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BIOSSEGURANÇA

NA ESTÉTICA
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA

Esteticista
Farmacêutica e Bioquímica.

• Gerente Técnica Bioage Skincare Solutions


• Desenvolvedora dos protocolos :
• Personal Lipo Redux, Rejuvexpress, e
Corpo Belo Redux.
• Curadora cientifica do Road Show Lipo
Redux, Pele Nova, Na Prática, e Prime
• Palestrante em eventos nacionais e
internacionais.
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA

A biossegurança na estética
tem como seu principal
fundamento lidar com as
ações de prevenção de
doenças no ambiente de
trabalho e, principalmente em
relação aos profissionais da
área e aos pacientes.

Desde 1995, com a lei n°


8.974 e decreto n ° 1.752
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA

Biossegurança, segundo a ANVISA


(Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), é a “condição de
segurança alcançada por um
conjunto de ações destinadas a
prevenir, controlar, reduzir ou
eliminar riscos inerentes às
atividades que possam
comprometer a saúde humana,
animal e o meio ambiente”.
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Aplicar a biossegurança representa:

✓ Respeito ao cliente

✓ Respeito á própria vida

✓ Preventivo contra denúncias


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Importante:
✓ Conhecer os riscos que
estão no ambiente;
✓ Ser eficiente;
✓ Atender às normas
impostas pelo Centro de
Vigilância Sanitária.
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Riscos biológicos
✓ A exposição a microorganismos
denomina-se risco biológico (NR 32)
✓ Clientes e profissionais em constante
exposição
✓ Transmissão direta (via cutânea ou
secreções)
✓ Transmissão indireta (instrumentos
contaminados)
✓ Infecção cruzada (transferência de
microorganismos de uma pessoa para
outra)
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Primeiro vamos entender algumas


definições básicas:

Agentes biológicos:
São introduzidos nos processos de
trabalho pela utilização de seres vivos –
microorganismos, tais como vírus, bacílos,
bactérias, são nocivos ao ser humano.

Agentes ambientais:
Elementos ou substâncias presentes nos
ambientes humanos, acima do limite de
tolerância, podem causar danos à saúde.
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Agentes ergonômicos:
Introduzidos no processo de trabalho por
agentes (aparelhos, máquinas, método,
etc.) inadequados a limitações de seus
usuários.

Agentes Físicos
São riscos gerados pelos agentes que têm
capacidade de modificar as características
físicas do ambiente

Agentes Mecânicos:
São riscos gerados pelos agentes em
contato físico direto com a vítima para
manifestar sua nocividade
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Agentes químicos:

O risco químico é a probabilidade de sofrer


agravo a que determinado indivíduo está
exposto ao manipular produtos químicos que
podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar
lhe a saúde.

São substâncias, compostos ou produtos que


possam penetrar no organismo do trabalhador
principalmente pela via respiratória, nas formas
de poeiras, fumos gases, neblinas, nevoas ou
vapores, ou pela natureza da atividade, de
exposição, possam ter contato ou ser absorvido
pelo organismo através da pele ou por ingestão.
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Artigos críticos:
É todo o instrumental pérfuro-cortante que
penetra em tecidos e entra em contato com
sangue e secreções – Curetas.

Artigos semi-críticos:
São utensílios que estabelecem contato com a
pele não íntegra ou com mucosas íntegras
(BRASIL, 1988). Para que esses materiais possam
ser utilizados após os procedimentos, devem
sofrer limpeza, desinfecção de alto nível ou
esterilização (OPPERMANN;PIRES, 2003;
MASTROENI, 2005) – Pincéis, eletrodos,
ponteiras dos equipamentos de eletroterapia.
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Artigos não-crítico:
É todo artigo destinado apenas ao contato com
a pele íntegra do paciente/trabalhador –
Cubetas, espátulas, cuba rim, macas, lupas.

