Você está na página 1de 64

BIOSSEGURANÇA CST em Estética e Cosmética

Biossegurança e Boas

Rotina Saudável na Estética Práticas em Estética


Prof. Esp. Bruna Baratieri
Biossegurança
• DEFINIÇÃO

“É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização


ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação
do meio ambiente e a qualidade dos resultados.”
BIO = Vida Preocupar-se com a segurança da vida
SEGURANÇA = Estar seguro

• NA ESTÉTICA: cuidado com o paciente, com o profissional, com o ambiente.


• Condutas colocadas no dia-a-dia para que se tenha segurança.
• Evidências clínicas e científicas da contaminação cruzada: impossibilidade de
se trabalhar em um ambiente completamente estéril

Contaminação de uma pessoa


para outra, de uma superfície
para uma pessoa, etc..
Definições básicas aplicadas a biossegurança

• AGENTES AMBIENTAIS: são elementos ou substâncias presentes nos


diversos ambientes humanos que, quando encontrados acima dos
limites de tolerância, podem causar danos à saúde das pessoas.

• AGENTES BIOLÓGICOS: são introduzidos nos processos de trabalho


pela utilização de seres vivos (em geral microrganismos) como parte
integrante do processo produtivo, tais como vírus, bacílos, bactérias,
etc, potencialmente nocivos ao ser humano.
• AGENTES ERGONÔMICOS: são riscos introduzidos no processo de trabalho
por agentes (máquinas, métodos, etc) inadequados às limitações dos seus
usuários.

• AGENTES FÍSICOS: são os riscos gerados pelos agentes que têm capacidade
de modificar as características físicas do meio ambiente.

• AGENTES MECÂNICOS: São os riscos gerados pelos agentes que derrancam o


contato físico direto com a vítima para manifestar a sua nocividade.
• AGENTES QUÍMICOS: são as substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras,
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo através da pele ou por ingestão. São os riscos gerados por
agentes que modificam a composição química do meio ambiente.
Definições básicas aplicadas a biossegurança

• ÁGUA ESTÉRIL: é aquela que sofreu tratamento físico com a


finalidade de eliminar qualquer tipo de vida microbiana ali presente.

• ÁGUA TRATADA: é aquela que sofreu tratamento físico e/ou químico


com a finalidade de remover impurezas e germes patogênicos.

• ANTI-SEPSIA: é a eliminação de formas vegetativas de bactérias


patogênicas de um tecido vivo.
• ARTIGO CRÍTICO: é todo o instrumental pérfuro-cortante que penetra
em tecidos e entra em contato com sangue e secreções

• ARTIGO DESCARTÁVEL: é o produto que após o uso perde as suas


características originais e não deve ser reutilizado e nem reprocessado.

• ARTIGO NÃO-CRÍTICO: é todo artigo destinado apenas ao contato com a


pele íntegra do paciente/trabalhador.
• ARTIGO SEMI-CRÍTICO: é todo o instrumental que entra em contato com
a pele ou mucosas íntegras.

• ARTIGOS: compreendem instrumentos de natureza diversas, tais como


utensílios (talheres, louças, comadres, papagaios, etc.), acessórios de
equipamentos e outros.

• ASSEPSIA: é o conjunto de medidas adotadas para impedir que


determinado meio seja contaminado.
OBJETIVOS
• Reduzir o número de microrganismos patogênicos encontrados no ambiente
de tratamento;

• Reduzir o risco de contaminação cruzada;

• Proteger a saúde dos pacientes e da equipe de saúde


• Conscientizar a equipe de saúde quanto a necessidade de aplicar,
consistentemente, as técnicas adequadas de controle de infecção
• Estudar e atender às exigências dos regulamentos governamentais locais,
estaduais e federais
• Constitui um conjunto de processos funcionais e operacionais
destinados à promoção da cultura sanitária na comunidade da área
da Saúde e outras a ela interligadas.

• Preservar o meio ambiente e as pessoas.

