséptico.
 Evitar o uso da seringa tríplice na
sua forma spray, acionando os dois
botões ao mesmo tempo. Regular
a saída de água de refrigeração.
 Usar sugadores de alta potência. O
trabalho a quatro mãos deve ser
estimulado para controle de
disseminação.
 Usar dique de borracha, sempre
que o procedimento permitir.
 Sempre que possível, dar
preferência a instrumentos
manuais para remoção de cáries e
uso de extratores de cálculo ao
invés de aparelhos ultrassônicos
para minimizar a geração de
aerossóis.
Proteção da equipe e do
ambiente odontológico
tema: 13
Cuidados necessários aos dentistas Dentro
do consultório é fundamental o uso dos
equipamentos de segurança, para que o
trabalho e a saúde da equipe não sejam
comprometidos. Luvas, óculos, jalecos,
toucas e máscaras são o básico para que
não haja contaminação.
Conceitos importantes:
 Limpeza: Remoção de sujidades
em geral, (oleosidades, umidade,
matéria orgânica, poeira, entre
outros) de determinado local.
 Descontaminação: Eliminação
parcial ou total de microrganismos
de materiais ou superfícies
inanimadas.
 Antissepsia: Eliminação de
microrganismos da pele, mucosa
ou tecidos vivos, com auxílio de
antissépticos, substâncias
microbiocidas ou microbiostáticas.
 Assepsia: Métodos empregados
para impedir a contaminação de
determinado material ou
superfície.
 Desinfecção: Eliminação de
microrganismos, exceto
esporulados, de materiais ou
artigos inanimados, através de
processo físico ou químico, com
auxílio de desinfetantes.
 Esterilização: Destruição de todos
os microrganismos, inclusive
esporulados, através de processo
químico ou físico.
Classificação dos materiais:
 Artigos críticos: São artigos que
entram em contato direto com
tecidos ou tratos estéreis ou com
um sistema vascular e devem ser
esterilizados para uso, pois
possuem alto risco de causar
infecção.
 Artigos semicríticos: Requerem
desinfecção de alto nível ou
esterilização.
 Artigos não críticos: Requerem
limpeza ou desinfecção de baixo ou
médio nível. Deve-se atentar para
o risco de transmissão secundária
por parte dos profissionais que
lidam com o artigo e entrem em
contato com o paciente.
Equipamentos de proteção
individual:
 Luvas
 Avental de proteção ou jaleco
 Pijama cirúrgico
 Gorro/ Touca
 Máscaras
 Óculos de proteção
 Proteção facial
Paramentação:
 1- Higienização das mãos
 2- Colocar o avental
 3- Colocar a máscara N95
 4- Colocar a touca
 5- Colocar o óculos
 6- Colocar o protetor facial
(faceshield)
 7- Higienização das mãos
 8- Colocação das luvas
Desparamentação:
 1- Retirar as luvas
 2- Remoção do avental
 3- Higienizar as mãos
 4- Remover o protetor facial
(faceshield) e o óculos
 5- Retirar o gorro/ touca
 6- Higienizar as mãos
 7- Retirar a máscara N95
 Higienizar as mãos
Limpeza do ambiente (agentes de
infecção):
  Hipoclorito de sódio a 1 %
 Álcool 70%
 Quaternário de amônio e
biguanida
 Glucoprotamina
Devem ser feitas:
1- Da área menos contaminada pra mais
contaminada;
2- De cima para baixo;
3- De dentro para fora
Barreiras mecânicas:
Utilização de filme PVC ou sacos plásticos
para proteção mecânica de equipamentos
odontológicos.
Processamento dos artigos
odontológicos: Tema 14
Compreende a limpeza e a desinfecção
e/ou esterilização de artigos. O fluxo do
processamento dos artigos visam evitar o
cruzamento de artigos não processados
com os artigos esterilizados (limpos).
Limpeza manual (por meio de ação física):
- Escova de cerdas macias e cabo longo.
- Escova de aço para brocas.
- Escova para limpeza de lúmen.
- Pia com cuba profunda específica e
preferencialmente com torneira com jato
direcionável.
Limpeza mecânica:
A limpeza deve preceder a desinfecção,
duas vezes ao dia, com o objetivo de
remoção mecânica de sujidades. A
realização desses procedimentos reduz a
carga microbiana, tornando os
procedimentos odontológicos mais
seguros.
Detergente enzimático:
Impede a proliferação de fungos e
bactérias, elimina a matéria orgânica,
realiza a limpeza em áreas de difícil acesso,
não danifica as superfícies em que são
utilizados, conserva os instrumentais por
muito mais tempo.
Enxague do artigo: procedimento posterior
à limpeza, deve ser feito com água potável
e corrente.
Secagem do artigo: Depois, utilizando um
aparelho para secagem, como uma estufa,
você evita a interferência da umidade e
aumenta a eficácia do processo.
Inspeção Visual do artigo: verifica o
resultado do processo de limpeza e as
condições do artigo odontológico.
Embalagem dos artigo: Os artigos, depois
de limpos e secos, devem ser embalados
adequadamente e identificados por
procedimento e data.
Esterilização: A esterilização na
odontologia é uma prática que consiste em
limpar e desinfetar materiais usados em
consultórios odontológicos de
microorganismos como germes, vírus e
bactérias.
Métodos físicos:
Estufa- Calor seco, Autoclave- vapor
saturado sob pressão (gravitacional; pré-
vácuo). O autoclave é um equipamento
médico indicado para a esterilização de
artigos e instrumentos termorresistentes.
Para sua utilização, os materiais devem
ser embalados e desembalados através de
vapor saturado sob pressão.
Métodos químicos:
Tipos de desinfetantes: Aldeídos (ação
bacteriana); álcool (desnatura proteínas de
microrganismos); fenólicos (antissépticos e
germicidas); quaternário de amônio
(desinfeta superfície); compostos a base de
cloro (elimina microrganismos causadores
de doenças).