Artigos descartável:
É o produto que após uso perde as suas
características originais e não deve ser
reutilizado e nem reprocessado – agulhas,
equipamentos para microagulhamento, luvas,
toucas, máscaras e etc.
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Assepsia:
É o conjunto de medidas adotadas para
impedir que determinado meio seja
contaminado

Descontaminação:
É o processo de eliminação total ou
parcial da carga microbiana de artigos ou
superfícies, tornando –os aptos para o
manuseio (limpeza, desinfecção e
esterilização)
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Limpeza ou Higiene

Retirada de qualquer sujidade de


qualquer superfície – Fricção, água e
sabão.
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Desinfecção:

Processo de eliminação de vírus, fungos e


formas vegetativas de bactérias, porém
não seus esporos

Hipoclorito de sódio 0,5%


Álcool Etílico a 70%
Formaldeído a 4%
Glutaraldeído a 2%
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Esterilização
Processo de eliminação de todos os
microoganismos presentes nos instrumentais
tais como vírus, fungos e formas vegetativas de
bactérias, também seus esporos.

Autoclavagem 127°C por 30 min.


Forno de Pasteur 170 ° C por 120 min.
Glutaraldeído 2% por 10 horas
Formaldeído 4% por 18 horas Óxido de etileno
(ET) de 6 a 24h
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Uso de EPI’s – Equipamento de


Proteção Individual

• São obrigatórios
• Afastam a possibilidade de
contaminações e transmissões
da hepatite B e C, HIV, Covid
19, infecções e reações
alérgicas.
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Luvas descartáveis
Caracterizam-se por promover uma boa
barreira mecânica para as mãos do
profissional e para a pele do cliente. Devem
ser usadas quando houver a possibilidade do
profissional se contaminar ou entrar em
contato com sangue, secreções, mucosas,
tecidos e lesões de pele (RAMOS, 2009).

Com a pandemia pelo COVID 19 o uso


de luvas se faz necessário durante todo
o procedimento.
• Manter unha cortadas
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Touca
Previne contaminação cruzada, deve ser utilizada
pelo profissional e pelo cliente, devendo cobrir
todo o cabelo. (GUADALINI et al, 1998)

Com a pandemia pelo COVID 19 o uso de


toucas se faz necessário durante toda a
jornada de trabalho

• Trocar em cada atendimento


• Manter os cabelos presos
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Máscara descartável
Usa-se quando houver risco de respingo em mucosa
oral e nasal, protegendo as vias aéreas superiores de
micro-organismos contidos nas partículas de
aerossóis, quando há um acesso de tosse, espirro ou
fala (BRASIL, 2003:GUADALINI et al, 1998)
Com a pandemia pelo COVID 19 o uso de máscaras
se faz necessário durante toda a jornada de trabalho

• Não tocar a máscara


• Deve ser trocada a cada 2h ou sempre que
estiver úmida
• Não descer a máscara para o pescoço
• Deve ser utilizada juntamente com máscara Face
Shield
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Face Shield
Uma das grandes vantagens é que a Máscara Face
Shield cria uma barreira física, já que funciona como
uma espécie de escudo que protege o rosto de cada
indivíduo. Com a pandemia por COVID 19 o uso dessa
máscara passa a ser obrigatório durante os
atendimentos estéticos.

Máscara face shield deve ser higienizada a cada troca


de cliente com álcool 70% ou hipoclorito se sódio.
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Jaleco
O uso de jaleco protege o profissional da
exposição de sangue, fluido corpóreos e de
respingo de materiais infectados (FILHO,
2009). Deve ser usado apenas no local de
trabalho.

Por conta da pandemia por COVID 19 a


orientação é para uso de farda branca que
seja lavada diariamente, que permita o uso
de água sanitária;
• Utilizar com todos os botões fechados.
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Jaleco Descartável
O uso de jaleco descartável protege a farda de
trabalho.