CONTROLE NA MANIPULAÇÃO

Prevenir os riscos à saúde


Prevenir acidentes ocupacionais Quando o tema é biossegurança, o que está
em pauta é a análise dos riscos a que
Descarte de resíduos está sujeita a vida.
Desenvolver ações para controle de infecções
Trasmissão de infecções
Contato direto com o receptor,
• Paciente X Paciente
transmitindo microorganismos através da
• Profissional X Paciente pele, vias respiratórias, intestinais, genitais
• Paciente X Profissional ou qualquer outra lesão em atividade como
furúnculos, ferida contaminada

INFECÇÃO DIRETA
Parte do portador ou da lesão ativa
é, através de um terceiro elemento,
INVASÃO DE transmitida ao receptor. Veículo
CRUZADA MICROORGANISMOS pode ser o ar, poeira, roupas,
COM OU SEM DOENÇA utensílios, insetos, etc
CONTROLE DE INFECÇÃO EM
ESTABELECIMENTOS DE ESTÉTICA

• Bloqueio epidemiológico (das causas) da transmissão de infecções


• Lavagem e anti-sepsia das mãos
• Proteção dos profissionais
• Tratamento de materiais, instrumentos, equipamentos e ambiente
• Uso de desinfetantes
• Descarte de resíduos sólidos e líquidos
A difícil tarefa de praticar biossegurança
• A preocupação com os efeitos provocados pelo contato com atividades biológicas,
químicas e físicas é uma característica antiga da humanidade.

• Já na antiguidade: os egípcios acreditavam que os males ou doenças eram


propagados pelo toque, já os hebreus acreditavam que pelo toque, mas também,
através das roupas e demais objetos utilizados pelos doentes.

• Os persas ressaltavam medidas higiênicas e o isolamento dos


pacientes que eram acometidos com doenças contagiosas.
A difícil tarefa de praticar biossegurança
• Embora tenhamos muitos anos de conhecimentos sobre o manuseio de produtos
biológicos, químicos e físicos, seus riscos e cuidados necessários, ainda hoje, diversos
profissionais submetem-se, a si próprios, ou o ambiente e seus pacientes a estes riscos.

• A forma mais fácil de executar determinados procedimentos é que, muitas vezes, leva o
aluno ou o profissional a cometer certos erros que ferem as regras de biossegurança, e isto
pode ser cultural.
Demorado, porém, crucial
para garantir a qualidade
das atividades que
Como mudar esta situação? envolvem diferentes tipos
de risco: ao indivíduo, ao
Através da educação!
meio ambiente e ao serviço
ou produto a ser elaborado.
A difícil tarefa de praticar biossegurança
• É preciso conscientizar-se:

Como profissionais da estética, trabalhamos com a saúde e o bem estar das pessoas!

• Como seremos reconhecidos como profissionais capazes e habilitados, se não


priorizarmos a biossegurança e, com isto, a nossa saúde e a de nossos clientes?

SAÚDE = bem mais precioso!

• Trabalhar dentro das normas da biossegurança é obrigatoriedade e pode ser o


diferencial em um mercado repleto de profissionais desqualificados e que buscam,
nada além do que um bom salário.
A difícil tarefa de praticar biossegurança
• Biossegurança deve ser utilizada em todas as áreas da saúde, pois,
são potencialmente geradoras de acidentes.

• Na estética os riscos que ferem a biossegurança são inerentes.

Quais riscos você julga ter nos


estabelecimentos de estética?
A difícil tarefa de praticar biossegurança
No estabelecimento de estética, de um modo geral:

• Microrganismos em contato com cosméticos


• Reações da pele devido ao cosmético contaminado
• Lesão através de material perfuro cortante
• Contrair patologias
• Contaminação de utensílios
• Descarte inadequado de lixo
• Riscos ergonômicos
• Riscos com substâncias potencialmente tóxicas
• Estresse
• Desenvolver patologias
O fator humano
É a principal causa dos acidentes!
- colegas de trabalho sem atenção
- profissionais recém contratados
• É preciso investir em educação e treinamento, continuamente! sem experiência
• Deve-se priorizar o pensamento no coletivo - atividades executadas por
estagiários sem orientação e
treinamento.

• Cursos e treinamentos são indispensáveis, mas ineficientes se os demais não cooperarem;


• O problema não está nas tecnologias disponíveis para eliminar e minimizar os riscos e sim, no
comportamento inadequado dos profissionais. Falta-nos uma cultura prevencionista!
• Acidentes também ocorrem com responsável pela limpeza porque uma agulha, por exemplo, não
foi descartada de maneira adequada pelo profissional de saúde.
O fator humano
• Pessoas envolvidas em grandes números de acidentes costumam ter
pouca opinião formada sobre os programas de biossegurança;

• Se expõem a riscos excessivos;

• Trabalham rápido demais, sem atenção e foco no que estão fazendo;

• Têm pouco conhecimento a respeito dos materiais que estão manipulando.


O fator humano

• Como afirma a pesquisadora da Fundação


Oswaldo Cruz (Fiocruz) Ana Beatriz Moraes, não
basta ter bons equipamentos.

• “De nada adianta usar luvas de boa


qualidade e atender ao telefone ou abrir a
porta usando as mesmas luvas, pois outras
pessoas tocarão nesses objetos sem
proteção alguma.”
MEMORIZANDO...
“Biossegurança é um conjunto de medidas voltadas para a
prevenção de risco...”

O QUE É RISCO?
Riscos e acidentes

• Os perfurocortantes na estética entram em contato com fluídos que podem estar


contaminados e podem facilmente provocar um corte na pele de uma pessoa sadia;

• Como saber se estou em risco?

• Como saber se o paciente é portador de alguma patologia?

PREVENÇÃO SEMPRE!
• RISCO: é aquele que se tem como prevenir e deve ser sempre realizado. O
risco é o resultado ou a consequência do perigo. Não existiriam riscos se não
existissem perigos.

• PERIGO: É aquele que é desconhecido ou ainda mal conhecido. "É uma


condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou
contribuir para uma lesão ou morte." (Sanders e McCormick).
Risco e Perigo exemplo:
• Uma pessoa ao atravessar uma rua, tem as seguintes condições:

- Atravessar a rua;
- Atravessar a rua fora da faixa de pedestre;
- Atravessar a rua na faixa de pedestre com semáforo de veículos fechado.

- O perigo nesse caso é atravessar a rua;

- O risco aumenta consideravelmente ao atravessar a rua fora da faixa de pedestre


(acidente - atropelamento);
- O risco diminui consideravelmente quando aumenta o nível de segurança da
faixa de pedestre (faixa de pedestre com semáforo fechado).
Risco e Perigo
Risco: descarga elétrica Risco: morte do pássaro Risco: escorregar e cair

Perigo: contato direto Perigo: proximidade do Perigo: exposição da


da criança com a fonte pássaro ao gato. casca da banana.
elétrica.
BIOSSEGURANÇA
• DE ONDE VÊM A FALTA DE CONHECIMENTO?

• Instrução inadequada;
• Supervisão ineficiente;
• Práticas inadequadas;
• Mau uso de EPI;
• Trabalho falho;
• Não observação de normas.
Pós microagulhamento
Pós peeling
Pós microblanding
Pós peeling químico
Biossegurança na estética
• Em qualquer ambiente estamos constantemente em contato com
poeira e sujeiras em geral, provenientes do ar, solo e do próprio
homem.

• Juntamente com elas estão vários microrganismos, como fungos,


bactérias, vírus, etc.

• Estes microrganismos, dependendo do local onde se encontram,


podem ser benéficos ou não.
Biossegurança na estética
• Por exemplo, na nossa pele existem vários microrganismos
de defesa, os quais, se retirados, podem ser prejudiciais
para a pele, pois diminuem o sistema de defesa da mesma.

• No entanto, se estes mesmos elementos entrarem em


contato com um cosmético: a água, os extratos e as
matérias-primas existentes em sua composição é possível
que estes venham a servir como fonte de crescimento e
proliferação demasiada destes seres.
Biossegurança na estética
O que ocorre com os microrganismos presentes na pele, também ocorre
com aqueles que vivem no ambiente:

Quando um produto cosmético fica muito exposto, sem a proteção da


tampa, por exemplo, por muito tempo, os microrganismos entram em
contato com o produto proliferando-se da mesma maneira que ocorreria
se estes invasores adentrassem na pele humana.
• Dependendo do local onde o produto é aplicado, pode haver
consequências mais graves, como é o caso de cosméticos aplicados em
áreas mais sensíveis como os olhos e mucosas.

• Além da reação ocorrida na pessoa, o próprio cosmético pode sofrer


alterações conforme for a bactéria ou fungo que o contaminou.

As alterações podem variar desde:


• Mudança do cheiro do produto.
• Alterações em sua viscosidade.
• Alterações na cor.
• Tudo isso não quer dizer, entretanto, que um
cosmético deve ser isento de microrganismos.

• De acordo com a resolução da ANVISA (Agência


Nacional de Vigilância Sanitária), os cosméticos podem
ter determinado limite de bactérias e fungos, porém
devem ter ausência de microrganismos patogênicos.