Por conta da pandemia por COVID 19 tornou-


se necessário ouso de jaleco de TNT
descartável trocado a cada cliente quando o
serviço realizado necessite contato físico
como massagem;
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Calçado fechado e calça comprida

O calçado fechado e a calça são


procedimentos de segurança adotados com
intuito de evitar que secreções orgânicas ou
materiais de trabalho sejam lançadas sobre os
pés do profissional evitando acidentes e as
transmissão de doenças (GUADALINI et al,
1998)
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Higienização das mãos

O profissional da estética deve manter a


higienização adequada das mãos. Cerca de
80% das infecções hospitalares podem ser
evitadas através da correta higienização das
mãos (BRASIL, 2003) O procedimento deve ser
realizado antes e depois de cada
atendimento. O uso das luvas não dispensa a
antissepsia.

A orientação por conta da pandemia por


COVID 19 é a lavagem das mãos entre cada
atendimento e andar com álcool gel próprio;
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Higienização das mãos


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POP – Procedimento Operacional Padrão

Todos precisam ter!


Documento que descreve todas as rotinas
da clínica, com o descritivo de todos os
serviços prestados, recomendações das
atividades realizadas e limpeza da clínica e
dos equipamentos.

Conforme norma descrita no manual de


orientações para instalação e
funcionamento (ANVISA)
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POP – Procedimento Operacional Padrão

Com relação a higiene do ambiente e


equipamentos:

• limpeza do ambiente
• limpeza dos materiais utilizados no
atendimento;
• como os materiais são limpos e
esterilizados;
• limpeza dos aparelhos, macas e acessórios;
• Limpeza das mãos
• Manutenção do ar condicionado
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Trabalhe como se todos estivessem


infectados
Em tempos da pandemia COVID19 é
importante entender que além do
período de incubação do vírus, que
pode variar de 4 a 14 dias, podemos
conviver diariamente com infectados
assintomáticos, ou seja, que não
apresentam os sintomas descritos da
doença e, por isso, são potenciais
disseminadores da doença.
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Chegada de clientes e profissionais

Dentro do contexto da pandemia de


COVID19, organize uma área de
chegada para clientes e profisionais
disponibilizando álcool em gel para
higienização das mãos e medidas para
higienização das solas do sapato como
um borrifador com álcool 70%;
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Chegada de clientes e
profissionais

Solicite que todos os clientes


estejam de máscara
reutilizável própria. Caso não
possuam, ofereça a opção de
uso no próprio
estabelecimento;
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Chegada de clientes e
profissionais

Oriente que os clientes, se


possível, não levem
acompanhantes ou animais de
estimação;
Divulgue que os atendimentos
serão feitos exclusivamente com
agendamentos para evitar filas e
espera , um cliente por vez na
recepção
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Higienização de Superfícies e Equipamentos

Antes de iniciar as atividades diárias e entre


atendimentos, deve-se realizar a limpeza e
desinfecção química, respeitado o tipo de
material, nos locais de contato do cliente, a
saber: bancadas, poltronas, cadeiras, macas,
equipamentos e pisos.

Intervalo de 30 minutos entre cada


atendimento

Usar papel toalha descartável para limpeza e


desinfeção;
Água e sabão e Álcool 70% ou Hipoclorito de
sódio
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Higienização de Superfícies e Equipamentos

Toalhas e lençóis de papel,


Tudo deve ser descartável!
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Higienização de superfícies e equipamentos

Optar, sempre que possível, por deixar portas


internas abertas entre setores para ajudar na
circulação e evitar o toque em puxadores e
maçanetas;

Para utilizar solução com água sanitária


devemos respeitar as seguintes diluições:

Para objetos e superfícies como mesas, chaves,


maçanetas e afins:
25ml de água sanitária para 1L de água.