• Os cosméticos infantis, para a área dos olhos e


aqueles que entram em contato com mucosas podem
ter até 500 UFC/g* de produto.
*UFC: Unidade formadora de colônia.
Os demais cosméticos podem ter até 5000 UFC/g.
• Por todos estes motivos deve-se evitar
entrar em contato direto com o produto
dentro do frasco.

• O ideal é utilizar materiais devidamente limpos


e assépticos para retirar o produto da sua
embalagem.

• Vale lembrar que os fungos são


microrganismos que crescem em ambientes
mais úmidos e quentes.

• Por isso deve-se evitar armazenar os produtos


em locais muito abafados e em contato direto
com o chão e com as paredes, mesmo estando
armazenados em caixas.
• A melhor forma de armazenar os produtos é na sua
embalagem original.

• Deve-se evitar trocar de embalagem devido ao risco


de contaminação.

• Mesmo que a embalagem seja do mesmo tipo de


produto, não é aconselhado passar de uma
embalagem para outra.

• Os produtos devem ser bem fechados após o uso


para evitar contaminação do produto por
microrganismos provenientes do ambiente.
• Além disso, dependendo do produto, se permanecer muito tempo
aberto em contato com o ar pode oxidar, ficar com cheiro ruim e ter
sua cor alterada.

• Geralmente o cosmético oxidado vai ficando amarelado com o tempo.

• Após o uso as tampas dos produtos, bem como a boca do frasco, devem
ser devidamente limpas e de preferência feitas assepsia com produtos à
base de clorexidina ou outro similar existente na cabine de estética.

Processo de oxidação
• A aparência externa do produto também é muito
importante.

• Embalagens sujas externamente de produtos ou


qualquer outra substância, podem não oferecer
risco de contaminação do produto, mas deixam o
material com péssima aparência.

• Por isso é muito importante manter os frascos


limpos e, com isso, contribuir com a boa imagem
do ambiente.
Riscos aos Profissionais
É importante ao profissional observar os riscos que podem estar presentes no exercício da
profissão e tentar reduzi-los ou amenizá-los ao máximo:

Dentre eles podemos citar:

• Qualquer fator que interfira nas características naturais do ser;


• Postura inadequada que pode levar a problemas de coluna;
• Ritmo excessivo de trabalho, movimentos repetitivos;
• Exposição a substâncias potencialmente tóxicas, como tinturas e substâncias químicas;
• Extremos de temperatura, tornando o ambiente de trabalho inadequado.
• Estresse, entre outros.
Riscos aos pacientes
• O risco mais preocupante nos estabelecimentos de embelezamento é a
possibilidade de se contrair doenças infecciosas, como: a AIDS
(transmitida pelo vírus HIV), a Hepatite B e Tétano.

PREVENÇÃO – evitar fatores causais

VACINAÇÃO
• Além das doenças infecciosas, há o risco de se adquirir
dermatoses ocupacionais;

• Como as dermatites de contato, que podem ser causadas pelo manuseio inadequado de
tinturas e de outros produtos químicos utilizados nesses estabelecimentos (tônicos
capilares, loções fixadoras, produtos para permanentes);

• E pelo uso de toucas de banho, grampos de cabelo dentre outros acessórios, significa
uma ameaça constante.

• Os abscessos purulentos e as micoses nas unhas causadas por bactérias e fungos


decorrentes de acidentes com materiais perfuro cortantes contaminados e esterilizados
de forma inapropriada, também, são bastante frequentes nesses estabelecimentos.
Segurança dos Cosméticos
Regulamentados pela ANVISA/MS

• Fazer uso de produtos que contenham no


rótulo:

• Nome do produto; marca; nº de lote;


• Prazo de validade; conteúdo; país de
origem; fabricante / importador;
• Composição, finalidade de uso e nº de
registro no órgão competente do Ministério
da Saúde;
Manipulação de cosméticos
• O ideal é utilizar produtos manipulados em
farmácias com a devida prescrição por médico;

• Conversar com o profissional farmacêutico sobre


as fórmulas cosmética.

• Possuir Manual de instrução dos aparelhos,


notificação de isenção de registro no órgão
competente do Ministério da Saúde e registro de
manutenção preventiva e corretiva do aparelho,
conforme orientação do fabricante.
Manual de rotinas e procedimentos

• Todo estabelecimento deve possuir Manual de Rotinas e Procedimentos;

• Deve estar disponível a todos os profissionais do estabelecimento;

• Trata-se de um roteiro descritivo do passo a passo de cada serviço prestado e as


recomendações sobre as atividades executadas;

• É uma tarefa que despende tempo. Mas, é necessária e depois de iniciada torna-se
mais fácil.
Manual de rotinas e procedimentos

• O Manual deve abordar as rotinas de trabalho, como: como


higienizar a pele, como deve ser realizada uma massagem,
como é utilizado Ultrassom estético.

• É preciso constar, também, todos os cuidados com os


instrumentos de trabalho, como: toalhas, borrifadores,
espátulas, aparelhos eletrotermofototerápicos e
orientações relativas à higienização do ambiente de
trabalho.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL- EPIs

• A NR nº 6 do Ministério do Trabalho define os Equipamentos de Proteção


Individual (E.P.I.) como sendo:

“ Todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde


e a integridade física do trabalhador no local de trabalho”.
GLOSSÁRIO
AIDS
Doença muito grave provocada por um vírus que destrói as defesas imunitárias do
organismo, e o expõe a diversas infecções oportunistas temíveis. O vírus (chamado HIV,
que é a sigla, em inglês, para vírus da imunodeficiência humana) é transmitido pelo
sangue e pelo esperma.

AMBIENTE
Espaço físico determinado e especializado para o desenvolvimento de determinadas
atividades, caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas.
ÁREA
Espaço aberto de um ambiente sem paredes em uma ou mais faces.

AUTOCLAVE (VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO)


Aparelho composto por vasos de pressão equipados com acessórios, que
possuem duas câmaras concêntricas, cilíndricas ou retangulares, separadas
por um espaço (chamado camisa), no qual é introduzido vapor. A autoclave é
utilizada para esterilização de materiais.
ARTIGOS
Objetos de naturezas diversas reprocessáveis ou de uso único. Por exemplo: brincos,
escovas, pentes, pincéis, talheres, louças, alicates para retirada de cutículas, ceras para
depilação, luvas, entre outros.

ASSEPSIA
Estado de ausência completa de germes. Ex. material estéril.

ANTISSÉPTICOS
Os antissépticos são utilizados porque a pele é normalmente habitada por germes de difícil
remoção. Estes germes na pele íntegra não causam infecções, mas na pele não íntegra
encontra uma porta de entrada para o organismo, causando infecções.
BACTÉRIAS
Microrganismos que causam infecções.

DESINFETANTES
Produtos químicos que têm na sua composição substâncias microbicidas, apresentando
efeito letal para alguns germes.

DESCONTAMINAÇÃO PRÉVIA
É o procedimento utilizado em artigos contaminados por matéria orgânica (sangue, pus,
secreções corpóreas) para destruir uma parte dos germes antes de iniciar o processo de
limpeza. Seu objetivo é proteger as pessoas que farão a limpeza dos artigos.
DESINFECÇÃO
É o processo de destruição de alguns germes.

DETERGENTE ENZIMÁTICO
São compostos basicamente por enzimas, surfactantes e solubilizantes. A combinação
balanceada desses elementos faz com que o produto possa remover a matéria orgânica da
superfície do material, em curto período de tempo (1 a 15 minutos, em média 03 minutos).
Os detergentes enzimáticos não são bactericidas e não removem óleos e pomadas.

ESTERILIZAÇÃO
É a destruição de todas as formas de vida microbiana, inclusive as esporuladas.
ESTABELECIMENTOS DE EMBELEZAMENTO
São estabelecimentos de interesse à saúde que, por suas características e finalidades.

EQUIPAMENTOS
Conjunto e ou aparelhos que são utilizados na execução de procedimentos. Exemplo:
secadores de cabelo, vaporizadores, autoclaves, canetas para tatuagem dentre outros. Os
equipamentos devem ter registro na ANVISA/Ministério da Saúde.

ESTERILIZANTES
Produtos químicos que têm na sua composição substâncias microbicidas, apresentando
efeito letal para os microrganismos esporulados.
ESPORO
O esporo é uma camada que protege a bactéria e é resistente ao ataque dos agentes
físicos e químicos da esterilização e desinfecção.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)


Todo o dispositivo de uso individual destinado a proteger a integridade do trabalhador
tais como luvas, máscaras, avental, e óculos de proteção.

ESTUFA OU FORNO DE PASTEUR


Câmaras ou caixas elétricas equipadas com acessórios utilizadas na esterilização de
materiais, através de temperatura elevada e atmosfera seca.
GERMICIDA
Agente que destrói germes. Pode ser desinfetante, esterilizante ou antisséptico.