Para pisos, áreas externas, sanitários:


50ml de água sanitária para 1L de água.
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Higienização de superfícies e
equipamentos

Dar preferência à ventilação natural, com


portas e janelas abertas. Caso o decreto
vigente em sua região permita o uso de
ventilação artificial, como o uso de ar
condicionado, investir na limpeza frequente
de filtros;
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Higienização de superfícies e
equipamentos

Retirar tapetes mantendo uma


decoração mais minimalista para
facilitar o processo de
higienização;
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Higienização de superfícies e
equipamentos

Distribuir álcool em gel em todos


os setores, todas as bancadas de
atendimento, recepção, banheiros,
copas e afins;
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Higienização de superfícies e
equipamentos

Em banheiros, para enxugar as


mãos, usar toalhas de papel;
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Higienização de superfícies e
equipamentos

Manter frequência de higienização de


canetas e outros materiais de escritório,
teclado, mouse, monitor e telefones;
Higienizar a maquineta do cartão após
cada uso, permitindo que o cliente
manuseie seu cartão, e disponibilizar
álcool em gel em cada estação de
pagamento;
Pagamentos em espécie pedem atenção
redobrada para a higienização das mãos.
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Destinação adequada do lixo

É importante removê-lo diariamente ou tantas


vezes quanto forem necessárias durante o dia;
Distribuir lixeiras dentro das normas da vigilância
sanitária local em todos os setores para evitar o
transporte do lixo possivelmente contaminado
pelo estabelecimento;
Quando removido dos setores, o lixo deve ser
armazenado ensacados em recipientes
apropriados com tampa;
O profissional responsável pelo recolhimento deve
estar paramentado com luvas e máscara
reutilizável.
Verificar normas da vigilância sanitária local.
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Lembre-se
Gerenciamento de resíduos sólidos

Resíduo Comum: Condicionar em saco plástico


de qualquer cor, exceto branca; preenchimento
dos sacos deve alcançar, no máximo 2/3 de sua
capacidade.

Resíduo Infectante: Os materiais perfurantes e


cortantes devem ser acondicionados em
recipientes apropriados de parede rígida,
devidamente, identificados como resíduo
infectante

Para os não perfurantes e cortantes: utilizar


sacos plásticos de cor branca leitosa
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No atendimento

Não permitir a realização de


serviços simultâneos no mesmo
cliente.
E sempre atender um cliente
por vez
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No atendimento

Quanto ao adornos pessoais,


permitido uso de brincos
pequenos. Retirar anéis,
brincos, pulseiras, gargantilhas,
relógios, colares;
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Bibliografia

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos – https://coronavirus.saude.gov.br/profissional-gestor#protocolos


2. BRASIL. Ministério da Saúde. Como Se Proteger –https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#como-se-proteger
3. BRASIL. Fundação Oswaldo Cruz. Plano de Contingência da Fiocruz – https://portal.fiocruz.br/documento/plano-de-
contingencia-da-fiocruz-para-pandemia-de-covid-19-versao-13
4. BRASIL. Anvisa. Orientações Gerais –
http://portal.anvisa.gov.br/documents/219201/4340788/NT+M%C3%A1scaras.pdf/bf430184-8550-42cb-a975-
1d5e1c5a10f7
5. BRASIL. Anvisa. RDC Nº 222/2018 –
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/RDC+222+de+Mar%C3%A7o+de+2018+COMENTADA/edd85795-
17a2-4e1e-99ac-df6bad1e00ce
6. BRASIL. Anvisa. Plano de Contingência –
http://portal.anvisa.gov.br/documents/219201/5777769/Plano+de+Conting%C3%AAncia+GRC/ed86f520-92ee-4410-a2ff-
e3d98f82a113
7. BRASIL. Conselho Federal de Química – http://cfq.org.br/noticia/solucao-diluida-de-agua-sanitaria-e-alternativa-na-falta-
de-alcool-gel-ou-mesmo-de-agua-e-sabao/
8. BRASIL. Organização Mundial da Saúde. Medias Básicas de Proteção –
https://www.who.int/es/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/advice-for-public
9. COSTA, M.A.F.C;COSTA,MF.B. Biossegurança: elo estratégico SST. Revista CIPA, n 253, jan.2002. Disponível em:
http://biossegurançahospitalar.com.br/files/qualidade.doc
10. FILHO, J. de M. Manual de biossegurança. São Paulo, 2009
11. GUANDALINI, L. S. et al. Biossegurança em odontologia. Curitiba: Odontex, 1998
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