HEPATITE
Toda afecção inflamatória do fígado e mais particularmente a de natureza viral.

HIGIENE
Conjunto de medidas que visa garantir o bem estar físico e mental do indivíduo, facilitar
sua adaptação harmoniosa ao meio ambiente, conservar a saúde e prevenir a doença.
LIMPEZA
Consiste na lavagem, enxágue e secagem do material. Tem por objetivo remover
totalmente os detritos e sujidade dos artigos.

MATÉRIA ORGÂNICA
Qualquer fluído corporal. Ex: sangue, saliva, lágrima, urina, fezes, suor, dentre outro.

MATERIAL DE SUPERFÍCIE
Materiais pouco densos que não exigem a penetração do vapor.
MATERIAL DE DENSIDADE
Materiais espessos, formados de fibras, que exigem a penetração do vapor.

PAPEL GRAU CIRÚRGICO


É o papel que apresenta características físicas, químicas e biológicas que permitem a
esterilização e manutenção de esterilidade do produto. É próprio para embalagem de
artigos médicos-cirúrgicos e odontológicos a serem submetidos ao processo de
esterilização.

SANITIZAÇÃO
Conjunto de ações preventivas que proporcionam um espaço agradável para a
convivência de pessoas, garantindo um ambiente seguro que estabeleça condições
favoráveis à saúde, minimizando as possibilidades de agravos coletivos e individuais.
SEGREGAÇÃO
É a separação dos resíduos no momento e local da sua geração.

TERMORESSISTENTE
Todo artigo resistente ao calor.

TERMOSENSÍVEL
Todo artigo sensível ao calor.

TESAURISMOSE PULMONAR (DOENÇA DOS CABELEIREIROS)


Doença pulmonar resultante da respiração de laquês capilares (projetados por aerossóis)
nos salões de cabeleireiros. Podem causar insuficiência respiratória e hipóxia. A evolução é
favorável em alguns meses, desde que o indivíduo deixe de se expor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSAD, Carla; COSTA, Gloria. Manual básico de limpeza hospitalar. Companhia Municipal de Limpeza Urbana
da Cidade do Rio de Janeiro. Imprensa da Cidade, 1999.

ANVISA. Biossegurança. Ver Saúde Pública. Vol. 39 no. 6. Dez /2005. São Paulo. Disponível em:
<www.scielo.br/pdf/rsp/v39n6/26998.pdf>. Acessado em: 17 fev. 2012.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução nº 5 de 5/8/1993. Dispõe sobre o plano de
gerenciamento, tratamento e destinação final de resíduos sólidos de serviços de saúde, portos, aeroportos,
terminais rodoviários e ferroviários.

CODIGO SANITÁRIO ESTADUAL, Lei 10.083 de 23 de setembro de 1998.

DECRETO 20.931 DE 11/01/1932 – Regulariza e Fiscaliza o exercício da medicina, odontologia e medicina


veterinária e das profissões de farmacêutica, parteira, enfermeira, no Brasil e estabelece penas.
DECRETO 12.342 DE 27/09/78 – aprova o regulamento a que se refere o DECRETO Lei 211 de 30/03/70, que
dispõe sobre Normas de Promoção, Preservação e Recuperação da Saúde no campo de competência da
Secretaria de Estado da Saúde.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de controle de infecção hospitalar. Centro de Documentação do Ministério da


Saúde, 2ª Edição. Brasília, 1986.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 15 de 23/8/1988: Normas para registro dos saneamentos.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, GM Portaria nº 3523 de 28/8/1998: Regulamento Técnico contendo medidas básicas
referentes aos procedimentos de verificação visual do estado de limpeza, remoção de sujidades por métodos
físicos e manutenção do estado de integridade e eficiência de todos os componentes dos sistemas de
climatização, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e Prevenção de Riscos à Saúde dos ocupantes de
ambientes climatizados.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. Coordenação
de Controle de Infecção Hospitalar, 1ª edição - 1993.

SCHMIDLIM, K.C.S. Biossegurança na estética: Equipamentos de Proteção Individual – E.P.I. Revista Personalité.
São Paulo, ano VIII, n.44, p.80-101, dez.2005/jan.2006. Disponível em:
<www.revistapersonalite.com.br/bioseguranca>. Acessado em: 17 fev. 2012.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Vigilância Sanitária. São Paulo: Disponível em:


http://<www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude>. Acessado em: 17 fev.2012.

Você também pode gostar